Nas últimas horas, o senador Lindsey Graham (Republicano – Carolina do Sul) participou de uma entrevista na Fox News e fez um alerta contundente: o presidente Donald Trump pretende impor uma tarifa de 100% sobre países que continuem comprando petróleo russo com desconto – citando especificamente Brasil, China e Índia.
Graham ressaltou que essas nações respondem por cerca de 80% do petróleo russo a preços reduzidos e afirma que essa compra sustenta a “máquina de guerra de Putin“. Ele chegou a declarar: “Vamos esmagar a economia de vocês” (“we’re going to crush your economy”), enfatizando que os EUA estão prontos para aplicar medidas comerciais drásticas contra os países que continuem a suportar financeiramente a Rússia.
Em sua fala, o senador comparou Trump a um campeão esportivo, dizendo que ele está prestes a “dar uma surra” em Putin, remetendo ao estilo assertivo do ex-presidente. Além disso, segundo Graham, Trump teria concedido um prazo de 50 dias para que a Rússia aceite negociações de paz — caso contrário, estaria aberto a impor sanções secundárias e tarifas adicionais.
Especialistas alertam que uma tarifa tão agressiva poderia disparar os preços globais do petróleo, provocar tensões diplomáticas internacionais e afetar o equilíbrio econômico de nações emergentes. Na prática, países como Brasil, China e Índia teriam de optar entre manter relações comerciais com os EUA ou continuar comprando petróleo russo.
Por que isso é importante?
Essa proposta, ainda que teórica, reflete um novo patamar na retórica americana de punição econômica. Se efetivada, pode alterar as dinâmicas de comércio global de energia e influenciar diretamente as decisões de política externa de grandes economias. Além disso, mostra o peso que operadores políticos, como Graham, podem exercer no uso de tarifas como instrumento geopolítico.
Fontes: Indiatimes, NYpost, The economic times