Banco Central confirma ataque hacker e desvios podem chegar a R$ 1 bilhão

O Banco Central confirmou que a empresa prestadora de serviços de tecnologia para instituições financeiras, C&M Software, sofreu um ataque hacker na última terça-feira (01). Embora ainda não haja confirmação sobre os valores, já se sabe que os desvios ultrapassam R$ 400 milhões, podendo chegar a mais de R$ 1 bilhão. A C&M Software é a companhia responsável pelo sistema que interliga instituições financeiras ao Sistema de Pagamentos Brasileiro, SPB. O principal foco de atuação da empresa envolve o sistema da infraestrutura do PIX. A companhia confirmou o ataque hacker, contudo, até o momento, não divulgou oficialmente sobre os valores. O que se sabe é que os relatórios iniciais apontam um mínimo de R$ 400 milhões. O portal Brazil Journal divulgou a informação, através de uma fonte direta, de que já se comenta que o desvio teria ultrapassado a cifra de R$ 1 bilhão. O criminoso teria explorado a vulnerabilidade de diversas contas, e principalmente, da BMP. Embora não sejam divulgados os nomes de todas as instituições financeiras afetadas, os relatórios iniciais apontam que cada banco ou fintech afetados registraram perdas acima de R$ 50 milhões, em média. O portal Metrópoles sugeriu o termo “Roubo do Século” para definir o ataque hacker. A C&M foi desligada do sistema do Banco Central, imediatamente após detectarem o ataque e os desvios, e realizou uma reunião de emergência com o Banco Central. Em nota, a C&M afirma: “Por orientação jurídica e em respeito ao sigilo das apurações, a C&M não comentará detalhes do processo, mas reforça que todos os seus sistemas críticos seguem íntegros e operacionais e que as medidas previstas nos protocolos de segurança foram integralmente executadas.” A BMP divulgou em nota que nenhum cliente terá prejuízo: “No caso da BMP, o ataque envolveu exclusivamente recursos depositados em sua conta reserva no Banco Central. A instituição já adotou todas as medidas operacionais e legais cabíveis e conta com colaterais suficientes para cobrir integralmente o valor impactado, sem prejuízo à sua operação ou a seus parceiros comerciais.” O Valor Econômico informou que uma pequena fração do dinheiro desviado teria sido recuperada pelas instituições afetadas, pelo MED, um mecanismo especial de devolução do PIX. E que participantes da indústria teriam criticado a segurança do BC: “Todos os bancos são obrigados a ter travas de volumetria, e o BC em si não tem. Como conseguem desviar pelo menos R$ 400 milhões e o sistema do BC não detecta risco de fraude?” Fontes: Metropoles, Brazil Journal, Valor, CNN
Afinal, pobre quer mais imposto?

As eleições de 2022 foram marcadas por uma polarização acirrada. O “nós contra eles” tomou grandes proporções e a disputa, em vários casos, saiu do campo político diretamente para as varas cíveis e criminais de diversos estados. Uma das pautas que levavam indivíduos a desavenças e, em casos extremos, litígios na justiça, era a questão da disposição do governo petista de gastar dinheiro com a cortina de fumaça do investimento. De um lado, apoiadores de Lula que ansiavam pela volta do amor e do cuidado com os pobres; do outro lado, apoiadores de Bolsonaro, confiantes nas políticas mais voltadas às liberdades individuais e ao liberalismo econômico. Lula retoma a presidência e o amor começa a custar caro logo na largada! Uma PEC da transição, flexibilizando o teto de gastos e a recriação de ministérios, saltando de 23 para 40, começou a pesar nas contas e o Brasil precisou entrar no cheque especial, o que gerou a necessidade de maior arrecadação, sendo necessário criar ou aumentar impostos, uma vez que o governo não sinaliza nenhuma possibilidade de corte de despesas. Aumento do IOF Uma das medidas que o governo viabilizou como forma de solucionar o problema das contas públicas para que chegue ao final do ano dentro da meta foi o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). A medida não impacta apenas ricos, como o governo estimula a grande massa a pensar. Os discursos de integrantes do governo, como por exemplo Fernando Haddad, ministro da Fazenda, retomam aquela polarização lá de 2022, ressuscitando o “nós contra eles” como se apenas os mais ricos fossem os culpados pelos déficits governamentais e pela escassez do pobre. A questão é tão óbvia que o discurso simplesmente perdeu força e a população, mais uma vez, foi implacável nas redes sociais, gerando uma onda de desaprovação, fazendo com que o governo recuasse, mas o recuo não foi total, foi parcial e o brasileiro foi alertado sobre isso pelas pessoas mais atentas, o que gerou uma escalada do assunto a níveis mais altos. Leia mais: Lula perdeu Brasília: crises escancaram a ingovernabilidade Encabeçado pelo presidente da Câmara, Hugo Motta, que colocou em pauta o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) para suspensão do aumento do IOF, aprovado no último dia 25 de junho, o bloqueio assustou a base governista, que contava com a receita para ter um fôlego nas contas públicas. O congresso, que representa o povo e tem legitimidade para decidir sobre temas que impactem a vida do cidadão, bloqueou o aumento do imposto, mas a questão não está decidida ainda. O PSOL, partido comprometido com os mais pobres e com as minorias, entrou com um pedido no STF para derrubar o bloqueio do aumento. Ficou confuso? Vamos de novo… o PSOL, que em seu estatuto, no capítulo II, artigo 6º, diz que é solidário à luta dos trabalhadores, visando uma sociedade mais justa, fraterna e igualitária, entrou com um pedido no STF para não permitir que o congresso atrapalhe os planos do governo de aumento do Imposto sobre Operações financeiras. Então temos duas situações: ou a vontade do povo é pagar cada vez mais impostos e o partido está representando-o junto ao Supremo para fazer frente ao congresso malvado que evitou aumento tão esperado pelos trabalhadores, ou os representantes do PSOL deixaram de lado a finalidade prevista em estatuto para atender a outros fins. Leia mais: IOF: a esperança de Lula está no STF, que pode reverter vitória do contribuinte O STF recepcionou o pedido e já está dando prosseguimento internamente. O ministro Gilmar Mendes foi o sorteado para ser relator da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) apresentada pelo PSOL, mas acabou encaminhando o caso ao presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, sugerindo que o caso ficasse sob os cuidados do ministro Alexandre de Moraes. A justificativa de Gilmar Mendes foi que Moraes já estava frente de um caso cujo tema possui “coincidência parcial“, fazendo com que o presidente do supremo redistribuísse o caso, atendendo às justificativas de Mendes. Tem-se então, ao menos, duas situações em que a matéria a ser relatada no supremo versa sobre impostos. Murray Rothbard, autor libertário, via o imposto como um roubo, uma vez que a população é coagida a entregar parte de seus rendimentos. Se o mesmo pudesse ser notificado de que casos de impostos estão sendo tratados no STF, talvez ele ficasse radiante acreditando que suas obras geraram consciência e resultados. Uma grande ironia do destino, não é mesmo?! Fraternidade com o governo O desdobramento deste caso parece ter um caráter fraterno, mas não em relação aos trabalhadores e sim ao governo. O partido se submeteu a solicitar que seja realizado um aumento de impostos aos trabalhadores. Se o pedido não for atendido pelo Supremo, o partido ficará queimado na história, torcendo para que o povo esqueça. Caso a exigência judicializada dê certo, o verdadeiro amigo se dá bem, ganha fôlego para equilibrar as contas públicas e pode posar de bom moço por ter seguido as regras do orçamento. Adicionar carga tributária ao trabalhador brasileiro para encher os cofres públicos só vai gerar mais peso para empregados e empregadores. O pobre, conhecido também por “nós“, sofrerá ainda mais com o aumento do tributo que vai impactar diretamente em seu cotidiano, seja nas operações de crédito que fizer, seja nos produtos que absorverão este possível aumento da carga tributária, sendo repassado diretamente ao consumidor. Caso ocorra, quem será responsabilizado pelo aumento do tributo? Pobre realmente quer mais imposto? Eu sou Felipe Santos, Oficial R/2 do Exército Brasileiro, formado pela Fundação Getúlio Vargas, Universidade da Califórnia e Universidade de São Paulo, atuo no mercado financeiro desde 2008. Experiente em diversas áreas no mercado, professor de Finanças Pessoais e Investimentos da Escola de Geopolítica e Atualidades Danuzio Neto e criador da Mentoria de Investimento Ágil, ajudo pessoas a investir em apenas 30 dias com segurança e praticidade. Somente um patrimônio acumulado é capaz de proporcionar a você um futuro com conforto, segurança e liberdade. O tempo passa, comece! Siga-me
União Europeia avança acordo comercial pró-Ucrânia, deixando agricultores europeus revoltados

Nesta segunda-feira (30), a Comissão Europeia anunciou que o bloco chegou a um entendimento preliminar com a Ucrânia para revisar o acordo de livre comércio que dita as relações entre as partes. O objetivo é substituir as medidas emergenciais implementadas após a invasão russa ao país, em fevereiro de 2022, mas expiradas no início de junho deste ano. Descrita pelo comissário europeu de Comércio, Maros Sefcovic, como “equilibrada, justo e realista“, a revisão garante a Kyiv condições privilegiadas em relação às em vigor antes da guerra, mas é menos abrangente que aquelas aplicadas logo após a deflagração do conflito. “Este acordo representa o melhor resultado possível dentro de uma conjuntura geopolítica difícil“, admitiu Sefcovic. O acordo original suspendeu as tarifas de importação sobre produtos oriundos da Ucrânia, e fez disparar as exportações ucranianas para a UE. O comércio ajudou a dar fôlego a Kyiv e compensar as perdas com a guerra. Dentro da UE, no entanto, um grupo de estados-membros, notadamente França e Polônia, se opõe ferrenhamente ao entendimento. Alguns deles inclusive aplicaram proibições de importação para proteger seu setor agrícola da “concorrência desleal” dos produtos ucranianos. Tais medidas seguem em vigor. A revisão prevê o compromisso de Kyiv de alinhar seus padrões agrícolas às regras da UE até 2028, em áreas que vão de controle de pesticidas ao bem-estar animal. De forma a equilibrar as demandas, autoriza ambos os lados a limitar importações no caso de “disrupções de mercado significativas“. E, em claro aceno aos dissidentes dentro do bloco, estabelece quotas para produtos sensíveis, como açúcar e ovos, enquanto aumenta limites para outros itens. A Ucrânia celebrou o acordo, classificando-o como “muito bom“. Seu principal negociador, Taras Kachka, afirmou que o país já vem se aproximando das regras da UE, em processo “que não começou hoje, mas há 15 anos”. Ele concluiu dizendo que Kyiv é um “parceiro comercial previsível“. Apesar das condições menos ambiciosas, Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, se mostrou animada com os resultados. “O lugar da Ucrânia é na família“, comentou em nota, dizendo também que a UE “segue comprometida com a integração total do país ao bloco“. Após as definições políticas, a revisão segue para ajustes técnicos. A Comissão planeja apresentar o acordo aos estados-membros e ao Parlamento nos próximos dias. Sefcovic afirmou que o entendimento traz estabilidade para as relações e demonstrou confiança na aprovação. “Quando mostrarmos que o acordo é benéfico tanto para a Ucrânia quanto para nossos agricultores, acredito que teremos o apoio necessário“. Fontes: Politico, Euronews, Eu News
Guerra comercial: veículos elétricos chineses querem dominar o mercado africano

Atingidas pelo recrudescimento do conflito comercial com EUA e Europa, empresas chinesas de veículos elétricos (EV) e híbridos olham com cada vez mais cobiça para o ainda inexplorado mercado africano. O continente abriga mais de 1 bilhão de habitantes, mas uma combinação de renda per capita baixa e protecionismo alto segue afugentando as companhias estrangeiras da região. Segundo Tony Liu, CEO da Chery South Africa, a África do Sul, por ser a maior economia do continente, funciona como uma verdadeira “porta de entrada” para o mercado automobilístico da região. “Enxergamos a África do Sul como um dos mais importantes mercados para nossa expansão global.” Tony Liu. O continente conta hoje com 14 marcas chinesas diferentes, entre elas as gigantes BYD e GWM. Outros nomes menores, como Changan, Leapmotor e Dayan, devem seguir o mesmo caminho em breve. O movimento é recente: metade das presentes iniciou suas operações em 2024. Os planos, porém, incluem não apenas expansão, mas também produção e montagem local, aproveitando incentivos governamentais. Conrad Groenewald, COO da GWM, disse que, até este momento, não fazia sentido mover a produção para a África, mas que as coisas têm mudado, o que pode motivar novos estudos de viabilidade. “Acredito que agora temos economias de escala”, comentou Conrad Groenewald. A tendência de buscar novos mercados é uma resposta chinesa ao aperto nas economias tradicionais, fruto tanto de um desaquecimento do mercado quanto de políticas comerciais adotadas. Os EUA, por exemplo, tarifam em 100% a entrada de veículos elétricos chineses, enquanto a Europa também os taxa de forma severa. O mercado automobilístico africano – produção inferior a 600 mil veículos por ano – é minúsculo quando comparado às demais praças, mas seu potencial de crescimento é significativo. Estudos de associações locais estimam que, se direcionados os incentivos corretos, as vendas podem escalar para até 4 milhões de carros por ano. Dificuldades regionais, como a falta de abastecimento elétrico confiável, têm reduzido a atratividade dos EVs até o momento na África. Por este motivo, os executivos estudam também estimular a produção e venda de veículos híbridos. Para Steve Cheng, gerente-geral da BYD na África do Sul, porém, os empecilhos não minam a estratégia. “Acredito que a África do Sul e o resto da África têm uma grande oportunidade de dar um salto enorme dos veículos tradicionais para os EVs. É um mercado enorme“. Fontes: reuters
Canadá cede à pressão de Trump e suspende taxação de serviços digitais

O governo do Canadá anunciou neste domingo (29) a retirada de última hora do imposto sobre serviços digitais (Digital Services Tax – DST) que seria aplicado a empresas dos EUA, antes mesmo de sua entrada em vigor. O objetivo é destravar negociações comerciais estagnadas com os Estados Unidos e atender ao prazo estabelecido no recente encontro entre o premiê Mark Carney e o presidente Donald Trump, que prevê a conclusão de um novo acordo até 21 de julho. O DST, aprovado em 2024 e retroativo a 2022, previa a cobrança de 3% sobre a receita no Canadá de grandes empresas de tecnologia, como a Amazon, Apple, Google, Meta e outras, com faturamento anual acima de US$ 20 milhões no país. A proposta, apresentada em 2020 para fechar brechas tributárias e pressionar por um acordo multilateral, caiu como uma bomba diplomática: Trump classificou a medida como “um ataque flagrante“, interrompeu as conversas comerciais e ameaçou impor novas tarifas sobre produtos canadenses. Em reação, o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, saudou o revés canadense: “Obrigado, Canadá, por remover o imposto que poderia sufocar a inovação americana e comprometer qualquer acordo comercial“, declarou via X. O anúncio foi feito horas antes de o imposto entrar em vigor. O ministro das Finanças canadense, François-Philippe Champagne, comprometeu-se a encaminhar uma legislação para revogar formalmente o Digital Services Tax Act em breve. A expectativa é que isso coloque o comércio bilateral nos trilhos e evite mais atritos com Washington. O Canadá foi o maior comprador de produtos dos EUA em 2024 (US$ 349 bilhões) e o segundo maior destino para exportações americanas (US$ 413 bilhões). Analistas afirmam que a suspensão do DST foi essencial para restaurar a confiança e permitir a retomada das negociações comerciais nos moldes do USMCA (Estados Unidos‑México‑Canadá). O mercado reagiu com otimismo. Nas bolsas asiáticas, os índices Nikkei (Japão) e Kospi (Coreia do Sul) registraram ganhos, à medida que as expectativas sobre o fortalecimento do comércio entre os EUA e o Canadá amenizavam o apetite por ativos de risco. Os futuros da Nasdaq e S&P subiram, enquanto o dólar cedia frente a outras moedas à medida que aumentava a possibilidade de um corte nas taxas de juros americanas. Apesar do alívio, o governo de Ottawa reconhece que o DST fazia parte de uma estratégia global, e que o país continua empenhado em buscar uma abordagem multilateral para tributação digital. Porém, a prioridade do momento é “garantir um ambiente propício para as negociações bilaterais, que agora contam com um prazo definido”, reforçou Champagne em nota oficial. A resposta dos EUA foi rápida: Trump confirmou que as conversações haviam sido retomadas e sinalizou que até mesmo novas tarifas poderiam ser evitadas, desde que haja progresso. O prazo final, 21 de julho, foi acordado no encontro dos líderes ocorrido durante a cúpula do G7, em junho. O movimento também reverberou nos bastidores dos EUA: republicanos passaram a apoiar o plano após a retirada do imposto e o clima político tornou-se mais propício ao avanço de uma reforma comercial mais ampla, incluindo aspectos de segurança e cooperação econômica, conforme pauta emergente no norte do continente. Entretanto, críticas surgem no Canadá. A Canadian Chamber of Commerce alertou que a desistência do imposto cancelou uma oportunidade de arrecadação e reduziu a pressão sobre a OCDE para propor padrões globais mais justos. Outros temem que o país continue vulnerável a pressões externas e dependa excessivamente do mercado americano. À beira de um acordo que poderia fortalecer a cooperação econômica e reduzir tensões, Canadá e EUA entram agora na reta final de negociações com apostas elevadas: para Ottawa, equilibra-se entre proteger seus interesses fiscais; para Washington, restabelecer a confiança entre os vizinhos após meses de atrito. Fonte: Reuters, Reuters, New York Post
EUA começam 2025 com queda de 0,5% no PIB e consumo enfraquecido

A economia dos Estados Unidos encolheu 0,5% no primeiro trimestre de 2025, segundo dados revisados divulgados nesta quinta-feira (26) pelo Departamento de Comércio. O número superou a estimativa anterior, que apontava uma retração de 0,2%, e intensificou as preocupações sobre o ritmo da atividade econômica no início do ano. É a primeira vez desde 2022 que o Produto Interno Bruto (PIB) — que mede tudo o que o país produz — registra queda, sinalizando que a economia americana começou 2025 perdendo fôlego. Aumento das importações Um dos principais fatores para o resultado negativo foi o aumento expressivo das importações. As empresas americanas compraram quase 38% a mais de produtos do exterior em relação ao trimestre anterior, temendo tarifas futuras diante de uma avaliação de mercado que sinalizava possível endurecimento nas políticas comerciais. Embora indiquem atividade econômica na cadeia de suprimentos, as importações afetaram negativamente o PIB por se referirem a bens produzidos fora do país. Como não geram valor dentro da economia americana, essas compras contribuíram para a retração no resultado final. Segundo o governo, o impacto foi de quase cinco pontos percentuais no desempenho do trimestre. Os gastos dos consumidores, que sustentam boa parte da economia dos EUA, cresceram apenas 0,5% entre janeiro e março — uma forte desaceleração em comparação aos 4% do fim de 2024. Isso mostra que os americanos estão mais cautelosos para consumir, afetados pelos preços altos e juros elevados. O governo federal também reduziu seus gastos em 4,6% no trimestre — uma das maiores quedas desde 2022. Essa contenção atingiu setores importantes, como defesa, infraestrutura e programas sociais, diminuindo o fluxo de investimentos públicos na economia. Com isso, o corte de despesas reduziu ainda mais o ritmo da atividade econômica, retirando dinheiro de setores importantes. Redução de gastos estatais Mesmo com a redução de gastos pelo governo, a inflação segue elevada. O índice de preços PCE — usado pelo Federal Reserve (Banco Central dos Estados Unidos) para acompanhar o custo de vida no país — avançou 3,7% no período. O núcleo da inflação, que exclui alimentos e energia devido à sua volatilidade, subiu 3,5%. Ambos os índices seguem acima da meta de 2%, o que complica a redução dos juros. Apesar do desempenho abaixo do esperado, parte dos analistas mantém uma perspectiva otimista para o segundo trimestre. O Federal Reserve de Atlanta projeta crescimento de até 3%, enquanto outras consultorias apontam uma recuperação mais moderada, entre 1,5% e 2%. Por outro lado, há quem veja um risco maior: que os Estados Unidos estejam entrando em um ciclo de crescimento fraco com inflação resistente — um cenário conhecido como estagflação, no qual há estagnação da atividade econômica combinada com alta persistente dos preços —, o que dificultaria uma retomada sustentada nos próximos meses. Enquanto isso, outras grandes economias apresentaram desempenhos mais favoráveis. A China cresceu 1,2% no mesmo período, impulsionada pelo setor de tecnologia e investimentos públicos. Já a Zona do Euro avançou 0,4%, com destaque para a recuperação gradual da indústria alemã. Esses contrastes reforçam as dúvidas sobre a resiliência do modelo econômico dos Estados Unidos. Fonte: Daily Sabah
Eles querem o seu dinheiro — e não é o governo desta vez

Apesar da recente discussão acalorada acerca do aumento ou criação de impostos, não é da voracidade do governo que falaremos, pelo menos, não por hoje. O assunto de hoje é declaradamente e expressamente tipificado na legislação penal, o que não se aplica – ainda, de acordo com anseios libertários – à disposição do governo de arrecadar. O roubo de dinheiro das contas e de cartões de crédito dos brasileiros revela cifras impressionantes e você pode estar vulnerável. Uma matéria do jornal Valor Econômico revelou que, apenas nos últimos dois anos, os golpes utilizando-se de cartões de crédito e Pix somaram R$ 10 bilhões. Um destaque para o aumento de 43% nos golpes aplicados apenas com Pix, revela que há uma expansão da atividade criminosa, o que gera preocupação não somente às autoridades, mas também ao público bancarizado em geral. Um levantamento feito pela Agência Brasil noticiou que, em 2024, 51% dos brasileiros foram lesados com algum tipo de fraude. A principal foi o golpe com cartões de crédito (47,9%), seguido de boletos falsos ou transações fraudulentas via Pix (32,8%) e phishing, e-mails ou mensagens fraudulentas que induzem ao roubo de dados (21,6%). O fato de termos evoluído em tecnologias que facilitam a vida do cidadão parece ter facilitado também a vida dos criminosos, que se apoderaram das ferramentas tecnológicas para melhorar o poder de convencimento de suas vítimas, aumentar as chances de sucesso no golpe e maximizar o produto do crime. A matéria traz uma declaração de Rodrigo Colossi, superintendente de prevenção a crimes financeiros do Banco BV, onde ele alerta sobre a engenharia social que envolve os crimes, tendo técnicas avançadas de tratamento dos dados, como por exemplo clonagem de vozes, criação de vídeos e outros recursos bastante convincentes. Dinheiro fácil A prática de crimes desta natureza possui uma característica em comum que deve ser levada em consideração e acender a “luz amarela“: dinheiro fácil. Com oito a cada dez famílias endividadas no Brasil, a promessa de ganhos rápidos e com pouco ou nenhum esforço torna-se a isca perfeita para os criminosos. A promessa de resolver um problema que pode durar a vida inteira, simplesmente clicando em um link ou se endividando para investir em uma suposta oportunidade altamente lucrativa e desconhecida, pode fazer com que o valor movimentado por golpes, já alto nos últimos dois anos, cresça ainda mais neste ano e nos próximos. Como evitar que mais golpes sejam aplicados? Colossi afirma que a conscientização seria o essencial para evitar novas fraudes. Segundo o executivo do Banco BV, cerca de R$ 47 milhões já foram investidos em segurança pelas instituições financeiras, mas ainda assim a informação e educação financeira de baixo nível na sociedade permite que indivíduos cometam crimes desta natureza contra cidadãos. Lembre-se de que estamos disputando uma quantidade de riqueza disponível. Dinheiro troca de mãos e a todo momento vão tentar tirá-lo de você, seja por meios lícitos, oferecendo um produto ou serviço, seja por meios ilícitos, através de links, promoções imperdíveis e urgentes ou boletos que você não verifica se são realmente aqueles que precisa pagar. Eu sou Felipe Santos, Oficial R/2 do Exército Brasileiro, formado pela Fundação Getúlio Vargas, Universidade da Califórnia e Universidade de São Paulo, atuo no mercado financeiro desde 2008. Experiente em diversas áreas no mercado, professor de Finanças Pessoais e Investimentos da Escola de Geopolítica e Atualidades Danúzio Neto e criador da Mentoria de Investimento Ágil, ajudo pessoas a investir em apenas 30 dias com segurança e praticidade. Siga-me no Instagram no @fe_ivestimento_agil ou se preferir, mande um email para felipesantos@feinvestimento.com.br. Somente um patrimônio acumulado é capaz de proporcionar a você, um futuro com conforto, segurança e liberdade. O tempo passa, comece!
Com medo do fechamento do Estreito de Ormuz, governo antecipa aumento de etanol na gasolina

A partir do dia 01 de Agosto, o Etanol passará de 27 para 30% na gasolina e o diesel irá receber 1% a mais de biodiesel, se transformando em B15. O governo está comemorando essa decisão que teve o aval do CNPE, Conselho Nacional de Política Energética. A medida foi antecipada, devido aos temores das previsões sobre o possível bloqueio do estreito de Ormuz, ameaçado pelo Irã, contudo o mesmo não ocorreu. O Governo Federal alega que o aumento no teor de etanol foi testado e aprovado pelo Instituto Mauá de Tecnologia em coordenação com o Ministério de Minas e Energia, além de estar amparado pela “Lei Combustível do Futuro”. Enquanto o governo comemora, motoristas brasileiros estão apreensivos quanto às possíveis consequências dessa medida estatal. Quanto mais etanol na gasolina e biodiesel no diesel, maior o temor, tanto financeiramente, quanto para a vida útil do motor e demais peças, dos veículos em circulação. Os testes realizados para esse aumento revelaram um dado preocupante, estamos muito próximos do limite possível de adição de álcool na gasolina, tanto para os automóveis quando para as motocicletas, com essas tendo resultados ainda mais alarmantes, pois apresentou plausíveis sinais de problemas em seu devido funcionamento. Há um limite técnico para essas adições, definido pela relação estequiométrica, que define quantas partes de ar para cada parte de combustível, mesmo que se ajuste a central eletrônica. Pois esse ajuste, não pode ocorrer indefinidamente. A própria CNT, Confederação Nacional do Transporte, emitiu alerta informando que os níveis elevados de biodiesel podem causar formação de borras nos tanques, motores e bicos injetores dos caminhões e ônibus, podendo ocasionar em comprometimento da potência e redução de sua vida útil, inclusive possíveis paradas desses veículos nas rodovias, ocasionando problemas de mobilidade no trânsito. Entidades e Instituições estão emitindo alertas, enquanto a população segue apreensiva com os resultados dessa medida. Mas nem tudo é tão temeroso que não possa piorar, as pretensões do governo, descritas na Lei do Combustível do Futuro, é de que o Etanol chegue ao patamar de 35% na gasolina e que o diesel possua 20% de biodiesel, até 2030. Fontes: CNT, Câmara dos Deputados, Autopapo, CNN e Gov.br
Argentina cresce em ritmo chinês e com inflação em queda

País cresce 5.8% em 12 meses e a inflação de maio é a menor dos últimos 5 anos No primeiro trimestre de 2025, a Argentina cresceu 5,8%, comparado ao mesmo período de 2024. O ritmo de expansão do PIB é superior ao apresentado pela China, que cresceu 5,4% no mesmo período. Dentre as principais contribuições para o resultado, os investimentos em capital fixo saltaram 31,8% na Argentina, enquanto o consumo privado aumentou 11,6%. O significativo aumento nos investimentos é particularmente bem-vindo, já que indica confiança na economia e ancora o crescimento futuro. Comparando apenas com o trimestre anterior, o avanço da economia foi de 0,8%, segundo o Instituto Nacional de Estadística y Censos (Indec) argentino. Para o economista Federico González Rouco, da consultoria Empiria, isso representa uma desaceleração frente ao ritmo de crescimento do ano passado, mas ele salienta que o consumo aumentou 2,9% e a formação bruta de capital fixo (investimentos) aumentou 9,8% na mesma base de comparação ante o último trimestre de 2024, sendo dados positivos. As trocas comerciais também cresceram em ritmo forte na taxa anualizada, mas as exportações (7,2%) aumentaram bem menos do que as importações (42,8%), o que reduz a balança comercial e gera preocupação quanto aos superávits que vêm sendo mantidos pelo presidente Javier Milei. O mandatário conseguiu reverter o déficit de 4,4% do PIB deixado por seu antecessor em 2023, para um superávit de 1,8% do PIB em 2024. Nos cinco primeiros meses deste ano, o superávit está em 0,8%, menor do que o visto no ano passado. E Milei solicitou que todos os ministérios de seu governo intensifiquem os cortes de gastos, para que o ajuste fiscal permita um superávit de 1,6% do PIB até o final do ano. O presidente argentino foi eleito em 2023 usando uma motosserra como símbolo de campanha e tem implementado duros cortes desde então, além de reformas. Sua política econômica levou a uma acentuada queda da inflação, que marcou 1,5% em maio, o menor valor para os últimos cinco anos. No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação está em 43,5%, após atingir 117,8% em 2024 e 211,4% em 2023, ano no qual se encerrou o governo do peronista Alberto Fernández e quando a Argentina teve a maior inflação do mundo. Fontes: La Nación, Euronews, CNN Español, CNN Brasil, UOL,
O casamento bilionário de Jeff Bezos: luxo, protestos e caos em Veneza

Se você está se sentindo excluído por não estar na lista de convidados do casamento de Jeff Bezos com Lauren Sánchez, talvez devesse agradecer. Claro, ter bilhões no banco e uma cerimônia em um palácio veneziano parece o ápice do glamour — mas, como tudo que envolve cifras estratosféricas, também vem carregado de pressões, escândalos e protestos que poucos casais comuns sequer poderiam imaginar. O casamento do segundo homem mais rico do mundo tornou-se um espetáculo global que reflete tanto o poder do dinheiro quanto a resistência crescente contra ele. Mistério, luxo e copos artesanais A cerimônia, marcada para acontecer em Veneza, Itália, está sendo conduzida sob o mais alto grau de sigilo. Ainda assim, alguns detalhes conseguiram escapar à vigilância da equipe de segurança. Empresas locais confirmaram que produziram copos artesanais e doces típicos para as lembrancinhas distribuídas aos convidados, enquanto o luxuoso hotel Aman Venice, onde os noivos e seus VIPs devem estar hospedados, está com reservas esgotadas por diárias que vão de US$ 2.000 a US$ 10.000. Entre os convidados estrelados, figuram nomes como Leonardo DiCaprio, Oprah Winfrey, Bill Gates, Kim Kardashian, Diane von Furstenberg, Barbra Streisand e a rainha Rania da Jordânia. Donald Trump e Ivanka também estariam na lista, embora não se saiba se comparecerão, dados os compromissos políticos do presidente dos EUA. Veneza não está celebrando Enquanto Bezos e Sánchez trocam votos em meio a arranjos florais milionários e pratos de chefs premiados, do lado de fora a cidade se agita em protestos. Para muitos moradores e ativistas locais, o casamento é um exemplo gritante da gentrificação e do esvaziamento cultural de Veneza. O grupo “No Space for Bezos” tem se manifestado intensamente nos últimos dias. Cartazes e faixas com frases como “SE VOCÊ PODE ALUGAR VENEZA PARA SEU CASAMENTO, PODE PAGAR MAIS IMPOSTOS” foram espalhados pela cidade — incluindo uma instalação monumental na Piazza San Marco, organizada pelo Greenpeace. A faixa foi rapidamente removida pela polícia local, mas a mensagem já estava dada. Diante da hostilidade pública, a equipe de segurança de Bezos intensificou os cuidados. Fontes disseram ao TMZ que até empresas de táxi aquático foram deixadas no escuro quanto ao itinerário dos noivos. Há rumores de que mudanças de última hora estão sendo feitas para despistar manifestantes — que prometem bloquear canais e ruas com botes infláveis, corpos e faixas no grande dia. O local da cerimônia ainda é um mistério. O iate de Bezos, o Koru, com impressionantes 127 metros de comprimento, chegou a ser cogitado como palco dos votos matrimoniais — especialmente por ser onde ele teria feito o pedido de casamento. No entanto, preocupações com a segurança levaram à especulação de que o casal possa optar pela Fondazione Giorgio Cini, um centro cultural isolado, ou mesmo por um espaço chamado “La Misericórdia“. Apesar das declarações de que o evento será discreto e com mínima interferência, os efeitos são inegáveis. Veneza está praticamente bloqueada para turistas comuns. Os maiores portos de iates da cidade foram reservados, e há rumores de que donos de embarcações de luxo não relacionadas ao evento tenham alterado suas férias para evitar a “área de impacto”. A cidade, além disso, fechou seu espaço aéreo — exceto para helicópteros privados, caso algum chefe de Estado decida aparecer. Um gondoleiro entrevistado pelo Wall Street Journal resumiu a frustração: “Somos muito lentos. Não vamos participar de nada.“ Com protestos intensos, tensões políticas e bloqueios urbanos, o casamento de Jeff Bezos e Lauren Sánchez deixou de ser apenas uma união amorosa para se tornar um evento sociopolítico. Para os ativistas, trata-se de resistir à dominação dos oligarcas globais. Para o casal, talvez apenas um “sim” cercado de luxo e segurança. De qualquer forma, a mensagem é clara: ser Jeff Bezos pode parecer maravilhoso — até você tentar se casar em Veneza. Fonte: Los Angeles Times