O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou, nesta quinta-feira (3), a ex-presidente e condenada por corrupção, Cristina Kirchner, que se encontra em prisão domiciliar, em Buenos Aires. Mas não terá reunião bilateral (reunião oficial) com Javier Milei.
Cristina Kirchner, 72 anos, ex-presidente da Argentina, foi condenada a seis anos de prisão e à proibição perpétua de ocupar cargos públicos. Ela foi considerada culpada de desviar US$ 1 bilhão, junto com seu falecido marido, Néstor Kirchner, por meio de um esquema de favorecimento e repasses a uma construtora — muito semelhante ao que levou o presidente Lula à prisão.
A reunião do presidente com Kirchner teria durado cerca de 50 minutos, sob forte esquema de segurança. Lula chegou a realizar uma postagem sobre sua visita na plataforma de mídia social X:

O analista internacional da CNN, Lourival Sant’Anna, chegou a comentar em um quadro da CNN que “Não há nenhuma dúvida sobre as provas contra ela, que são muito contundentes“. Além de mencionar que ainda existem outros processos em andamento contra Kirchner, com acusações relacionadas ao encobrimento do envolvimento do Irã nos atentados em Buenos Aires.
A visita ocorreu após a participação de Lula em reunião com chefes de Estado no bloco sul-americano, onde recebeu a presidência do Mercosul de Javier Milei, atual presidente da Argentina. Pelas regras do Mercosul, há um revezamento semestral na direção do grupo, formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. A Bolívia ainda está em processo de adesão.
Na reunião, Milei teceu críticas a Nicolás Maduro e defendeu cooperação do bloco para combater o crime organizado. Além de agradecer aos países do bloco pelo apoio à Argentina na disputa das Malvinas com o Reino Unido.

O presidente Lula ainda chegou a posar para uma foto com um cartaz escrito “Cristina Libre“, junto ao escultor argentino Adolfo Pérez e o deputado argentino Eduardo Valdés, do partido União pela Pátria, que segurava um cartaz escrito “Lula Livre“.