Estrategista de Trump aponta Moraes como “Dono do Brasil”

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Estrategista de Trump aponta Moraes como Dono do Brasil. Edição com imagens CC

O estrategista político americano Jason Miller, conhecido por sua atuação nas campanhas de Donald Trump e por seu apoio a Jair Bolsonaro, voltou a atacar o Supremo Tribunal Federal (STF) em duas postagens no X na noite de 21 de julho. As mensagens, publicadas às 22:42 e 23:16, miraram os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, acusando-os de perseguição política e hipocrisia em relação à liberdade de expressão no Brasil.

Na primeira postagem, Miller criticou diretamente Moraes, afirmando que ele “assume todo o crédito pela perseguição política contra o presidente Jair Bolsonaro” e sugeriu que o ministro age como a principal autoridade do país, acima do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Moraes quer que o mundo saiba que ELE governa o Brasil, não Lula” – Jason Miller

Na segunda postagem, Miller direcionou suas críticas ao que chamou de “principal apoiador de Moraes no STF”, em resposta a uma postagem de Barroso. Ele acusou o ministro de hipocrisia, alegando que “antes criticava censura e comportamento ditatorial, mas agora lidera esses esforços”. A menção está ligada ao papel de Barroso em decisões do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre moderação de conteúdo online.

As postagens de Miller surgem em um momento de tensão entre o STF e o ex-presidente Bolsonaro, especialmente após medidas cautelares que o proibiram de usar redes sociais e a recente revogação de vistos americanos para Moraes e outros, anunciada pelo senador americano Marco Rubio em 18 de julho. Miller, que já foi detido brevemente no Brasil em 2021 por ordem de Moraes, é uma figura proeminente no movimento conservador.

As críticas de Miller geraram reações mistas no X, com apoiadores de Bolsonaro ecoando suas acusações e críticos do ex-presidente defendendo as ações do STF como necessárias para combater a desinformação. Até o momento, nem Moraes nem Barroso comentaram as postagens. O episódio reforça a polarização em torno do papel do Judiciário brasileiro e sua relação com figuras políticas internacionais.

Fonte: X, XII

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