Criança que caiu em cânion no RS é resgatada sem vida

Uma tragédia abalou o Parque Nacional da Serra Geral, na Serra Gaúcha, na tarde desta quinta-feira (10). Uma menina de 11 anos caiu de um mirante no Cânion Fortaleza, em Cambará do Sul, e foi encontrada sem vida após intensas buscas que seguiram o decorrer da noite. A vítima, que tinha transtorno do espectro autista, estava acompanhada dos pais, turistas de Curitiba (PR), em um passeio pelo parque, um dos destinos mais visitados do Rio Grande do Sul. O acidente ocorreu por volta das 13h, no mirante do Cânion Fortaleza, um ponto turístico conhecido por sua vista panorâmica de 7,5 km de extensão e paredes rochosas de até 1.157 metros de altitude. Segundo o secretário de Turismo de Cambará do Sul, Andrews Mohr, a família fazia uma pausa para um lanche quando a menina correu em direção à borda do mirante, que não possui cercas de proteção. O pai tentou alcançá-la, mas não conseguiu evitar a queda de aproximadamente 70 metros. Equipes do Corpo de Bombeiros de Canela, Gramado e Porto Alegre, com apoio do Batalhão de Aviação da Brigada Militar, foram mobilizadas imediatamente. Um drone com câmera térmica localizou a criança às 17h30, a cerca de 70 metros do ponto da queda, em uma área sem vegetação ou platôs que pudessem amortecer o impacto. Devido às condições climáticas, o resgate por rapel foi iniciado às 22h, e, por volta das 23h, os bombeiros confirmaram que a menina estava sem vida. A Urbia, concessionária responsável pela gestão do parque, informou que concentrou esforços no apoio às autoridades e à família, que recebia suporte no local. O caso foi encaminhado à Polícia Civil e ao Instituto Geral de Perícias (IGP) para investigação das circunstâncias da queda. O Cânion Fortaleza, acessado pela rodovia CS-012, é famoso por trilhas como a do Mirante e a da Cachoeira do Tigre Preto, atraindo milhares de visitantes anualmente. A ausência de barreiras no mirante reacende o debate sobre a segurança em áreas turísticas naturais. Especialistas reforçam a necessidade de sinalização e infraestrutura para prevenir acidentes, especialmente em locais de grande circulação de visitantes. Nota do Corpo de Bombeiros: “Hoje, quinta-feira, dia 10 de julho, por volta das 13:30hs, o Corpo de Bombeiros Militar foi acionado para atendimento de uma ocorrência no Cânion Fortaleza em Cambará do Sul, onde uma menina teria caído da borda do cânion em direção ao precipício. Equipes dos Pelotões de Canela e Gramado deslocaram ao local e, prontamente, outra equipe do Batalhão de Busca e Salvamento de Porto Alegre, juntamente com o apoio do Batalhão de Aviação da Brigada Militar deslocaram para apoio. Por volta das 17:30hs, com auxílio de um drone do Corpo de Bombeiros, a vítima foi localizada a cerca de 70 metros de altura do ponto da queda. De imediato, as equipes iniciaram a montagem dos equipamentos para acessar por cordas o cânion, haja vista que, devido às condições climáticas, as aeronaves não conseguiam operar com segurança no local. As equipes seguiram os trabalhos no local noite adentro e, próximo das 23h, chegaram até a vítima que, infelizmente, já estava sem vida. Agora as equipes efetuam a ascensão do cânion, para finalização dos trabalhos de resgate no local, dando início em seguida aos tramites da Policia Civil e Instituto Geral de Perícias. O Corpo de Bombeiros Militar lamenta com profundo pesar o ocorrido e presta sua solidariedade aos familiares.” A identidade da vítima não foi divulgada. A tragédia comoveu a comunidade local e turistas, levantando discussões sobre medidas preventivas em parques nacionais. Fontes: O Globo, G1

Lula define indicações para TSE e STJ em meio à negociações políticas

Nesta quinta-feira (10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou as indicações para duas vagas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e uma no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em decisões que refletem articulações políticas estratégicas para o governo. Para o TSE, foram escolhidos Floriano de Azevedo Marques Neto, aliado do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, e Estela Aranha, ex-auxiliar do ministro Flávio Dino no Ministério da Justiça. Já para o STJ, a indicada é a procuradora de Justiça de Alagoas, Maria Marluce Caldas Bezerra, tia do prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, o JHC, filiado ao PL. As nomeações para o TSE reforçam a influência de Moraes e Dino no tribunal eleitoral, que terá papel crucial nas eleições presidenciais de 2026. Floriano Marques, que já atua como ministro titular do TSE, foi reconduzido ao cargo com o apoio direto de Moraes, com quem mantém longa amizade. Estela Aranha, por sua vez, é ex-secretária de Direitos Digitais do Ministério da Justiça, onde trabalhou sob Dino, e atualmente assessora a ministra Cármen Lúcia, presidente do TSE. Sua indicação superou a concorrência de Vera Lúcia Santana Araújo, apoiada pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e pela primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, além do grupo Prerrogativas, próximo ao governo. A escolha de Estela Aranha também contou com o respaldo de figuras-chave do PT, como o novo presidente do partido, Edinho Silva, e a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. A lista tríplice feminina, elaborada sob comando de Cármen Lúcia, foi uma iniciativa para ampliar a representatividade de gênero no TSE, mas gerou intensas disputas nos bastidores do governo. Para o STJ, a indicação de Maria Marluce Caldas Bezerra, que ocupará a vaga deixada pela aposentadoria da ministra Laurita Vaz, envolve um acordo político com o prefeito JHC. Apesar de filiado ao PL, partido de Jair Bolsonaro, JHC tem se aproximado do governo Lula, sinalizando possível apoio ao PT em 2026. Fontes do Palácio do Planalto indicam que a nomeação de Marluce, que integra a lista tríplice enviada ao presidente em outubro de 2024, está condicionada à migração de JHC para um partido da base aliada. Essa articulação enfrenta resistências, especialmente do senador Renan Calheiros (MDB-AL) e do deputado Arthur Lira (PP-AL), que disputam influência em Alagoas. Marluce Caldas, primeira mulher a atuar como acusadora em um júri popular em Maceió, é procuradora de Justiça desde 2021 e tem uma trajetória consolidada no Ministério Público de Alagoas. Sua indicação, que ainda depende de sabatina e aprovação no Senado, é vista como um movimento para fortalecer a presença feminina no STJ, onde apenas seis das 33 cadeiras são ocupadas por mulheres. As nomeações, que devem ser publicadas em edição extra do Diário Oficial da União, ilustram o equilíbrio delicado entre pragmatismo político e demandas por representatividade, enquanto Lula busca consolidar alianças para as próximas eleições. Aspectos Legais Legalmente, a indicação de juristas pelo Executivo para o TSE é constitucional e regulamentada. Os indicados devem atender aos critérios de notável saber jurídico e reputação ilibada, sendo submetidos a sabatina e aprovação pelo Senado Federal, o que funciona como um mecanismo de controle. No caso de Floriano Marques e Estela Aranha, ambos possuem currículos robustos: Marques é advogado e professor de Direito, com atuação no TSE, enquanto Aranha tem experiência em direitos digitais e assessoria jurídica. Formalmente, as indicações respeitam o processo legal, e a recondução de Marques, por exemplo, é prática recorrente, desde que aprovada pelo Senado. Questões Éticas Do ponto de vista ético, a nomeação de aliados próximos a figuras influentes do governo ou do Judiciário, como Alexandre de Moraes e Flávio Dino, levanta preocupações sobre a imparcialidade do TSE. O tribunal é responsável por decisões cruciais, como a regulamentação de eleições, julgamento de candidaturas e combate à desinformação, o que exige independência absoluta. A escolha de Estela Aranha, ex-auxiliar de Dino, e Floriano Marques, aliado de Moraes, pode sugerir uma tentativa de consolidar influência política no tribunal, especialmente considerando o papel central do TSE nas eleições de 2026. A percepção de partidarismo é agravada pelo contexto das negociações políticas. A indicação de Maria Marluce Caldas Bezerra para o STJ, por exemplo, parece vinculada a acordos com o prefeito JHC, o que reforça a ideia de que as nomeações judiciais podem ser usadas como moeda de troca política. Embora tais articulações sejam comuns, elas corroem a confiança pública na isenção do Judiciário, especialmente quando os indicados têm laços diretos com figuras do governo ou do establishment político. Crítica A prática de indicações presidenciais, embora legal, é problemática quando prioriza lealdades políticas em detrimento da percepção de neutralidade. O TSE, como guardião da democracia, deve ser imune a qualquer suspeita de alinhamento com o governo de turno. A escolha de juristas com fortes conexões com membros do STF ou do Executivo, ainda que qualificados, alimenta narrativas de politização da Justiça, o que pode minar a legitimidade das decisões do tribunal em momentos críticos, como a validação de resultados eleitorais. Além disso, a falta de critérios objetivos e transparentes para a formação das listas tríplices pelo STF amplifica o problema. O processo atual permite que influências pessoais e políticas se sobreponham à meritocracia, o que contraria os princípios de uma democracia robusta. Para mitigar essas questões, seria desejável a adoção de mecanismos que aumentem a transparência, como audiências públicas para a escolha dos candidatos e maior diversidade nas listas tríplices, evitando a concentração de poder em redes de influência já consolidadas. Embora as indicações de Lula para o TSE sejam legais, elas expõem fragilidades éticas no sistema de nomeações judiciais. A percepção de alinhamento político, reforçada por escolhas de aliados de figuras como Moraes e Dino, pode comprometer a confiança na imparcialidade do TSE. Reformas que promovam maior transparência e independência no processo de seleção são essenciais para fortalecer a democracia e garantir que o Judiciário atue como um pilar neutro, acima de interesses partidários. Fontes: O Globo, O GloboII, Metropoles Foto: Joédson Alves/ Agência Brasil CC

Peixe pequeno: após quase um ano preso, morador de rua com problemas mentais é absolvido por Moraes por “falta de provas”

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), absolveu mais um acusado pelos atos de 8 de janeiro de 2023, desta vez um morador de rua identificado como Márcio Rodrigues da Silva. Decisão alimenta debate sobre seletividade e condução política dos julgamentos relacionados ao 8 de Janeiro Segundo o despacho, a absolvição ocorreu “por ausência de provas“, apesar de o réu ter admitido espontaneamente sua presença na Praça dos Três Poderes no dia da manifestação, com fotos e vídeos anexados ao processo. Márcio, que não possui residência fixa, foi mantido por quase um ano sob medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e proibição de acesso às redes sociais. Agora, segundo Moraes, ele não representa risco à ordem pública, mesmo tendo estado presente nos arredores das sedes dos Três Poderes no momento da invasão. A decisão reacende a discussão sobre os critérios usados pelo STF na condução dos processos relacionados ao 8 de Janeiro. Enquanto centenas de réus — incluindo idosos, mulheres e pais de família — receberam penas severas por “atos antidemocráticos“, a Corte tem absolvido alguns casos isolados sob alegações de fragilidade nas provas. Para analistas, a decisão escancara um desequilíbrio na balança da Justiça. “Confissão e presença registrada não bastam, mas comentários em rede social foram suficientes para condenar outros cidadãos a décadas de prisão?”, questiona um advogado criminalista ouvido pela reportagem, sob anonimato. A seletividade percebida por parte de juristas e da sociedade civil levanta suspeitas sobre o viés político nas decisões do Supremo. Enquanto isso, a condução de Alexandre de Moraes no caso 8 de Janeiro continua sendo criticada por sua rigidez seletiva, seu poder concentrado e por decisões que, segundo opositores, desafiam as garantias básicas do devido processo legal. Fonte: sintesecriminal.com

Tarifaço de Trump ao Brasil. Veja o que repercutiu na mídia internacional

Nesta quarta-feira (9), o presidente americano Donald J. Trump enviou uma carta oficial ao presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, estabelecendo uma tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros exportados aos EUA. O presidente Lula já se manifestou em resposta. Abaixo segue um compilado de como o assunto foi abordado pela imprensa internacional: Politico O site de notícias americano “Politico” noticiou o conteúdo da carta de Donald Trump, ressaltando que a tarifa de 50% representa um aumento significativo em relação aos 10% anunciados em abril. E menciona que a carta faz uma defesa explícita de Bolsonaro, além de uma crítica à Suprema Corte brasileira devido às ordens de censura “secretas e ilegais”. Comenta que Bolsonaro possui forte popularidade e que Eduardo Bolsonaro tenta encenar um retorno político mediante os baixos índices de aprovação do governo Lula e da explosão de criminalidade nas principais cidades do país. Em seguida, discorre sobre o envolvimento do Brasil com a Rússia e China através do BRICS, também citando os laços com Venezuela e Cuba. E finaliza divulgando a resposta de Lula em seu post na plataforma X. Bloomberg O Bloomberg noticia sobre o tarifaço, citando que a medida fez o Real desvalorizar 2% frente ao dólar como consequência imediata. Diz que a tarifa é vista como uma resposta de apoio de Trump a Bolsonaro, intensificando as tensões entre os 2 países. O artigo destaca que os EUA têm superávit comercial com o Brasil, contradizendo a justificativa usual de Trump para as tarifas, que seria corrigir déficits comerciais. CNN Business O CNN Business noticiou sobre a carta de Trump e a resposta de Lula. E destaca que a tarifa é notável por ser a primeira vez em meses que outro país ameaça retaliar diretamente contra as tarifas de Trump. Também aborda a contradição da justificativa de Trump, uma vez que o Brasil registrou um déficit comercial de U$ 6,8 bilhões com os EUA, ao contrário dos outros 21 países que também receberam cartas de Trump. E finaliza, listando sobre os outros países e suas respectivas respostas. BBC A BBC noticiou sobre a carta de Trump e a resposta de Lula, destacando a diferença significativamente maior previamente anunciada de 10 para 50%. E aponta motivação política da medida ao relatar os laços de Bolsonaro e Trump. No título do artigo menciona-se que Trump está exigindo um fim ao julgamento de Bolsonaro. Reuters A agência de notícias Reuters destacou que Lula chamou Trump de “imperador indesejado” na cúpula do BRICS. E que a carta de Trump é motivada em defesa de Bolsonaro. Comenta a resposta de Lula prometendo reciprocidade, aponta a contradição sobre a narrativa de Trump a respeito da correção de déficits comerciais. E finaliza detalhando que os principais produtos de exportação brasileira são o petróleo, café, aço e ferro, enquanto os EUA exportam aeronaves, petróleo e semicondutores ao Brasil. The Economic Times O portal de notícias econômicas indiano cita que essa é uma ação sem precedentes que utiliza a política comercial para interferir em assuntos internos de outro país. Comenta a resposta de Lula e destaca que o Brasil é uma exceção entre os alvos de Trump, destacando também que os EUA têm superávit comercial com o país. Finaliza mencionando que a tarifa imposta sobre o Brasil é a mais alta imposta pelos EUA. The Guardian O portal inglês, após noticiar sobre a tarifação e a resposta do Brasil, comenta que a medida aumenta temores de que a estratégia comercial errática de Trump possa agravar a inflação em ambos os países. Também discorre sobre a carta ao Brasil ser diferente de outras enviadas, por focar em questões políticas internas, como o julgamento de Bolsonaro, em vez de desequilíbrios comerciais. Ao final, enfoca mais o detalhamento das medidas em outros países e das implicações para os EUA. Bousier O portal francês econômico noticia sobre as mesmas informações dos demais, porém comenta que as tarifas podem afetar gravemente indústrias brasileiras, como aço e aviação, e que também impactam as exportações americanas, como aviões e combustíveis. Expresso O Expresso de Portugal deu ênfase na devolução da carta de Trump pelo Brasil, que a classificou como ofensiva e cheia de informações falsas sobre a relação comercial entre os 2 países. Citando que a secretária de relações exteriores do Brasil com os EUA, Maria Luisa Escorel, chegou a convocar na quarta (9) o mais alto representante dos EUA em Brasília pela 2ª vez no mesmo dia, para que confirmasse a “autenticidade” da carta, em função da mesma ter sido publicada antes de chegar ao Presidente Lula. Análise Geral Carta de Trump No geral, todas as fontes destacam que a tarifa de 50% é motivada pela defesa de Trump a Jair Bolsonaro, todavia também relatam as críticas de Trump sobre ações do Brasil contra a liberdade de expressão e empresas americanas, como ordens de censura a plataformas digitais. Resposta Brasileira As fontes relatam que o presidente Lula respondeu de forma firme, prometendo medidas recíprocas com base na Lei da Reciprocidade Econômica. Enfatizando a soberania brasileira e rejeitando qualquer interferência no sistema judicial do país.  Impactos Econômicos Algumas fontes noticiaram sobre a tarifa, que substitui os 10% anunciados em abril, afetando setores como café (o Brasil produz 37% do café mundial), petróleo, aço e aviação. E também, a desvalorização do real e quedas nos mercados brasileiros, com o real caindo mais de 2% contra o dólar, em um impacto imediato. Contexto Global A medida é vista como parte de uma onda de tarifas anunciadas por Trump, incluindo 50% sobre cobre e taxas de 20-30% para países como Filipinas, Iraque e Sri Lanka. Entretanto, a ação contra o Brasil é destacada como única por sua motivação política explícita, o que aumenta preocupações sobre inflação global e instabilidade comercial.  Fonte: Politico, Bloomberg, CNN Business, BBC, Reuters, The Economic Times, The Guardian, Bousier, Expresso 

Lula vai recorrer a Organização Mundial do Comércio após tarifas impostas por Trump

O presidente Donald Trump elevou a disputa em torno do BRICS a um novo patamar ao anunciar nesta quarta-feira (09) a imposição de tarifas de 50% sobre todos os produtos importados do Brasil, válidas a partir de 1º de agosto. A medida, justificada por ele como retaliação ao que chamou de “indefinições brasileiras” e ao que considera uma perseguição política ao ex-presidente Jair Bolsonaro, marca uma escalada inédita na guerra tarifária. Trump acusa o Brasil de realizar uma “caça às bruxas” contra Bolsonaro, além de aplicar restrições à liberdade de expressão e impor controles às redes sociais — incluindo plataformas como X, de Elon Musk. A tarifa também é apresentada como parte de uma “investigação do Artigo 301” por práticas comerciais supostamente desleais, segundo carta enviada a Lula. Para o Brasil, a resposta foi imediata. O Palácio do Planalto anunciou que acionará a Organização Mundial do Comércio (OMC) como forma de contestar a legalidade da medida, amparado pela Lei de Reciprocidade Econômica aprovada pelo Congresso Nacional. Lula também prometeu retaliar com tarifas equivalentes sobre produtos norte-americanos, abrindo potencial para uma guerra tarifária bilateral. O impacto econômico se fez sentir de forma brusca: o real desvalorizou-se em 2,8%, num dos piores dias do mercado desde abril, e a bolsa de São Paulo foi afetada, com queda de papéis de empresas como Petrobras, Itaú Unibanco e Embraer.  Enquanto isso, Lula ressaltou que o país “não aceitará tutelas políticas nem chantagens”. Ele afirmou que “as decisões do Judiciário brasileiro são soberanas e imunes à interferência internacional“. O BRICS, por sua vez, emitiu um comunicado oficial condenando os novos tarifários e outras retaliações unilaterais durante a cúpula no Rio de Janeiro. Ao mesmo tempo, Trump lançou ameaças semelhantes contra outros países do bloco, classificando-os como promotores de políticas “antiamericanas“. Analistas em Brasília avaliam que as consequências comerciais, políticas e eleitorais da medida serão profundas. No setor agrícola, estima-se que produtos como café, suco de laranja e carne tenham aumento imediato de custo nos EUA. Já no meio político, Lula pode usar a retórica antidólar e anti-imperial para galvanizar apoio doméstico, sobretudo em campanha para 2026. O Brasil deve formalizar as queixas na OMC nas próximas semanas, enquanto mantém a ameaça de retaliação econômica direta. Em paralelo, analistas recomendam buscar diversificação de mercados, focando na União Europeia e na Ásia. O desenrolar dessa disputa dependerá do ritmo jurídico na OMC, do comportamento dos mercados globais e da capacidade de Brasília responder com rapidez e firmeza. Fontes: El Pais, Reuters, CNN, AP

Presidente Lula se manifesta sobre imposição de tarifa de 50% ao Brasil

Nesta quarta-feira (9), o presidente americano Donald J. Trump enviou uma carta oficial ao presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, na qual anunciou a imposição de uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, com vigência a partir de 1º de agosto de 2025. O presidente Lula acaba de se manifestar nas mídias sociais, leia o conteúdo na íntegra. O presidente Lula se manifestou em todas as suas mídias sociais com o seguinte texto, na íntegra: “Tendo em vista a manifestação pública do presidente norte-americano Donald Trump apresentada em uma rede social, na tarde desta-quarta (9), é importante ressaltar: O Brasil é um país soberano com instituições independentes que não aceitará ser tutelado por ninguém. O processo judicial contra aqueles que planejaram o golpe de estado é de competência apenas da Justiça Brasileira e, portanto, não está sujeito a nenhum tipo de ingerência ou ameaça que fira a independência das instituições nacionais. No contexto das plataformas digitais, a sociedade brasileira rejeita conteúdos de ódio, racismo, pornografia infantil, golpes, fraudes, discursos contra os direitos humanos e a liberdade democrática. No Brasil, liberdade de expressão não se confunde com agressão ou práticas violentas. Para operar em nosso país, todas as empresas nacionais e estrangeiras estão submetidas à legislação brasileira. É falsa a informação, no caso da relação comercial entre Brasil e Estados Unidos, sobre o alegado déficit norte-americano. As estatísticas do próprio governo dos Estados Unidos comprovam um superávit desse país no comércio de bens e serviços com o Brasil da ordem de 410 bilhões de dólares ao longo dos últimos 15 anos. Neste sentido, qualquer medida de elevação de tarifas de forma unilateral será respondida à luz da Lei brasileira de Reciprocidade Econômica. A soberania, o respeito e a defesa intransigente dos interesses do povo brasileiro são os valores que orientam a nossa relação com o mundo.”, via @LulaOficial no X. A resposta de Lula ocorreu horas após Trump publicar a carta em sua plataforma de mídia social, Truth Social, criticando o julgamento de Jair Bolsonaro no STF e acusar o Brasil de ataques à liberdade de expressão e manter uma relação comercial desleal. O ex-vice presidente, General Hamilton Mourão, teceu sua crítica em suas redes sociais: “Em verdade, o Brasil do governo Lula III, conspirou abertamente contra o dólar na recente reunião do BRICS, chamou Trump de nazista, tem repetidamente atuado contra a liberdade de expressão, chamou Gaza de holocausto, validou a eleição do tirano Maduro, flerta com o Irã e fala barbaridades no ambiente internacional. (…) Chegou a hora de se entender, definitivamente, que não se deve misturar argumentos políticos com estratégias comerciais. Temos que voltar a ter uma diplomacia forte, onde a flexibilidade e o pragmatismo defendam os melhores e mais autênticos interesses do Estado brasileiro. Pagar-se-á o preço pela falta de cautela, profissionalismo e por pensarem mais no seu projeto de poder do que no projeto do Estado brasileiro.“ Em sua carta, Donald Trump, deixou bem claro que: “Qualquer tarifa retaliatória imposta pelo Brasil será adicionada aos 50% já estabelecidos, aumentando a taxação de forma proporcional“. Ou seja, se o Brasil cumprir sua declaração de reciprocidade, dos mesmos 50% de tarifa, e tendo como base a carta enviada ao Brasil, é possível e provável, que o Estados Unidos anunciem em breve um adicional de 50%, elevando a tarifação de 50 para 100%, contra o Brasil. Sabemos que, Trump é um negociador e jogador nato, tendo histórico de cumprir com suas ameaças. O tom beligerante de Trump e a polarização política no Brasil sugerem que a resolução desse conflito será muito complexa. Estamos diante de uma escalada que tem potencial de guerra comercial. Estaríamos preparados para esse tipo de situação? Lula III está cada vez mais mostrando sua essência chavista. Lula (Brasil) acaba de “trucar“, e pelo visto veremos o “6“.

Janja diz “cadê meus vira-latas” após Lula ser questionado sobre tarifas de Trump

A primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, chamou atenção nesta quarta-feira (09) ao reagir com a frase “cadê meus vira-latas” após jornalistas questionarem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a nova política tarifária anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Trump afirmou que pretende impor novas tarifas sobre produtos brasileiros, alegando a necessidade de proteger a indústria norte-americana. O tema gerou preocupação no governo brasileiro, e jornalistas aproveitaram o momento em que Lula e Janja se despediam do presidente da Indonésia, Prabowo Subianto, no Palácio do Itamaraty, para cobrar uma reação oficial. Foi nesse contexto que Janja, ao ouvir os questionamentos, soltou a frase que causou repercussão imediata, sendo interpretada por alguns como um comentário ofensivo aos profissionais da imprensa. Diante da repercussão, a assessoria da primeira-dama divulgou nota oficial esclarecendo o episódio: “A frase dita pela primeira-dama, Janja Lula da Silva, não se refere aos jornalistas que perguntaram ao presidente Lula sobre as declarações do presidente americano.“ A nota buscou conter a polêmica, reforçando que não houve intenção de desrespeitar os repórteres presentes. Horas depois, as tarifas anunciadas por Trump foram oficializadas por meio de uma carta enviada ao governo brasileiro. O Palácio do Planalto avalia os desdobramentos da medida e, até o momento, não apresentou um posicionamento público detalhado.

Trump impõe tarifa de 50% ao Brasil, critica STF e defende Bolsonaro em carta enviada a Lula

Em um movimento que promete intensificar as tensões diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos, o presidente americano Donald J. Trump enviou uma carta oficial ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciando sanções econômicas pesadas contra o Brasil, ao mesmo tempo em que criticou fortemente a forma como Jair Bolsonaro foi julgado pelas instituições brasileiras. Na carta, Trump classificou Bolsonaro como um “líder altamente respeitado” e afirmou que o julgamento que o levou à inelegibilidade seria parte de uma “caça às bruxas conduzida por interesses autoritários“. Ele também acusou o Brasil de “atacar eleições livres e a liberdade de expressão“, mencionando supostas ordens de censura “secretas e ilegais“ do Supremo Tribunal Federal contra plataformas de mídia social dos EUA. A carta foi enviada com cópia direta ao Congresso dos EUA e distribuída também para representantes legais das plataformas Meta, X (ex-Twitter), Google e outras empresas de tecnologia, em uma tentativa clara de internacionalizar a denúncia sobre a atuação da Justiça brasileira. Tarifa de 50% sobre produtos brasileiros Como resposta direta ao que considera violações aos princípios democráticos e práticas comerciais injustas, Trump anunciou a imposição de uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, com vigência a partir de 1º de agosto de 2025. O republicano acusou o Brasil de manter barreiras tarifárias e regulatórias que prejudicam produtores americanos e contribuem para um déficit comercial considerado “ameaça à segurança nacional” dos EUA. “O déficit comercial com o Brasil se tornou uma ameaça à segurança nacional dos Estados Unidos. Não podemos mais tolerar esse desequilíbrio“, escreveu Trump. Investigação sob a Seção 301 e risco de sanções digitais Além das tarifas, Trump determinou ao Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR) a abertura de uma investigação sob a Seção 301 contra o Brasil — mesmo mecanismo utilizado por Trump contra a China durante a intensa guerra comercial travada entre 2018 e 2020. “A medida visa apurar restrições ilegais ao comércio digital e censura de empresas americanas“, afirmou o presidente na carta enviada a Lula. Incentivos para produção nos EUA Apesar da retaliação, Trump afirmou que está aberto ao diálogo e à reversão das tarifas, caso o Brasil remova barreiras comerciais e abra seu mercado. Além disso, ele propôs incentivos para empresas brasileiras que transferirem sua produção para os EUA, prometendo aprovação rápida, benefícios fiscais e estabilidade jurídica. “Estamos abertos a cooperar — como sempre estivemos — e, nesse espírito, convido empresas brasileiras a investir nos Estados Unidos“, afirmou o presidente. Reação do mercado: dólar dispara e exportadoras caem O anúncio feito pelo presidente Donald Trump provocou reação imediata nos mercados financeiros. O dólar futuro registrou alta de 2,3%, refletindo o aumento na percepção de risco e incertezas sobre o impacto da tarifa nas exportações brasileiras. O real se desvalorizou frente à moeda americana, enquanto ações de grandes exportadoras nacionais, como Vale, JBS e Embraer, fecharam em queda nas bolsas de São Paulo e Nova York. Especialistas apontam que a medida dos Estados Unidos amplia a volatilidade no mercado cambial e eleva a incerteza entre investidores. O Planalto convocou uma reunião de emergência e articula resposta à medida de Trump. O vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, disse que não vê “nenhuma razão” para os EUA aumentarem as tarifas sobre o país sul-americano. “Acho que ele foi mal informado“, disse ele. “O presidente Lula ficou quase dois anos na prisão. Ninguém questionou o judiciário. Ninguém questionou o que o país havia feito. Este é um assunto para o nosso poder judiciário.“ Íntegra da carta de Donald J. Trump a Luiz Inácio Lula da Silva (Documento obtido por fontes ligadas ao círculo diplomático republicano nos EUA. Tradução livre a partir da versão original em inglês.) The Office of Donald J. TrumpMar-a-Lago, Florida8 de julho de 2025 Ao Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Senhor Presidente, Estou profundamente preocupado com os recentes acontecimentos no Brasil. O tratamento injusto dado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, um líder altamente respeitado, representa uma grave ameaça à democracia e ao Estado de Direito. A perseguição judicial contra ele é claramente uma caça às bruxas motivada politicamente — algo que, infelizmente, também experimentei. Além disso, estou alarmado com relatos de ordens judiciais secretas e ilegais emitidas pela Suprema Corte brasileira contra plataformas de mídia social dos Estados Unidos. Tais medidas representam um ataque direto à liberdade de expressão, aos direitos civis e ao princípio de eleições livres. Diante disso, anuncio hoje que os Estados Unidos imporão uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros exportados ao nosso país, com vigência a partir de 1º de agosto de 2025. Essa medida é uma resposta às práticas comerciais desleais, às barreiras impostas ao comércio bilateral e ao crescente déficit comercial, que ameaça diretamente nossa segurança econômica. Também determinei ao Escritório do Representante de Comércio dos EUA que inicie uma investigação formal sob a Seção 301, para apurar possíveis violações ao comércio digital, restrições indevidas a empresas americanas e outras práticas abusivas adotadas pelo Brasil. Essas tarifas poderão ser revistas ou ajustadas caso o Brasil demonstre disposição genuína em abrir seus mercados, remover barreiras e adotar práticas justas de comércio internacional. Por outro lado, qualquer tentativa de retaliar com tarifas adicionais será somada às já impostas. Estamos abertos a cooperar — como sempre estivemos — e, nesse espírito, convido empresas brasileiras a investir nos Estados Unidos, onde garantiremos processos rápidos de aprovação, ambiente favorável e segurança jurídica. Os Estados Unidos continuam sendo um parceiro confiável, mas a era da submissão a injustiças comerciais chegou ao fim. Com todo respeito, Donald J. Trump45º Presidente dos Estados Unidos da América Nota editorial A íntegra da carta foi obtida com exclusividade por meio de fontes próximas ao entorno diplomático de Donald Trump e confirmada por consultores republicanos com acesso direto à correspondência enviada ao governo brasileiro. Até o momento, o Palácio do Planalto não confirmou oficialmente o recebimento da carta, mas fontes internas indicam que o documento é autêntico. A tradução publicada nesta reportagem é livre, adaptada do original em inglês, respeitando

Governo Federal busca controle das PMs, mas relator da PEC veta medida autoritária

O governo federal tentou inserir na PEC da Segurança Pública (PEC 18/2025) um dispositivo que daria à União poder direto sobre as Polícias Militares, numa manobra que gerou forte reação por representar violação à autonomia dos estados. A proposta, articulada pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, previa ampliar significativamente a influência do Palácio do Planalto sobre normas e diretrizes operacionais das forças estaduais de segurança. A medida foi interpretada como uma tentativa de centralização inconstitucional, ao estabelecer uma instância federal com prerrogativas para interferir na gestão das PMs. A ideia era transformar o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP) em um órgão de comando superior, com capacidade de uniformizar procedimentos, condicionar repasses e coordenar diretamente ações locais. Durante a sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (8), o relator da proposta, deputado Mendonça Filho (União-PE), apresentou parecer preliminar em que rejeita qualquer avanço da União sobre as competências estaduais. Segundo ele, a segurança pública deve respeitar o pacto federativo, mantendo as Polícias Militares subordinadas aos governadores. O deputado também defendeu a constitucionalização do SUSP e do Fundo Nacional de Segurança Pública, mas com limites claros: o governo federal poderá apenas estabelecer diretrizes gerais, respeitando a autonomia de estados e municípios. Em seu parecer, Mendonça reafirma que irá excluir do texto qualquer cláusula que atribua controle exclusivo à União. Na sessão des hoje (09), a votação da PEC foi adiada após um pedido de vistas coletiva, os deputados decidiram suspender a análise para a próxima semana, última antes do recesso parlamentar A iniciativa de barrar o dispositivo reflete a resistência de parlamentares e lideranças estaduais ao que classificam como excesso de Brasília. Caso aprovada com essas salvaguardas, a PEC garantirá maior integração entre os entes federativos, sem comprometer o equilíbrio institucional previsto na Constituição. Fonte: www.metropoles.com e www.metropoles.com

Adolescente invade escola no RS, mata criança e deixa feridos em ataque com faca e facão

Na manhã desta terça-feira (08), a Escola Municipal de Ensino Fundamental Maria Nascimento Giacomazzi, na cidade de Estação, no norte do Rio Grande do Sul, foi palco de uma tragédia que chocou a comunidade. Um adolescente de 16 anos invadiu a instituição armado com um facão, resultando na morte de uma criança de 9 anos, Vitor André Kungel Gambirazi, e deixando outras duas crianças de 8 anos e uma professora de 34 anos feridas. O agressor foi detido pela polícia após ser imobilizado por populares. Segundo o prefeito Geverson Zimmermann, o adolescente, conhecido na comunidade e em acompanhamento psiquiátrico há mais de um ano, acessou a escola sob o pretexto de entregar um currículo. Ele solicitou ir ao banheiro e, em seguida, invadiu uma sala do 3º ano do ensino fundamental, onde realizou o ataque. Para causar pânico, o jovem usou rojões antes de desferir os golpes. Vitor foi atingido no tórax e não resistiu, mesmo após ser levado ao hospital. Uma das crianças feridas passou por cirurgia e está em estado estável, enquanto a outra sofreu ferimentos leves e foi liberada. A professora, que tentou proteger os alunos, também está internada em condição estável. A Polícia Civil de Getúlio Vargas investiga as motivações do crime, que ainda não foram esclarecidas. O adolescente, sem antecedentes criminais, foi apreendido e internado provisoriamente por 45 dias, conforme determinação da Justiça, atendendo ao pedido do Ministério Público do RS por atos infracionais análogos a homicídio e tentativa de homicídio. A prefeitura suspendeu as aulas na rede municipal por tempo indeterminado e anunciou suporte psicológico às famílias e à comunidade escolar. O governador Eduardo Leite expressou solidariedade e determinou prioridade na apuração do caso, afirmando que “a violência não pode ser naturalizada”. O ministro da Educação, Camilo Santana, enviou uma equipe de psicólogas especializadas para apoiar a comunidade. Este é o segundo ataque a escolas no RS em 2025, após um caso em Caxias do Sul, em abril, reforçando a urgência de medidas preventivas contra a violência escolar. A comunidade de Estação está em luto, e o velório de Vitor ocorre nesta quarta-feira, 9, em Getúlio Vargas. Fontes: UOL, G1, O Globo, BBC

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