O consórcio Lula/STF resolveu testar os limites com os Estados Unidos — e agora colhe a reação. Nesta quarta-feira (09), o presidente Donald Trump oficializou, por meio de uma carta enviada a Luiz Inácio Lula da Silva, a imposição de uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros que entrarem em solo americano a partir de 1º de agosto de 2025.
A medida atinge desde commodities básicas, como café e carne, até setores estratégicos, como o siderúrgico e o aeronáutico. Mas mais do que um gesto comercial, a decisão é a fatura que começa a ser cobrada da política externa lulista, saudosa de um “Sul Global” que vive mais nos discursos do que na realidade.
Na carta, Trump criticou abertamente o Supremo Tribunal Federal, condenou as ações de censura a cidadãos em plataformas digitais e classificou a perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro como “vergonha internacional“.
O republicano ainda invocou a chamada Seção 301, instrumento jurídico que autoriza medidas unilaterais contra países que adotam práticas consideradas injustas ou hostis aos interesses americanos. O Brasil, segundo ele, cruzou essa linha ao sufocar a liberdade de expressão e violar acordos comerciais.
Caso Lula não abaixe as orelhas para o Tio Sam, o impacto será duro.
Só em 2024, o Brasil exportou mais de US$ 16 bilhões para os EUA. Com a nova tarifa, a competitividade desses produtos vai por água abaixo. E quem vai pagar o preço? Não será o Itamaraty, nem os ministros do Supremo.
O custo recai sobre o produtor rural, o exportador que depende daquele mercado, o pequeno empresário que apostava nos Estados Unidos para crescer. E, no fim da cadeia, está o consumidor comum. O cidadão que vai ao supermercado e sente no bolso a alta do dólar, o trabalhador que depende de empregos no agronegócio e na indústria, o jovem que sonha com oportunidades num país que exporta mais do que slogans populistas.
E o dólar reagiu imediatamente. Subiu 1,05% logo após o anúncio e, na quinta-feira (10), abriu novamente em alta, ultrapassando os R$ 5,54 — maior valor desde o fim de junho.
O risco-Brasil também disparou, e a B3 operou em queda, com destaque negativo para setores diretamente atingidos pela tarifa. As ações da Embraer caíram, os papéis da Gerdau recuaram, e o ETF brasileiro EWZ foi impactado no pré-mercado em Nova York.
O Brasil real, que precisa vender para crescer, começa a entender que diplomacia não é terreno para palanque petista.
O duro golpe americano recai sobre um parceiro comercial incômodo, que não apenas age contra os interesses dos Estados Unidos — como enfatizou Trump — mas, sobretudo, contra os interesses mais básicos de seu próprio povo.
Em vez de fortalecer laços com democracias consolidadas, o regime brasileiro escolheu um caminho arriscado, se aproximando de regimes autoritários: afagos a Irã, Venezuela e Cuba; declarações desastrosas em apoio à invasão criminosa da Rússia à Ucrânia; bajulações ao regime chinês — incluindo até a declaração de amor de Gilmar Mendes no STF, que afirmou publicamente a admiração de todos da corte pelo regime opressor oriental; hostilidade explícita a Israel; e um afastamento cada vez maior das verdadeiras democracias.
O BRICS, por sua vez, virou um clubinho dos ressentidos, onde governos autoritários se elogiam, conspiram contra a liberdade de imprensa, rejeitam o pluralismo político e sonham com um mundo sem dólar.
Trump, inclusive, já avisou que os países do bloco deverão ser alvo de uma tarifa adicional de 10%, ainda neste ano.
A resposta de Lula, até agora, foi previsível: devolveu a carta e classificou o conteúdo como ofensivo. O Itamaraty fala em retaliação e reciprocidade, o que, se levado adiante, só agravará a situação do comércio bilateral. Enquanto isso, empresários de setores estratégicos, como calçados, siderurgia, papel e celulose, já alertam para o risco de retração nas exportações, demissões em massa e fuga de investimentos.
Mas a economia mundial não funciona com base em discursos de auditório da UNE. Ela exige previsibilidade, segurança jurídica e responsabilidade institucional — tudo o que o Brasil do consórcio Lula/STF tem rejeitado nos últimos tempos.
Na última cúpula do BRICS, Lula disparou que “o mundo não quer um imperador“. É verdade que a frase, dirigida a Trump, soou bem entre seus próprios militantes. O problema é que, enquanto o petista discursava, o Tio Sam tomava nota.
A verdade incontestável é que o PT — junto com aqueles que lhe garantem apoio e retaguarda para brincar de revolução — faz um mal incalculável ao Brasil. Não apenas internamente, com sua obsessão pelo controle, pelo aparelhamento e pela criminalização do pensamento livre, mas também externamente, ao isolar o país em nome de seu “sonho stalinista“.
Enquanto o mundo avança, o Brasil recua agarrado aos seus colegas de ditadura, levando junto milhões de brasileiros que só querem trabalhar, produzir e viver com dignidade. E, como sempre, quem pagará a conta não serão os que discursam em Brasília, mas os que carregam o país nas costas.