Do agronegócio ao celular: saiba como o confronto ideológico com os EUA pode afetar sua vida

Enquanto o governo insiste em manter uma retórica de confronto com os Estados Unidos, os sinais de retaliação podem se concretizar — e os efeitos para o cidadão comum podem ser devastadores. O Brasil está à beira de um colapso geopolítico que atinge setores vitais como a agricultura, o sistema financeiro e até o funcionamento básico de serviços e tecnologias do dia a dia. O que aconteceria se o Brasil perdesse o acesso ao GPS americano? O GPS (Global Positioning System) é uma rede de satélites controlada pelos Estados Unidos, usada em escala global por aplicações civis e militares. Hoje, quase tudo no Brasil depende desse sistema: Embora ainda não haja confirmação de um bloqueio total, fontes ligadas ao Pentágono já admitem que o sinal civil pode ser degradado em regiões específicas — como forma de sanção “branca”. O recado é claro: há formas de estrangular o Brasil tecnologicamente sem disparar um único tiro. Sistema SWIFT: o isolamento financeiro O SWIFT é o sistema que conecta os bancos ao redor do mundo. É através dele que ocorrem remessas internacionais, pagamentos de exportações e importações, investimentos estrangeiros e até envio de dinheiro de brasileiros no exterior para suas famílias. Se o Brasil for excluído: A exclusão do SWIFT colocaria o país em estado de asfixia econômica, com escassez de produtos, alta do dólar e retração de mercados. O agronegócio e a bomba do desemprego Com as tarifas impostas pelos EUA já em vigor — e a ameaça de dobrá-las —, os produtores brasileiros perdem espaço competitivo nos principais mercados. Soja, milho, carnes, minério de ferro e café ficam mais caros para compradores americanos e europeus, abrindo espaço para concorrentes como Argentina, Austrália e Canadá. Consequências: 4. Efeitos para o cidadão comum O país está sendo arrastado para um isolamento que não traz nenhum benefício real. Nenhum mercado novo foi conquistado. Nenhum investimento relevante foi atraído. Nenhuma tecnologia substituta foi apresentada O que se vê é uma espiral de confrontos ideológicos sem retorno. E o custo disso será pago, como sempre, pelo cidadão comum.

Lei Magnitsky: origem, evolução e alvos de sanções contra violações de direitos humanos

Magnitsky. Edição com imagens CC

Em 18 de julho, a Lei Magnitsky voltou ao centro das discussões internacionais devido a especulações sobre sua possível aplicação contra autoridades brasileiras, após o anúncio do Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, sobre a revogação de vistos de oito ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Procurador-Geral da República. Embora a medida tenha sido enquadrada na Lei de Imigração e Nacionalidade, a menção à Lei Magnitsky reacendeu o interesse por essa legislação americana que pune violações graves de direitos humanos e corrupção. Mas o que é a Lei Magnitsky, qual sua origem, como ela evoluiu e quem já foi sancionado por ela? Origem da Lei Magnitsky A Lei Magnitsky teve origem em um caso trágico de abuso de poder na Rússia. Sergei Magnitsky, um advogado russo, denunciou em 2008 um esquema de corrupção envolvendo altos funcionários do governo, que desviaram milhões de dólares em impostos. Em retaliação, Magnitsky foi preso e morreu em 2009, aos 37 anos, em uma prisão de Moscou, sob condições suspeitas de maus-tratos e negligência médica. Sua morte gerou indignação global e inspirou o ativista Bill Browder, ex-empregador de Magnitsky, a pressionar por justiça. Em 2012, o Congresso dos EUA aprovou a Sergei Magnitsky Rule of Law Accountability Act, uma legislação voltada inicialmente para sancionar autoridades russas envolvidas na morte de Magnitsky e em outras violações de direitos humanos. A lei permitia o congelamento de ativos financeiros nos EUA e a proibição de entrada no país para os alvos, como funcionários penitenciários, policiais e juízes russos. Evolução para a Lei Global Magnitsky Em 2016, a legislação foi ampliada com a Global Magnitsky Human Rights Accountability Act, que expandiu o alcance para qualquer indivíduo ou entidade, em qualquer país, acusado de: Sob a lei global, o Departamento do Tesouro, em coordenação com o Departamento de Estado, pode impor sanções como congelamento de ativos, proibição de transações com cidadãos ou empresas americanas e revogação de vistos. A lista de alvos é gerenciada pelo Office of Foreign Assets Control (OFAC), e as sanções têm impacto global devido à centralidade do sistema financeiro americano. Quem já foi sancionado? Desde sua criação, a Lei Magnitsky foi usada contra mais de 500 indivíduos e entidades em cerca de 40 países, segundo o Departamento do Tesouro até 2023. Exemplos notáveis incluem: Contexto Brasileiro em 2025 No caso brasileiro, rumores e reportagens de veículos como O Globo, Folha de S.Paulo e UOL (18-19 julho) especularam que a Lei Magnitsky poderia ser usada contra os ministros do STF (Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Cármen Lúcia, Edson Fachin e Gilmar Mendes) e Paulo Gonet, após Rubio anunciar a revogação de seus vistos. A Lei Magnitsky é uma ferramenta poderosa para responsabilizar violadores de direitos humanos e corruptos, mas sua aplicação é politicamente sensível, muitas vezes vista como ingerência por países alvos. No Brasil, a menção à lei reflete tensões entre o governo Trump e o STF. Fonte: U.S. Department of the Treasury, U.S. Department of State, Human Rights Watch, Congressional Research Service, BBC, Reuters, The Guardian

O Brasil é dos Brasileiros? O crescente abismo entre a política e o povo

Após o tarifaço de Trump ao Brasil, a esquerda experimentou um raro sopro de popularidade nas redes, com o discurso de defesa da soberania nacional. Entusiasmado, o governo estuda a mudança do slogan “União e Reconstrução“, e já tem usado frases como “O Brasil é dos Brasileiros” e “Meu Partido é o Brasil“. Aposta-se no marketing para resolver os problemas reais. A proposta revela uma dificuldade da esquerda em se conectar com a população, ao explorar até um slogan da direita (Meu Partido é o Brasil), já usado por Jair Bolsonaro na campanha de 2018. De todo modo, o assunto tende a perder relevância conforme inflação, segurança e escândalos se imponham no dia a dia do brasileiro. Enquanto isso, o Congresso Nacional aumenta o número de deputados em um país que não tem como pagar as próprias contas, aprova pauta-bomba de R$30 bilhões em aumento de gastos e aprova o chamado PL da Devastação, afrouxando a proteção ambiental. Os interesses nacionais viram bandeira política, mas parecem cada vez mais distantes dos interesses do povo. Tarifaço de Trump Ao impor tarifas de 50% ao Brasil, o presidente americano Donald Trump esperava negociar melhores condições comerciais para os Estados Unidos, como tem feito com a União Europeia, China, Índia e todo o mundo. Ao mesmo tempo, conseguiria exercer pressão sobre o governo brasileiro, exortando que se pare a perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro e chamando o seu julgamento pelo STF (Supremo Tribunal Federal) de caça às bruxas. Em uma reviravolta inesperada, as tarifas foram percebidas pelo público em geral como uma tentativa de interferência dos Estados Unidos em assuntos internos brasileiros. E o governo foi rápido em rechaçar qualquer ingerência externa, sob o discurso de defesa da soberania nacional. Também foram apontadas inconsistências da carta de Trump, que cita déficits comerciais dos EUA com o Brasil, mas na verdade, as trocas são desfavoráveis ao Brasil. O governo buscou atrelar a Bolsonaro a responsabilidade pelas tarifas, como se os interesses nacionais estivessem sendo sacrificados pelo interesse pessoal de Bolsonaro para não ser julgado. No entanto, seguidas declarações de autoridades americanas dão conta de que os Estados Unidos vêem um cenário mais amplo de deterioração da liberdade de expressão no Brasil e de ataques aos interesses comerciais americanos, a exemplo da defesa de Lula por uma alternativa ao dólar em reunião dos Brics e a compra de petróleo russo pelo Brasil, o que ainda pode causar sanções secundárias ao país, já que a Rússia é alvo de inúmeras sanções dos países ocidentais após a invasão da Ucrânia. Esse contexto mais amplo foi tratado pela mídia americana e por autoridades como o próprio Donald Trump, o secretário de Estado Marco Rubio, seu assessor Darren Beattie, além do secretário-geral da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) Mark Rutte, dentre outros. Representantes do Rumble, do X e da Trump Media, empresas americanas que questionam medidas do STF sobre o controle de postagens e contra cidadãos americanos, também têm se manifestado sobre a liberdade de expressão no Brasil. Impulso da Esquerda Nas últimas semanas, o PT e outros partidos de esquerda têm utilizado uma campanha de marketing explorando a luta de classes, no embate “nós contra eles” ou “pobres contra ricos”. A defesa da soberania nacional também criou um óbvio apelo inicial nas redes sociais, enquanto o contexto das tarifas de Trump não estava totalmente desenhado. Tudo isso trouxe fôlego a um governo que se presumia combalido após a derrota do IOF imposta pelo Congresso. Como efeito, a popularidade do governo Lula 3 aumentou nas últimas pesquisas. Pesquisa da AtlasIntel para a Bloomberg (divulgada em 15 de julho), mostra que 60,2% aprovam a política externa do governo, enquanto 38,9% desaprovam, em sondagem após as tarifas de Trump. Na mesma pesquisa, 49,9% aprovam o governo, contra 47,3% em junho; e 50,3% desaprovam, contra 51,8% no mês passado. Já segundo a Genial/Quaest (pesquisa divulgada em 16 de julho), os que aprovam o governo petista subiram de 40% em maio para 43% agora, enquanto os que desaprovam caíram de 57% para 53% nesses 2 meses. Piora da economia Mais do que os números em si, a importância de uma pesquisa está na tendência que é revelada. Institutos diferentes mostram uma tendência de recuperação na popularidade do governo, o que é coerente com o maior alcance das campanhas de marketing nas redes sociais, com vídeo de cachorrinhos ricos e pobres do Ministério da Fazenda e a defesa da soberania. No entanto, uma análise mais acurada permite verificar que o cenário não é tão favorável ao governo. Na mesma pesquisa Genial/Quaest, 80% acham que as tarifas prejudicariam suas vidas. E, pela primeira vez, os brasileiros estão mais pessimistas do que otimistas com relação ao futuro da economia. Para 43%, a economia tende a piorar nos próximos 12 meses, enquanto apenas 35% acreditam que irá melhorar. Dessa forma, o ganho de popularidade aparenta ser apenas momentâneo. O marketing do governo conseguiu ter algum sucesso, mas os que desaprovam o governo permanecem resilientemente acima de 50%, tornando difícil qualquer candidato conseguir uma reeleição nesse patamar. Além disso, a percepção sobre a economia está piorando. A economia tende a ser o fator mais decisivo em uma eleição, e a população não deve encontrar alívio no curto prazo, segundo os últimos indicadores. O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), divulgado pelo Banco Central do Brasil em 14 de julho, mostrou uma retração de 0,7% em maio, em comparação com o mês anterior. O número é visto como uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto) do país, e essa é a primeira retração em 2025. Já a inflação subiu para 5,35% em junho, no acumulado de 12 meses, estourando o teto da meta de 4,5% para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em 2025. E, com o aumento da Selic para 15% no mês passado, os juros se encontram no maior patamar desde 2006, o que tende a diminuir ainda mais a atividade econômica. Os gastos do governo, com déficit fiscal, também pressionam para cima tanto

STF na Mira: EUA anunciam cancelamento de visto de Alexandre de Moraes, Ministros do STF, dentre outras autoridades brasileiras e seus familiares

STF na Mira EUA anunciam cancelamento de visto de Alexandre de Moraes, Ministros do STF, dentre outras autoridades brasileiras e seus familiares. Edição com imagens CC

Nesta sexta-feira (18), o governo dos Estados Unidos, sob a presidência de Donald Trump, anunciou a revogação dos vistos americanos do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, de seus familiares e de “aliados” no tribunal. A decisão, comunicada pelo Secretário de Estado, Marco Rubio, em uma postagem na rede social X, foi justificada como uma resposta às ações judiciais de Moraes contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. A medida intensifica as tensões diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos. Rubio alegou que Moraes promove uma “caça às bruxas política” contra Bolsonaro, criando um “complexo de perseguição e censura” que, segundo ele, viola direitos básicos dos brasileiros e impacta cidadãos americanos, ao tentar restringir conteúdos em plataformas sediadas nos EUA, como X e Rumble. “O presidente Trump deixou claro que sua administração responsabilizará estrangeiros responsáveis pela censura à expressão protegida nos Estados Unidos”, afirmou Rubio, ordenando a revogação imediata dos vistos.  “Portanto, ordenei a revogação dos vistos de Moraes e seus aliados na corte, bem como de seus familiares próximos, com efeito imediato.” – Marco Rubio Segundo apurado pela coluna de Mariana Sanches do portal de notícias do UOL, as sanções seriam contra todos os ministros do STF, exceto André Mendonça, Kássio Nunes Marques e Luiz Fux. E segundo os perfis do X, Instituto Brasil pela Liberdade e Armillary, a lista inclui: – Alexandre de Moraes – Ministro do STF  – Paulo Gonet Branco – Procurador-Geral da República (PGR)  – Luís Roberto Barroso – Presidente do STF  – Gilmar Mendes – Ministro do STF; Decano  – Edson Fachin – Ministro do STF  – Cármen Lúcia – Ministra do STF  – Dias Toffoli – Ministro do STF  – Cristiano Zanin – Ministro do STF  – Flávio Dino – Ministro do STF  – Andrei Rodrigues – Diretor-Geral da Polícia Federal (PF)  – Fábio Schor – Chefe da Divisão de Crimes Cibernéticos da PF  – Ricardo Lewandowski – Ministro da Justiça; ex-Ministro do STF  – Rodrigo Pacheco – Senador; ex-Presidente do Senado Federal (até início de 2025) Assim como, seus familiares mais próximos, o que se acredita que sejam, cônjuges e filhos. A decisão ocorre no mesmo dia em que Moraes determinou que Bolsonaro passe a usar tornozeleira eletrônica, atendendo a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que investiga o ex-presidente por suposta articulação internacional contra autoridades brasileiras. A operação incluiu buscas na residência de Bolsonaro e na sede do Partido Liberal (PL), em Brasília, com a apreensão de um pen drive, dólares em espécie e documentos relacionados a ações judiciais contra Moraes nos EUA. No Brasil, a medida foi recebida com reações polarizadas. A oposição, comemora a decisão, enquanto aliados do governo Lula, criticam a interferência americana. A revogação dos vistos pode escalar o confronto entre o Judiciário brasileiro e o governo Trump, com possíveis reflexos em acordos bilaterais e nas exportações brasileiras, especialmente após ameaças de sanções via temida Lei Magnitsky (“pena de morte financeira”). Até o momento, o STF e demais autoridades não se pronunciaram oficialmente. Fonte: Veja, CNN, CNN II, UOL

Cronologia da Crise: Moraes coloca tornozeleira em Bolsonaro e desafia Trump

Cronologia da Crise Moraes coloca tornozeleira em Bolsonaro e desafia Trump. Edição com imagens CC

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, escalou a tensão nas relações entre Brasil e Estados Unidos ao emitir ordens judiciais contra plataformas digitais americanas e impor severas restrições ao ex-presidente Jair Bolsonaro. As medidas vêm em resposta ao anúncio do presidente americano Donald Trump, em 9 de julho, de uma tarifa de 50% sobre exportações brasileiras, que entrará em vigor a partir de 1º de agosto. A tarifa, chamada de “Tarifa-Moraes” por aliados de Bolsonaro, foi justificada por Trump como retaliação às ações judiciais de Moraes, acusado de violar a liberdade de expressão de cidadãos e empresas americanas. Cronologia dos Fatos Implicações As ações de Moraes contra Bolsonaro e plataformas americanas são vistas como resposta direta à tarifa de Trump e seu apoio público a Bolsonaro, chamado por ele de vítima de uma “caça às bruxas”. As restrições a Bolsonaro, réu em um processo por suposto golpe com pena potencial de 40 anos, buscam limitar sua influência e isolá-lo de contatos com outros réus e contatos diplomáticos. O governo Lula enfrenta o desafio de equilibrar a autonomia judicial com a estabilidade econômica. A Confederação Nacional da Indústria (CNI), em 16 de julho, alertou para perdas anuais de US$ 12 bilhões nas exportações, pedindo diálogo urgente. As consequências econômicas são iminentes sem negociações, como no colapso da fruticultura do Vale do São Francisco. Aliados de Bolsonaro, como o líder do PL, Sóstenes Cavalcante, denunciaram as medidas como “censura” e tentativa de silenciar uma figura que representa milhões. Enquanto isso, as ordens de Moraes contra plataformas americanas tensionam as relações Brasil-EUA, com o Itamaraty classificando as ações de Trump como “chantagem”. A crise, que mistura questões judiciais, diplomáticas e econômicas, coloca o Brasil em um cenário internacional delicado e inédito, com impactos que podem reverberar a nível histórico.

Alexandre de Moraes impõe medidas cautelares diversas da prisão contra o ex-presidente Jair Bolsonaro

Segundo o jornal O Globo, aliados próximos de Jair Bolsonaro confirmaram que o ex-presidente foi obrigado, por decisão judicial exarada por Alexandre de Moraes, a usar tornozeleira eletrônica. Além disso, ele teve suas atividades nas redes sociais severamente restringidas. A medida também impõe recolhimento domiciliar entre 19h e 7h, além de proibir qualquer contato com diplomatas estrangeiros, embaixadores ou outros investigados e réus em processos relacionados ao Supremo Tribunal Federal (STF). Fontes do entorno de Bolsonaro relataram que ele estava em casa no momento da chegada da Polícia Federal. Em nota oficial, a PF informou: “A Polícia Federal cumpriu, nesta sexta-feira (18), em Brasília, dois mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares diversas da prisão, em cumprimento a decisão do Supremo Tribunal Federal no âmbito da PET nº 14129.“ Reação política Aliados do ex-presidente manifestaram solidariedade nas redes sociais. Parlamentares do PL, Republicanos e PP classificaram a operação como “espetáculo midiático” e cobraram equilíbrio nas ações do Judiciário. “É preocupante ver a Justiça sendo usada para fins políticos. A democracia exige respeito às instituições, inclusive aos adversários”, afirmou um deputado da base conservadora.

Erro em hospital de SC: 11 bebês recebem antídoto para picada de cobra ao invés de vacina contra hepatite B

Um grave erro médico ocorrido no Hospital Santa Cruz, em Canoinhas, no Planalto Norte de Santa Catarina, ganhou repercussão nacional. Entre os dias 9 e 11 de julho, 11 recém-nascidos receberam, por engano, doses de soro antibotrópico, usado contra picadas de cobras como a jararaca. Isso ocorreu no lugar da vacina contra hepatite B, que deve ser aplicada nas primeiras horas de vida, conforme o Calendário Nacional de Imunização. O caso foi confirmado pela unidade hospitalar na terça-feira (15) e está sob investigação. Segundo a direção do hospital, o erro pode ter sido causado pela semelhança entre os frascos do soro e da vacina, ambos produzidos pelo mesmo laboratório. A dose administrada, de 0,5 ml, é significativamente menor que a quantidade utilizada em casos de envenenamento por cobra (30 a 120 ml), o que minimiza os riscos à saúde dos bebês. Até o momento, nenhuma reação adversa foi registrada, e todas as crianças estão estáveis, sendo monitoradas pela equipe da Vigilância Epidemiológica municipal. A orientação é que os bebês sejam observados por até 30 dias. A Secretaria Municipal de Saúde de Canoinhas foi informada do ocorrido na segunda-feira (14) pela Regional de Saúde de Mafra e afirmou que a responsabilidade pela aplicação é do hospital, já que o erro ocorreu na maternidade. As famílias foram comunicadas imediatamente e recebem suporte técnico e acompanhamento. A vacina contra hepatite B, essencial para prevenir infecções hepáticas graves, como cirrose e câncer de fígado, será aplicada nos bebês dentro do prazo de 30 dias, junto com a vacina BCG.  A prefeita Juliana Maciel determinou a contratação de uma auditoria externa para investigar os procedimentos do hospital, que é filantrópico e recebe cerca de R$ 1 milhão mensais do município para atendimentos pelo SUS. A diretora do hospital, Karin Adur, classificou o caso como um “incidente sem dano”, destacando a transparência na condução do caso e o acompanhamento contínuo das crianças. Uma sindicância interna também foi instaurada para apurar se o erro foi intencional ou decorrente de falha humana, como a falta de verificação dos rótulos. O caso reacende debates sobre a segurança em protocolos hospitalares, especialmente em unidades que atendem públicos vulneráveis, como recém-nascidos, e reforça a importância de rigor na administração de medicamentos. Fonte: G1, UOL, NSCtotal, nd+

Bolsonaro sofre nova ofensiva da PF em Brasília por ordem de Alexandre de Moraes

Ex-presidente afirma estar tranquilo e vê ação como mais um capítulo de perseguição judicial Nesta sexta-feira (18), a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro, em Brasília. A ação faz parte do inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) e investiga a suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. A operação, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, também teve como alvos endereços ligados ao Partido Liberal (PL). De acordo com a PF, o objetivo foi recolher documentos e dispositivos eletrônicos que possam colaborar com as investigações. Bolsonaro, que colaborou com a operação e entregou voluntariamente os materiais solicitados, classificou a ação como mais um episódio de perseguição judicial. “Não há nada a esconder. O que está em curso é uma tentativa clara de criminalizar a oposição e silenciar vozes conservadoras“, afirmou o ex-presidente em nota. Seus advogados reiteraram que ele já prestou todos os esclarecimentos solicitados e que está à disposição da Justiça. “Estamos diante de um processo com viés político, que tenta transformar divergência ideológica em crime“, disse a defesa. Interlocutores de Jair Bolsonaro relataram que a partir de agora ele terá que usar tornozeleira eletrônica, por ordem judicial. Eles afirmam também que o capitão reformado passou a ter restrições de publicações nas redes sociais e na comunicação com embaixadores e diplomatas estrangeiros, além de outras autoridades investigadas. Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, está nos Estados Unidos capitaneando o movimento junto à gestão Donald Trump pela anistia e pela punição de ministros do STF. Aliados de Bolsonaro relataram que ele se encontrava em casa no momento em que a PF chegou. “A Polícia Federal cumpriu, nesta sexta-feira (18), em Brasília, dois mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares diversas da prisão, em cumprimento a decisão do Supremo Tribunal Federal, no âmbito da PET n.º 14129“, disse a PF em nota. Denúncia recente da PGR A busca ocorre poucos dias após a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentar denúncia contra Bolsonaro, pedindo sua condenação por crimes como tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, organização criminosa e incitação às Forças Armadas. A PGR sustenta que o ex-presidente teria incentivado movimentos contrários ao resultado das eleições. A denúncia ainda será analisada pelo STF, que decidirá se torna Bolsonaro réu novamente em mais um processo criminal. Reação política Aliados do ex-presidente manifestaram solidariedade nas redes sociais. Parlamentares do PL, Republicanos e PP classificaram a operação como “espetáculo midiático” e cobraram equilíbrio nas ações do Judiciário. “É preocupante ver a Justiça sendo usada para fins políticos. A democracia exige respeito às instituições, inclusive aos adversários”, afirmou um deputado da base conservadora. Fonte: www.poder360.com.br

Ibama suspende análise de licença da Petrobras para megaprojeto de R$ 196,4 Bilhões no Pré-Sal

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) suspendeu a análise da licença prévia solicitada pela Petrobras para a quarta etapa de exploração do pré-sal na Bacia de Santos, um projeto avaliado em R$ 196,4 bilhões. A decisão, formalizada em julho de 2025, foi motivada pela ausência de um programa específico de ações contra mudanças climáticas, conforme exigido pelo órgão ambiental. A medida pode atrasar a instalação de dez novas plataformas de produção, previstas para operar a partir da próxima década, a cerca de 178 km das costas de São Paulo e Rio de Janeiro. Segundo o Ibama, a suspensão não implica na interrupção definitiva do processo, mas na necessidade de a Petrobras apresentar metas detalhadas em cinco eixos: transparência, monitoramento, mitigação, compensação e adaptação. O órgão destaca que a solicitação considera o elevado volume de emissões de gases de efeito estufa do projeto, com base no Estudo de Impacto Ambiental (EIA), no relatório do IPCC de 2023 e na participação pública em audiências. A exigência é vista como inédita, já que o termo de referência inicial do licenciamento não previa tal programa, conforme apontou a Petrobras em resposta oficial. A estatal argumenta que já implementa iniciativas como reinjeção de gás e redução de queima de combustíveis, mas o Ibama considera essas ações insuficientes para atender às novas diretrizes climáticas. A suspensão coloca em risco um dos maiores investimentos do setor petrolífero no Brasil, com impactos potenciais na arrecadação de royalties e na geração de empregos. Especialistas alertam que o atraso pode comprometer a expansão da produção nacional de petróleo. A decisão marca um novo patamar de exigência ambiental para grandes projetos no Brasil. O Ibama reforça que mantém diálogo com a Petrobras para encontrar soluções que mitiguem os impactos climáticos. A estatal, por sua vez, avalia ajustes para retomar o processo. O imbróglio evidencia o desafio de conciliar desenvolvimento econômico com metas climáticas, em um momento em que o Brasil busca reforçar seu compromisso com acordos internacionais de sustentabilidade. Fonte: Poder 360, IstoÉ Dinheiro

Lula escala as tensões comerciais com Trump e declara que taxará empresas digitais americanas

Lula discursa no 60º Congresso da UNE. Reprodução YT Canal gov

Durante discurso no 60º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), nessa quinta-feira (17), em Goiânia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou que o Brasil irá cobrar impostos de empresas digitais norte-americanas, como Google e Meta, em retaliação às tarifas de 50% impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros. A medida, segundo Lula, reforça a soberania nacional frente às pressões externas. A declaração foi feita em um contexto de escalada nas tensões comerciais entre Brasil e Estados Unidos. Trump justificou as tarifas, que entram em vigor a partir de 1º de agosto, citando supostas práticas comerciais desleais do Brasil, incluindo a regulação de plataformas digitais e o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O republicano classificou o processo como uma “caça às bruxas” e criticou ordens judiciais brasileiras que, segundo ele, impõem censura a empresas americanas. Lula, no entanto, foi enfático: “Esse país só é soberano porque o povo brasileiro tem orgulho. Vamos julgar e cobrar impostos das empresas americanas digitais“, afirmou, sem detalhar como a tributação será implementada ou quais empresas serão afetadas. Atualmente, grandes multinacionais pagam uma alíquota mínima de 15% sobre o lucro no Brasil, mas não há impostos específicos para plataformas digitais estrangeiras. A proposta de taxar big techs já vinha sendo discutida no governo brasileiro, inspirada em modelos como o do Canadá, que aplica uma alíquota de 3% sobre receitas de serviços digitais. A medida é vista como uma resposta estratégica que evita impactos inflacionários diretos no Brasil, diferentemente de outras formas de retaliação comercial. O anúncio gerou reações mistas. Setores empresariais brasileiros expressaram preocupação com a escalada do conflito comercial, temendo prejuízos às exportações, especialmente de aço e alumínio, que representam US$ 5,7 bilhões anuais para os EUA. Por outro lado, analistas apontam que a retórica nacionalista de Lula pode fortalecer sua base política em um cenário de polarização. O governo brasileiro, liderado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin e pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, mantém negociações com os EUA há dois meses, mas não obteve respostas concretas. Lula reforçou que o Brasil buscará proteger seus interesses, podendo recorrer à Lei de Reciprocidade Econômica ou à Organização Mundial do Comércio (OMC). Fonte: CNN, UOL, O Globo, Valor, Estadão

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