Mega acordo militar à vista: Trump e Zelensky negociam troca estratégica

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, revelou em entrevista recente que está negociando com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, um “mega acordo’ bilateral envolvendo tecnologia militar. Pelo acordo, os EUA comprariam drones ucranianos de longo alcance e, em contrapartida, forneceriam armamentos pesados a Kyiv — uma troca que Zelensky definiu como uma “situação ganha-ganha“. Segundo Zelensky, a proposta prevê que a Ucrânia forneça drones já testados em campo de batalha, muitos dos quais com alcance de até 1.800 quilômetros, ou seja, capazes de atingir alvos profundamente dentro do território russo. Em troca, Washington se comprometeria com o fornecimento de armas de uso estratégico para as forças ucranianas, embora os tipos exatos de armamentos ainda não tenham sido divulgados. “O povo americano precisa dessa tecnologia em seu arsenal“, afirmou Zelensky, destacando que o conhecimento adquirido por Kyiv durante a guerra com a Rússia é valioso para os EUA e seus aliados. “Essa é uma oportunidade única para ambas as nações.“ Zelensky também afirmou que está disposto a compartilhar a experiência ucraniana com outros parceiros ocidentais, como Alemanha, Noruega e Dinamarca, que já demonstraram interesse no modelo de inovação bélica ucraniana, sobretudo no campo dos drones. O presidente ucraniano reforçou que seu governo quer transformar a expertise adquirida no front em capital político e industrial, reforçando a posição da Ucrânia como polo tecnológico militar na Europa. Reversão de postura de Trump O anúncio acontece num momento em que Donald Trump revê sua posição anterior sobre a ajuda militar à Ucrânia. Após suspender o envio de armas em abril de 2025, o governo norte-americano voltou atrás e restabeleceu os repasses, inclusive impondo à Rússia um ultimato de cessar-fogo de 50 dias. Esse reposicionamento criou espaço político para o avanço da proposta de cooperação tecnológica. Durante visita a uma fábrica de drones na Ucrânia, o enviado especial dos EUA, Keith Kellogg, elogiou a velocidade de inovação do setor: “Eles estão liderando essa nova era de guerra. A capacidade de adaptação e reaproveitamento deles é impressionante“, escreveu em sua conta no X (antigo Twitter). Kellogg defendeu que a indústria de defesa americana aprenda com a experiência ucraniana, destacando que a tecnologia de drones se tornou peça central no conflito moderno. O acordo, se confirmado, representaria também um impulso vital para a indústria de drones da Ucrânia, que cresceu 900% desde o início da guerra, mas ainda enfrenta falta de contratos e financiamento. Em novembro de 2024, fabricantes ucranianos expressaram frustração com a ausência de compras governamentais, que limitavam a escala de produção mesmo com alta capacidade instalada. O cenário persistia até junho de 2025, segundo relatório da Business Insider. Agora, com a possibilidade de contratos internacionais, principalmente com os Estados Unidos, o setor pode finalmente atingir sua capacidade plena — transformando a Ucrânia de consumidora em fornecedora de tecnologia militar de ponta. O “mega acordo‘ ainda está em fase de negociação, mas já sinaliza um novo capítulo na relação estratégica entre Ucrânia e Estados Unidos, com potencial para redefinir a balança tecnológica da guerra e consolidar a posição ucraniana como potência emergente no setor de defesa. Fontes: New York Post, Business Insider, Kyiv Post
STF já tem maioria para manter restrições contra Bolsonaro após operação que apreendeu pen drive

Jair Bolsonaro foi alvo de busca e apreensão determinada por Moraes. Além disso, o ministro do STF também impôs medidas contra a liberdade do ex-presidente. A Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de Jair Bolsonaro, em Brasília. Durante a operação, foram apreendidos um pen drive, dinheiro em espécie e uma cópia da petição ajuizada pela Rumble contra Alexandre de Moraes, que é alvo de processo nos Estados Unidos. Além disso, foram impostos o uso de tornozeleira eletrônica, o recolhimento domiciliar noturno, restrições na comunicação com diplomatas estrangeiros e outros réus do STF, incluindo o seu próprio filho. A ordem de Moraes surge após Moraes ter escrito que Bolsonaro admitiu a prática de crimes quando condicionou o fim da taxação à sua própria anistia e que agiu de modo desrespeitoso contra à soberania brasileira, à Constituição Federal e à independência do Judiciário. Em sessão virtual extraordinária, convocada pelo ministro Cristiano Zanin para deliberar a respeito das diligências, a Primeira Turma do STF já decidiu, por maioria de votos, manter as determinações. Mais cedo, Moraes votou para manter a decisão. Seguiram Moraes os ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin. Faltam votar os ministros Cármen Lúcia e Luiz Fux. No virtual, não há discussão. Os ministros apresentam seus votos de maneira remota no sistema do STF. Jair Bolsonaro disse a jornalistas que desconhecia o pen drive apreendido e que perguntaria a sua esposa Michelle a respeito. Também disse que a investigação era política e “suprema humilhação“, alegando que nunca pensou em deixar o país. Em relação ao dinheiro apreendido, 14 mil dólares, disse que tem recibo do banco. A defesa de Bolsonaro afirmou que recebeu com surpresa e indignação as cautelares severas, já que o ex-presidente sempre cumpriu com todas as determinações do Poder Judiciário. Considerou, ainda, que era necessário conhecer melhor a decisão judicial antes de tecer outras manifestações a respeito. FONTE: globo.com, metropoles.com, infomoney.com.br, veja.abril.com.br, cultura.uol.com, globo.com, r7.com e r7.com
AGU ficou 8 meses sem divulgar dados de honorários no Portal da Transparência

A Advocacia-Geral da União (AGU) passou cerca de oito meses sem publicar no Portal da Transparência os valores pagos a seus membros a título de honorários advocatícios. A omissão só foi corrigida em 2025, quando os dados voltaram a ser atualizados com a divulgação de pagamentos retroativos a 2016, entre eles o bônus de R$ 193.226,92 recebido pelo advogado-geral da União, Jorge Messias, em janeiro. Os honorários de sucumbência são valores pagos por partes derrotadas em ações judiciais e, desde 2016, são distribuídos entre os advogados públicos da União. A previsão legal foi criada a partir de um projeto enviado pela então presidente Dilma Rousseff em 2015. A ausência de informações públicas durante o período chamou a atenção de entidades ligadas à transparência e gerou questionamentos sobre o controle e fiscalização desses repasses. Segundo reportagem do Metrópoles, a suspensão da divulgação começou ainda em 2024 e não foi previamente comunicada. Em nota, a AGU informou que o atraso na atualização dos dados ocorreu por “falhas operacionais” e que não houve qualquer tentativa de ocultação dos pagamentos. A instituição também afirmou que os valores são controlados e auditados pelo Conselho Curador de Honorários Advocatícios (CCHA), órgão responsável pela definição dos critérios de rateio. Com a retomada da divulgação, também foram atualizados os dados sobre os valores pagos a outros membros da carreira. Segundo a AGU, mais de R$ 2,5 bilhões foram distribuídos em honorários advocatícios somente em 2024. A interrupção na transparência ocorre em um momento em que tramitam no Congresso Nacional propostas para limitar o acúmulo de remunerações que ultrapassam o teto constitucional no serviço público.
Erro em hospital de SC: 11 bebês recebem antídoto para picada de cobra ao invés de vacina contra hepatite B

Um grave erro médico ocorrido no Hospital Santa Cruz, em Canoinhas, no Planalto Norte de Santa Catarina, ganhou repercussão nacional. Entre os dias 9 e 11 de julho, 11 recém-nascidos receberam, por engano, doses de soro antibotrópico, usado contra picadas de cobras como a jararaca. Isso ocorreu no lugar da vacina contra hepatite B, que deve ser aplicada nas primeiras horas de vida, conforme o Calendário Nacional de Imunização. O caso foi confirmado pela unidade hospitalar na terça-feira (15) e está sob investigação. Segundo a direção do hospital, o erro pode ter sido causado pela semelhança entre os frascos do soro e da vacina, ambos produzidos pelo mesmo laboratório. A dose administrada, de 0,5 ml, é significativamente menor que a quantidade utilizada em casos de envenenamento por cobra (30 a 120 ml), o que minimiza os riscos à saúde dos bebês. Até o momento, nenhuma reação adversa foi registrada, e todas as crianças estão estáveis, sendo monitoradas pela equipe da Vigilância Epidemiológica municipal. A orientação é que os bebês sejam observados por até 30 dias. A Secretaria Municipal de Saúde de Canoinhas foi informada do ocorrido na segunda-feira (14) pela Regional de Saúde de Mafra e afirmou que a responsabilidade pela aplicação é do hospital, já que o erro ocorreu na maternidade. As famílias foram comunicadas imediatamente e recebem suporte técnico e acompanhamento. A vacina contra hepatite B, essencial para prevenir infecções hepáticas graves, como cirrose e câncer de fígado, será aplicada nos bebês dentro do prazo de 30 dias, junto com a vacina BCG. A prefeita Juliana Maciel determinou a contratação de uma auditoria externa para investigar os procedimentos do hospital, que é filantrópico e recebe cerca de R$ 1 milhão mensais do município para atendimentos pelo SUS. A diretora do hospital, Karin Adur, classificou o caso como um “incidente sem dano”, destacando a transparência na condução do caso e o acompanhamento contínuo das crianças. Uma sindicância interna também foi instaurada para apurar se o erro foi intencional ou decorrente de falha humana, como a falta de verificação dos rótulos. O caso reacende debates sobre a segurança em protocolos hospitalares, especialmente em unidades que atendem públicos vulneráveis, como recém-nascidos, e reforça a importância de rigor na administração de medicamentos. Fonte: G1, UOL, NSCtotal, nd+
Ibama suspende análise de licença da Petrobras para megaprojeto de R$ 196,4 Bilhões no Pré-Sal

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) suspendeu a análise da licença prévia solicitada pela Petrobras para a quarta etapa de exploração do pré-sal na Bacia de Santos, um projeto avaliado em R$ 196,4 bilhões. A decisão, formalizada em julho de 2025, foi motivada pela ausência de um programa específico de ações contra mudanças climáticas, conforme exigido pelo órgão ambiental. A medida pode atrasar a instalação de dez novas plataformas de produção, previstas para operar a partir da próxima década, a cerca de 178 km das costas de São Paulo e Rio de Janeiro. Segundo o Ibama, a suspensão não implica na interrupção definitiva do processo, mas na necessidade de a Petrobras apresentar metas detalhadas em cinco eixos: transparência, monitoramento, mitigação, compensação e adaptação. O órgão destaca que a solicitação considera o elevado volume de emissões de gases de efeito estufa do projeto, com base no Estudo de Impacto Ambiental (EIA), no relatório do IPCC de 2023 e na participação pública em audiências. A exigência é vista como inédita, já que o termo de referência inicial do licenciamento não previa tal programa, conforme apontou a Petrobras em resposta oficial. A estatal argumenta que já implementa iniciativas como reinjeção de gás e redução de queima de combustíveis, mas o Ibama considera essas ações insuficientes para atender às novas diretrizes climáticas. A suspensão coloca em risco um dos maiores investimentos do setor petrolífero no Brasil, com impactos potenciais na arrecadação de royalties e na geração de empregos. Especialistas alertam que o atraso pode comprometer a expansão da produção nacional de petróleo. A decisão marca um novo patamar de exigência ambiental para grandes projetos no Brasil. O Ibama reforça que mantém diálogo com a Petrobras para encontrar soluções que mitiguem os impactos climáticos. A estatal, por sua vez, avalia ajustes para retomar o processo. O imbróglio evidencia o desafio de conciliar desenvolvimento econômico com metas climáticas, em um momento em que o Brasil busca reforçar seu compromisso com acordos internacionais de sustentabilidade. Fonte: Poder 360, IstoÉ Dinheiro
Irã está pronto para responder a qualquer novo ataque militar, afirma aiatolá Khamenei

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, declarou na quarta-feira (16) que o país está preparado para responder a qualquer novo ataque militar, após semanas de tensões com Israel e os Estados Unidos. Em discurso transmitido pela televisão estatal, Khamenei afirmou que Teerã é capaz de desferir um golpe ainda mais significativo do que o realizado durante o conflito de 12 dias com Israel, encerrado por um cessar-fogo em junho. “O fato de nossa nação estar pronta para enfrentar o poder dos Estados Unidos e seu cão na coleira, o regime sionista [Israel], é muito louvável“, disse o líder, segundo a agência Reuters. A declaração ocorre em um contexto de pressão internacional para que o Irã retome as negociações nucleares com os EUA, com um prazo estipulado até o final de agosto por Washington e países europeus, como França, Alemanha e Reino Unido. Caso não haja progresso, o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noël Barrot, alertou que sanções internacionais podem ser reaplicadas por meio de um mecanismo da ONU. Khamenei, no entanto, rejeitou qualquer ideia de rendição, afirmando que o Irã age “com as mãos ocupadas e não em uma posição de fraqueza” tanto no campo diplomático quanto no militar. O líder também fez referência ao ataque iraniano à base americana de Al Udeid, no Catar, em retaliação aos bombardeios dos EUA contra instalações nucleares iranianas em junho. “A base atacada era uma instalação regional americana extremamente sensível. Um golpe ainda maior poderia ser infligido“, declarou Khamenei, sugerindo a possibilidade de escalada em caso de novos conflitos. O Parlamento iraniano reforçou a postura do líder, afirmando que não haverá retomada das negociações nucleares enquanto “pré-condições” não forem atendidas, como garantias contra novos ataques. O ministro das Relações Exteriores, Abbas Araqchi, destacou a necessidade de segurança para avançar nas tratativas. A comunidade internacional observa com cautela, enquanto analistas alertam que uma resposta mal calibrada do Irã pode intensificar o conflito na região, afetando desde o fornecimento global de petróleo até a estabilidade no Oriente Médio. Fonte: InfoMoney, Veja, CNN, Reuters
Hugo Motta pagou R$ 2,8 milhões a familiares de funcionária fantasma

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), está no centro de uma nova denúncia de nepotismo e uso indevido de recursos públicos. Segundo revelou a coluna de Tácio Lorran, no Metrópoles, Motta teria empregado em seu gabinete quatro parentes da fisioterapeuta Gabriela Batista Pagidis — identificada como funcionária fantasma. Gabriela, que também já trabalhou no gabinete do ex-deputado Wilson Filho (atualmente secretário de Educação da Paraíba), teria recebido mais de R$ 890 mil em salários enquanto atuava como secretária parlamentar — mesmo conciliando o cargo com cursos de graduação e pós-graduação em período integral e trabalhando regularmente em clínicas privadas de fisioterapia. O caso se agrava com o envolvimento de seus familiares: a mãe, a irmã, a tia e o primo também ocuparam cargos no gabinete de Motta, como secretários parlamentares ou em funções comissionadas. Juntos, eles receberam mais de R$ 2,8 milhões da Câmara dos Deputados. Embora não haja provas de que os demais membros da família também sejam funcionários fantasmas, os dados levantados indicam uma série de promoções e rebaixamentos incomuns, com variações salariais abruptas em curtos períodos de tempo. A rotina de Gabriela, acompanhada pela reportagem, inclui jornadas de trabalho em clínicas de Brasília e visitas a locais como academia e zoológico durante o horário de expediente na Câmara. Os registros de acesso e frequência solicitados via Lei de Acesso à Informação revelaram lacunas no controle interno da Casa. Nem Hugo Motta, nem os membros da família Pagidis citados, responderam aos contatos da reportagem. A denúncia amplia o desgaste da imagem pública do deputado, já pressionado por acusações anteriores de atuação limitada no plenário e possível uso político da estrutura parlamentar. Fonte: Metrópoles
Acabou o dinheiro? Senado dos EUA aprova corte bilionário no financiamento público à “TV Cultura” americana

Após mais de 12 horas de negociações, o Senado dos Estados Unidos aprovou, na madrugada desta quinta-feira (17), um pacote de medidas proposto pelo presidente Donald Trump que prevê cortes significativos no financiamento público à mídia — com foco especial na PBS e na rede de rádios NPR. Se sancionado, o projeto poderá retirar até US$ 9 bilhões do orçamento, afetando desde transmissões de TV até programas de ajuda humanitária internacional. Entre os cortes mais significativos, destaca-se a redução de US$ 1,1 bilhão para mídia, o que praticamente elimina os recursos alocados para tal fim nos próximos dois anos. A redução, se confirmada, representará um impacto severo nas contas da PBS, rede de televisão com foco em conteúdo educativo e cultural. O canal, uma espécie de TV Cultura local, opera em um modelo sem publicidade, tendo no repasse público uma de suas principais linhas de financiamento. “Foi apenas 0,1% da despesa pública federal, mas é um passo na direção correta“, comemorou John Thune, senador republicano da Dakota do Sul, lembrando que esta foi a primeira vez em 35 anos que um pacote do tipo foi aprovado. Em 2018, durante o primeiro mandato de Trump, uma proposta similar, envolvendo cortes de US$ 15 bilhões, foi rejeitada. Opositores das medidas – não apenas no partido Democrata, mas inclusive no próprio partido Republicano – criticaram a “falta de transparência” na condução das deliberações. “Os republicanos estão colocando uma venda sobre os próprios olhos“, criticou um democrata, enquanto um senador republicano disse que aquele estilo de negociação “não pode se tornar um precedente“. “Doutrinação” da PBS na mira de Trump Os cortes no financiamento público à mídia, especialmente à PBS e à rede de rádios NPR, são propostas feitas por Trump ainda na corrida presidencial, pois considera seu conteúdo excessivamente progressista. “A ultrajante doutrinação das crianças americanas já foi longe demais, e o pacote do presidente Trump vai por um fim nesse absurdo financiado pelo contribuinte“, afirmou em nota a Casa Branca. Em maio deste ano, o governo federal já havia cancelado outra subvenção direcionada à PBS, no valor de US$ 23 milhões. À época, o Departamento da Educação, responsável pela concessão do recurso, afirmou que o corte era fruto do foco da rede em “justiça racial“. “É muito importante que todos os republicanos apoiem a proposta e, especialmente, CORTEM O FINANCIAMENTO À PBS E À NPR, que são piores que CNN e MSNBC juntas“, disparou o presidente em sua rede social, avisando que “qualquer republicano que votar para ajudar essas monstruosidades a continuar operando não receberá meu apoio“. Os recursos públicos respondem por cerca de 15% do orçamento da PBS, e a rede já afirmou que terá dificuldades para encontrar financiamento alternativo. “Não há como compensar. Vamos acabar fazendo muito menos do que conseguimos fazer hoje“, lamentou Sara DeWitt, gerente geral da PBS Kids, subsidiária focada em conteúdo para crianças em idade pré-escolar. A rede oferece ainda material em vídeo para professores, atividades interativas e planos para auxiliar em sala de aula. Corrida por sanção e críticas da oposição O pacote de cortes segue agora para a Câmara, onde já havia sido aprovado. No entanto, em virtude das mudanças no Senado, precisará passar por nova votação. As medidas têm até sexta-feira para chegar à mesa de Trump, senão o financiamento necessariamente seguirá. Fontes: Kid Screen, Politico, The Hill
Netanyahu pressionado por cessar-fogo em Gaza. Novo mapa de retirada das IDF apresentado ao Hamas

Na noite de terça-feira (15), o gabinete de segurança de Israel se reuniu para avaliar os desdobramentos das negociações em andamento com o Hamas, mediadas em Doha, que buscam viabilizar um cessar-fogo duradouro e a libertação dos reféns ainda em poder do grupo palestino. Fontes envolvidas nas tratativas afirmaram que houve “avanços significativos, mas ainda não um rompimento do impasse“. O principal ponto de fricção continua sendo o mapa de retirada das Forças de Defesa de Israel (IDF) da Faixa de Gaza, cuja versão atualizada foi apresentada pelos negociadores israelenses, mas ainda não recebeu aceitação do outro lado. Segundo as mesmas fontes, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu concedeu maior autonomia à equipe de negociação, permitindo mais flexibilidade para buscar um acordo. A medida representa uma mudança de postura em relação às fases anteriores do processo, marcadas por forte centralização e rigidez. Outro tema central da reunião foi o polêmico plano de construção de uma cidade humanitária em Rafah, proposta por Netanyahu como alternativa para proteger civis palestinos durante operações militares contínuas. O chefe do Estado-Maior das IDF, Eyal Zamir, apresentou um novo modelo mais enxuto, prático e de custo reduzido, após críticas anteriores do próprio Netanyahu, que exigia cronogramas mais realistas. Apesar da revisão, o plano continua gerando tensões. Segundo fontes do gabinete, Netanyahu teria demonstrado frustração com avaliações militares que considerou excessivamente pessimistas, e há suspeitas de que a IDF teria apresentado uma proposta deliberadamente inviável para minar o projeto. O custo estimado da cidade humanitária varia entre 10 a 15 bilhões de shekels, e a responsabilidade financeira recairia quase inteiramente sobre o governo israelense. O general Zamir tem travado embates com o premiê e com o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, alegando que o desvio de recursos para esse plano compromete os objetivos militares principais: enfrentar o Hamas e garantir o retorno dos reféns. Apelo por urgência Enquanto isso, o presidente israelense Isaac Herzog visitou o Kibutz Kfar Aza, símbolo dos ataques de outubro de 2023, e fez um apelo emocionado pela libertação imediata dos reféns. Herzog declarou que o país vive dias críticos e que não há mais justificativa para adiamentos: “Cada refém é um caso humanitário. Tragam todos para casa. Pressionem até que o acordo seja alcançado.“ As próximas horas são consideradas decisivas. Embora nenhum anúncio formal tenha sido feito, o avanço nas negociações e o alívio nas exigências israelenses aumentam a expectativa de um possível acordo nas próximas semanas. Fonte: YnetNews
Justiça proíbe exibição de documentário da Brasil Paralelo sobre Maria da Penha por 90 dias — advogado fala em “censura prévia”

Após decisão proferida na 9ª Vara Criminal da Comarca de Fortaleza, a Brasil Paralelo está impedida de exibir o documentário A Investigação Paralela: o Caso de Maria da Penha. A ordem judicial estabelece que a proibição deve observar o período mínimo de 90 dias. A medida atende a requerimento do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) e surge como um dos desdobramentos da investigação que busca apurar supostos crimes de ódio praticados contra Maria da Penha, que dá nome à Lei n. 11.340/2006. São levados em consideração os possíveis delitos de intimidação sistemática virtual (cyberbullying), perseguição (stalking/cyberstalking), dentre outros. A operação, batizada com o nome de Echo Chamber, está sob o comando do Núcleo de Investigação Criminal (NUINC) do MPCE e também conta com o apoio dos Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) dos Ministérios Públicos dos Estados do Espírito Santo e do Rio de Janeiro (MPRJ). O nome Echo Chamber (Câmara de Eco) faz referência a um ambiente em que as pessoas convivem apenas com as suas próprias crenças e opiniões, ou seja, uma determinada visão é constantemente reforçada em razão da inexistência de posições diferentes. O MPCE sustenta que a medida visa resguardar Maria da Penha, bem como a própria Lei n. 11.340/2006, uma vez que o documentário representaria uma tentativa de desacreditar a vítima e de modificar o nome da legislação. O MPCE ainda argumenta que essas narrativas contam com o engajamento das redes sociais e têm pretensões de ordem econômica. O advogado André Marsiglia, em suas redes sociais, critica a decisão, entendendo que ela é inconstitucional por caracterizar censura prévia. Afirma que a atuação do Ministério Público é irregular, pois lhe falta legitimidade para tutelar interesses privados e que o simples fato de uma lei levar o nome Maria da Penha não é suficiente para transformar sua biografia em patrimônio público que pudesse ser protegido pelo Estado. Nesse raciocínio, argumenta o jurista, o Ministério Público se tornaria um escritório de celebridades, já que passaria a defender a imagem de Pelé, Zico, Aldir Blanc, apenas por terem leis com seus nomes. Ressalta, ademais, que a decisão é absurda e abusiva, na medida em que suspendeu a exibição de todo o conteúdo. É preciso lembrar que a Brasil Paralelo já sofreu com medidas parecidas. Durante o segundo turno das eleições do ano de 2022, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu que o canal deveria ter sua monetização suspensa. Além disso, no mesmo julgamento, ficou proibida a veiculação do documentário “Quem mandou matar Jair Bolsonaro?“. A ministra Cármen Lúcia destacou que a decisão era excepcionalíssima, pois não queria a volta da censura sob nenhum argumento, e o ministro Alexandre de Moraes também pontuou a excepcionalidade da medida, argumentando que o caso dizia respeito a pessoas que já eram investigadas porque haviam montado um gabinete do ódio. FONTE: Gazeta do Povo, CNN, MPES Revistaoeste.com