O especialista em gestão de desastres e resgates Léo Farah publicou em seu Instagram um alerta sobre erros fatais em situações de emergência, motivado pela morte da brasileira Juliana Marins na Indonésia. Segundo as autoridades locais, Juliana desapareceu em uma área remota e foi encontrada sem vida após dias de buscas.
No carrossel publicado em seu perfil, Farah comentou perguntas frequentes que recebe: “Leo, por que tanta gente preparada morre e outros que nem treinados são, sobrevivem?”. A resposta, segundo ele, está em ignorar a prioridade correta: “A maioria se prepara pro cenário errado. Leva comida… mas esquece de abrigo. Tem celular… mas não tem sinalização. Sabe como reagir… mas não sabe o que vem primeiro”, escreveu.
Farah destacou a chamada Regra dos 3, que sintetiza as prioridades em resgates:
- 3 minutos sem ar
- 3 horas sem abrigo
- 3 dias sem água
- 3 semanas sem comida
O especialista reforçou que essa hierarquia pode determinar quem vive e quem morre em situações extremas, como a de Juliana Marins. “É essa hierarquia que eu vi decidir a vida de vítimas nas situações mais críticas do Brasil e do mundo. Você carrega o peso do seu conforto ou da sua sobrevivência. O que você escolhe levar pode te matar. Ou pode te dar 48 horas a mais. Tempo suficiente pra ser encontrado”, concluiu.
Nas imagens do post, Farah ainda orienta o que nunca pode faltar em um kit de sobrevivência, citando filtro ou pastilhas para água, abrigo térmico, sinalização e primeiros socorros, para garantir chances reais de resgate.
Quem é Léo Farah?
Léo Farah é especialista em gestão de desastres, operações de resgate e atendimento pré-hospitalar, com mais de 20 anos de experiência em salvamentos urbanos e rurais. Atuou em grandes tragédias no Brasil, como o rompimento da barragem de Brumadinho e as enchentes históricas do Rio Grande do Sul em 2024, quando coordenou equipes voluntárias e ajudou a estruturar operações de resgate e apoio humanitário em áreas completamente isoladas. É reconhecido por seu trabalho em treinamento de equipes de emergência e pela conscientização sobre sobrevivência e preparação em situações extremas.