Variantes Genéticas podem ter influenciado no agravamento da Covid-19, revela estudo da Fiocruz

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DNA Corona Virus. Imagem CC


Um estudo conduzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em colaboração com outras instituições científicas, revelou que variantes genéticas podem estar associadas ao agravamento de casos de Covid-19. Publicado no dia 2 de julho, o trabalho analisou o genoma de pacientes infectados pelo SARS-CoV-2, identificando mutações em genes ligados à resposta imune que parecem influenciar a severidade da doença. A descoberta abre novas perspectivas para a medicina personalizada no combate à pandemia.


A pesquisa envolveu a análise genômica de 161 voluntários, com idades entre 18 e 60 anos. Foram incluídos no corte apenas indivíduos com infecção confirmada para Covid-19, que precisaram de internação hospitalar em UTI, sem histórico de doenças crônicas e que não tinham sido vacinados. A amostra conseguiu representar características genéticas de pessoas pertencentes às cinco regiões do país. Os cientistas identificaram alterações em genes responsáveis pela regulação do sistema imunológico, que, em alguns indivíduos, podem desencadear uma resposta inflamatória exagerada, conhecida como “tempestade de citocinas”. Esse fenômeno está associado a complicações graves, como insuficiência respiratória. “Essas variantes genéticas podem explicar por que algumas pessoas desenvolvem quadros mais severos, mesmo sem fatores de risco aparentes”, explicou um dos coordenadores do estudo.


Os resultados destacam a importância de fatores genéticos na variabilidade das respostas ao vírus, complementando o conhecimento sobre outros fatores, como idade e comorbidades. A pesquisa também sugere que testes genéticos podem, no futuro, identificar pacientes com maior risco de complicações, permitindo intervenções precoces e tratamentos mais direcionados. Além disso, o estudo reforça a relevância de abordagens personalizadas na medicina, que considerem o perfil genético de cada indivíduo.


A Fiocruz enfatiza que os achados ainda requerem validação em populações maiores e mais diversas, mas representam um avanço significativo na compreensão da Covid-19. “Esses dados podem guiar o desenvolvimento de terapias mais eficazes e estratégias de prevenção”, afirmou um dos pesquisadores.


A descoberta reforça a importância da pesquisa científica no enfrentamento de pandemias e destaca o papel da genômica na saúde pública.


O imunologista Roberto Zeballos levantou hipóteses sobre a Covid-19 que, embora criticadas na época da pandemia, ecoavam nas discussões internacionais e desafiavam o consenso científico. Desde 2020, em vídeos e entrevistas, Zeballos sugeriu que “predisposições genéticas” poderiam explicar casos graves da doença, associando-as à “tempestade de citocinas”. Essa ideia alinhava-se a estudos como os da COVID-19 Host Genetics Initiative (Nature, 2020), que investigavam genes ligados à resposta imune. O estudo da Fiocruz (2025) está em vias de confirmar que variantes genéticas raras, como em genes MUC5AC e IFNA10, aumentam o risco de quadros severos, validando as questões levantadas por Zeballos.


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Como podemos observar, a verdadeira Ciência exige liberdade para questionar. O consenso científico, ao descartar hipóteses, erra e limita o debate. A reavaliação dessa hipótese em 2025 reforça que a ciência deve evitar dogmas, politicagens, estardalhaços midiáticos e reconhecer erros. O caso, destaca a importância de manter a ciência aberta a indagações, sem mordaças, para que novas evidências possam corrigir o curso do conhecimento.


Referências: Fiocruz, Nature, Nature II, Danuzio News, Unicamp

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