Danuzio Neto aciona advogados para reaver seu canal do Telegram

O canal do Telegram do professor Danuzio Neto foi derrubado na última quinta-feira (26) após “denúncias falsas” em massa. Nessa sexta-feira, após orientação de seus advogados, especialistas em Direito Digital, João Mazzieiro e Matheus Pupo, o professor decidiu entrar com uma ação judicial para recuperar o canal. O canal do Telegram de Danuzio Neto foi criado em 2019 e possui mais de 146 mil inscritos. O mesmo era utilizado como espaço para divulgação de análises e notícias relacionadas a temas internacionais, geopolítica, política e defesa nacional. Na quinta-feira, o canal foi desativado, unilateralmente, pelo próprio Telegram, que apenas enviou uma mensagem automática informando que a suspensão se deu em função de denúncias de conteúdo ilegal realizadas por usuários da plataforma, que foi acatada após verificação por seus moderadores. A decisão com base nessas denúncias em massa gerou a remoção do conteúdo e a limitação da conta. Com essas medidas, além da desativação do canal, Danuzio Neto não poderá criar novos canais e nem realizar postagens públicas através de sua conta. Noticiamos aqui. O professor Danuzio Neto declarou que não compartilha conteúdos ilegais e considera que a suspensão ocorreu, injustamente, através de um ataque de denúncias coordenado para tentar silenciar seu trabalho. No dia 20 de junho, também aconteceu um ataque massivo de DDoS no lançamento do seu novo portal de notícias, o Danuzio News, esse mesmo em que o leitor está acessando para ler esse conteúdo. Ataques DDoS se baseiam em uma quantidade excessiva de acessos simultâneos e momentâneos, que visam derrubar sites para que fiquem indisponíveis. Foram 700 mil solicitações realizadas ao longo da primeira hora de funcionamento do site. Diante dos fatos aqui relatados, o professor Danuzio Neto acionou seus advogados para que medidas judiciais sejam tomadas a fim de recuperar seu canal do Telegram. Estivemos em contato com os advogados para alguns breves questionamentos, com o intuito de esclarecer os seguidores do professor sobre a polêmica situação. Abaixo, seguem 4 questionamentos realizados: Quais são os passos que serão adotados judicialmente para reaver o canal do Telegram? Advogado: Entraremos com uma ação judicial contra o Telegram. Essa ação é para pedirmos o restabelecimento do perfil do Danuzio, pois foi desativado sem justificativa, além de indenização por danos morais. Nenhum perfil pode ser desativado sem que comprovadamente tenha violado as diretrizes da plataforma. O Telegram não demonstrou, nem justificou, qual foi a violação. Apenas derrubou. Por essa razão, cabe a ação judicial para tentarmos reaver a conta. A plataforma tem um prazo para analisar esse tipo de decisão? Advogado: Nesta ação, nós fazemos um pedido liminar, que possibilita que o juiz determine que o Telegram restabeleça imediatamente o perfil enquanto o processo tramita. Como os processos são longos e demorados, não dá para esperar o processo acabar para, somente então, o juiz mandar a conta ser devolvida. Assim, se o juiz entender que há urgência no nosso pedido, ele vai ordenar que a plataforma restabeleça a conta em prazo imediato (2 a 5 dias, em média). Se não cumprir a decisão, o Telegram pode ser condenada a pagar multa diária por cada dia de descumprimento. De toda forma, não existe um prazo mínimo para essa retomada. Cada caso tem uma peculiaridade, depende de cada juiz etc. Já tive casos em que a conta foi restabelecida na mesma semana em que o juiz ordenou; ao passo que em outros, somente após meses e muita multa aplicada é que a plataforma devolveu o perfil ao usuário. Como lidar com redes sociais como o Telegram, que só têm um escritório de advocacia aqui no país? Advogado: Antigamente, era mais complicado tomar medidas judiciais contra o Telegram, que não tinha sede no país. Isso desencorajava as pessoas. Todavia, nenhuma plataforma digital pode mais operar no país sem que tenha alguma sede ou representação local. Eles foram obrigados a regularizar. Não possuem sede física como Facebook e Google, mas escritórios de advocacia no BR habilitados para os representarem no país. Na prática, nada muda. É como se tivessem sede em SP. Nossa legislação já prevê esse tipo de situação? Advogado: Sim. Retomada de perfis desativados é algo bastante comum para a justiça. Nosso escritório já ajuizou mais de 200 ações nesse sentido nos últimos anos. Essa notícia foi solicitada pelo próprio Danuzio Neto, com o intuito de esclarecer aos seus seguidores e leitores, para que saibam, de forma transparente, dos trâmites relacionados à queda de seu canal no Telegram. E os manterá informados a cada determinação ou novidade sobre o caso. Danuzio segue ativo nas suas demais plataformas de mídias sociais. Você pode continuar o acompanhando através do portal Danuzio News e de seu perfil no Instagram.
Autópsia de Juliana Marins: Legistas descartam hipotermia

A autópsia de Juliana Marins foi divulgada nesta sexta-feira (27). O exame foi realizado em Bali e descartou a possibilidade de sua morte ter sido devido à hipotermia. O corpo de Juliana foi transferido do Hospital Bhayangkara, na província do monte Rinjani, devido a falta de peritos especialistas que pudessem realizar a autópsia. E transferido para o Hospital Bali Mandara em Bali. O médico legista, Ida Bagus Putu Alit, deu detalhes sobre o resultado da autópsia de Juliana Marins, em uma coletiva de imprensa no Hospital Bali Mandara em Denpasar, uma ilha de Bali, na Indonésia. “Os indícios mostram que a morte foi quase imediata. Por quê? Devido à extensão dos ferimentos, fraturas múltiplas, lesões internas — praticamente em todo o corpo, incluindo órgãos internos do tórax. [Sua morte teria ocorrido em] menos de 20 minutos.“ Alit informou que não havia sinais que corroborassem com a hipótese de hipotermia, como lesões nas pontas dos dedos que sugerissem menor circulação sanguínea, sinais típicos associados à essa condição. Estima-se que, Juliana Marins teria caído por volta das 6:30 do sábado (21) em uma trilha cercada por desfiladeiros. As autoridade indonésias declararam que Juliana ainda estava viva no sábado, de acordo com imagens de drones e outros vídeos gravados. O legista não soube precisar se esse apontamento da autópsia sobre os 20 minutos, foram decorrentes logo após a primeira queda ou se seriam decorrentes de uma posterior segunda queda. O que se sabe é que ela teria morrido em decorrência de um trauma contundente, que afetou órgãos internos, sendo os mais graves na caixa torácica e no abdômen, que geraram hemorragias. “Foram encontrados ossos quebrados, principalmente na região do peito, nas costas, na coluna e nas coxas“, diz o resultado. Na opinião do médico legista, o que pode-se afirmar é que a morte da vítima ocorreu em um intervalo de tempo muito curto, após os ferimentos mais contundentes.
Canal do professor Danuzio Neto foi derrubado no Telegram após falsas denúncias

O canal do Telegram do professor Danuzio Neto, especialista em geopolítica e OSINT (inteligência de fontes abertas), foi derrubado nesta quinta-feira (26) após denúncias que, segundo ele, seriam falsas. Criado em 2019, o canal contava com mais de 146 mil inscritos e servia como espaço para divulgação de análises e notícias relacionadas a temas internacionais e de Defesa. Em mensagem automática enviada pelo Telegram, a plataforma informou que usuários denunciaram publicações do canal como ilegais e que, após análise dos moderadores, o conteúdo foi removido e a conta limitada. Com a suspensão, Danuzio não poderá criar novos canais nem postar publicamente no Telegram. O professor afirmou que não compartilha conteúdo ilegal e considera a suspensão fruto de denúncias coordenadas para tentar silenciar seu trabalho. Paralelamente, o lançamento oficial do novo site de notícias mantido por Danuzio, o Danuzio News, sofreu um massivo ataque DDoS. Segundo nota divulgada pelo próprio site, em apenas cinco minutos após a estreia, o portal recebeu mais de 200 mil solicitações maliciosas, chegando a um total de 700 mil requisições horas depois, o que prejudicou temporariamente o funcionamento da página. Danuzio Neto segue ativo em outras redes sociais e estuda recorrer junto ao Telegram para reverter as restrições impostas ao seu canal. Para saber mais sobre o ataque DDoS ao portal, acesse danuzionews.com ou acompanhe o professor em seu perfil no Instagram.
Solidariedade: governo federal, município e sociedade civil cooperam para trazer a Juliana Marins para casa

A comoção nacional em torno da morte trágica de Juliana Marins, jovem brasileira que perdeu a vida durante uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia, mobilizou autoridades e personalidades públicas. Após forte repercussão nas redes e apelos da população, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou que o Ministério das Relações Exteriores preste todo o apoio necessário à família da jovem, incluindo o processo de traslado do corpo ao Brasil. A mudança de postura veio poucas horas após o Itamaraty informar que, conforme o Decreto nº 9.199/2017, o governo federal não poderia custear o retorno de corpos de brasileiros falecidos no exterior, salvo em situações excepcionais. No início da tarde desta quinta-feira (26), Lula usou suas redes sociais para comunicar que havia conversado diretamente com o pai de Juliana, Manoel Marins, e que já havia solicitado que o ministério acompanhasse de perto o caso. A orientação inclui suporte logístico, trâmites diplomáticos e agilização da documentação, embora os custos financeiros do transporte não sejam arcados formalmente pelo Estado. “Conversei hoje por telefone com Manoel Marins, pai de Juliana, para prestar minha solidariedade neste momento de tanta dor. Determinei ao Ministério das Relações Exteriores que preste todo apoio à família, inclusive no processo de translado“, escreveu Lula. A solidariedade também partiu do meio esportivo. O ex-jogador Alexandre Pato entrou em contato com os familiares e se ofereceu para custear integralmente o transporte do corpo de Juliana ao Brasil. A iniciativa comoveu internautas e reforçou o movimento coletivo de apoio à família. Em declaração, Pato afirmou que deseja apenas “dar paz à família” e permitir que Juliana “descanse ao lado dos seus“. Já a Prefeitura de Niterói, cidade natal de Juliana, também se mobilizou. O prefeito Rodrigo Neves decretou luto oficial de três dias e anunciou que o município está disposto a assumir os custos logísticos do translado e do sepultamento, caso necessário. A gestão municipal também ofereceu apoio psicológico e institucional à família. A articulação entre governo federal, município e sociedade civil evidencia a dimensão humana do caso, que ultrapassou fronteiras e se tornou símbolo de solidariedade coletiva diante de uma perda irreparável.
Hamas mata 7 soldados israelenses em emboscada em Gaza

Sete soldados das Forças de Defesa de Israel (IDF) foram mortos ontem durante operações militares em Gaza, conforme informou o porta-voz do Exército, coronel Jonatan Conricus. O incidente ocorreu no sul da Faixa de Gaza, onde as tropas israelenses realizavam patrulhamento de rotina quando foram atacadas. Um dispositivo explosivo foi plantado no veículo blindado em que o grupo viajava, e ao ser ativado, iniciou uma chama que vitimou os 7 soldados. As fatalidades elevam para 1.245 o número de militares israelenses mortos desde o início da ofensiva em novembro passado. Nos últimos dias, o Exército israelense intensificou os combates na Faixa de Gaza após aumentar o contingente militar em resposta a emboscadas frequentes. Mesmo enfraquecido após quase 2 anos de guerra, membros dispersos do Hamas ainda conseguem organizar-se para realizar ataques surpresa contra soldados israelenses. Contexto militar e humanitário. Desde o início da ofensiva, as IDF mobilizaram cerca de 100.000 soldados, com apoio de artilharia pesada, drones e aviões de combate. O objetivo principal é eliminar a capacidade operacional do Hamas, cujo arsenal subterrâneo tem permitido lançamentos de foguetes e emboscadas regulares contra tropas israelenses presentes em Gaza. Os confrontos têm provocado graves consequências humanitárias. Autoridades da Organização Mundial da Saúde (OMS) estimam que mais de 37 mil civis tenham sido mortos em Gaza desde novembro, entre eles milhares de crianças, e quase dois milhões de pessoas foram deslocadas internamente. A ofensiva israelense em curso já resultou em grande destruição de infraestrutura — incluindo escolas, hospitais e redes de abastecimento de água e energia — e tem gerado ampla condenação internacional. O Conselho de Segurança da ONU se reuniu nesta semana para avaliar medidas de contenção do conflito e garantir acesso humanitário, embora críticas persistam quanto à proporcionalidade das ações israelenses. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou em pronunciamento oficial que o sacrifício dos militares “não será em vão“. “Continuaremos avançando até que o Hamas seja completamente desprovido de capacidade de lançar ameaças ao nosso povo“, declarou. Nos Estados Unidos, aliados democratas e republicanos reafirmaram apoio ao direito de Israel de se defender, mas intensificaram a pressão para a adoção de um plano de cessar-fogo e para a ampliação da ajuda internacional à população civil em Gaza. Especialistas alertam que o endurecimento das operações israelenses pode prolongar indefinidamente o conflito, dificultando qualquer perspectiva de trégua antes de novas vítimas — tanto militares quanto civis. “Os ganhos táticos das IDF nas zonas de conflito são significativos, mas o custo humano é altíssimo e mina a legitimidade internacional da operação“, avaliou o analista militar David Makovsky. Enquanto governos aliados de Israel pedem moderação e maior foco no aspecto humanitário, forças israelenses continuam avançando em áreas complexas de Gaza no que definem como “fase decisiva” das operações. O resultado dos combates de hoje ilustra o alto risco humano inerente a essas incursões e reforça o dilema entre segurança nacional e consequências humanitárias devastadoras. Fontes: The New Yorker, Wall Street Journal, Reuters
Itamaraty confirma que governo não pagará translado do corpo de Juliana ao Brasil

O Itamaraty, segundo informou o Portal de Notícias Metrópoles, confirmou que o governo brasileiro não custeará o translado do corpo da brasileira Juliana Marins, 26 anos, que foi a óbito após cair em uma trilha, no vulcão Rinjani, na Indonésia. Alegando que “não há previsão legal nem dotação orçamentária para o Estado custear translados“. Em outras palavras, o governo está dizendo que a própria família deve pagar os custos para trazer o corpo da brasileira e poder sepultá-la. Diversos portais de mídia mainstream estão noticiando essa mesma informação e alegam que o Itamaraty está avaliando rever as recomendações aos turistas brasileiros no exterior, nas quais, a especificação de que a decisão de percorrer áreas de risco seja de “responsabilidade do cidadão“, tendo a ciência de que a assistência consular que o governo pode prestar é muito limitada. A família de Juliana publicou em mídias sociais que o resgate indonésio sequer levou água, comida ou qualquer aparato que a pudesse proteger do frio e da hipotermia, além de informar que as cordas à disposição não tinham tamanho suficiente para o resgate, nos primeiros dias de buscas pela brasileira. Que o governo da Indonésia mentiu sobre o fornecimento desses itens básicos para a sobrevivência de Juliana e que poderiam ter dado condições de que o resgate ocorresse com ela ainda em vida. Além de alegar falta de apoio e comunicação do Governo Federal e do Itamaraty. As respostas do Itamaraty estão causando revolta e rebuliço na internet quanto ao posicionamento do governo brasileiro. As mídias mainstream parecem se esquecer de episódios recentes dos quais houve toda uma comoção midiática para o resgate do cavalo Caramelo, que ficou ilhado em cima do telhado, na trágica enchente do Rio Grande do Sul, em 2024. Assim como o recente caso em que o Planalto mobilizou recursos para atender um afeto político estrangeiro, a ex-primeira dama do Peru, Nadine Heredia, que teve a prisão decretada no dia 18 de junho por corrupção e lavagem de dinheiro. Nesse caso, o governo brasileiro ofertou asilo político, autorizou e enviou uma aeronave da FAB, Força Aérea Brasileira, antes mesmo que a polícia peruana pudesse executar o mandato de prisão. O Itamaraty e os grandes portais podem até citar a Lei 9.199/2017, que estabelece que “a assistência consular não inclui o pagamento de despesas com sepultamento e translado de corpos brasileiros falecidos no exterior, nem despesas com hospitalização, exceto em casos médicos específicos e atendimento emergencial de caráter humanitário“. Mas será que podem justificar o dispêndio financeiro e emergencial para essas outras 2 situações? Afinal, qual Lei englobou ambos os outros casos e que não pôde contemplar uma cidadã brasileira Juliana não teve a mesma atenção e amparo que esses 2 últimos casos recentes tiveram, isso em vida, e parece que não os terá, mesmo após ir a óbito.
Nova era nuclear: Reino Unido rompe tradição e reforça capacidade aérea

O Reino Unido anunciou nesta quarta-feira (25) a compra de 12 caças F‑35A, fabricados pela Lockheed Martin, com capacidade para transportar armas nucleares táticas, fortalecendo sua postura estratégica e voltando a integrar a missão nuclear aérea da OTAN. A aquisição representa a retomada da capacidade de ataque nuclear por via aérea pela Real Força Aérea Britânica — algo inédito desde o fim da Guerra Fria — uma vez que, desde 1998, o Reino Unido dependia exclusivamente da dissuasão submarina (Trident). A decisão foi formalizada ao longo da cúpula da OTAN, em Haia, onde o primeiro-ministro Sir Keir Starmer ressaltou a necessidade de responder à “era de incerteza radical” imposta pela guerra na Ucrânia e outras ameaças globais. Os jatos serão baseados na RAF Marham, em Norfolk, e integrados ao programa “Dual Capable Aircraft” da OTAN. Eles terão a capacidade de transportar bombas americanas B61‑12, armazenadas em solo britânico, embora seu uso dependa da aprovação dos líderes da Aliança e do presidente dos EUA. O secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, saudou a medida como “um robusto reforço britânico para a Aliança“. Além disso, o governo britânico confirmou o compromisso de elevar os gastos militares a 5% do PIB até 2035, alinhando-se às exigências dos EUA e da OTAN. Especialistas apontam que os F‑35A são mais econômicos em operação do que os modelos F‑35B, já em uso nos porta-aviões britânicos, dispensando operações de pouso vertical e trazendo menor custo de manutenção. O plano do Reino Unido contempla a compra total de 138 caças da família F‑35, reforçando sua capacidade de defesa em múltiplas frentes. A aquisição chega em um momento de forte tensão global e pressão diplomática. O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, tem exigido de aliados da OTAN maior investimento em defesa, e a Rússia tem intensificado sua presença militar ao redor da Europa. Economicamente, o programa promete gerar benefícios significativos. Estima-se que ele sustentará mais de 20 mil empregos no Reino Unido, com 15% da cadeia global de suprimentos do F‑35 baseada localmente, envolvendo empresas como BAE Systems, Rolls‑Royce e GE Aviation. Por outro lado, movimentos antinucleares, incluindo parte da sociedade civil e ambientalistas, criticam a revogação da postura de não proliferação, alertando para o risco de retomada da corrida armamentista e ameaça à estabilidade regional. A expansão das capacidades nucleares aéreas britânicas ocorre num contexto em que cerca de sete países da OTAN (EUA, Alemanha, Itália, Bélgica, Holanda e Turquia) já participam do programa nuclear compartilhado, que permite armas B61 em suas bases. Essa decisão representa a maior modernização da dissuasão nuclear britânica das últimas décadas, ampliando os meios de projeção militar — de submarinos para aeronaves — e reforçando o papel do Reino Unido em defesa coletiva, cibersegurança e capacidade de resposta rápida. O anúncio reforça o comprometimento do Reino Unido com a segurança euro-atlântica, mas reacende debates sobre o papel das armas nucleares numa estratégia de defesa contemporânea, que enfrenta desafios como escalada tecnológica, crises globais e a necessidade de mecanismos multilaterais de controle. Fontes: Financial Times, Reuters, CNN
Juliana Marins é a 10ª morte registrada em 6 anos no Parque Nacional do Monte Rinjani, na Indonésia

Segundo relatório do Escritório do Parque Nacional do Monte Rinjani, divulgado em março, os acidentes que totalizavam cerca de 21 casos em 2020 subiram para uma média de 33 casos no período de 2021 a 2023. Já em 2024, quase dobraram, chegando a 60 casos no ano. Com relação ao número de mortos, os dados divulgados foram: A morte de Juliana Marins, confirmada nessa terça-feira (24), é a mais recente fatalidade registrada, sendo a 10ª em 6 anos. É a 2ª fatalidade em 2025. Leia mais: Confirmada a morte de brasileira que caiu em vulcão na Indonésia – Danuzio Diante dos números apresentados no relatório, o governo já havia emitido um alerta sobre a necessidade de implantação de um protocolo padronizado de resgate e segurança. O mesmo relatório aponta 2 principais fatores para o crescimento no número de acidentes: Das 180 pessoas acidentadas no período analisado pelo relatório divulgado, 136 eram turistas locais e 44 estrangeiros. Dos quais, 134 envolveram quedas e torções. Até o momento, não houve divulgação dos números de acidentes registrados em 2025, todavia, há o registro da morte de um malaio, Rennie in Abdul Ghani, de 57 anos, que foi a óbito no dia 05 de maio, após cair de um penhasco de aproximadamente 80 metros, também ao se separar de seu grupo durante a trilha. Fontes: G1, Infomoney, O Tempo, 1news
Rússia planejava matar Zelensky com agente secreto polonês

Nesta segunda-feira (21), autoridades ucranianas anunciaram que frustraram um plano da FSB — serviço de inteligência russo — para assassinar o presidente Volodymyr Zelensky no Aeroporto de Rzeszów-Jasionka, no sudeste da Polônia. O líder ucraniano costuma transitar em trajetos entre a capital e rotas de apoio militar da OTAN. O plano russo envolveria um agente adormecido, ex-oficial militar polonês recrutado décadas atrás por Moscou. Segundo o diretor da SBU (Serviço de Segurança da Ucrânia), general Vasyl Maliuk, o ataque poderia ser com um franco-atirador ou um drone com câmera FPV. O agente foi detido em operação conjunta entre SBU e autoridades polonesas, que confirmaram que havia várias opções para matar Zelensky durante sua passagem pelo aeroporto. Maliuk destacou que o agente tinha nostalgia pela União Soviética e que foi ativado pela FSB há anos. A prisão do cidadão polonês ocorreu em abril de 2024. Zelensky não comentou diretamente sobre o plano frustrado, mas mencionou ter perdido a conta do número de vezes em que sua vida esteve em risco desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022. “O primeiro ataque é assustador, depois se torna algo rotineiro“, confessou em conversa com o jornal The Sun, comparando a ameaça a um vírus que se torna familiar. O presidente relatou que até tiros foram disparados durante uma tentativa em seu escritório, sugerindo que “pessoas morreram ali dentro a serviço de Putin“. Ele ainda condenou os ataques iniciais, dizendo ter recusado pedidos de evacuação feitos por países parceiros, declarando que “precisava de munição, não de uma carona”. Esta não é a primeira tentativa de assassinato conhecida contra Zelensky desde o início da Guerra da Ucrânia. Em maio de 2024, dois coronéis ucranianos foram presos por planejar matá-lo, uma conspiração supostamente encomendada pela FSB. E em 2022, mercenários chechenos e soldados da Wagner foram enviados para a Ucrânia com ordens de eliminar sua liderança. O uso de drones por parte dos russos evidencia uma evolução tática mais sofisticada, com tentativas simultâneas de infiltração por via aérea e terrestre. Especialistas em inteligência observam que tais ações refletem uma intensificação da estratégia russa, que alterna operações convencionais, cibernéticas e de contraespionagem para atingir o topo da liderança militar e política ucraniana. A nova tentativa ocorre em meio a outras investidas russas nos céus ucranianos: um ataque recente com 360 mísseis e drones devastou áreas residenciais e um hospital em Kiev, deixando várias vítimas e acendendo alertas sobre uma escalada repentina. Para Kiev, manter Zelensky vivo é fundamental não apenas militarmente, mas para a imagem global da resistência ucraniana. O presidente é o rosto emblemático do conflito e seu assassinato poderia ter repercussões devastadoras no moral nacional e no apoio ocidental. Fontes: Newsweek, Euractiv
Confirmada a morte da brasileira que caiu em vulcão na Indonésia

A publicitária brasileira de 26 anos, Juliana Marins, foi encontrada sem vida nesta terça-feira (24) pelas equipes de resgate indonésias no Monte Rinjani, na ilha de Lombok. Juliana, natural de Niterói (RJ), havia despencado por um penhasco na madrugada de sexta-feira (20) durante uma expedição ao vulcão ativo de 3.726 metros, e permaneceu desaparecida por quatro dias em uma região de difícil acesso. O corpo foi localizado após árduas operações técnicas envolvendo mais de 50 profissionais, entre equipes de resgate locais e montanhistas experientes, que enfrentaram clima adverso, neblina intensa e terreno instável. As autoridades divisaram o corpo em um desfiladeiro profundo, a cerca de 600 metros do ponto de queda, em área com rochas soltas e riscos geológicos elevados. Leia mais: Brasileira isolada em vulcão na Indonésia expõe falhas no resgate e na diplomacia brasileira – Danuzio Em um comunicado emocionante, divulgado nas redes sociais, a família informou: “Com imensa tristeza, informamos que ela não resistiu. Seguimos muito gratos por todas as orações, mensagens de carinho e apoio que temos recebido“. O parque nacional fechou o acesso à rota de subida para facilitar o trabalho de resgate e evitar interferências de outros turistas. Juliana participava de um mochilão pelo Sudeste Asiático desde fevereiro, quando viajou por Filipinas, Tailândia e Vietnã, documentando a aventura nas redes sociais. O episódio reacende alertas sobre os riscos da trilha do Monte Rinjani, considerada popular entre turistas, mas marcada por declives acentuados, solos instáveis e ausência de sinal de celular – fatores que contribuem para a ocorrência de acidentes graves. Testemunhas relataram que, após se separar do grupo devido ao cansaço nas primeiras horas da manhã, Juliana escorregou e caiu aproximadamente 300 metros. No sábado, turistas locais e um drone a localizaram cerca de 150 metros abaixo da trilha, viva, mas imobilizada e sob choques iniciais. Entretanto, a tentativa de resgate foi dificultada pelo relevo íngreme e solo instável — previsão de ser chamada de “abandonado” por falta de equipamentos adequados. A família criticou a lentidão do resgate e as informações confusas, com relatos de que Juliana havia recebido água e alimentos no local que se mostraram falsos. Autoridades brasileiras, incluindo a embaixada em Jacarta, acompanharam a operação desde o início, enviando dois representantes ao local e mantendo contato com ONGs de Resgate e a Agência Nacional de Gestão de Desastres da Indonésia . Juliana era formada em Comunicação pela UFRJ e trabalhou em empresas como Multishow e Canal Off, além de atuar como dançarina de pole dance. A jovem expressava felicidade e vigor em seus relatos, destacando que nunca havia se sentido tão viva durante a viagem. O parque nacional, reconhecido pela Unesco como Geoparque Global, declarou que continuará a revisar as normas de segurança nas trilhas, além de reforçar protocolos de emergência. O Monte Rinjani já foi palco de várias tragédias, incluindo mortes devido a acidentes e erupções históricas. A morte de Juliana Marins serve como advertência dramática sobre os riscos de travessias em zonas de altitude e vulcânicas. Fontes: Folha, CNN e Veja