STF na Mira: EUA anunciam cancelamento de visto de Alexandre de Moraes, Ministros do STF, dentre outras autoridades brasileiras e seus familiares

STF na Mira EUA anunciam cancelamento de visto de Alexandre de Moraes, Ministros do STF, dentre outras autoridades brasileiras e seus familiares. Edição com imagens CC

Nesta sexta-feira (18), o governo dos Estados Unidos, sob a presidência de Donald Trump, anunciou a revogação dos vistos americanos do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, de seus familiares e de “aliados” no tribunal. A decisão, comunicada pelo Secretário de Estado, Marco Rubio, em uma postagem na rede social X, foi justificada como uma resposta às ações judiciais de Moraes contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. A medida intensifica as tensões diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos. Rubio alegou que Moraes promove uma “caça às bruxas política” contra Bolsonaro, criando um “complexo de perseguição e censura” que, segundo ele, viola direitos básicos dos brasileiros e impacta cidadãos americanos, ao tentar restringir conteúdos em plataformas sediadas nos EUA, como X e Rumble. “O presidente Trump deixou claro que sua administração responsabilizará estrangeiros responsáveis pela censura à expressão protegida nos Estados Unidos”, afirmou Rubio, ordenando a revogação imediata dos vistos.  “Portanto, ordenei a revogação dos vistos de Moraes e seus aliados na corte, bem como de seus familiares próximos, com efeito imediato.” – Marco Rubio Segundo apurado pela coluna de Mariana Sanches do portal de notícias do UOL, as sanções seriam contra todos os ministros do STF, exceto André Mendonça, Kássio Nunes Marques e Luiz Fux. E segundo os perfis do X, Instituto Brasil pela Liberdade e Armillary, a lista inclui: – Alexandre de Moraes – Ministro do STF  – Paulo Gonet Branco – Procurador-Geral da República (PGR)  – Luís Roberto Barroso – Presidente do STF  – Gilmar Mendes – Ministro do STF; Decano  – Edson Fachin – Ministro do STF  – Cármen Lúcia – Ministra do STF  – Dias Toffoli – Ministro do STF  – Cristiano Zanin – Ministro do STF  – Flávio Dino – Ministro do STF  – Andrei Rodrigues – Diretor-Geral da Polícia Federal (PF)  – Fábio Schor – Chefe da Divisão de Crimes Cibernéticos da PF  – Ricardo Lewandowski – Ministro da Justiça; ex-Ministro do STF  – Rodrigo Pacheco – Senador; ex-Presidente do Senado Federal (até início de 2025) Assim como, seus familiares mais próximos, o que se acredita que sejam, cônjuges e filhos. A decisão ocorre no mesmo dia em que Moraes determinou que Bolsonaro passe a usar tornozeleira eletrônica, atendendo a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que investiga o ex-presidente por suposta articulação internacional contra autoridades brasileiras. A operação incluiu buscas na residência de Bolsonaro e na sede do Partido Liberal (PL), em Brasília, com a apreensão de um pen drive, dólares em espécie e documentos relacionados a ações judiciais contra Moraes nos EUA. No Brasil, a medida foi recebida com reações polarizadas. A oposição, comemora a decisão, enquanto aliados do governo Lula, criticam a interferência americana. A revogação dos vistos pode escalar o confronto entre o Judiciário brasileiro e o governo Trump, com possíveis reflexos em acordos bilaterais e nas exportações brasileiras, especialmente após ameaças de sanções via temida Lei Magnitsky (“pena de morte financeira”). Até o momento, o STF e demais autoridades não se pronunciaram oficialmente. Fonte: Veja, CNN, CNN II, UOL

Mega acordo militar à vista: Trump e Zelensky negociam troca estratégica

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, revelou em entrevista recente que está negociando com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, um “mega acordo’ bilateral envolvendo tecnologia militar. Pelo acordo, os EUA comprariam drones ucranianos de longo alcance e, em contrapartida, forneceriam armamentos pesados a Kyiv — uma troca que Zelensky definiu como uma “situação ganha-ganha“. Segundo Zelensky, a proposta prevê que a Ucrânia forneça drones já testados em campo de batalha, muitos dos quais com alcance de até 1.800 quilômetros, ou seja, capazes de atingir alvos profundamente dentro do território russo. Em troca, Washington se comprometeria com o fornecimento de armas de uso estratégico para as forças ucranianas, embora os tipos exatos de armamentos ainda não tenham sido divulgados. “O povo americano precisa dessa tecnologia em seu arsenal“, afirmou Zelensky, destacando que o conhecimento adquirido por Kyiv durante a guerra com a Rússia é valioso para os EUA e seus aliados. “Essa é uma oportunidade única para ambas as nações.“ Zelensky também afirmou que está disposto a compartilhar a experiência ucraniana com outros parceiros ocidentais, como Alemanha, Noruega e Dinamarca, que já demonstraram interesse no modelo de inovação bélica ucraniana, sobretudo no campo dos drones. O presidente ucraniano reforçou que seu governo quer transformar a expertise adquirida no front em capital político e industrial, reforçando a posição da Ucrânia como polo tecnológico militar na Europa. Reversão de postura de Trump O anúncio acontece num momento em que Donald Trump revê sua posição anterior sobre a ajuda militar à Ucrânia. Após suspender o envio de armas em abril de 2025, o governo norte-americano voltou atrás e restabeleceu os repasses, inclusive impondo à Rússia um ultimato de cessar-fogo de 50 dias. Esse reposicionamento criou espaço político para o avanço da proposta de cooperação tecnológica. Durante visita a uma fábrica de drones na Ucrânia, o enviado especial dos EUA, Keith Kellogg, elogiou a velocidade de inovação do setor: “Eles estão liderando essa nova era de guerra. A capacidade de adaptação e reaproveitamento deles é impressionante“, escreveu em sua conta no X (antigo Twitter). Kellogg defendeu que a indústria de defesa americana aprenda com a experiência ucraniana, destacando que a tecnologia de drones se tornou peça central no conflito moderno. O acordo, se confirmado, representaria também um impulso vital para a indústria de drones da Ucrânia, que cresceu 900% desde o início da guerra, mas ainda enfrenta falta de contratos e financiamento. Em novembro de 2024, fabricantes ucranianos expressaram frustração com a ausência de compras governamentais, que limitavam a escala de produção mesmo com alta capacidade instalada. O cenário persistia até junho de 2025, segundo relatório da Business Insider. Agora, com a possibilidade de contratos internacionais, principalmente com os Estados Unidos, o setor pode finalmente atingir sua capacidade plena — transformando a Ucrânia de consumidora em fornecedora de tecnologia militar de ponta. O “mega acordo‘ ainda está em fase de negociação, mas já sinaliza um novo capítulo na relação estratégica entre Ucrânia e Estados Unidos, com potencial para redefinir a balança tecnológica da guerra e consolidar a posição ucraniana como potência emergente no setor de defesa. Fontes: New York Post, Business Insider, Kyiv Post

Cronologia da Crise: Moraes coloca tornozeleira em Bolsonaro e desafia Trump

Cronologia da Crise Moraes coloca tornozeleira em Bolsonaro e desafia Trump. Edição com imagens CC

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, escalou a tensão nas relações entre Brasil e Estados Unidos ao emitir ordens judiciais contra plataformas digitais americanas e impor severas restrições ao ex-presidente Jair Bolsonaro. As medidas vêm em resposta ao anúncio do presidente americano Donald Trump, em 9 de julho, de uma tarifa de 50% sobre exportações brasileiras, que entrará em vigor a partir de 1º de agosto. A tarifa, chamada de “Tarifa-Moraes” por aliados de Bolsonaro, foi justificada por Trump como retaliação às ações judiciais de Moraes, acusado de violar a liberdade de expressão de cidadãos e empresas americanas. Cronologia dos Fatos Implicações As ações de Moraes contra Bolsonaro e plataformas americanas são vistas como resposta direta à tarifa de Trump e seu apoio público a Bolsonaro, chamado por ele de vítima de uma “caça às bruxas”. As restrições a Bolsonaro, réu em um processo por suposto golpe com pena potencial de 40 anos, buscam limitar sua influência e isolá-lo de contatos com outros réus e contatos diplomáticos. O governo Lula enfrenta o desafio de equilibrar a autonomia judicial com a estabilidade econômica. A Confederação Nacional da Indústria (CNI), em 16 de julho, alertou para perdas anuais de US$ 12 bilhões nas exportações, pedindo diálogo urgente. As consequências econômicas são iminentes sem negociações, como no colapso da fruticultura do Vale do São Francisco. Aliados de Bolsonaro, como o líder do PL, Sóstenes Cavalcante, denunciaram as medidas como “censura” e tentativa de silenciar uma figura que representa milhões. Enquanto isso, as ordens de Moraes contra plataformas americanas tensionam as relações Brasil-EUA, com o Itamaraty classificando as ações de Trump como “chantagem”. A crise, que mistura questões judiciais, diplomáticas e econômicas, coloca o Brasil em um cenário internacional delicado e inédito, com impactos que podem reverberar a nível histórico.

China lança novo Sistema Nacional de Identificação Digital para usuários da internet

China Censura. Wikimedia commons CC

A China implementou um novo sistema nacional de identificação digital para usuários da internet, intensificando o controle estatal sobre as atividades online de mais de 1 bilhão de cidadãos. A medida, que entrou em vigor nesta terça-feira (15), substitui o sistema de registro de “nome real” gerenciado por empresas de internet por um código único emitido pelo governo, vinculado a dados pessoais, incluindo varreduras faciais. A iniciativa, segundo autoridades, visa aumentar a segurança e proteger a privacidade online, mas especialistas alertam para o potencial de maior vigilância e censura. O novo sistema exige que os usuários forneçam informações detalhadas, como documentos pessoais e biometria, para acessar serviços online, desde compras em e-commerce até comentários em redes sociais. Diferentemente do sistema anterior, no qual empresas privadas gerenciavam a verificação de identidade, o governo agora centraliza o processo, consolidando ainda mais seu controle sobre o espaço digital. A China, que já opera um dos regimes de censura mais sofisticados do mundo, conhecido como “Great Firewall“, reforça com essa medida sua capacidade de monitorar e regular o comportamento online. Críticos expressam preocupações significativas. “Esse sistema pode facilitar a imposição de ‘exílio digital’, limitando o acesso à internet para aqueles que forem considerados indesejáveis pelo governo, especialmente se integrados ao sistema de crédito social“, afirmou um especialista em cibersegurança. A possibilidade de sanções, como proibições de viagem ou compras, para indivíduos “blacklistados” também foi destacada em publicações nas redes sociais. Embora o governo chinês afirme que o sistema é voluntário por enquanto, há temores de que se torne obrigatório, eliminando qualquer resquício de anonimato online. “Na prática, a privacidade digital na China já é limitada, mas isso leva a vigilância a um novo patamar“, disse um analista. A integração do sistema a mais de 400 aplicativos, incluindo saúde, turismo e educação, sugere uma adoção em larga escala. A comunidade internacional observa com cautela. Relatórios indicam que a China tem exportado tecnologias de vigilância para outros países, levantando preocupações sobre a disseminação de um modelo de “autoritarismo digital“. Enquanto Pequim defende a medida como uma proteção aos cidadãos, o impacto sobre a liberdade de expressão e os direitos digitais permanece sob intenso escrutínio. Fonte: The Washington Post, The Epoch Times 

Rússia intensifica Censura Digital com nova Lei que pune pesquisas online

Censura digital russa. Imagem gerada por IA

A Rússia deu um passo significativo em direção ao controle digital com a aprovação de uma nova legislação que amplia as restrições à internet no país. Aprovada pelo parlamento russo na última quinta-feira (10), a lei, que entra em vigor em setembro, criminaliza até mesmo a busca por conteúdos considerados “extremistas” online, mesmo quando realizada por meio de redes privadas virtuais (VPNs). A medida marca uma escalada nas já severas políticas de censura digital do governo russo, justificadas por autoridades como necessárias em tempos de guerra. Até agora, a legislação russa proibia apenas a criação ou compartilhamento de conteúdos considerados proibidos. Com as novas emendas, indivíduos que “deliberadamente procurarem materiais extremistas” podem enfrentar multas de cerca de US$ 65. A publicidade de ferramentas de contorno, como VPNs, terá penalidades ainda mais pesadas, chegando a US$ 2.500 para indivíduos e até US$ 12.800 para empresas. Segundo Sarkis Darbinyan, ativista pela liberdade na internet rotulado como “agente estrangeiro” pelo governo, essas multas podem servir como pretexto para detenções e pressões policiais, com risco de evoluírem para processos criminais em futuras revisões da lei. O senador Artem Sheikin, um dos autores do projeto, tentou minimizar as preocupações, afirmando que a lei não visa punir usuários comuns por acessarem plataformas como Facebook ou Instagram. No entanto, ele não esclareceu como as autoridades determinarão se uma busca foi feita com conhecimento de que o conteúdo é “extremista“, listado em um registro do Ministério da Justiça. A falta de transparência aumenta temores de que a lei seja usada para reprimir dissidentes e limitar o acesso à informação. A Rússia já vem intensificando sua repressão digital, com bloqueios a sites e aplicativos ocidentais, como YouTube, que enfrenta lentidão deliberada desde o último verão. O governo também investiu milhões de dólares em tecnologias de inspeção profunda de pacotes (DPI) para reforçar sua “internet soberana“. Em 2024, a promoção de VPNs foi criminalizada, e gigantes tech como Google e Apple enfrentaram pressões para remover aplicativos de VPN de suas lojas. Apesar das resistências, a nova lei sinaliza que o Kremlin está determinado a isolar ainda mais o espaço digital russo, aproximando-se de modelos de controle como os da China. Essa legislação reflete uma tendência regional, com medidas semelhantes adotadas na Bielorrússia, aliada de Moscou. Críticos alertam que a repressão digital pode sufocar a liberdade de expressão e o acesso à informação, consolidando o controle do governo sobre a narrativa pública. Fonte: The Washington Post

Após bombardeios israelenses, exército sírio abandona ofensiva contra drusos

O presidente interino da Síria, Ahmed al-Sharaa, afirmou nesta quarta-feira (16), em pronunciamento oficial, que a proteção da comunidade drusa, majoritária na província de Suweida, é uma prioridade para seu governo. A declaração ocorre em meio à intensificação dos combates entre milícias drusas locais e forças do governo, que resultaram na morte de centenas de pessoas nos últimos quatro dias. Durante um pronunciamento transmitido pela TV estatal, al-Sharaa destacou a importância da “unidade nacional” e disse que sua administração não tolerará ameaças à integridade do país ou à segurança das comunidades minoritárias. Segundo ele, o governo busca um “equilíbrio entre a manutenção da ordem pública e o respeito às especificidades culturais e religiosas” dos drusos. A fala do presidente ocorre após o cessar-fogo em Suweida, intermediado pelo governo norte-americano, e após pesados bombardeios israelenses à capital Damasco e a soldados do exército sírio que avançavam em direção ao sul. Os combates têm como pano de fundo reivindicações da comunidade drusa por maior autonomia política e insatisfação com a crescente presença militar em áreas civis. Al-Sharaa também pediu que os líderes locais retomem o diálogo com representantes do governo central, afirmando que “não há solução duradoura fora da mesa de negociações”. Ele defendeu uma abordagem “descentralizada e pragmática” para lidar com as tensões locais, mas deixou claro que o governo “não permitirá a criação de enclaves armados ou paralelos à autoridade nacional”. Internamente, a resposta do governo à crise em Suweida tem gerado divisões. Enquanto líderes militares defendem uma ofensiva mais dura para retomar o controle total da província, setores civis da administração pressionam por um acordo político que envolva líderes religiosos drusos e representantes comunitários. A comunidade internacional acompanha a situação com apreensão. A ONU já emitiu alertas sobre o risco de deterioração humanitária, e entidades de direitos humanos relataram o uso excessivo da força por parte do Exército sírio em operações urbanas. Organizações locais denunciam ainda a prisão de líderes comunitários e o cerco a áreas civis por forças estatais, bem como execuções sumárias contra famílias inteiras. A continuidade dos confrontos pode comprometer a estabilidade da região sul da Síria, onde a relativa calma dos últimos anos havia permitido certo nível de reconstrução e normalidade. O futuro da província dependerá da capacidade do governo de equilibrar repressão e diálogo — algo que, até agora, tem se mostrado instável e arriscado. Fonte: Reuters

Acabou o dinheiro? Senado dos EUA aprova corte bilionário no financiamento público à “TV Cultura” americana

Após mais de 12 horas de negociações, o Senado dos Estados Unidos aprovou, na madrugada desta quinta-feira (17), um pacote de medidas proposto pelo presidente Donald Trump que prevê cortes significativos no financiamento público à mídia — com foco especial na PBS e na rede de rádios NPR. Se sancionado, o projeto poderá retirar até US$ 9 bilhões do orçamento, afetando desde transmissões de TV até programas de ajuda humanitária internacional. Entre os cortes mais significativos, destaca-se a redução de US$ 1,1 bilhão para mídia, o que praticamente elimina os recursos alocados para tal fim nos próximos dois anos. A redução, se confirmada, representará um impacto severo nas contas da PBS, rede de televisão com foco em conteúdo educativo e cultural. O canal, uma espécie de TV Cultura local, opera em um modelo sem publicidade, tendo no repasse público uma de suas principais linhas de financiamento. “Foi apenas 0,1% da despesa pública federal, mas é um passo na direção correta“, comemorou John Thune, senador republicano da Dakota do Sul, lembrando que esta foi a primeira vez em 35 anos que um pacote do tipo foi aprovado. Em 2018, durante o primeiro mandato de Trump, uma proposta similar, envolvendo cortes de US$ 15 bilhões, foi rejeitada. Opositores das medidas – não apenas no partido Democrata, mas inclusive no próprio partido Republicano – criticaram a “falta de transparência” na condução das deliberações. “Os republicanos estão colocando uma venda sobre os próprios olhos“, criticou um democrata, enquanto um senador republicano disse que aquele estilo de negociação “não pode se tornar um precedente“. “Doutrinação” da PBS na mira de Trump Os cortes no financiamento público à mídia, especialmente à PBS e à rede de rádios NPR, são propostas feitas por Trump ainda na corrida presidencial, pois considera seu conteúdo excessivamente progressista. “A ultrajante doutrinação das crianças americanas já foi longe demais, e o pacote do presidente Trump vai por um fim nesse absurdo financiado pelo contribuinte“, afirmou em nota a Casa Branca. Em maio deste ano, o governo federal já havia cancelado outra subvenção direcionada à PBS, no valor de US$ 23 milhões. À época, o Departamento da Educação, responsável pela concessão do recurso, afirmou que o corte era fruto do foco da rede em “justiça racial“. “É muito importante que todos os republicanos apoiem a proposta e, especialmente, CORTEM O FINANCIAMENTO À PBS E À NPR, que são piores que CNN e MSNBC juntas“, disparou o presidente em sua rede social, avisando que “qualquer republicano que votar para ajudar essas monstruosidades a continuar operando não receberá meu apoio“. Os recursos públicos respondem por cerca de 15% do orçamento da PBS, e a rede já afirmou que terá dificuldades para encontrar financiamento alternativo. “Não há como compensar. Vamos acabar fazendo muito menos do que conseguimos fazer hoje“, lamentou Sara DeWitt, gerente geral da PBS Kids, subsidiária focada em conteúdo para crianças em idade pré-escolar. A rede oferece ainda material em vídeo para professores, atividades interativas e planos para auxiliar em sala de aula. Corrida por sanção e críticas da oposição O pacote de cortes segue agora para a Câmara, onde já havia sido aprovado. No entanto, em virtude das mudanças no Senado, precisará passar por nova votação. As medidas têm até sexta-feira para chegar à mesa de Trump, senão o financiamento necessariamente seguirá. Fontes: Kid Screen, Politico, The Hill

Trump defende Netanyahu e Bolsonaro: os julgamentos são “caça às bruxas” contra líderes conservadores

Netanyahu, Trump e Bolsonaro. Imagem gerada por IA

O presidente Donald Trump reafirmou seu apoio aos líderes conservadores Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, e Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, ao classificar seus julgamentos como “caça às bruxas” orquestradas por forças de esquerda. Em um momento de crescente polarização global, Trump destaca que esses processos visam enfraquecer líderes fortes que defendem valores patrióticos e políticas alinhadas com a soberania nacional, uma narrativa que ressoa com sua própria experiência de perseguição judicial nos Estados Unidos. Leia mais: Netanyahu encurralado: TPI rejeita apelo e sustenta mandado de prisão Em Israel, Benjamin Netanyahu enfrenta acusações de corrupção desde 2019, incluindo suborno e fraude, relacionadas a supostos favores políticos em troca de presentes e cobertura midiática favorável. Trump, em postagens no Truth Social, denunciou o julgamento como uma tentativa de desestabilizar um líder essencial para a segurança de Israel, especialmente em meio a tensões com o Irã e negociações com o Hamas. “Bibi é um herói de guerra, não um criminoso. Essa caça às bruxas deve acabar!“, declarou Trump, sugerindo que o premiê deveria ser perdoado para focar na defesa de sua nação. A recente presença do embaixador americano Mike Huckabee no tribunal em Tel Aviv reforça o apoio dos EUA a Netanyahu, com Huckabee endossando Trump ao chamar o processo de injustiça política. O adiamento de audiências após essas declarações é visto por conservadores como uma vitória contra a pressão de elites globalistas. No Brasil, Jair Bolsonaro é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta tentativa de golpe após as eleições de 2022. Trump comparou o caso à sua própria batalha contra o “sistema corrupto” nos EUA, afirmando que Bolsonaro é vítima de uma perseguição liderada por juízes de esquerda, como Alexandre de Moraes, que abusam de seu poder para silenciar vozes conservadoras. “Bolsonaro lutou pelo povo brasileiro, e agora o establishment quer destruí-lo. Isso é uma caça às bruxas!“, postou Trump, anunciando tarifas de 50% sobre produtos brasileiros como resposta ao que chama de ataque à liberdade. A retórica de Trump conecta os casos de Netanyahu e Bolsonaro como parte de uma ofensiva global contra líderes que desafiam a agenda progressista. Assim como enfrentou impeachment e processos nos EUA, Trump vê nos julgamentos de seus aliados uma tentativa de deslegitimar governos que priorizam soberania, segurança e valores tradicionais. Leia mais: Trump dispara contra moeda do BRICS e declara apoio a Bolsonaro: recado direto ao Brasil de Lula A pressão americana, incluindo ameaças econômicas ao Brasil e apoio diplomático a Israel, demonstra a determinação de Trump em proteger aliados conservadores. Para seus apoiadores, essas ações reforçam sua liderança como defensor da liberdade contra instituições capturadas por ideologias de esquerda. Fontes: Euronews, The Sun, i24news, CNN

Irã mira cooperação militar com China para enfrentar Israel e EUA

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, desembarcou em Pequim nesta semana para uma visita estratégica, cujo objetivo principal é de retomar o apoio militar da China, que se manteve distante do país durante a guerra dos 12 dias com Israel.  A viagem ocorre paralelamente à cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (SCO), que reúne os principais aliados e parceiros econômicos e de segurança da China. A presença diplomática de Araghchi em um momento tão crítico sinaliza a disposição do Irã em fortalecer laços com potências globais para contrabalançar o isolamento imposto por sanções ocidentais. Durante o encontro com autoridades chinesas, o ministro iraniano buscou estabelecer um novo marco de cooperação militar entre Irã e China, que poderia incluir aquisição de equipamentos avançados e parceria em tecnologia militar. A decisão vem em um contexto onde o Irã precisa modernizar sua força de defesa, em especial seus sistemas antiaéreos e rotas de suprimento naval, em meio à crescente pressão dos EUA e aliados na região. Fontes diplomáticas revelam que, além das negociações militares, Araghchi pretende discutir iniciativas comerciais consolidadas, incluindo um corredor econômico colaborativo envolvendo a China e o Paquistão. Essa proposta é considerada estratégica para fomentar alternativas comerciais ao golpe das sanções ocidentais e fortalecer a presença iraniana em rotas comerciais internacionais. O fortalecimento da parceria entre Irã e China para fins militares ameaça reformular o atual equilíbrio de poder no Oriente Médio e no sul da Ásia. Negócios deste tipo podem incluir transferência de tecnologia de mísseis e programas de drones — sensíveis em termos de proliferação militar. Os Estados Unidos e seus aliados, por sua vez, acompanham o desenrolar das negociações com preocupação, especialmente porque Pequim já demonstrou disposição em driblar embargos globais por meio de fornecimento de equipamentos militares alternativos. Qualquer suposto progresso poderá azedar ainda mais as relações diplomáticas com Washington, que já têm intensas tensões por causa do programa nuclear iraniano. A viagem do ministro iraniano marca um momento decisivo na geopolítica regional e global. Caso a China aceite formalizar acordos militares com o Irã, isso poderá gerar uma resposta imediata dos EUA. Entretanto, o país persa busca também expandir sua rede diplomática e econômica — apostando nas rotas comerciais asiáticas para diversificar mercados, contornar pressões ocidentais e consolidar uma posição estratégica na Eurásia. A colaboração com o Paquistão pode transformar-se em eixo logístico crucial, conectando cadeias de produção e rotas marítimas sensíveis. Fonte: Jerusalem Post, China Daily

Netanyahu encurralado: TPI rejeita apelo e sustenta mandado de prisão

Nesta quarta-feira (16), o Tribunal Penal Internacional (TPI) rejeitou formalmente o pedido de Israel para cancelar os mandados de prisão contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant, além de recusar a suspensão da investigação sobre eventuais crimes em territórios ocupados palestinos. O pedido havia sido protocolado por Israel em 9 de maio de 2025, exigindo tanto o arquivamento dos mandados expedidos em 21 de novembro de 2024 — por supostos crimes de guerra e crimes contra a humanidade durante o recente conflito em Gaza — quanto a suspensão de todo o processo investigativo no enquadramento territorial ocupado. O TPI manteve sua jurisdição ativa, reiterando que o caso segue em andamento. O tribunal reafirmou ainda que, embora Israel não seja signatário do Estatuto de Roma, sua jurisdição se estende aos líderes envolvidos, pois a investigação foi iniciada com base na adesão da Palestina — reconhecida como Estado vassalo desde fevereiro de 2021, autorizando o TPI a atuar em Gaza, Cisjordânia e Jerusalém Oriental. O apelo israelense argumentava ter sido abalado por uma decisão preliminar da câmara de apelações, em abril, mas o tribunal refutou essa alegação, afirmando que o desafio à jurisdição segue sendo analisado e não invalida os mandados enquanto não houver decisão definitiva. No momento, não há prazo para o julgamento desse recurso. Ainda na mesma decisão, o TPI rejeitou uma solicitação de Israel para impedir que a Palestina fosse ouvida sobre o caso, alegando que já há informações suficientes nos autos. Contexto dos mandados e pressão internacional Em 21 de novembro de 2024, o TPI emitiu mandados de prisão relacionados à suposta implicação de Netanyahu e Gallant em crimes como uso da fome como método de guerra e ataques deliberados contra civis. Inicialmente, também foi emitido mandado contra o líder do Hamas, Mohammed Deif, posteriormente cancelado após confirmação de sua morte. O TPI sofreu forte reação de Israel e de seus aliados. Em junho, os Estados Unidos impuseram sanções a quatro juízes do tribunal, incluindo dois envolvidos na decisão atual — uma retaliação sem precedentes contra a jurisdição da Corte. Além disso, houve ameaças e intimidações dirigidas ao procurador-chefe Karim Khan. Relatos apontam que uma figura ligada ao entorno de Netanyahu teria afirmado que Khan seria “destruído” caso não cancelasse os mandados. Com os mandados mantidos, qualquer país signatário do Estatuto de Roma que receber visitas de Netanyahu ou Gallant terá obrigação legal de efetuá-los, caso isso ocorra. A apelação de Israel contra a jurisdição segue em curso, sem previsão de conclusão. Enquanto isso, o tribunal continuará com a investigação sobre as alegações de crimes de guerra e crimes contra a humanidade, inclusive monitorando as consequências humanitárias em Gaza. Em meio a tensões políticas e diplomáticas globais — especialmente com sanções dos EUA e retórica agressiva de Israel — o TPI reafirma sua postura independente e seu compromisso com o cumprimento do Direito Internacional, mesmo diante de pressões de alto nível. Fontes: Reuters, Anadolu, Al Jazeera

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