Guerra, corrupção e morte: ministro russo cai em desgraça e aparece morto em Moscou

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O ministro russo dos Transportes, Roman Starovoit, foi encontrado morto nesta segunda-feira (07) em Odintsovo, subúrbio de Moscou, capital do país. Segundo o Comitê Russo de Investigação, principal órgão investigativo local, o corpo baleado de Starovoit foi encontrado em seu carro e uma arma foi achada próxima a ele. O caso está sendo tratado como um provável suicídio.

Starovoit, de 53 anos, havia sido demitido por um decreto presidencial na manhã da própria segunda-feira, após pouco mais de um ano no cargo. O decreto não especificou o motivo da demissão, mas sua publicação veio após um fim de semana de caos aéreo na Rússia, com diversos voos cancelados e inúmeros aeroportos fechados em virtude da ameaça de drones ucranianos.

Outras fontes na mídia russa, porém, alegam que a demissão pode ter relação com as suspeitas de envolvimento do ex-ministro com um suposto esquema de desvio de recursos públicos na região fronteiriça de Kursk, onde Starovoit foi governador antes de ser nomeado para a pasta de Transportes. Seu sucessor no governo regional, Alexei Smirnov, foi preso por corrupção em abril deste ano.

O caso ganhou forte repercussão na Rússia por envolver o desvio de fundos alocados para a defesa militar da região. Em agosto de 2024, um ataque surpresa da Ucrânia rompeu as linhas defensivas locais, avançando com facilidade e fazendo milhares de prisioneiros pelo caminho. Foi a primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial em que o território russo foi ocupado.

No último mês de maio, quase nove meses após a invasão, o exército russo anunciou a retomada de Kursk.

As autoridades russas vem investigando diversos casos de corrupção entre funcionários do alto escalão civil e militar. Na última semana, Timur Ivanov, ex-vice ministro da Defesa, foi condenado a 13 anos de prisão. No mesmo dia, Viktor Strigunov, alto funcionário da Guarda Nacional, foi preso por corrupção e abuso de poder. E, por sua vez nesta segunda (07), Khalil Arslanov, ex-segundo no comando do Estado-Maior, recebeu pena de 17 anos pelos mesmos crimes.

Fonte: The Times of Israel, Associated Press

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