O atacante português Diogo Jota, estrela do Liverpool, morre aos 28 anos em acidente de carro na Espanha

O atacante português Diogo Jota, de 28 anos, jogador do Liverpool, faleceu tragicamente na manhã desta quinta-feira (03) em um grave acidente de carro na província de Zamora, na Espanha. O internacional português estava ao volante do veículo ao lado do irmão, André, de 26 anos, que também morreu no local. O acidente ocorreu próximo à cidade de Sanabria, a poucos quilômetros da fronteira portuguesa e da Reserva Natural de Montesinho. De acordo com o serviço de emergências de Castela e Leão, o carro em que Jota viajava saiu da estrada na autoestrada A-52, pegando fogo em seguida e provocando chamas também na vegetação ao redor. Equipes médicas e bombeiros foram mobilizados ainda nas primeiras horas do dia, mas confirmaram os óbitos no local. Segundo a Guarda Civil, um estouro de pneu no Lamborghini em que os irmãos viajavam pode ter causado a perda de controle do veículo, gerando o incêndio. Não havia outros veículos envolvidos, e as autoridades abriram uma investigação judicial para apurar todos os detalhes do acidente. A tragédia aconteceu menos de duas semanas depois de Jota se casar com a companheira de longa data, Rute Cardoso, com quem tinha três filhos, o mais novo nascido no fim do ano passado. O casal havia oficializado a união em Portugal há apenas 11 dias. Carreira de destaque Nascido no Porto em 1996, Diogo José Teixeira da Silva — nome completo de Jota — iniciou a carreira no Gondomar, despontando depois no Paços de Ferreira, antes de se transferir para o Atlético de Madrid em 2016. Após empréstimos ao FC Porto e ao Wolverhampton, fixou-se na Premier League pelo Wolves, de onde se transferiu em 2020 para o Liverpool, por cerca de €44,7 milhões. Em Anfield, Jota se consolidou como uma peça fundamental do elenco, disputando 398 partidas, com 136 gols e 66 assistências. Foi campeão da Premier League na atual temporada, além de conquistar duas Copas da Liga e uma FA Cup. Pela Seleção Portuguesa, acumulou 49 jogos, 14 gols e 12 assistências, destacando-se ao vencer duas edições da Liga das Nações — a última delas neste ano, em vitória sobre a Espanha nos pênaltis. Repercussão e homenagens O Liverpool FC divulgou nota oficial afirmando estar “devastado com o trágico falecimento” do jogador e pediu respeito à privacidade da família. O presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Pedro Proença, lamentou profundamente a morte de Jota e de seu irmão. Outras personalidades, como Cristiano Ronaldo e Jamie Carragher, também prestaram homenagens ao jogador nas redes sociais, enaltecendo sua dedicação, talento e espírito coletivo. As investigações sobre as circunstâncias do acidente seguem em andamento pelas autoridades espanholas, e o relatório final deve ser encaminhado à Justiça nos próximos dias. Fonte: Mirror Online, www.football-espana.net
Ajuda humanitária em Gaza: novo modelo rompe o controle do Hamas e provoca disputa política

A recente mudança no esquema de distribuição de ajuda humanitária na Faixa de Gaza vem gerando tensões entre grupos extremistas, organismos internacionais e entidades de direitos humanos. O novo sistema, que direciona alimentos e suprimentos diretamente à população civil, sem a intermediação do Hamas, conseguiu entregar cerca de 56 milhões de refeições em apenas um mês, segundo dados divulgados por organizações envolvidas no processo. O Hamas, que historicamente controlava a maior parte da ajuda humanitária, vinha confiscando alimentos e medicamentos para sustentar seus próprios combatentes, além de revender o restante à população faminta a preços abusivos. Há ainda relatos de que armas e equipamentos militares entravam disfarçados nos caminhões de ajuda, diante da fiscalização falha do sistema anterior. Agora, com a inspeção reforçada e a entrega feita diretamente aos civis, o grupo terrorista perde não apenas recursos, mas também sua capacidade de usar a fome como instrumento de controle político. É exatamente isso que tem gerado forte reação por parte do Hamas e de seus apoiadores, além de preocupações dentro de organizações como a ONU e algumas ONGs, que temem a lentidão e a burocracia do novo método. No entanto, especialistas afirmam que a demora provocada pela fiscalização rigorosa acaba salvando vidas, ao evitar que armas ou suprimentos militares sejam camuflados junto com a comida e destinados às milícias do Hamas. Para os civis, o modelo representa um alívio inédito, ao garantir que a ajuda chegue de fato a quem mais precisa. Conforme publicado pelo perfil oficial da Global Humanitarian Foundation, que coordena parte dessa operação, “eles nos odeiam porque nosso modelo está funcionando“. A fundação ainda destacou que o Hamas vem tentando sabotar o novo sistema e até ameaçar colaboradores, mas que não pretende recuar: “Pela primeira vez, a comida vai para os civis, não para organizações terroristas“. Nos bastidores diplomáticos, cresce a pressão de algumas agências internacionais para retomar o sistema antigo, porém analistas avaliam que essa mudança seria um retrocesso, recolocando o Hamas no centro do controle e prolongando ainda mais o sofrimento da população de Gaza.
Principal testemunha em caso Odebrecht no Peru é encontrada morta e degolada

Uma testemunha-chave no caso de corrupção envolvendo uma ex-prefeita de Lima, capital do Peru, foi encontrada morta em sua residência a menos de três meses do início do julgamento. Trata-se de José Miguel Castro, ex-funcionário municipal durante a gestão da socialista Susana Villarán, entre 2011 e 2014, que cumpria prisão domiciliar. Castro foi réu no julgamento de Villlarán, acusada de receber propinas que chegam a cifras de 10 milhões de dólares das construtoras brasileiras Odebrecht e OAS, em 2019. Castro seria o 2º no comando do esquema de propinas e principal colaborador das investigações. “Ele era a segunda pessoa mais importante atrás de Villarán (…) Esperávamos sua valiosa contribuição“, disse o promotor José Domingo Pérez ao canal de notícias peruano Canal N. O corpo de Castro foi encontrado por volta das dez e meia da manhã do último domingo (29): “com um corte no pescoço“, segundo o relatório da polícia. As mídias locais noticiaram que ele foi degolado. Susana María del Carmen Villarán de la Puente, 75 anos, ex-candidata presidencial e primeira mulher eleita prefeita de Lima, é acusada de conluio, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa por ter recebido milhões de dólares de duas construtoras brasileiras. Ela admitiu ter recebido recursos tanto da Odebrecht quanto da OAS para financiar sua campanha de reeleição em 2013, mas negou que se tratasse de suborno. O julgamento está previsto para começar em 23 de setembro. Em 2016, a Odebrecht admitiu ter subornado autoridades na América Latina e na África para obter contratos de construção. Vários ex-presidentes peruanos foram investigados, dentre eles: O caso Odebrecht no Peru teve início a partir do escândalo de corrupção dos desdobramentos das investigações da Operação Lava Jato no Brasil. Calcula-se que a Odebrecht teria pago em torno de US$ 29 milhões em subornos a servidores públicos, no período entre 2005 e 2014, no Peru. Fontes: BBC, Gazeta do Povo, Expreso
2 espiões chineses presos nos EUA por tentativa de recrutar soldados

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos formalizou nesta terça-feira (01) acusações contra dois cidadãos chineses, Yuance Chen e Liren “Ryan” Lai, por atuarem como agentes do Ministério de Segurança do Estado da China (MSS) e tentarem recrutar militares americanos. Segundo a investigação, Chen, que vivia legalmente no Oregon desde 2015, e Lai, que entrou nos EUA com visto de turista em abril deste ano, montaram um esquema de espionagem que incluía pagamentos em dinheiro em locais públicos para os cidadãos norte-americanos recrutados. Em janeiro de 2022, por exemplo, eles organizaram um “dead drop“, técnica clássica de espionagem na qual US$10 mil foram deixados em um centro recreativo na Califórnia como pagamento por informações confidenciais sobre membros da Marinha. O caso ganhou repercussão porque Chen chegou a fotografar bases navais, centros de recrutamento e coletar dados pessoais de militares, como nomes, cidades de origem e histórico familiar. Tudo era enviado a contatos ligados ao governo chinês. De acordo com o procurador-geral Pam Bondi, essa operação faz parte de um esforço agressivo do Partido Comunista Chinês para infiltrar agentes no sistema de defesa dos EUA. O diretor do FBI, Kash Patel, disse que, mesmo usando métodos aparentemente rudimentares, como dinheiro trocado em armários, os dois agiam com alto grau de planejamento e dissimulação. Chen foi preso em Oregon e Lai acabou detido em Houston, no Texas. Eles já compareceram perante tribunais federais e podem pegar até 10 anos de prisão e multas que chegam a US$250 mil. O Departamento de Justiça também revelou que os suspeitos mantinham contato constante com operativos chineses por aplicativos criptografados. Fontes como Associated Press e Houston Chronicle confirmaram que os alvos principais eram militares da Marinha que, em tese, poderiam fornecer informações logísticas e de segurança sobre operações navais sensíveis. Este episódio ocorre em meio a uma sequência de ações do governo norte-americano contra atividades clandestinas de Pequim. Em 2023, dois marinheiros foram indiciados por fornecer segredos à China. No ano seguinte, outros cinco suspeitos foram presos ao fotografar exercícios militares em Michigan, indicando um padrão consistente de tentativas de espionagem. Em paralelo, casos como o do engenheiro Ji Chaoqun, condenado em 2023 por espionagem industrial, reforçam os sinais de que Pequim vem usando cidadãos aparentemente integrados à sociedade americana como agentes de coleta de dados confidenciais. O governo chinês ainda não divulgou comentários oficiais sobre o caso, mas autoridades norte-americanas interpretam a operação como parte de uma estratégia mais ampla de Pequim para obter inteligência militar crítica. O momento é delicado: relações bilaterais seguem pressionadas por acusações mútuas de espionagem, restrições comerciais e disputas sobre tecnologia. Especialistas em segurança alertam que esse modelo híbrido de espionagem, combinando agentes locais e estrangeiros com operações cibernéticas, tende a se intensificar, mesmo com repressões severas. Os promotores afirmam que as detenções demonstram o compromisso dos EUA em proteger suas Forças Armadas e o povo norte-americano, e enviar um recado claro a adversários estrangeiros. Apesar das prisões, esse tipo de infiltração continuará sendo uma ameaça constante e exigirá reforço contínuo da contrainteligência. Fontes: US Department of Justice, CNN, Reuters
Servidor da Educação de Minas é demitido após processo disciplinar e postagem antissemita

O governo de Minas Gerais oficializou a demissão, a bem do serviço público, do servidor Marcos Roberto de Souza Amaral, Analista Educacional lotado na Superintendência Regional de Ensino de Araçuaí, vinculada à Secretaria de Estado de Educação. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado nesta segunda-feira (data de publicação), após a conclusão de um processo administrativo disciplinar que apurou graves infrações funcionais. Segundo a Controladoria-Geral do Estado (CGE), Marcos Amaral descumpriu deveres previstos na Lei Estadual nº 869/1952, que tratam de obrigações como exercer o cargo com dedicação, respeitar superiores hierárquicos e manter conduta compatível com o serviço público. Além disso, o servidor teria incorrido em falta grave tipificada no artigo 250 do mesmo regulamento, considerada incompatível com a função pública. Entre os motivos do processo disciplinar, consta também a publicação de mensagens de teor antissemita e ameaçador em suas redes sociais. Em uma postagem, o servidor escreveu: A manifestação gerou forte repercussão e indignação, sendo considerada incompatível com os princípios constitucionais de respeito à dignidade da pessoa humana e à pluralidade de ideias, além de afrontar valores democráticos. A penalidade de demissão a bem do serviço público é a mais severa prevista na legislação estadual e costuma ser aplicada quando há conduta que macule a imagem e a confiança da sociedade na administração pública. O processo foi conduzido pelo Núcleo de Correição Administrativa da Secretaria de Educação, com parecer técnico confirmando as irregularidades. O servidor já está formalmente intimado pela publicação oficial e tem prazo de dez dias para apresentar pedido de reconsideração, caso queira recorrer da decisão. Procurada, a Secretaria de Estado de Educação não comentou detalhes do caso, mas reforçou a política de “tolerância zero” com qualquer prática discriminatória ou incompatível com a ética do serviço público.
Caso Carvajal: após confissão, julgamento é cancelado — o que esperar a seguir?

O Tribunal Federal de Manhattan havia marcado o início do julgamento para a última segunda-feira (30). Contudo, ao se declarar culpado no dia 25 de junho, o julgamento foi cancelado e o próximo passo do processo será a audiência de sua sentença, que está marcada para o dia 29 de outubro de 2025. Ao se declarar culpado antes de seu julgamento, Hugo Carvajal, “El Pollo“, admitiu oficialmente os crimes pelos quais é acusado, e, portanto, já não há necessidade de um julgamento completo com a presença de um júri. Se quiser se aprofundar melhor sobre o Caso Carvajal, recomendamos a leitura de nosso artigo: A caixa-preta do narcotráfico da América Latina está prestes a ser aberta. Implicações jurídicas Na confissão antecipada, também chamada nos EUA de “plea deal” ou “plea bargain”, o réu assume a culpa voluntariamente. Em troca, evita exposição de detalhes mais graves, que poderão ser barganhados com a promotoria, a fim de receber uma pena inferior à que poderia enfrentar, caso fosse sentenciado em tribunal. Segundo seu advogado, o promotor não ofereceu oficialmente um plea deal antes de sua confissão. Carvajal entrou com uma “confissão direta sem promessas de clemência“. Entretanto, isso não exclui a possibilidade de haver uma cooperação futura. A promotoria pode sugerir que Carvajal receba redução de pena se houver “colaboração substancial” com revelações importantes. A expectativa permanece para que ele entregue informações valiosas sobre o funcionamento interno do Cartel de los Soles, ligações entre Maduro, as FARC, Irã, Cuba, Rússia e Foro de São Paulo. No entanto, qualquer informação que ele forneça só poderá ser revelada na fase da audiência de sua sentença. As informações permanecerão em sigilo para evitar represálias e por segurança de investigações maiores, mediante sua delação. Se Carvajal colaborar, o governo dos EUA poderá enviar uma carta ao juiz, recomendando uma pena inferior; se não, sua pena mínima prevista permanece sendo uma pena mínima de 50 anos ou máxima perpétua. Abaixo seguem alguns exemplos de casos julgados anteriormente: Frank Lucas – Colaborou Inspirou o filme “O Gângster” (American Gangster, com Denzel Washington). Joaquín “El Chapo” Guzmán – Não colaborou O caso de El Chapo ilustra bem o que ocorre quando não há cooperação com a Justiça. Por isso, as expectativas em torno de uma eventual colaboração de Carvajal permanecem elevadas. Tudo dependerá do que ele decidir revelar, da consistência de suas delações, de sua utilidade e verificação pelo Departamento de Justiça — e se isso ocorrer antes da data prevista para a sentença, em 29 de outubro.
Mais um escândalo no INSS: fraude bilionária no seguro-defeso

O seguro-defeso, benefício importante para pescadores artesanais, está sofrendo fraudes em larga escala, especialmente em cidades do Pará e Maranhão, com cadastros inflados e desvios bilionários. O governo já anunciou medidas para minimizar as fraudes, investigações ainda estão em curso. Pará Os dados são alarmantes, em Mocajuba, no Pará, 14,7 mil pessoas receberam o seguro-defeso em 2024. O problema é que, segundo os dados do IBGE, há 15,3 mil habitantes no município, sendo 6.300 fazendeiros, 1.800 funcionários da prefeitura e outros 716 servidores municipais. Ou seja, não é possível que haja tantos pescadores artesanais na cidade. O que evidencia a existência de cadastros fantasmas irregulares. Outras cidades do norte seguem a mesma discrepância, como São Sebastião da Boa Vista, Ponta de Pedras e Cametá, também no Pará. Maranhão E os municípios de Boa Vista do Gurupi e Cedral, ambos no Maranhão. O número de beneficiários do seguro-defeso saltou de 1 milhão em 2022 para 1,7 milhão em maio de 2025. Um acréscimo de mais de 500 mil cadastros em menos de um ano. Somente em 2024, o governo dispendeu R$ 6,36 bilhões, com o benefício. Fraudes e inconsistências Como mencionado acima, municípios no Pará e Maranhão apresentam uma proporção de pescadores cadastrados incompatível com os dados populacionais. Outra evidência é que, no Maranhão há apenas 621 embarcações cadastras para centenas de milhares de pescadores inscritos. A suspeita é que entidades intermediárias, como colônias e federações, estariam atuando na fraude dos registros e retendo 50% dos benefícios, segundo a Polícia Federal. Não é a 1ª vez que o esquema fraudulento exposto ocorre. Em 2015, a Operação “Enredados” deflagrou um esquema semelhante tendo como resultado a redução de 45% no número de beneficiários em 2016. Medidas do governo Mediante às denúncias, o governo anunciou em janeiro que os beneficiários só receberão o benefício através de biometria cadastrada e validada. A medida foi formalizada por meio de decreto na última quarta-feira (25). Além de uma medida provisória que obriga a homologação dos beneficiários pelas prefeituras e o cruzamento de dados anunciado pelo Ministério da Pesca. O TCU já está realizando auditorias em pagamentos suspeitos. Fontes: UOL, Brasil247 e Jornal da Band
Parricídio choca Pernambuco: filha planeja execução do pai por R$ 2 milhões

Uma jovem de 19 anos foi presa após confessar à Polícia Civil de Pernambuco que mandou matar o próprio pai para ficar com uma herança estimada em R$ 2 milhões. O crime ocorreu na noite de 20 de junho, no bairro Enseada dos Corais, em Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife. A vítima, Ayres Botrel, de 60 anos, era caminhoneiro e foi assassinado a tiros enquanto dormia em casa. A filha dele, Amanda Chagas Botrel, foi presa seis dias depois, na quinta-feira (26), após cair em contradições durante os depoimentos. Inicialmente, Amanda disse à polícia que homens armados haviam invadido a casa, a mandado ficar calada e executado o pai. Mas as câmeras de segurança mostraram apenas o carro dela entrando e saindo do local na noite do crime, sem sinal de outros suspeitos. Confrontada com as imagens, Amanda confessou ter planejado o assassinato, levando os criminosos até a residência e facilitando a entrada deles. De acordo com a delegada Myrthor Freitas, o crime teria motivação financeira. Ayres Botrel era dono de um caminhão, imóveis e outros bens que poderiam somar cerca de R$ 2 milhões, além de já ter colocado um duplex em nome da filha. Segundo a polícia, Amanda mantinha boa relação com os pais e não passava necessidade, estudava em faculdade particular e morava com a família. Mesmo assim, teria decidido antecipar a herança. Outro ponto suspeito foi o tempo que ela demorou para avisar a mãe: cerca de 15 a 20 minutos depois dos tiros. Após audiência de custódia, Amanda foi encaminhada para a Colônia Penal Feminina do Recife, no bairro da Iputinga, onde responderá por homicídio qualificado. O delegado Rodrigo Belo, da 14ª Delegacia de Homicídios, afirmou que a jovem demonstrou frieza ao confessar o crime e não reagiu nem mesmo ao ver a mãe chorando. A investigação continua para identificar os executores do assassinato e eventuais outros envolvidos. Amanda, até o momento, é apontada como a autora intelectual do crime. Fonte: Metrópoles
PCC no coração das finanças: mercado mapeia o risco do crime organizado

O avanço do Primeiro Comando da Capital (PCC) sobre setores da economia formal começou a entrar no radar de fundos de investimento, bancos e consultorias que atuam na Faria Lima, principal polo financeiro do Brasil. Gestoras de patrimônio e analistas de risco passaram a incluir, em relatórios e estudos sobre projetos na região Sudeste, indicadores de influência do crime organizado sobre cadeias produtivas, comércio e até operações logísticas. Esse movimento é inédito em termos de metodologia de avaliação de risco no mercado financeiro brasileiro. Tradicionalmente, variáveis como estabilidade política, segurança jurídica, inflação e câmbio dominavam o cálculo de cenários de investimento. No entanto, episódios recentes envolvendo ações violentas, interceptações de cargas e denúncias de extorsão e lavagem de dinheiro têm pressionado empresas a revisitar seus modelos de compliance e as projeções sobre retorno de ativos. As preocupações se intensificaram após investigações do Ministério Público e operações da Polícia Federal revelarem conexões entre facções criminosas e negócios supostamente legais, como transportadoras, redes varejistas, construtoras e empresas de logística portuária. O PCC, em particular, é apontado por autoridades como responsável por movimentar recursos bilionários por meio de atividades ilícitas e por expandir sua influência em cidades estratégicas próximas ao Porto de Santos, a principal porta de entrada e saída do comércio exterior brasileiro. Grupos de crime organizado, como PCC e CV, expandiram seus métodos de atuação após a pandemia de COVID-19. Informações apontam que os grupos se infiltraram nos ramos imobiliário, de transporte público, clínicas odontológicas, e também no refino e venda de combustíveis, por meio do contrabando de matérias-primas. Consultorias que assessoram investidores estrangeiros relatam que fundos internacionais, sobretudo norte-americanos e europeus, começaram a incluir perguntas específicas sobre segurança e risco criminal em suas diligências antes de aprovar aportes em setores como agronegócio, transporte de alto valor e infraestrutura. Esse tipo de risco, há poucos anos restrito a avaliações qualitativas de reputação, hoje influencia decisões sobre alocação de capital e pode até aumentar o custo do dinheiro captado por empresas brasileiras. Especialistas ressaltam que a percepção do crime organizado como ameaça ao ambiente de negócios não é nova, mas se tornou mais tangível com os relatórios oficiais que apontam vínculos entre facções e empresas de fachada. Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o PCC expandiu sua atuação em pelo menos 22 estados e já exerce influência direta sobre cadeias logísticas fundamentais para exportação de commodities. O tema também tem impacto político. Governadores e prefeitos da região Sudeste vêm sendo pressionados a demonstrar capacidade de conter o avanço das facções. Em São Paulo, maior base de operações do PCC, empresas de transporte e logística têm reportado aumento nos custos com escolta armada e seguros. A insegurança afeta o valor de ativos e amplia a percepção de risco Brasil. Analistas que acompanham fundos de private equity e de crédito privado afirmam que, além de prejuízos diretos com roubo de cargas e ameaças, há preocupação com a infiltração de recursos ilícitos no sistema financeiro. A possibilidade de sanções e danos reputacionais faz com que gestoras e bancos passem a exigir provas mais robustas de controles internos e relatórios de compliance antes de liberar financiamentos. Enquanto isso, representantes do mercado alertam que o crescimento da economia paralela alimentada pelo crime organizado prejudica a competitividade do setor produtivo, distorce concorrência e compromete o ambiente de negócios no médio e longo prazo. Para conter essa tendência, advogados especializados em lavagem de dinheiro defendem que a fiscalização de transações suspeitas seja aprimorada e que as agências reguladoras atuem em parceria com autoridades judiciais. O governo federal ainda não apresentou uma estratégia articulada para lidar com o impacto econômico da atuação do PCC, mas reconhece que a dimensão do problema requer cooperação internacional e medidas que ultrapassem o âmbito exclusivamente policial. Fonte: Folha de São Paulo
Especialista em resgate comenta morte de brasileira na Indonésia e alerta: “sobrevivência é hierarquia”

O especialista em gestão de desastres e resgates Léo Farah publicou em seu Instagram um alerta sobre erros fatais em situações de emergência, motivado pela morte da brasileira Juliana Marins na Indonésia. Segundo as autoridades locais, Juliana desapareceu em uma área remota e foi encontrada sem vida após dias de buscas. No carrossel publicado em seu perfil, Farah comentou perguntas frequentes que recebe: “Leo, por que tanta gente preparada morre e outros que nem treinados são, sobrevivem?”. A resposta, segundo ele, está em ignorar a prioridade correta: “A maioria se prepara pro cenário errado. Leva comida… mas esquece de abrigo. Tem celular… mas não tem sinalização. Sabe como reagir… mas não sabe o que vem primeiro”, escreveu. Farah destacou a chamada Regra dos 3, que sintetiza as prioridades em resgates: O especialista reforçou que essa hierarquia pode determinar quem vive e quem morre em situações extremas, como a de Juliana Marins. “É essa hierarquia que eu vi decidir a vida de vítimas nas situações mais críticas do Brasil e do mundo. Você carrega o peso do seu conforto ou da sua sobrevivência. O que você escolhe levar pode te matar. Ou pode te dar 48 horas a mais. Tempo suficiente pra ser encontrado”, concluiu. Nas imagens do post, Farah ainda orienta o que nunca pode faltar em um kit de sobrevivência, citando filtro ou pastilhas para água, abrigo térmico, sinalização e primeiros socorros, para garantir chances reais de resgate. Quem é Léo Farah? Léo Farah é especialista em gestão de desastres, operações de resgate e atendimento pré-hospitalar, com mais de 20 anos de experiência em salvamentos urbanos e rurais. Atuou em grandes tragédias no Brasil, como o rompimento da barragem de Brumadinho e as enchentes históricas do Rio Grande do Sul em 2024, quando coordenou equipes voluntárias e ajudou a estruturar operações de resgate e apoio humanitário em áreas completamente isoladas. É reconhecido por seu trabalho em treinamento de equipes de emergência e pela conscientização sobre sobrevivência e preparação em situações extremas.