Bancos brasileiros se antecipam a possíveis sanções dos EUA e reforçam alerta no setor financeiro

Bancos e instituições financeiras no Brasil estão procurando escritórios de advocacia nos Estados Unidos para se prepararem frente à possibilidade de sanções financeiras unilaterais do governo Trump, segundo informou a Folhapress. As consultas se intensificaram após o anúncio da sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros exportados aos EUA, com início previsto para 1º de agosto, e também diante da decisão do governo Trump de banir a entrada do ministro Alexandre de Moraes e seus aliados nos EUA, o que inclui possíveis restrições bancárias. Entre os temores do setor estão: Um executivo ouvido pela reportagem, afirmou que os bancos buscam mapear possíveis restrições legais e elaborar planos de contingência para enfrentar o pior cenário. Apesar da tensão, representantes do setor consideram “impensável” a exclusão do Brasil do sistema Swift, a plataforma internacional de comunicação financeira sediada na Bélgica. O sistema é essencial para transferências e liquidações bancárias internacionais. A preocupação do setor se agravou com a abertura de uma investigação comercial pelo USTR (Escritório do Representante de Comércio dos EUA) contra o Brasil, na qual o Pix foi citado como possível prática desleal no mercado de pagamentos eletrônicos. Em resposta, a Febraban divulgou uma nota defendendo o Pix, destacando que se trata de uma infraestrutura pública, aberta, não comercial nem discriminatória, com participação de bancos, fintechs e instituições nacionais e estrangeiras. A entidade reiterou que não há restrições à entrada de novos participantes no sistema, desde que atuem no mercado nacional e operem em reais. Questionada pela Folhapress sobre as possíveis sanções, a Febraban respondeu que não comenta hipóteses. Enquanto isso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que o governo brasileiro também está trabalhando em planos de contingência econômicos para lidar com os desdobramentos da nova postura comercial da gestão Trump. Fonte: Folhapress
Senador dos EUA alerta: Trump pode impor tarifa de 100% ao Brasil, China e Índia por compra de petróleo russo

Nas últimas horas, o senador Lindsey Graham (Republicano – Carolina do Sul) participou de uma entrevista na Fox News e fez um alerta contundente: o presidente Donald Trump pretende impor uma tarifa de 100% sobre países que continuem comprando petróleo russo com desconto – citando especificamente Brasil, China e Índia. Graham ressaltou que essas nações respondem por cerca de 80% do petróleo russo a preços reduzidos e afirma que essa compra sustenta a “máquina de guerra de Putin“. Ele chegou a declarar: “Vamos esmagar a economia de vocês” (“we’re going to crush your economy”), enfatizando que os EUA estão prontos para aplicar medidas comerciais drásticas contra os países que continuem a suportar financeiramente a Rússia. Em sua fala, o senador comparou Trump a um campeão esportivo, dizendo que ele está prestes a “dar uma surra” em Putin, remetendo ao estilo assertivo do ex-presidente. Além disso, segundo Graham, Trump teria concedido um prazo de 50 dias para que a Rússia aceite negociações de paz — caso contrário, estaria aberto a impor sanções secundárias e tarifas adicionais. Especialistas alertam que uma tarifa tão agressiva poderia disparar os preços globais do petróleo, provocar tensões diplomáticas internacionais e afetar o equilíbrio econômico de nações emergentes. Na prática, países como Brasil, China e Índia teriam de optar entre manter relações comerciais com os EUA ou continuar comprando petróleo russo. Por que isso é importante? Essa proposta, ainda que teórica, reflete um novo patamar na retórica americana de punição econômica. Se efetivada, pode alterar as dinâmicas de comércio global de energia e influenciar diretamente as decisões de política externa de grandes economias. Além disso, mostra o peso que operadores políticos, como Graham, podem exercer no uso de tarifas como instrumento geopolítico. Fontes: Indiatimes, NYpost, The economic times
China avança no setor financeiro brasileiro com chegada da UnionPay

A UnionPay, maior operadora de cartões do mundo em volume de transações, prepara sua entrada oficial no mercado brasileiro ainda em 2025. A iniciativa conta com apoio estratégico da fintech brasileira Left, que será responsável por intermediar a emissão dos cartões e integrar a tecnologia da empresa chinesa à rede nacional. A chegada da UnionPay representa um desafio direto ao duopólio de Visa e Mastercard, que dominam amplamente o setor de meios de pagamento no Brasil. A movimentação sinaliza o avanço do sistema financeiro da China em mercados emergentes e reacende o debate sobre soberania tecnológica e alternativas às bandeiras tradicionais de crédito e débito, historicamente ligadas ao mercado norte-americano. Fontes do setor indicam que a operação da UnionPay será voltada inicialmente para nichos estratégicos, como turistas chineses, e-commerce internacional e consumidores interessados em soluções com menores taxas de câmbio. A fintech Left terá papel central na customização dos produtos financeiros, incluindo cartões físicos e digitais, com planos de fidelidade e integração a carteiras digitais. A entrada da UnionPay também pode abrir espaço para novos arranjos de pagamentos no Brasil, especialmente em um momento em que o Banco Central incentiva a competição no setor e o crescimento de alternativas ao sistema tradicional de cartões. A companhia já opera em mais de 180 países e tem se expandido de forma silenciosa na América Latina, com presença crescente no México, Chile e Argentina. Especialistas avaliam que a parceria com a Left dará agilidade à operação e facilitará o cumprimento das exigências regulatórias brasileiras, como adequação ao Pix, à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e à interoperabilidade com sistemas locais. Apesar da expectativa positiva, o lançamento oficial ainda depende da aprovação final do Banco Central e da conclusão de testes de segurança e conformidade tecnológica. A previsão é que os primeiros cartões UnionPay emitidos pela Left estejam disponíveis para consumidores no último trimestre de 2025. Fontes: UnionPay, Banco Central do Brasil, Statista e Click Petróleo e Gás
Sanções americanas: a importância do Bitcoin e do USDT

O presidente Donald Trump tem surpreendido os mais céticos analistas políticos com decisões direcionadas a personagens conhecidos da população brasileira. No último dia 18 de julho, ministros do STF, o Procurador Geral da União e outros aliados foram sancionados com revogação de seus vistos americanos, decisão esta extensiva a familiares. Com as medidas aplicadas e avisos recorrentes de que podem ser maximizadas ou incrementadas por outros tipos de sanções, analistas de diversos meios de comunicação cogitam a possibilidade do governo Trump determinar medidas como, restrições à aviação comercial, cancelamento de serviços GPS ou, até mesmo, cancelamento de atividades de sistemas de pagamento e banimento do sistema de pagamentos internacional. Inicialmente ignorando as consequências negativas relativas ao serviço de aviação comercial e GPS, foquemos no impacto mais micro, ou seja, entendamos o que o cancelamento de serviços de pagamentos pode gerar de prejuízos ao mercado e as consequências mais imediatas ao cidadão brasileiro. Ao realizar todo tipo de compras, o brasileiro já está acostumado a utilizar cartões de crédito ou débito, e duas empresas em específico, gigantes do mercado de pagamentos, se destacam pelo alcance que têm. Mastercard e Visa são mundialmente conhecidas e possuem números expressivos: a Visa, maior dentre as duas operadoras, opera em 200 países, possui 4,3 bilhões de cartões em circulação, atendendo 14.500 instituições financeiras, além de oferecer seus serviços a mais de 80 milhões de organizações comerciais. No Brasil, a operação das empresas é bastante relevante, o que nos eleva ao patamar de um dos maiores players do mercado de pagamentos da América Latina. Ao se cogitar a possibilidade de cancelamento de utilização do meio de pagamento como crédito e débito, estamos falando em termos populares que 203 milhões de brasileiros bancarizados estariam prestes a perder a possibilidade usar o débito e, principalmente, o crédito. Logicamente, temos chances de mudar todo o sistema e passar a viver com uma estrutura diferente, mas certamente esta mudança seria lenta e geraria muitos problemas. Muitos brasileiros recorrem ao crédito, não por uma opção, mas pela falta de alternativa imediata. Retirar a possibilidade de uso deste meio de pagamento seria como “retirar o bote salva-vidas” do brasileiro, principalmente os de baixa renda. Irã e Rússia são países que foram sancionados pelos EUA com a suspensão do uso dos serviços de pagamentos, além de outros serviços de empresas relevantes de tecnologia. Na Rússia, após a invasão à Ucrânia em 2022, as sanções americanas retiraram de funcionamento os sistemas de pagamentos e várias outras empresas, dentre elas Apple, McDonald’s, Starbucks, Coca-Cola, PepsiCo. Com tantas restrições, medidas alternativas precisaram ser adotadas pelos países sancionados e uma delas foi o uso de criptomoedas. Os bancos dos países sancionados foram excluídos do sistema de pagamentos SWIFT (Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication) levando-os a encontrar outra forma de negociação entre países e de constituir reservas estratégicas financeiras que os permitissem continuar suas operações. O brasileiro estava começando a ter contato com as criptomoedas à medida que grandes instituições financeiras divulgavam tokenização de ativos e possibilidade de compra de Bitcoin em suas plataformas. Com os últimos acontecimentos, caso se confirmem sanções semelhantes às impostas à Rússia e ao Irã, o brasileiro será empurrado com toda força para este novo mundo: o mundo descentralizado das criptomoedas. O Bitcoin já vem se popularizando, principalmente pelo preço que vem se valorizando ao longo do últimos meses, atingindo o que se popularizou no meio cripto como ATH (all time high) – em tradução livre: máxima histórica. Mas existe uma classe de criptos que podem ser armazenadas e movimentadas de forma parecida com o Bitcoin, mas com uma dinâmica de preços diferente: as stablecoins podem ser a alternativa do brasileiro caso as sanções econômicas sejam infligidas à economia. O Bitcoin, limitado a 21 milhões e totalmente descentralizado, tem sido adotado por indivíduos, empresas e países, se destacando pela escalada recente do preço devido à ampla adoção. O discurso dos mais influentes investidores da criptomoeda, levam a um entendimento de que o uso principal dela seria uma reserva de valor, algo que se assemelha ao ouro. Não à toa, o Bitcoin é comumente chamado de “ouro digital”. Em relação ao USDT, a situação é um pouco diferente. A stablecoin é criada com lastro em dólar, ouro e Bitcoin. Sendo a stablecoin mais usada no mundo, o USDT também é utilizado por Irã e Rússia para driblar as sanções impostas pelos EUA. Por se tratar de um meio de pagamento descentralizado e com sede em Hong Kong e Ilhas Virgens, países com menos supervisão regulatória, o USDT destaca-se em relação a outras stablecoins, como por exemplo, a USDC, já condenada no passado a pagar multas de US$ 41 milhões por reservas insuficientes. A adoção das criptomoedas – que hoje é apenas uma opção – pode se tornar uma necessidade. O momento em que esta nova forma de negociação será adotada faz toda a diferença em relação à riqueza acumulada e poder de compra futura. Em termos populares, “passarinho que acorda cedo, bebe água limpa“. A adoção antecipada do método de pagamento através da stablecoin ou reserva de valor através do Bitcoin, pode ser um divisor de águas na vida financeira. Estar à frente dos que ainda estão inertes à nova tecnologia, além proteger teu patrimônio, devido à evolução natural do valor do USDT – causado pelo histórico de desvalorização mais acelerada do real frente ao dólar – pode gerar um aumento deste patrimônio em consequência da adoção crescente do Bitcoin frente à sua escassez, o que o torna um ativo deflacionário. Eu sou Felipe Santos, Oficial R/2 do Exército Brasileiro, formado pela Fundação Getúlio Vargas, Universidade da Califórnia e Universidade de São Paulo, atuo no mercado financeiro desde 2008. Experiente em diversas áreas no mercado, professor de Finanças Pessoais e Investimentos da Escola de Geopolítica e Atualidades Danuzio Neto e criador da Mentoria de Investimento Ágil, ajudo pessoas a investir em apenas 30 dias com segurança e praticidade. Somente um patrimônio acumulado é capaz de proporcionar a você um futuro com conforto,
Crise política provoca fuga de R$ 4,8 bilhões da Bolsa em menos de uma semana

A escalada das tensões políticas entre Brasil e Estados Unidos, intensificada após a carta do ex-presidente Donald Trump impondo tarifas de 50% a produtos brasileiros, já provocou uma fuga expressiva de capital estrangeiro da Bolsa de Valores brasileira (B3). O movimento se acelerou nesta sexta-feira (18), após nova operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. Saída bilionária em julho De acordo com dados da própria B3 e apuração da coluna Radar Econômico (VEJA), até o dia 17 de julho, investidores estrangeiros já haviam retirado R$ 4,8 bilhões do mercado acionário brasileiro — um dos piores saldos mensais do ano. O número representa uma reversão drástica do otimismo que dominou o início de 2025, quando o país registrava entrada líquida de capital. Especialistas do mercado apontam que o fluxo negativo está ligado diretamente à instabilidade institucional, somada ao impacto comercial da tarifa norte-americana. “A carta de Trump foi lida como uma retaliação política, e os mercados passaram a precificar risco jurídico no Brasil. A operação de hoje apenas reforça essa percepção de insegurança institucional“, afirmou um analista da XP Investimentos. Tarifa de 50% ligou alerta vermelho A carta de Trump, enviada ao presidente Lula, vinculava diretamente a retirada das tarifas à interrupção dos processos judiciais contra Bolsonaro, gerando preocupações sobre o grau de autonomia entre os Poderes no Brasil. A reação da Justiça brasileira, com a operação desta sexta-feira (18), foi interpretada por parte do mercado como potencial gatilho para mais retaliações comerciais dos EUA. O temor é de que a crise política contamine setores exportadores estratégicos — como carne bovina, café, suco de laranja e minério —, afetando balança comercial, câmbio e confiança de longo prazo. Com a operação da PF ainda em curso e novas medidas judiciais sendo consideradas, a projeção para a economia brasileira em julho é de forte volatilidade e menor fluxo de investimentos. O Ministério da Fazenda monitora o movimento e já estuda ações diplomáticas e incentivos fiscais para tentar conter o impacto. “A janela de investimento estrangeiro no Brasil pode se fechar por meses, caso o país não estabilize seu ambiente político”, alerta o economista-chefe de uma gestora estrangeira, sob anonimato. Fonte: economia.uol.com.br
Vamos falar de Valores Morais

O mundo está passando por guerras em várias frentes e o Brasil, além de enfrentar uma guerra tarifária com os Estados Unidos, se atrapalha com a sua guerra particular: a guerra fiscal. Neste contexto de ataque e defesa de dentro das trincheiras, atores políticos apontam suas baterias para os inimigos que lhes convêm, não apenas com o intuito de ganhar a guerra, mas de eliminar seus inimigos antes que eles tenham a chance de avançar e tomar posições de ataque privilegiadas. Todos os movimentos de ambos os lados, levando-se em consideração a concepção binária criada na política brasileira na atualidade, visam um ponto em comum: eleições 2026 e o comando do país. Talvez você se questione acerca da capacidade deste articulista de usar as palavras, uma vez que parece haver um erro de ortografia no título, mas quero lhe tranquilizar quanto a este aspecto. A questão é semântica e fará sentido no desenrolar do artigo. Quando pensamos em valores morais, pode até não vir à mente o Brasil de hoje, afinal, vemos todos os dias a distorção destes valores, o desleixo com a moral e a ética e um desprezo sistemático aos bons costumes, sendo substituídos por atitudes que deveriam ser condenadas por todos, independente de qual lado do espectro político esteja. Valores Os valores aos quais gostaria que você se atentasse são expressivos, a ponto de deixar qualquer ser humano em situação de superioridade em relação a outros. Não são valores da vida em sociedade, estou me referindo ao volume financeiro que será movimentado a partir da decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal de manter o reajuste do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), aos moldes que o governo queria que fosse feito. De acordo com o comunicado do Ministério da Fazenda, de 22 de maio deste ano, o potencial de arrecadação com o reajuste das alíquotas de IOF seria de R$ 20,5 bilhões em 2025, chegando a R$ 41 bilhões em 2026. Todo este montante será retirado do bolso do contribuinte, pois, como Margaret Thatcher disse: “não há dinheiro do governo, somente do pagador de impostos”. Este é mais um fardo que o brasileiro vai ter que levar nas costas, enquanto o governo pisa no acelerador de gastos pensando em 2026. Morais A palavra Morais precisa ser usada apenas foneticamente – sem esta observação não faria sentido o que vem a seguir. Refiro-me ao representante do poder judiciário cuja fama vem se expandindo a uma velocidade cada vez maior e por assuntos cada vez mais diversos. A última decisão que gerou polêmica do ministro Alexandre de Moraes foi acerca da manutenção do reajuste do IOF. Provocado pelo PSOL, partido que em seu estatuto, no artigo 6º, diz que é solidário a todas as lutas dos trabalhadores, o STF foi acionado para aumentar o imposto, bloqueando a decisão do congresso. A corte sorteou um relator para o caso, ocasião em que Gilmar Mendes foi o escolhido. O ministro sorteado, acreditando que não teria condições por uma coincidência técnica, solicitou que o caso passasse para Moraes, que foi nomeado para rever o bloqueio do congresso ao aumento do imposto. O ministro, em 17 de julho, decide por manter a decisão do governo, ignorando a decisão dos representantes do congresso. Por uma coincidência, os presidentes da Câmara e do Senado, que estavam numa cerimônia no plenário do Senado no mesmo dia 17, foram questionados pelo senador Eduardo Girão sobre impedir que o congresso fosse atropelado pelo judiciário. Nas palavras do senador: “O recesso começa amanhã e eu acredito que, se nada for feito em relação a essa invasão de competência em uma decisão soberana nossa, é melhor estabelecer um recesso prolongado até o ano que vem”, declarou Girão. Os valores que precisam ser levantados para que o governo comece a respirar aliviado passam pelo aumento do IOF. A medida que, na prática, é uma forma de tomar dinheiro da sociedade, vai gerar mais dificuldades às famílias brasileiras. Isto porque o aumento do custo do crédito não será absorvido por empresas, elas repassarão ao consumidor através dos reajustes dos preços dos produtos e serviços. Moraes tomou uma decisão técnica? Foi uma decisão política? Atropelou o Congresso, como disse o senador Girão? A resposta mais próxima da realidade parece ser a que Hélio Beltrão, comentarista da CNN Brasil e fundador da LVM editora, trouxe em um post em suas redes sociais: “383 parlamentares votaram pela derrubada do aumento do IOF. Mas um ministro, sem ter recebido um mísero voto, fez valer a vontade do governo. O Congresso já está fechado. Só ainda não avisaram os deputados e senadores.“ Eu sou Felipe Santos, Oficial R/2 do Exército Brasileiro, formado pela Fundação Getúlio Vargas, Universidade da Califórnia e Universidade de São Paulo, atuo no mercado financeiro desde 2008. Experiente em diversas áreas no mercado, professor de Finanças Pessoais e Investimentos da Escola de Geopolítica e Atualidades Danuzio Neto e criador da Mentoria de Investimento Ágil, ajudo pessoas a investir em apenas 30 dias com segurança e praticidade. Somente um patrimônio acumulado é capaz de proporcionar a você um futuro com conforto, segurança e liberdade. O tempo passa, comece! Siga-me no Instagram @fe_investimento_agil ou, se preferir, mande um e-mail para felipesantos@feinvestimento.com.br.
Lula escala as tensões comerciais com Trump e declara que taxará empresas digitais americanas

Durante discurso no 60º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), nessa quinta-feira (17), em Goiânia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou que o Brasil irá cobrar impostos de empresas digitais norte-americanas, como Google e Meta, em retaliação às tarifas de 50% impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros. A medida, segundo Lula, reforça a soberania nacional frente às pressões externas. A declaração foi feita em um contexto de escalada nas tensões comerciais entre Brasil e Estados Unidos. Trump justificou as tarifas, que entram em vigor a partir de 1º de agosto, citando supostas práticas comerciais desleais do Brasil, incluindo a regulação de plataformas digitais e o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O republicano classificou o processo como uma “caça às bruxas” e criticou ordens judiciais brasileiras que, segundo ele, impõem censura a empresas americanas. Lula, no entanto, foi enfático: “Esse país só é soberano porque o povo brasileiro tem orgulho. Vamos julgar e cobrar impostos das empresas americanas digitais“, afirmou, sem detalhar como a tributação será implementada ou quais empresas serão afetadas. Atualmente, grandes multinacionais pagam uma alíquota mínima de 15% sobre o lucro no Brasil, mas não há impostos específicos para plataformas digitais estrangeiras. A proposta de taxar big techs já vinha sendo discutida no governo brasileiro, inspirada em modelos como o do Canadá, que aplica uma alíquota de 3% sobre receitas de serviços digitais. A medida é vista como uma resposta estratégica que evita impactos inflacionários diretos no Brasil, diferentemente de outras formas de retaliação comercial. O anúncio gerou reações mistas. Setores empresariais brasileiros expressaram preocupação com a escalada do conflito comercial, temendo prejuízos às exportações, especialmente de aço e alumínio, que representam US$ 5,7 bilhões anuais para os EUA. Por outro lado, analistas apontam que a retórica nacionalista de Lula pode fortalecer sua base política em um cenário de polarização. O governo brasileiro, liderado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin e pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, mantém negociações com os EUA há dois meses, mas não obteve respostas concretas. Lula reforçou que o Brasil buscará proteger seus interesses, podendo recorrer à Lei de Reciprocidade Econômica ou à Organização Mundial do Comércio (OMC). Fonte: CNN, UOL, O Globo, Valor, Estadão
Aumento do IOF contraria Justiça Tributária e impacta MEIs e pequenos negócios

A recente decisão do governo federal de duplicar a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para pessoas jurídicas, incluindo microempreendedores individuais (MEIs) e empresas do Simples Nacional, tem gerado críticas e preocupações sobre seus impactos na economia, especialmente para os pequenos negócios. A medida, que eleva a tributação em operações financeiras como empréstimos e financiamentos, foi analisada pela economista Thais Herédia, da CNN Brasil, que aponta que o aumento vai na contramão do discurso de justiça tributária defendido pelo governo. Para os MEIs, a alíquota fixa do IOF em operações de crédito de até R$ 30 mil passou de 0,38% para 0,95%, enquanto a alíquota diária subiu de 0,00137% para 0,00274%, resultando em um teto anual que salta de 0,88% para 1,95%. Essa mudança significa que os microempreendedores pagarão até o dobro em tributos em transações financeiras realizadas como pessoa jurídica. Para empresas do Simples Nacional, o impacto é semelhante, com a alíquota anual subindo de 1,88% para até 3,95%. Segundo Herédia, a medida impõe um ônus desproporcional aos pequenos negócios, que já enfrentam desafios financeiros em um cenário econômico adverso, com alta taxa Selic de 15% e dificuldades de acesso a crédito. “Essa turma faz capital de giro a cada dois ou três meses. Cada operação, um IOF. Isso vai acumulando, e no final do ano o custo efetivo pode inviabilizar o negócio”, alertou a analista. Críticos, como o economista-chefe da XP Investimentos, Caio Megale, argumentam que o IOF, originalmente um imposto regulatório, está sendo usado com fins arrecadatórios, gerando distorções econômicas sem promover justiça fiscal. O ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reforçou que o aumento do IOF não é um “imposto para ricos”, mas encarece a cadeia produtiva, afetando especialmente os mais pobres. A decisão também enfrenta resistência no Congresso, com deputados como Marcel Van Hattem destacando que o aumento prejudica a população de baixa renda e contraria a narrativa de justiça tributária. Apesar do recuo parcial do governo em alguns pontos do decreto, a manutenção das novas alíquotas para MEIs e empresas do Simples Nacional mantém o setor em alerta, com temores de impactos no crédito e na sustentabilidade dos negócios. Pequenos empreendedores temem que o aumento do IOF comprometa sua competitividade e sobrevivência no mercado. Fonte: CNN, CNN II, Gazeta do Povo, CNN III
Decisões do STF contra redes sociais provocam investigação dos EUA sobre violações comerciais no Brasil; Pix e etanol na mira

O Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR) anunciou nesta terça-feira (15) a abertura de uma investigação sob a Seção 301 da Lei de Comércio de 1974 contra o Brasil. A iniciativa, respaldada pela administração do presidente Donald Trump, tem como alvo práticas comerciais que, segundo o governo americano, estariam prejudicando empresas, trabalhadores, agricultores e inovadores dos Estados Unidos. Motivos da investigação O USTR informou que apurará se políticas, atos e práticas brasileiras são “irracionais ou discriminatórios” e se impõem ônus ou restrições ao comércio com os EUA. Entre os principais pontos de preocupação estão: Declaração oficial Em nota oficial, o representante comercial adjunto, Jamieson Greer, declarou: “Sob a orientação do presidente Trump, estou iniciando uma investigação nos termos da Seção 301 sobre os ataques do Brasil às empresas americanas de mídia social, bem como outras práticas comerciais desleais que prejudicam empresas, trabalhadores, agricultores e inovadores tecnológicos dos EUA.” Próximos passos O USTR abrirá uma consulta pública nos Estados Unidos para receber comentários e avaliar o impacto das medidas brasileiras. As datas previstas são: Base legal A Seção 301 da Lei de Comércio de 1974 permite que os Estados Unidos investiguem e respondam a práticas comerciais estrangeiras consideradas desleais, com ou sem respaldo da Organização Mundial do Comércio (OMC). O mecanismo foi amplamente utilizado durante o primeiro mandato de Trump, especialmente contra a China.
Receita tupiniquim com tempero americano: a batalha de Trump contra o presidente do Banco Central dos EUA

Um projeto de reforma bilionário se tornou a mais recente arma na batalha entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), o banco central americano. “Jerome Powell é muito ruim para o nosso país“, disparou Trump no último domingo (13). “Nós deveríamos ter a menor taxa de juros do mundo, mas não temos. E, enquanto isso, Powell está gastando US$ 2,5 bilhões reformando a sede do Fed“. A controvérsia gira em torno do projeto de renovação de dois prédios históricos que a instituição utiliza como sede. O Fed afirma que a reforma vai reduzir despesas no futuro ao consolidar suas operações. Os custos das obras, porém, seguem em franca expansão, passando de US$ 1,9 bilhão em 2023 para os US$ 2,5 bilhões estimados no orçamento deste ano. Segundo os documentos, os aumentos são fruto de gastos maiores com prestadores de serviço de eletricidade, encanamento e mecânica. Críticos, porém, afirmam que as cifras crescem em virtude de “extravagâncias” do chefe do Fed, apelidando o projeto de “Taj Mahal no National Mall“, em referência ao icônico parque da capital americana, onde se localizam os prédios. Um membro – recém-empossado por Trump – da agência federal que analisa projetos como o do Fed afirmou que requererá em breve uma análise da reforma e uma visita ao local das obras. Aliados de Trump sugerem demissão por justa causa Aproveitando a oportunidade, uma série de aliados de Donald Trump investiram contra Powell e a gestão atual do Fed, a quem acusam de “imprimir dinheiro à vontade e jogar fora de qualquer jeito“. “É ultrajante“, afirmou Kevin Warsh, ex-membro do Fed cotado para substituir Powell em uma eventual saída. “Quem sabe uma nova pintura, ou alguns terminais novos para nos ajudar a cuidar da política monetária. A meu ver, precisamos de mudança de gestão no Fed. Não é só o presidente, é todo um grupo de pessoas“. Outros foram além, acusando Powell de ter mentido em uma audiência no congresso para tratar das reformas em andamento. Para Bill Pulte, diretor da agência responsável por administrar financiamentos imobiliários federais, o comportamento de Powell justificaria até mesmo sua demissão por justa causa. Batalha por juros desde o início do mandato De maneira bastante similar ao já visto em outras regiões do planeta, Donald Trump trava, desde o primeiro dia de mandato, batalha ferrenha com Jerome Powell centrada na condução da política monetária americana. Trump defende redução dos juros, o que, em sua visão, aceleraria a atividade econômica americana e daria mais fôlego ao país em seus conflitos comerciais e tarifários. Powell, por sua vez, não se deixa abalar, limitando-se a dizer que as decisões do Fed “seguem os dados disponíveis“. “Eu espero que ele renuncie“, disse Trump, que já afirmou em diversas ocasiões que não pretende demitir Powell – medida juridicamente controversa. “Ele deveria renunciar“. Reservado, o presidente do Fed comentou apenas que não tem “qualquer intenção de renunciar“. Uma possível saída antecipada de Powell – seja voluntária ou não – teria severas implicações sobre o mercado. George Saravelos, diretor no Deutsche Bank, aponta que o movimento seria interpretado como uma clara redução na independência do Fed. “As evidências apontam que, nessa situação, tanto a moeda quanto os títulos podem colapsar, e as expectativas de inflação disparariam em virtude da erosão da credibilidade“, explicou o economista. “No geral, o prêmio de risco vai aumentar“. O mandato de Powell como presidente se encerra no início de 2026. Ele terá, porém, ainda mais 2 anos como membro do conselho de governadores, deixando o banco central americano efetivamente apenas em 2028. Historicamente, no entanto, os presidentes tendem a sair junto ao fim de seus termos de direção. Até que saia, porém, seja em 2026, 2028 ou mesmo antes, é improvável que Trump e seus aliados reduzam a pressão. Russel Vought, chefe da agência reguladora que analisa os gastos do governo federal, foi direto: “A atitude patriótica de Powell seria renunciar“. Fontes: Yahoo Finance, Bloomberg, The Hill