Movimentos de esquerda invadem e ocupam sede do Itaú BBA na Avenida Faria Lima

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Na manhã desta quinta-feira (3), integrantes do movimento de esquerda Frente Povo Sem Medo (movimentos ligado ao PT e PSOL) e MST (movimento sem terra), ocuparam o saguão da sede do Itaú BBA, na Avenida Faria Lima, São Paulo, em manifesto pela taxação do que denominam de “super-ricos”.

O protesto ocorreu pelo período de 2 horas, das 9:30 às 11:30, e houve exibição de cartazes com mensagens como “Chega de Mamata” e “Taxação dos super-ricos já!”

A sede teria sido escolhida por ser considerado o prédio mais caro do Brasil, adquirido pelo banco em meados do fim de 2023 para 2024, por cerca de R$ 1,5 bilhão.

O ato ocorre em meio à tensão entre os poderes Executivo e Legislativo, após derrubada de decreto que reajustava o IOF, Imposto sobre Operações Financeiras. Esse imposto federal é cobrado em operações financeiras como crédito, empréstimos, câmbio, seguros, títulos de renda fixa e em alguns fundos de investimento.

O imposto é pago tanto por pessoas físicas como por pessoas jurídicas. Essa taxa cobrada em cada operação é vista como um recolhimento proporcional dos investimentos e com isso, o governo pode averiguar a oferta e demanda de créditos no país. Inclusive, o IOF é uma das melhores fontes de arrecadação do país.

Se você utiliza o Rotativo do Cartão de Crédito, Cheque Especial, Crédito pessoal, empréstimo consignado, financiamento, seguro de vida e acidentes, seguro de bens, enviou recursos para fora do país ou trouxe, se compra moeda estrangeira ou resgatou investimentos, você certamente paga essa taxa e talvez, nem a tenha percebido embutida nos impostos. Ou seja, não é verdade que afete apenas os super-ricos.

Cidadãos de todas as classes econômicas acabam pagando o IOF através do meios citados acima, uma vez que, incide sobre operações financeiras comuns a todos os grupos sociais. O impacto do IOF é, especialmente, maior para os mais pobres, que despendem uma parcela, proporcionalmente, mais pesada de sua renda, no pagamento da taxa. O IOF, por natureza, prejudica os mais pobres. Na prática, o aumento do IOF só favorece para elevação de arrecadação do governo, sendo esse, o principal efeito, direto e garantido, dessa medida.

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