O mundo passa por um momento difícil e posso dizer categoricamente que é só mais um momento. Assim como em outros momentos da história, em que a humanidade vivenciou diversas crises, nas quais não havia soluções claras nem rápidas, estamos testemunhando impasses e conflitos, gerados por atores poderosos que impactam toda a cadeia de suprimentos global. Estes impactos causam turbulência nos mercados e atingem significativamente os indivíduos. Sim, estamos isolando todos os outros problemas que envolvem os conflitos e vamos focar apenas na consequência que afeta o bolso do brasileiro.
Uma minoria da população brasileira consegue acumular patrimônio, investindo em ativos financeiros. Em 2024, o número de investidores cresceu e chegou a 37% da população, representando uma tendência gerada pela disseminação de instituições financeiras de acesso facilitado, as fintechs, que apenas usando um aplicativo de celular, trouxeram a possibilidade de um cidadão investir seu dinheiro. Ainda há muito a se fazer na difusão do conhecimento, uma vez que do total de investidores, 68% ainda têm seu patrimônio alocado na poupança.
A guerra tarifária que tomou grandes proporções a partir do governo Trump trouxe consigo uma necessidade de repensar os ativos que serão utilizados para preservar valor nos próximos meses ou até anos. As taxas propostas nas ameaças de taxação inviabilizam o envio de produtos ao exterior, o que acarreta a menor entrada de dólares, elevando o preço da moeda e, consequentemente, a inflação. Com uma inflação em alta, os produtos que consumimos encarecem e o patrimônio acumulado míngua se não estiver alocado de forma defensiva. Mas como se defender de forma efetiva das consequências geradas pela taxação?
Existe uma variedade de produtos financeiros que podem salvar nossas finanças neste momento de crise. Os títulos indexados ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), por exemplo, são em geral os títulos que protegem o capital do aumento da inflação. Por ter uma taxa fixa somada ao indicador, espera-se que o rendimento do título entregue a variação do índice mais a taxa fixa informada na data de compra do título.
Um cuidado que deve ser observado é a solidez da entidade que oferece o título. As empresas em geral, principalmente as exportadoras, podem sofrer perdas irreparáveis com a taxação em 50% anunciada por Trump. Logo, investir numa empresa esperando preservação do capital pode gerar frustração da expectativa e prejuízos. Neste caso, uma saída muito utilizada por investidores mais experientes é o Tesouro Direto e seus títulos indexados à inflação.
Dentre a variedade de produtos que podem preservar o capital, temos duas classes mais famosas e, basicamente, igualmente perigosas. O alto risco agregado a investimentos de renda variável causa dúvidas e muitas vezes afasta investidores menos experientes e mais conservadores. Os Fundos Imobiliários (FII’s) e as Ações são os ativos que estarão nos radares dos gestores de ativos. Isto porque a imprevisibilidade acaba gerando um efeito de “debandada“, fazendo com que a crise reflita no ativo de forma mais intensa e diferente do que deveria ser o racionalmente aceitável. A imagem abaixo traz uma ideia do que seria um exemplo de comportamento divergente entre o preço dos ativos e os fundamentos que carregam, o que pode gerar grandes oportunidades.

Uma outra classe de ativos que tem se destacado recentemente são as criptomoedas. O “universo paralelo” das criptos tem se mostrado resiliente, e em certos casos, antifrágil. Utilizando o conceito do mestre Nassim Taleb, o fato de um ativo não ser apenas resistente a choques, mas ganhar força com eles, é um exemplo de antifragilidade. No mundo cripto, alguns movimentos têm se parecido com a definição de Taleb.
O Bitcoin tem ganhado cada vez mais força e tem sido cada vez mais adotado por governos, empresas e pessoas. Um claro exemplo de adoção da tecnologia é a recente declaração de Larry Fink, CEO da BlackRock, uma das maiores gestoras de patrimônio do mundo, dizendo que o Bitcoin é um instrumento de proteção à desvalorização cambial, o que seria o remédio perfeito para a crise que estamos prestes a enfrentar. Existe todo um ecossistema onde funcionam as criptomoedas, mas de todo ele, o Bitcoin se revela a cada dia ser o mais relevante e promissor.
A ideia do artigo é trazer uma reflexão a você, gerando a semente da dúvida em relação ao consumo compulsivo, decisões financeiras pouco lucrativas ou impulsionadas por fatores culturais. Ao internalizar o conhecimento trazido neste artigo, você pode estar diante da maior virada de chave da vida, tanto em termos conceituais quanto em termos financeiros. Investir não é algo reservado a ricos, é necessário a todas as classes sociais e importantíssimo para você e para o país. Em termos econômicos globais, quanto maior a reserva de capital aplicada, melhores as condições de vida da população. Em termos individuais, quanto maior a poupança e investimento durante a vida, maiores as possibilidades e conforto no presente e no futuro.
Eu sou Felipe Santos, Oficial R/2 do Exército Brasileiro, formado pela Fundação Getúlio Vargas, Universidade da Califórnia e Universidade de São Paulo, atuo no mercado financeiro desde 2008. Experiente em diversas áreas no mercado, professor de Finanças Pessoais e Investimentos da Escola de Geopolítica e Atualidades Danuzio Neto e criador da Mentoria de Investimento Ágil, ajudo pessoas a investir em apenas 30 dias com segurança e praticidade.
Somente um patrimônio acumulado é capaz de proporcionar a você um futuro com conforto, segurança e liberdade. O tempo passa, comece!
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