Oficial chavista pode expor elo entre o narcotráfico e governos de esquerda na América Latina e Europa

O ex-diretor de inteligência militar da Venezuela, Major-Brigadeiro Hugo Armando Carvajal Barrios, conhecido como “El Pollo“, declarou-se culpado nesta quarta-feira (25), em tribunal federal de Manhattan, por quatro acusações criminais, incluindo conspiração para importar cocaína e narcoterrorismo. A confissão ocorreu uma semana antes do início previsto do seu julgamento nos Estados Unidos e poderá resultar em prisão perpétua. Carvajal, de 65 anos, era um dos oficiais mais influentes durante os governos de Hugo Chávez e Nicolás Maduro. Ele liderou a Inteligência Militar (DIM) entre 2004 e 2011 e novamente em 2013, antes de colaborar com o regime chavista desde dentro das Forças Armadas. Sua trajetória incluiu um papel no levantamento militar de 1992, que lançou Chávez ao estrelato. Em declarações feitas em 2021, logo após ser preso na Espanha, Carvajal afirmou que os governos de Chávez e Maduro financiaram outros governos de esquerda na América Latina e Europa. Entre os países que receberam esse dinheiro, estariam o Brasil, através de Lula e PT, Bolívia com Evo Morales, e Argentina, com Nestor Kirchner. Segundo Carvajal, os envios de dinheiro teriam acontecido pelo menos durante 15 anos. O governo dos EUA acusa Carvajal de chefiar, em conjunto com altos oficiais venezuelanos, o chamado Cartel de los Soles — ramificação do narcotráfico na cúpula militar, criada para inundar o mercado estadunidense com cocaína produzida em parceria com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). Em 2006, ele estaria envolvido em um carregamento de 5,6 toneladas de cocaína para o México; em 2011, coordenou, segundo a Justiça, 5.600 kg em um jato DC‑9 — remessas que incluíam milhões de dólares em propinas. Segundo o Departamento de Justiça e a DEA, a aliança com as FARC incluiu fornecimento de armas, logística e proteção armada para garantir o transporte das drogas. O procurador Jay Clayton destacou:”Carvajal e outros oficiais usaram cocaína como arma para prejudicar os EUA“, e a DEA complementou que ele “explorou seu cargo e abandonou sua responsabilidade para prejudicar os estadunidenses”. Carvajal foi preso pela primeira vez em 2019, em Aruba, mas escapou alegando imunidade diplomática venezuelana. Em 2021, foi capturado em um apartamento em Madri, Espanha, e extraditado aos Estados Unidos em julho de 2023, após vencida a resistência judicial. Agora, diante da confissão, pode ser condenado a pelo menos 50 anos de prisão, ou mesmo prisão perpétua. O acordo de confissão não inclui uma negociação de pena antecipada, mas especialistas avaliam que Carvajal pode estar negociando cooperação futura. Ele é visto como fonte valiosa para expor redes globais de narcoterrorismo, espionagem e lavagem de dinheiro, envolvendo grupos como Tren de Aragua e governos aliados a Nicolás Maduro, incluindo Cuba, Rússia, China e Irã. Hugo Carvajal também se tornou um opositor do governo Maduro ao se declarar a favor de Juan Guaidó, líder reconhecido por Washington como presidente interino durante a crise de 2019. Em um comunicado gravado, ele conclamou as Forças Armadas venezuelanas à rebelião, ato que provocou retaliações oficiais e motivou sua fuga à Espanha. A data da sentença está marcada para 29 de outubro de 2025. Advogados de Carvajal, como Robert Feitel, argumentam que os EUA perderam oportunidade ao não buscar cooperação antes da acusação formal. Eles defendem que sua informação pode ser tão útil para a segurança nacional quanto prejudicial em sua postura criminal. O caso de Carvajal exemplifica o fenômeno do narcoterrorismo estatal na Venezuela, com redes organizadas sob o poder político e militar, direcionadas externamente e protegidas internamente, tema de alertas anteriores que apontam o país como uma ameaça transnacional crescente. Aos olhos do governo dos EUA, punir Carvajal reforça o compromisso em responsabilizar oficiais estrangeiros que usam o poder estatal para devastar comunidades com drogas. Para analistas, a confissão abre janela para investigações sobre a extensão do narcotráfico militar venezuelano, mais do Cartel de los Soles e suas conexões, um ponto de inflexão no combate ao narcoterrorismo na América Latina. Fontes: Reuters, AP e United States Attorney’s Office

Mais muro, menos imposto: ofensiva republicana agita Congresso americano

Em um momento de forte tensão política nos Estados Unidos, o líder da maioria no Senado, John Thune, classificou como uma “oportunidade geracional” o novo pacote legislativo que está sendo discutido no Congresso. Em artigo publicado nesta segunda-feira (23) pela Fox News, o senador defendeu a aprovação urgente da proposta, que, segundo ele, pode redefinir a segurança nacional e trazer alívio fiscal para milhões de famílias americanas. O plano, que os republicanos esperam aprovar antes do 4 de julho (dia da independência americana ), prevê a liberação de verbas para ampliar o muro na fronteira com o México. Além de tentar conter o fluxo de imigrantes ilegais, o projeto também busca impedir um aumento de até US$ 1.700 nos impostos de famílias de classe média, num momento em que o custo de vida já pesa no orçamento doméstico. “O momento pede ação. Temos a chance de proteger nossas fronteiras e aliviar o peso que recai sobre as famílias americanas”, argumentou Thune. Ele destacou que a medida não se resume ao presente, mas visa garantir estabilidade e prosperidade no longo prazo. A proposta, porém, enfrenta forte oposição de democratas e setores progressistas, que acusam os republicanos de explorar a crise migratória com fins eleitorais. Críticos afirmam que o muro não resolve as causas estruturais da imigração e pode aprofundar divisões políticas no país. Com o feriado se aproximando, o Congresso corre contra o relógio. O desfecho pode influenciar diretamente o cenário político e legislativo do novo governo que se iniciou em 2025. Fonte: Fox News

Bolsonaro lidera, Lula derrete nas pesquisas: direita define sucessor para 2026

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu testar um novo nome na sondagem encomendada pelo Partido Liberal ao Paraná Pesquisas, com dados divulgados na terça (24). Rogério Marinho, senador potiguar e ex-ministro do Desenvolvimento Regional no governo Bolsonaro, foi o estreante na corrida ao Palácio do Planalto. Na pesquisa, foram entrevistados 2.020 eleitores em todo o Brasil, entre os dias 18 e 22 de junho. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos, com grau de confiança de 95%. Veja a seguir os cenários de segundo turno. A pesquisa corrobora o que outras sondagens já vêm trazendo. Lula é o óbvio candidato da esquerda, buscando a reeleição, mas também o único, nem o petismo e nem a esquerda como um todo conseguindo produzir outro candidato viável. Há coesão pelo seu nome, até mesmo por falta de outra opção. Já no campo da direita, parece sobrar candidatos. E mais um agora, com Rogério Marinho. A grande incógnita é qual deles estará no páreo em 2026. Havendo mais de um candidato da direita, o risco é surgir uma fratura interna que termine favorecendo o campo ideológico da esquerda. Jair Bolsonaro está inelegível, mas o cenário no qual ele está presente também é o da maior derrota de Lula e com menos indecisos. Isso evidencia não só a polarização política da sociedade, mas o fato de os dois serem as maiores forças políticas do país. E se Bolsonaro não pode concorrer, resta ver a sua capacidade de transferência de votos na eleição presidencial. De toda forma, 13,8% dos entrevistados não escolheram nem um e nem outro nesse cenário. O quantitativo ainda é relevante e será o trunfo nas eleições do próximo ano. Sairá vitorioso o candidato que conseguir furar a bolha da polarização e atrair os votos de centro, daqueles que não tem preferência imediata por nenhum candidato. Fontes: O Globo, CNN

Oposição aciona PGR contra Erika Hilton por nomear maquiadores como assessores

A oposição na Câmara dos Deputados apresentou uma representação à Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a deputada Érika Hilton (PSOL-SP), acusando-a de “eventual prática de atos de improbidade administrativa e dano ao erário‘. O líder do grupo, deputado Zucco (PL-RS), também acionou o Conselho de Ética da Câmara. Acusações: Defesa de Érika Hilton: A representação representação solicita que a PGR apure a eventual prática de atos de improbidade administrativa e dano ao erário por parte da deputada e dos servidores comissionados. Também pede que sejam adotadas as medidas judiciais cabíveis e que o caso seja encaminhado ao Tribunal de Contas da União (TCU) para averiguação do possível uso indevido de recursos públicos. A função dos assessores parlamentares segundo as normas internas das casas legislativas:  As incumbências dos assessores parlamentares no Brasil são regulamentadas por normas internas das casas legislativas e variam conforme o cargo e a estrutura de cada gabinete. Na Câmara dos Deputados, por exemplo, cada deputado pode contratar entre 5 e 25 secretários parlamentares, com salários que variam de R$ 1.584,10 a R$ 9.359,94, podendo ser acrescidos de gratificação de representação de gabinete, desde que respeitado o limite da verba de gabinete do parlamentar. Esses assessores desempenham funções como assistência direta ao parlamentar, apoio em atividades legislativas, organização de agenda, comunicação com a sociedade e elaboração de documentos. As atribuições específicas são definidas pelo parlamentar e podem incluir atividades como assessoramento em comissões, elaboração de relatórios, preparação de briefings e diálogo com a população. A contratação desses profissionais é de livre nomeação, ou seja, não é necessário concurso público. Cada parlamentar tem autonomia para escolher sua equipe, respeitando as normas estabelecidas pelas casas legislativas. Fontes: CNN, Legislabrasil, Câmara Imagem: Deputada Erika Hilton (PSOL-SP)  • Vinicius Loures/Câmara dos Deputados CC 3.0

O jornalista Paulo Figueiredo clama por uma ação incisiva dos EUA contra o STF, em depoimento nos EUA

Durante nova audiência no Congresso dos EUA, o jornalista Paulo Figueiredo Filho pediu que o governo norte-americano tome uma “ação incisiva” contra decisões do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Segundo ele, o Brasil corre o risco de se tornar uma “Venezuela turbinada no coração da América do Sul” caso não haja reação internacional. Figueiredo, que é neto do ex-presidente militar João Figueiredo e um dos denunciados por tentativa de golpe em 2022, afirmou que sofre perseguição desde 2019. Ele citou sua prisão preventiva, inclusão na lista da Interpol, bloqueio de bens e suspensão de redes sociais como evidências de repressão. Também mencionou conflitos entre Moraes e plataformas como X (antigo Twitter) e Rumble, alegando que decisões do STF violam a soberania dos EUA ao exigir dados de empresas americanas. Durante a audiência, ele sugeriu o uso da Lei Global Magnitsky para sancionar Moraes e defendeu que o Congresso norte-americano aja nos próximos 30 dias, além de denominar o ministro Alexandre de Moraes como “Ditador do Brasil“. A Comissão de Direitos Humanos Tom Lantos, que conduziu a sessão, discutia repressão transnacional e também analisou casos de países como China, Índia e Paquistão. A íntegra do depoimento de Paulo Figueiredo pode ser acessada através do Link. 

Ordens extraterritoriais emitidas pelo ministro Alexandre de Moraes será tema de audiência no Congresso dos EUA

Paulo Figueiredo prestará depoimento à Comissão de Direitos Humanos Tom Lantos, em audiência que discute possíveis abusos de jurisdição internacional atribuídos ao Supremo Tribunal Federal do Brasil. O jornalista brasileiro Paulo Figueiredo Filho anunciou que foi convocado para prestar depoimento nesta terça-feira (24), na Comissão de Direitos Humanos Tom Lantos, da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos. O caso é analisado no contexto de um debate mais amplo sobre o uso de mecanismos jurídicos por governos estrangeiros para atingir opositores e críticos além de suas fronteiras. Segundo Figueiredo, o tema central de sua participação será a “repressão transnacional de Alexandre de Moraes“, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro, que estaria, segundo ele, promovendo uma perseguição sistemática a brasileiros, inclusive em território norte-americano. “Relatarei como jornalistas, deputados federais, cidadãos americanos e empresários de tecnologia como Elon Musk e Chris Pavlovski se tornaram alvos de ordens judiciais extraterritoriais emitidas pelo ministro Moraes“, declarou o jornalista em suas redes sociais. Figueiredo afirmou que tratará de casos envolvendo brasileiros incluídos na lista vermelha da Interpol, além de supostas tentativas de compelir empresas norte-americanas a fornecer dados de usuários localizados nos Estados Unidos. Segundo ele, essas ações representariam uma violação da soberania americana. A audiência será transmitida ao vivo a partir das 14h (horário de Brasília) e contará com espaço para perguntas dos parlamentares. O depoimento foi descrito por Figueiredo como tendo apoio bipartidário dentro do Congresso dos EUA. Vale lembrar que Paulo Figueiredo está entre os investigados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por suposta participação em um plano golpista no Brasil, relacionado aos atos de 8 de janeiro de 2023. Ele integra o grupo apontado por disseminar desinformação e atuar em redes de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Paulo Figueiredo via X

Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes podem ser investigados pela justiça portuguesa

O partido português Chega, liderado por André Ventura, voltou a causar polêmica ao prometer investigar a atuação e os supostos vínculos do ministro brasileiro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, em Portugal. A declaração partiu do deputado Marcus Santos, eleito pela sigla para representar os brasileiros residentes em solo português, e foi feita durante entrevista ao canal Sérgio Tavares. Segundo Santos, caso André Ventura chegue ao cargo de primeiro-ministro, o governo português terá condições de investigar tanto Gilmar Mendes quanto o também outro ministro do STF, Alexandre de Moraes. “A vida deles em Portugal será investigada“, afirmou o parlamentar, mencionando a possibilidade de patrimônio oculto e influência indevida em instituições portuguesas. A fala repercutiu rapidamente nas redes sociais, que passaram a tratar o tema como se uma investigação já estivesse em andamento. Vídeos, áudios e postagens em grupos políticos sugeriram que Gilmar Mendes estaria sendo alvo de apurações por parte das autoridades portuguesas — o que, até o momento, não passa de especulação. De acordo com a apuração feita pelo jornal português Observador, não há nenhuma investigação oficial em curso contra Gilmar Mendes em Portugal. O veículo consultou bases judiciais, incluindo o Ministério Público e a Polícia Judiciária, e não encontrou qualquer indício de processo aberto ou denúncia formal. Ainda segundo o jornal, mesmo a Procuradoria-Geral da República de Portugal não tem registros de pedidos ou tramitações envolvendo o nome do ministro brasileiro. As declarações de Marcus Santos, portanto, são vistas mais como um movimento político do que como um fato concreto. Apesar de ter conquistado espaço na Assembleia da República nas últimas eleições, o Chega não detém cargos executivos e está distante de liderar o governo português. Mesmo que André Ventura viesse a se tornar primeiro-ministro, como ambiciona, a abertura de investigações não depende do poder político, mas sim de fundamentos legais, denúncias consistentes e autorização das autoridades competentes. Gilmar Mendes possui histórico de atuação acadêmica em Portugal, onde mantém vínculos institucionais com universidades e participa de fóruns jurídicos internacionais. Nos últimos anos, ele esteve em Lisboa em eventos organizados em parceria com o Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), do qual é fundador. Esses encontros já foram criticados por setores mais conservadores tanto no Brasil quanto em Portugal, que enxergam neles uma tentativa de exercer influência política e institucional além das fronteiras brasileiras. Apesar disso, não há qualquer indício de irregularidade relacionado às atividades do ministro em território português. As alegações de Marcus Santos tampouco foram acompanhadas de provas ou indícios que pudessem sustentar juridicamente uma investigação formal. Em nota, fontes do Judiciário português reforçaram que o sistema legal do país é independente e não responde a declarações de cunho político. Qualquer investigação envolvendo cidadãos estrangeiros, sobretudo figuras públicas, deve ser iniciada a partir de denúncias fundamentadas e submetida aos trâmites regulares do Ministério Público. Enquanto isso, o Chega segue utilizando o discurso nacionalista e de combate à “influência externa” como pilar de sua narrativa. A promessa de investigar ministros brasileiros parece estar mais ligada à estratégia de mobilização de sua base conservadora — tanto em Portugal quanto entre brasileiros expatriados — do que a fatos ou ações efetivas. Até o momento, Gilmar Mendes não se pronunciou oficialmente sobre o caso. Fontes: Observador e O Antagonista

Brasil condena ataques ao Irã e reforça autonomia diplomática: entenda a aproximação entre os países

Neste domingo (22), o governo brasileiro, por meio do Itamaraty, manifestou-se oficialmente sobre os ataques realizados por Israel e pelos Estados Unidos contra instalações nucleares no Irã, ocorridos no sábado (21). Em nota, o Ministério das Relações Exteriores expressou “grave preocupação com a escalada militar no Oriente Médio” e condenou “com veemência” os bombardeios, que violam a soberania iraniana e tratados internacionais de segurança nuclear. Segundo o comunicado, ofensivas contra estruturas atômicas civis representam: “Uma flagrante transgressão da Carta das Nações Unidas e das normas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA)”, com potencial para causar “danos irreversíveis à saúde humana, ao meio ambiente e à estabilidade regional.” O Brasil também reafirmou sua posição histórica de defesa do uso exclusivamente pacífico da energia nuclear e apelou por “máxima contenção” de todas as partes envolvidas, destacando a urgência de uma solução diplomática para o conflito. Brasil e Irã: aproximação sob escrutínio Um dos marcos recentes na aproximação diplomática entre Brasil e Irã foi a autorização para que os navios de guerra iranianos IRIS Makran e IRIS Dena atracassem no Porto do Rio de Janeiro, em fevereiro de 2023. A visita gerou reações do governo norte-americano. A embaixadora dos EUA no Brasil, Elizabeth Bagley, chegou a sugerir que as embarcações poderiam estar envolvidas com tráfico de armas ou transporte de materiais sensíveis. A repercussão gerou boatos em redes sociais e blogs, sugerindo que os navios teriam vindo ao Brasil buscar urânio enriquecido. As alegações foram prontamente desmentidas pelas autoridades brasileiras e pela Marinha do Brasil. “O Brasil não exporta urânio enriquecido para fins militares.Somos signatários do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) e de acordos com a AIEA, que limitam o uso do nosso urânio exclusivamente a fins pacíficos.”— Nota conjunta do Ministério de Minas e Energia e do Itamaraty (fev. 2023) A Indústrias Nucleares do Brasil (INB) também reforçou que todo o ciclo do urânio nacional é rigidamente monitorado por técnicos da AIEA, impossibilitando desvios para uso bélico ou exportações não autorizadas. Alckmin em Teerã: missão diplomática oficial Em julho de 2024, o vice-presidente Geraldo Alckmin representou o Brasil na posse do novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, em Teerã. Durante a visita oficial, Alckmin participou da cerimônia de posse, reuniu-se com autoridades iranianas. Parte do alto escalão reunido na cerimônia foi eliminado no conflito que ocorre no Oriente médio. Fontes: Ministério das Relações Exteriores – Nota oficial (22/06/2025) INB – Informes sobre o ciclo do urânio no Brasil AIEA e ABACC – Relatórios de monitoramento nuclear Portal da Vice-Presidência – Agenda oficial de Alckmin em Teerã (julho de 2024)

Chemtrails: Lei anti-geoengenharia na Flórida vira palco de embate ideológico

Vista do céu, Everglades, Flórida, 6 de agosto de 2020. (Foto/Francesca Ho, Unsplash)

O governador Ron DeSantis assinou hoje a SB 56, lei que proíbe qualquer forma de modificação artificial do clima ou geoengenharia no estado. A medida visa tornar crime o lançamento de substâncias na atmosfera com fins de alterar clima, temperatura ou intensidade da luz solar. A lei proíbe a injeção, liberação ou dispersão de qualquer substância na atmosfera com objetivo de manipular o clima ou a radiação solar Revoga leis anteriores que permitiam a emissão de licenças para modificação do clima, como semeio de nuvens. A lei classifica como crime de terceiro grau (considerado um crime de alta gravidade), com pena de até 5 anos de prisão e multa de até US$ 100 000. No caso de operadores e controladores de aeronaves, a multa máxima é de US$ 5 000. O Departamento de Proteção Ambiental (DEP) deverá criar um portal online e e‑mail para denúncias, além de investigar casos que mereçam apuração. A partir de 1º de outubro de 2025, aeroportos públicos devem enviar relatórios mensais ao DOT sobre aeronaves com equipamentos de geoengenharia — falta de informação pode levar à perda de verbas estaduais. Contexto político A senadora Ileana Garcia (Republicana – Miami), autora do projeto, afirmou que a lei busca “separar fato de ficção” diante de queixas sobre “chemtrails” — as famosas trilhas de condensação que se tornaram alvo de teorias conspiratórias. DeSantis reforçou que “a Flórida não será um campo de testes para geoengenharia” e que “o Free State of Florida” significa liberdade de governos ou atores privados que unilateralmente aplicam químicos no ambiente”. Já a deputada Anna Eskamani (Democrata – Orlando) criticou a lei, argumentando que ela “alimentará teorias conspiratórias” e “criará um ambiente de denúncias incessantes, onerando o departamento e a aplicação da lei“. “Chemtrails” é um termo derivado de “chemical trails” (trilhas químicas) e refere-se a uma teoria da conspiração que afirma que algumas trilhas deixadas por aviões seriam compostas por substâncias químicas ou biológicas lançadas intencionalmente na atmosfera. Supostos objetivos incluem controle climático, manipulação populacional, disseminação de doenças ou experimentos secretos. No entanto, cientificamente, essas trilhas são explicadas como contrails — condensação do vapor d’água presente nos gases emitidos pelos motores a jato, que forma cristais de gelo em grandes altitudes. Até hoje, não há provas confiáveis que sustentem a existência de chemtrails como prática real e intencional. Caminho legislativo — principais datas Relevância e similaridades A Flórida se tornou um dos primeiros estados a criminalizar totalmente quaisquer práticas de geoengenharia. Montana aprovou proibição, mas permite o semeio de nuvens; outros estados como Nova Jersey, Carolina do Norte e Pensilvânia discutem medidas semelhantes. Por que isso importa 1. Resposta política a teorias conspiratórias – A decisão reforça o ceticismo oficial sobre “chemtrails“. 2. Proteção legal preventiva – Ainda que nenhum programa conhecido esteja ativo, a lei protege contra possíveis experimentos não autorizados. 3. Implicações para segurança europeia – A polícia ambiental e aeroportos ganham novas responsabilidades, intensificando a fiscalização e penalização. Fonte: FLSenate

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