Caminhões dos Correios são usados por traficantes para transporte de drogas no Brasil

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Uma operação da Polícia Federal, deflagrada nesta quinta-feira (3), revelou um esquema sofisticado de tráfico internacional de drogas que utilizava caminhões dos Correios para transportar entorpecentes no Brasil. A ação, batizada de Operação Specula, aconteceu em Foz do Iguaçu, Paraná, e desmantelou uma organização criminosa responsável por movimentar grandes quantidades de maconha e cocaína para diversos estados do país.


Segundo a Polícia Federal, os traficantes utilizavam caminhões com compartimentos ocultos, como fundos falsos e pneus, para dissimular o transporte de drogas. Em alguns casos, cal hidratada era usada para mascarar o odor dos entorpecentes, dificultando a detecção por cães farejadores. Durante as investigações, foram apreendidos 6.288 kg de maconha e 108 kg de cocaína, além de dez veículos e quatro prisões em flagrante. Um dos episódios mais notórios envolveu o uso de um caminhão dos Correios para transportar a carga ilícita, evidenciando a ousadia dos criminosos.


Não é a primeira vez que esse tipo de tática do crime organizado é descoberta, outro caso marcante ocorreu em setembro de 2024, quando a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 1.947 kg de maconha em um caminhão dos Correios abandonado em uma estrada rural em Cascavel, Paraná. O veículo, pertencente à frota terceirizada, foi retirado com auxílio de um trator, e a carga legal transportada não foi comprometida.


A utilização de caminhões dos Correios por traficantes expõe vulnerabilidades no sistema de transporte logístico e reforça a necessidade de maior fiscalização. A PRF relatou que, em 2024, apreendeu 284 toneladas de drogas no Paraná, um aumento de 45% em relação a 2023, com casos inusitados como drogas escondidas em postes de concreto e cargas de cavalos.


As investigações continuam para identificar outros envolvidos nos esquemas, e a Polícia Federal reforça a importância de ações integradas com outras forças de segurança para combater o tráfico interestadual e internacional.


Fontes: Metropoles, G1, CGN, Pontaporainforma

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