Lula define indicações para TSE e STJ em meio à negociações políticas

Nesta quinta-feira (10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou as indicações para duas vagas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e uma no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em decisões que refletem articulações políticas estratégicas para o governo. Para o TSE, foram escolhidos Floriano de Azevedo Marques Neto, aliado do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, e Estela Aranha, ex-auxiliar do ministro Flávio Dino no Ministério da Justiça. Já para o STJ, a indicada é a procuradora de Justiça de Alagoas, Maria Marluce Caldas Bezerra, tia do prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, o JHC, filiado ao PL. As nomeações para o TSE reforçam a influência de Moraes e Dino no tribunal eleitoral, que terá papel crucial nas eleições presidenciais de 2026. Floriano Marques, que já atua como ministro titular do TSE, foi reconduzido ao cargo com o apoio direto de Moraes, com quem mantém longa amizade. Estela Aranha, por sua vez, é ex-secretária de Direitos Digitais do Ministério da Justiça, onde trabalhou sob Dino, e atualmente assessora a ministra Cármen Lúcia, presidente do TSE. Sua indicação superou a concorrência de Vera Lúcia Santana Araújo, apoiada pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e pela primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, além do grupo Prerrogativas, próximo ao governo. A escolha de Estela Aranha também contou com o respaldo de figuras-chave do PT, como o novo presidente do partido, Edinho Silva, e a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. A lista tríplice feminina, elaborada sob comando de Cármen Lúcia, foi uma iniciativa para ampliar a representatividade de gênero no TSE, mas gerou intensas disputas nos bastidores do governo. Para o STJ, a indicação de Maria Marluce Caldas Bezerra, que ocupará a vaga deixada pela aposentadoria da ministra Laurita Vaz, envolve um acordo político com o prefeito JHC. Apesar de filiado ao PL, partido de Jair Bolsonaro, JHC tem se aproximado do governo Lula, sinalizando possível apoio ao PT em 2026. Fontes do Palácio do Planalto indicam que a nomeação de Marluce, que integra a lista tríplice enviada ao presidente em outubro de 2024, está condicionada à migração de JHC para um partido da base aliada. Essa articulação enfrenta resistências, especialmente do senador Renan Calheiros (MDB-AL) e do deputado Arthur Lira (PP-AL), que disputam influência em Alagoas. Marluce Caldas, primeira mulher a atuar como acusadora em um júri popular em Maceió, é procuradora de Justiça desde 2021 e tem uma trajetória consolidada no Ministério Público de Alagoas. Sua indicação, que ainda depende de sabatina e aprovação no Senado, é vista como um movimento para fortalecer a presença feminina no STJ, onde apenas seis das 33 cadeiras são ocupadas por mulheres. As nomeações, que devem ser publicadas em edição extra do Diário Oficial da União, ilustram o equilíbrio delicado entre pragmatismo político e demandas por representatividade, enquanto Lula busca consolidar alianças para as próximas eleições. Aspectos Legais Legalmente, a indicação de juristas pelo Executivo para o TSE é constitucional e regulamentada. Os indicados devem atender aos critérios de notável saber jurídico e reputação ilibada, sendo submetidos a sabatina e aprovação pelo Senado Federal, o que funciona como um mecanismo de controle. No caso de Floriano Marques e Estela Aranha, ambos possuem currículos robustos: Marques é advogado e professor de Direito, com atuação no TSE, enquanto Aranha tem experiência em direitos digitais e assessoria jurídica. Formalmente, as indicações respeitam o processo legal, e a recondução de Marques, por exemplo, é prática recorrente, desde que aprovada pelo Senado. Questões Éticas Do ponto de vista ético, a nomeação de aliados próximos a figuras influentes do governo ou do Judiciário, como Alexandre de Moraes e Flávio Dino, levanta preocupações sobre a imparcialidade do TSE. O tribunal é responsável por decisões cruciais, como a regulamentação de eleições, julgamento de candidaturas e combate à desinformação, o que exige independência absoluta. A escolha de Estela Aranha, ex-auxiliar de Dino, e Floriano Marques, aliado de Moraes, pode sugerir uma tentativa de consolidar influência política no tribunal, especialmente considerando o papel central do TSE nas eleições de 2026. A percepção de partidarismo é agravada pelo contexto das negociações políticas. A indicação de Maria Marluce Caldas Bezerra para o STJ, por exemplo, parece vinculada a acordos com o prefeito JHC, o que reforça a ideia de que as nomeações judiciais podem ser usadas como moeda de troca política. Embora tais articulações sejam comuns, elas corroem a confiança pública na isenção do Judiciário, especialmente quando os indicados têm laços diretos com figuras do governo ou do establishment político. Crítica A prática de indicações presidenciais, embora legal, é problemática quando prioriza lealdades políticas em detrimento da percepção de neutralidade. O TSE, como guardião da democracia, deve ser imune a qualquer suspeita de alinhamento com o governo de turno. A escolha de juristas com fortes conexões com membros do STF ou do Executivo, ainda que qualificados, alimenta narrativas de politização da Justiça, o que pode minar a legitimidade das decisões do tribunal em momentos críticos, como a validação de resultados eleitorais. Além disso, a falta de critérios objetivos e transparentes para a formação das listas tríplices pelo STF amplifica o problema. O processo atual permite que influências pessoais e políticas se sobreponham à meritocracia, o que contraria os princípios de uma democracia robusta. Para mitigar essas questões, seria desejável a adoção de mecanismos que aumentem a transparência, como audiências públicas para a escolha dos candidatos e maior diversidade nas listas tríplices, evitando a concentração de poder em redes de influência já consolidadas. Embora as indicações de Lula para o TSE sejam legais, elas expõem fragilidades éticas no sistema de nomeações judiciais. A percepção de alinhamento político, reforçada por escolhas de aliados de figuras como Moraes e Dino, pode comprometer a confiança na imparcialidade do TSE. Reformas que promovam maior transparência e independência no processo de seleção são essenciais para fortalecer a democracia e garantir que o Judiciário atue como um pilar neutro, acima de interesses partidários. Fontes: O Globo, O GloboII, Metropoles Foto: Joédson Alves/ Agência Brasil CC
Tarifaço de Trump ao Brasil. Veja o que repercutiu na mídia internacional

Nesta quarta-feira (9), o presidente americano Donald J. Trump enviou uma carta oficial ao presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, estabelecendo uma tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros exportados aos EUA. O presidente Lula já se manifestou em resposta. Abaixo segue um compilado de como o assunto foi abordado pela imprensa internacional: Politico O site de notícias americano “Politico” noticiou o conteúdo da carta de Donald Trump, ressaltando que a tarifa de 50% representa um aumento significativo em relação aos 10% anunciados em abril. E menciona que a carta faz uma defesa explícita de Bolsonaro, além de uma crítica à Suprema Corte brasileira devido às ordens de censura “secretas e ilegais”. Comenta que Bolsonaro possui forte popularidade e que Eduardo Bolsonaro tenta encenar um retorno político mediante os baixos índices de aprovação do governo Lula e da explosão de criminalidade nas principais cidades do país. Em seguida, discorre sobre o envolvimento do Brasil com a Rússia e China através do BRICS, também citando os laços com Venezuela e Cuba. E finaliza divulgando a resposta de Lula em seu post na plataforma X. Bloomberg O Bloomberg noticia sobre o tarifaço, citando que a medida fez o Real desvalorizar 2% frente ao dólar como consequência imediata. Diz que a tarifa é vista como uma resposta de apoio de Trump a Bolsonaro, intensificando as tensões entre os 2 países. O artigo destaca que os EUA têm superávit comercial com o Brasil, contradizendo a justificativa usual de Trump para as tarifas, que seria corrigir déficits comerciais. CNN Business O CNN Business noticiou sobre a carta de Trump e a resposta de Lula. E destaca que a tarifa é notável por ser a primeira vez em meses que outro país ameaça retaliar diretamente contra as tarifas de Trump. Também aborda a contradição da justificativa de Trump, uma vez que o Brasil registrou um déficit comercial de U$ 6,8 bilhões com os EUA, ao contrário dos outros 21 países que também receberam cartas de Trump. E finaliza, listando sobre os outros países e suas respectivas respostas. BBC A BBC noticiou sobre a carta de Trump e a resposta de Lula, destacando a diferença significativamente maior previamente anunciada de 10 para 50%. E aponta motivação política da medida ao relatar os laços de Bolsonaro e Trump. No título do artigo menciona-se que Trump está exigindo um fim ao julgamento de Bolsonaro. Reuters A agência de notícias Reuters destacou que Lula chamou Trump de “imperador indesejado” na cúpula do BRICS. E que a carta de Trump é motivada em defesa de Bolsonaro. Comenta a resposta de Lula prometendo reciprocidade, aponta a contradição sobre a narrativa de Trump a respeito da correção de déficits comerciais. E finaliza detalhando que os principais produtos de exportação brasileira são o petróleo, café, aço e ferro, enquanto os EUA exportam aeronaves, petróleo e semicondutores ao Brasil. The Economic Times O portal de notícias econômicas indiano cita que essa é uma ação sem precedentes que utiliza a política comercial para interferir em assuntos internos de outro país. Comenta a resposta de Lula e destaca que o Brasil é uma exceção entre os alvos de Trump, destacando também que os EUA têm superávit comercial com o país. Finaliza mencionando que a tarifa imposta sobre o Brasil é a mais alta imposta pelos EUA. The Guardian O portal inglês, após noticiar sobre a tarifação e a resposta do Brasil, comenta que a medida aumenta temores de que a estratégia comercial errática de Trump possa agravar a inflação em ambos os países. Também discorre sobre a carta ao Brasil ser diferente de outras enviadas, por focar em questões políticas internas, como o julgamento de Bolsonaro, em vez de desequilíbrios comerciais. Ao final, enfoca mais o detalhamento das medidas em outros países e das implicações para os EUA. Bousier O portal francês econômico noticia sobre as mesmas informações dos demais, porém comenta que as tarifas podem afetar gravemente indústrias brasileiras, como aço e aviação, e que também impactam as exportações americanas, como aviões e combustíveis. Expresso O Expresso de Portugal deu ênfase na devolução da carta de Trump pelo Brasil, que a classificou como ofensiva e cheia de informações falsas sobre a relação comercial entre os 2 países. Citando que a secretária de relações exteriores do Brasil com os EUA, Maria Luisa Escorel, chegou a convocar na quarta (9) o mais alto representante dos EUA em Brasília pela 2ª vez no mesmo dia, para que confirmasse a “autenticidade” da carta, em função da mesma ter sido publicada antes de chegar ao Presidente Lula. Análise Geral Carta de Trump No geral, todas as fontes destacam que a tarifa de 50% é motivada pela defesa de Trump a Jair Bolsonaro, todavia também relatam as críticas de Trump sobre ações do Brasil contra a liberdade de expressão e empresas americanas, como ordens de censura a plataformas digitais. Resposta Brasileira As fontes relatam que o presidente Lula respondeu de forma firme, prometendo medidas recíprocas com base na Lei da Reciprocidade Econômica. Enfatizando a soberania brasileira e rejeitando qualquer interferência no sistema judicial do país. Impactos Econômicos Algumas fontes noticiaram sobre a tarifa, que substitui os 10% anunciados em abril, afetando setores como café (o Brasil produz 37% do café mundial), petróleo, aço e aviação. E também, a desvalorização do real e quedas nos mercados brasileiros, com o real caindo mais de 2% contra o dólar, em um impacto imediato. Contexto Global A medida é vista como parte de uma onda de tarifas anunciadas por Trump, incluindo 50% sobre cobre e taxas de 20-30% para países como Filipinas, Iraque e Sri Lanka. Entretanto, a ação contra o Brasil é destacada como única por sua motivação política explícita, o que aumenta preocupações sobre inflação global e instabilidade comercial. Fonte: Politico, Bloomberg, CNN Business, BBC, Reuters, The Economic Times, The Guardian, Bousier, Expresso
Presidente Lula se manifesta sobre imposição de tarifa de 50% ao Brasil

Nesta quarta-feira (9), o presidente americano Donald J. Trump enviou uma carta oficial ao presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, na qual anunciou a imposição de uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, com vigência a partir de 1º de agosto de 2025. O presidente Lula acaba de se manifestar nas mídias sociais, leia o conteúdo na íntegra. O presidente Lula se manifestou em todas as suas mídias sociais com o seguinte texto, na íntegra: “Tendo em vista a manifestação pública do presidente norte-americano Donald Trump apresentada em uma rede social, na tarde desta-quarta (9), é importante ressaltar: O Brasil é um país soberano com instituições independentes que não aceitará ser tutelado por ninguém. O processo judicial contra aqueles que planejaram o golpe de estado é de competência apenas da Justiça Brasileira e, portanto, não está sujeito a nenhum tipo de ingerência ou ameaça que fira a independência das instituições nacionais. No contexto das plataformas digitais, a sociedade brasileira rejeita conteúdos de ódio, racismo, pornografia infantil, golpes, fraudes, discursos contra os direitos humanos e a liberdade democrática. No Brasil, liberdade de expressão não se confunde com agressão ou práticas violentas. Para operar em nosso país, todas as empresas nacionais e estrangeiras estão submetidas à legislação brasileira. É falsa a informação, no caso da relação comercial entre Brasil e Estados Unidos, sobre o alegado déficit norte-americano. As estatísticas do próprio governo dos Estados Unidos comprovam um superávit desse país no comércio de bens e serviços com o Brasil da ordem de 410 bilhões de dólares ao longo dos últimos 15 anos. Neste sentido, qualquer medida de elevação de tarifas de forma unilateral será respondida à luz da Lei brasileira de Reciprocidade Econômica. A soberania, o respeito e a defesa intransigente dos interesses do povo brasileiro são os valores que orientam a nossa relação com o mundo.”, via @LulaOficial no X. A resposta de Lula ocorreu horas após Trump publicar a carta em sua plataforma de mídia social, Truth Social, criticando o julgamento de Jair Bolsonaro no STF e acusar o Brasil de ataques à liberdade de expressão e manter uma relação comercial desleal. O ex-vice presidente, General Hamilton Mourão, teceu sua crítica em suas redes sociais: “Em verdade, o Brasil do governo Lula III, conspirou abertamente contra o dólar na recente reunião do BRICS, chamou Trump de nazista, tem repetidamente atuado contra a liberdade de expressão, chamou Gaza de holocausto, validou a eleição do tirano Maduro, flerta com o Irã e fala barbaridades no ambiente internacional. (…) Chegou a hora de se entender, definitivamente, que não se deve misturar argumentos políticos com estratégias comerciais. Temos que voltar a ter uma diplomacia forte, onde a flexibilidade e o pragmatismo defendam os melhores e mais autênticos interesses do Estado brasileiro. Pagar-se-á o preço pela falta de cautela, profissionalismo e por pensarem mais no seu projeto de poder do que no projeto do Estado brasileiro.“ Em sua carta, Donald Trump, deixou bem claro que: “Qualquer tarifa retaliatória imposta pelo Brasil será adicionada aos 50% já estabelecidos, aumentando a taxação de forma proporcional“. Ou seja, se o Brasil cumprir sua declaração de reciprocidade, dos mesmos 50% de tarifa, e tendo como base a carta enviada ao Brasil, é possível e provável, que o Estados Unidos anunciem em breve um adicional de 50%, elevando a tarifação de 50 para 100%, contra o Brasil. Sabemos que, Trump é um negociador e jogador nato, tendo histórico de cumprir com suas ameaças. O tom beligerante de Trump e a polarização política no Brasil sugerem que a resolução desse conflito será muito complexa. Estamos diante de uma escalada que tem potencial de guerra comercial. Estaríamos preparados para esse tipo de situação? Lula III está cada vez mais mostrando sua essência chavista. Lula (Brasil) acaba de “trucar“, e pelo visto veremos o “6“.
Adolescente invade escola no RS, mata criança e deixa feridos em ataque com faca e facão

Na manhã desta terça-feira (08), a Escola Municipal de Ensino Fundamental Maria Nascimento Giacomazzi, na cidade de Estação, no norte do Rio Grande do Sul, foi palco de uma tragédia que chocou a comunidade. Um adolescente de 16 anos invadiu a instituição armado com um facão, resultando na morte de uma criança de 9 anos, Vitor André Kungel Gambirazi, e deixando outras duas crianças de 8 anos e uma professora de 34 anos feridas. O agressor foi detido pela polícia após ser imobilizado por populares. Segundo o prefeito Geverson Zimmermann, o adolescente, conhecido na comunidade e em acompanhamento psiquiátrico há mais de um ano, acessou a escola sob o pretexto de entregar um currículo. Ele solicitou ir ao banheiro e, em seguida, invadiu uma sala do 3º ano do ensino fundamental, onde realizou o ataque. Para causar pânico, o jovem usou rojões antes de desferir os golpes. Vitor foi atingido no tórax e não resistiu, mesmo após ser levado ao hospital. Uma das crianças feridas passou por cirurgia e está em estado estável, enquanto a outra sofreu ferimentos leves e foi liberada. A professora, que tentou proteger os alunos, também está internada em condição estável. A Polícia Civil de Getúlio Vargas investiga as motivações do crime, que ainda não foram esclarecidas. O adolescente, sem antecedentes criminais, foi apreendido e internado provisoriamente por 45 dias, conforme determinação da Justiça, atendendo ao pedido do Ministério Público do RS por atos infracionais análogos a homicídio e tentativa de homicídio. A prefeitura suspendeu as aulas na rede municipal por tempo indeterminado e anunciou suporte psicológico às famílias e à comunidade escolar. O governador Eduardo Leite expressou solidariedade e determinou prioridade na apuração do caso, afirmando que “a violência não pode ser naturalizada”. O ministro da Educação, Camilo Santana, enviou uma equipe de psicólogas especializadas para apoiar a comunidade. Este é o segundo ataque a escolas no RS em 2025, após um caso em Caxias do Sul, em abril, reforçando a urgência de medidas preventivas contra a violência escolar. A comunidade de Estação está em luto, e o velório de Vitor ocorre nesta quarta-feira, 9, em Getúlio Vargas. Fontes: UOL, G1, O Globo, BBC
“Meu filho não era homossexual”, afirma família de adolescente espancado em Manaus

Um crime brutal chocou a população do bairro Gilberto Mestrinho, na Zona Leste de Manaus. Fernando Vilaça da Silva, um adolescente de 17 anos, morreu nesse sábado (5) após ser violentamente espancado por um grupo de jovens na quarta-feira (2). A agressão, que resultou em traumatismo craniano, hemorragia intracraniana e edema cerebral, é investigada pela Polícia Civil do Amazonas como possível crime de ódio motivado por homofobia. Segundo familiares e testemunhas, Fernando, descrito como um jovem tranquilo e querido, era alvo recorrente de ofensas homofóbicas. No dia do crime, ele saiu de casa para comprar leite quando foi insultado com termos como “viadinho” por outros jovens. Ao questionar os agressores, Fernando foi atacado com socos, chutes e golpes na cabeça, conforme registrado em vídeos de testemunhas que circulam nas redes sociais. As imagens mostram o adolescente caído e os agressores fugindo. Socorrido, Fernando foi levado ao Hospital e Pronto-Socorro Platão Araújo e, posteriormente, transferido para o Hospital João Lúcio, onde passou por cirurgia. Apesar dos esforços médicos, ele não resistiu aos ferimentos. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou a gravidade das lesões. A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) e a Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais (Deaai) já identificaram os suspeitos, todos adolescentes, e seguem com diligências para localizá-los. A investigação também considera a prática de bullying como fator agravante. O MDHC, Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, lamentou a morte, reforçando que crimes de LGBTQIAfobia são equiparáveis a racismo pelo Supremo Tribunal Federal. A Defensoria Pública do Amazonas e a OAB-AM também se manifestaram, cobrando rigor na apuração e combate à violência homofóbica. Familiares, em luto, pedem que o caso não seja esquecido. “Ele só queria viver. Queremos justiça“, desabafou o irmão de Fernando, Gutemberg Vilaça. Em um comunicado enviado ao Portal do Holanda, a família se manifestou após a cobertura da imprensa, segue o comunicado na íntegra: “Comunicado FAMÍLIA VILAÇA Comunicação a quem está acompanhando o caso Fernando Vilaça, o meu filho NÃO ERA HOMOSSEXUAL, as falas dos agressores eram SIM homofóbicas e preconceituosas, estão alegando que meu filho era homossexual, e até alegando que ele era uma pessoa trans, ELE NÃO ERA, e mesmo se ele fosse, NINGUÉM tem o direito de opinar na vida de ninguém, e isso não deixa de ser um caso grave de homofobia e bullying. Fontes: SBTnews, Contilnet, Radar Amazonico, Portal do Holanda
Gabinete do Amor emplaca pautas no trend topics do X no Brasil

Nesta segunda-feira (07), o cenário digital brasileiro está sendo marcado por uma onda de tópicos em alta no X que refletem pautas progressistas, como “RICO TRIBUTADO, 5 MIL ISENTADO, CONGRESSO DA MAMATA, AGORA É A VEZ DO POVO, TAXAÇÃO DOS SUPER RICOS e BRASIL SOBERANO“. Esses temas, que estão em ascensão nas discussões na plataforma, nas últimas horas, já sinalizam a influência e atuação do “Gabinete do Amor“, iniciativa lançada pelo Partido dos Trabalhadores (PT) no dia 2 de julho, para coordenar influenciadores digitais e unificar o discurso governista nas mídias sociais. O “Gabinete do Amor“, anunciado por meio do site “Influenciadores com Lula”, tem como objetivo mobilizar criadores de conteúdo para promover pautas alinhadas ao governo Lula, como justiça fiscal, crítica a privilégios políticos e empoderamento popular. A estratégia busca recuperar o espaço digital, historicamente dominado por narrativas conservadoras e combater a desinformação. Segundo fontes próximas ao PT, a iniciativa já conta com milhares de influenciadores cadastrados, que recebem orientações para criar e compartilhar conteúdo que amplifique as prioridades do governo. Os tópicos em alta no X, que juntos acumulam centenas de milhares de posts, refletem diretamente essas pautas. CONGRESSO DA MAMATA, com cerca de 204 mil menções, critica supostos excessos do Legislativo, enquanto TAXAÇÃO DOS SUPER RICOS (186 mil posts) e 5 MIL ISENTADO ecoam debates sobre políticas tributárias defendidas pelo governo. BRASIL SOBERANO, ligado a discussões sobre Lula e o BRICS, também ganhou força, com cerca de 500 comentários impulsionados por coletivos progressistas. Essa sincronia temática levanta questionamentos sobre a organicidade dos trends. Aqui está o Trend Topics do X, desta segunda-feira: Aqui está um exemplo da atuação do perfil @ColetivoSalaPT. no X: Abaixo, algumas postagens recentes no X que contêm o termo “Tag de Hoje“. As postagens refletem o uso do termo em contexto com pautas progressistas, alinhadas com a atuação do “Gabinete do Amor”, iniciativa do PT para mobilizar influenciadores digitais: Essas postagens ilustram o uso do termo “Tag de HOJE” por perfis com certa visibilidade, como coletivos e influenciadores progressistas, que parecem coordenados para impulsionar hashtags como TAXAÇÃO DOS SUPER RICOS, AGORA É A VEZ DO POVO e CONGRESSO DA MAMATA. A repetição do termo “Tag de HOJE” nesses contextos sugere uma tática deliberada para direcionar o debate online, alinhada com a estratégia do “Gabinete do Amor“. A falta de menções específicas de influenciadores individuais com milhões de seguidores, como celebridades, pode indicar que a mobilização está mais concentrada em perfis políticos ou coletivos, até o momento. Analistas de redes sociais destacam que a rápida ascensão desses tópicos, logo após o lançamento do “Gabinete do Amor“, sugere uma coordenação eficaz. A mobilização de influenciadores permite que pautas específicas ganhem tração rapidamente, criando a ilusão de um movimento orgânico. No entanto, a estratégia também enfrenta críticas. Usuários no X acusam o PT de “cooptar“ o debate online, enquanto apoiadores defendem que a iniciativa apenas organiza vozes já alinhadas com o governo. Embora o impacto do “Gabinete do Amor” seja evidente, a extensão de sua influência ainda é debatida. Se você quer se aprofundar mais sobre esse assunto, não deixe de ler nosso artigo: O “Gabinete do Amor sob a sombra do “Mensalinho do Twitter”, nessa análise esmiuçamos tudo o que conseguimos averiguar, até o momento. Os “Flautistas Mágicos” parecem já estar tocando suas flautas e o refrão já sabemos: “A Tag de HOJE é…”
O “Gabinete do Amor” sob a sombra do “Mensalinho do Twitter”

A política brasileira continua sendo uma arena de intensos embates, especialmente nas mídias sociais, onde o Partido dos Trabalhadores (PT) tenta recuperar terreno com o lançamento do chamado “Gabinete do Amor“. Anunciado na última quarta-feira (02), por meio do site “Influenciadores com Lula“, o projeto busca cooptar blogueiros, youtubers, tiktokers e influenciadores para divulgar as bandeiras do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, como a proposta de taxar bilionários, bancos e casas de apostas (Bets), apelidada de “Taxação BBB“. Para muitos, no entanto, essa estratégia cheira a algo já visto: o “Mensalinho do Twitter” de 2018, quando o PT foi acusado de pagar influenciadores para impulsionar candidaturas. O “Gabinete do Amor” possui uma sombra, o “Mensalinho do Twitter”, e que, em conjunto com a PL das Fake News e os recentes desdobramentos de regulação das mídias sociais, podem representar um grande perigo para a liberdade de expressão e o debate público. O “Gabinete do Amor”: um plano para dominar as mídias sociais O “Gabinete do Amor” é vendido pelo PT como uma reação ao sucesso da direita nas redes sociais, que vem ditando o ritmo do debate digital desde a eleição de Jair Bolsonaro em 2018. No site “Influenciadores com Lula“, o partido convoca apoiadores a se inscreverem e escolherem como querem ajudar: seja compartilhando posts, criando conteúdo, organizando eventos ou liderando grupos locais. A narrativa oficial fala em “espalhar amor” e “combater o ódio“, mas, para quem acompanha a política de perto, isso soa mais como uma tentativa de controlar a narrativa online em favor do governo. O termo “Gabinete do Amor” não é novo. Ele surgiu em 2022, durante a campanha de Lula, como uma resposta ao chamado “Gabinete do Ódio“, que o PT atribuía a Bolsonaro, mas nunca provou sua existência. Na época, a produtora 342 Artes e o coletivo Mídia Ninja criaram um programa no YouTube com esse nome, para “explicar as propostas de Lula de forma descontraída”. Em 2023, Paulo Pimenta, chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom), já falava em trazer influenciadores pró-Lula para dentro do governo. Em 2025, o projeto ganhou corpo com uma plataforma oficial do PT, focada em unificar o discurso e ampliar a propaganda de medidas como a “Taxação BBB”, que promete financiar a isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil, uma promessa de campanha do presidente. Para quem vê a política com olhos conservadores, o “Gabinete do Amor” é um sinal de alerta. Trata-se de uma manobra para organizar uma militância digital sob as rédeas do governo, o que cheira a manipulação da opinião pública. A ideia de “combater o ódio” parece mais um pretexto para calar vozes críticas, especialmente num momento em que a direita brilha nas redes com engajamento orgânico, construído sem depender de estruturas diretamente centralizadas. O “Mensalinho do Twitter”: uma sombra do passado O “Gabinete do Amor” não pode ser analisado sem a lembrança do “Mensalinho do Twitter” de 2018. Naquele ano, empresas ligadas ao deputado petista Miguel Corrêa foram acusadas de pagar influenciadores para promover candidatos do PT e do PR (hoje PL), como Gleisi Hoffmann, Luiz Marinho e Wellington Dias, sem deixar claro que os posts eram propaganda. A denúncia, trazida à tona por influenciadores como Paula Holanda e amplificada pelo Movimento Brasil Livre (MBL), mostrou que o esquema descumpria a resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de 2018, que proíbe propaganda paga na internet, salvo em casos de impulsionamento identificado. A pena para isso? Multas de R$ 5 mil a R$ 30 mil ou até cassação de candidaturas. O “Mensalinho” causou furor na época, com críticos apontando a hipocrisia do PT, que acusava adversários de “milícias digitais” enquanto usava métodos semelhantes. Apesar do barulho, as investigações patinaram na Justiça Eleitoral, e casos como o de Wellington Dias foram engavetados por falta de provas concretas. Ainda assim, o episódio deixou uma mancha: o PT parecia disposto a jogar sujo para ganhar espaço no debate digital. Agora, com o “Gabinete do Amor”, o PT tenta uma abordagem mais aberta, com um site público e um discurso de “mobilização voluntária“. Mas a semelhança com o “Mensalinho” é, simplesmente, gritante. Ambos os projetos buscam usar influenciadores para amplificar mensagens políticas, e a falta de clareza sobre possíveis pagamentos no “Gabinete” alimenta a desconfiança de que o partido está apenas polindo uma tática antiga. “Gabinete do Amor” x “Mensalinho do Twitter“ Embora o “Gabinete do Amor” seja mais transparente que o “Mensalinho”, com uma plataforma oficial e um convite aberto a apoiadores, a diferença parece ser mais de fachada do que de essência. O “Mensalinho” era clandestino, com pagamentos escondidos, enquanto o “Gabinete” se apresenta como uma iniciativa legítima. Mas o objetivo é o mesmo: transformar influenciadores em megafones do governo. Enquanto o “Mensalinho” focava em campanhas eleitorais, o “Gabinete” mira pautas amplas, como a “Taxação BBB”. Aliás, essa pauta parece ser um teste inicial de possibilidades e potencial, um projeto piloto. No fundo, ambos refletem a obsessão do PT em controlar o discurso na internet. A direita conquistou as redes com movimentos orgânicos, com figuras como Bolsonaro e Nikolas Ferreira conectando-se diretamente com o público. Já o PT aposta numa abordagem burocrática, com cadastros e diretrizes, artificial, mas com o intuito de atingir engajamento. A retórica de “combate ao ódio” é vista com ceticismo, já que o PT sempre acusou a direita de práticas que agora parece adotar, como organizar influenciadores para moldar a opinião pública. O projeto de MAV’s do PT é antigo Em 2011, no 4º Congresso Nacional do PT, foi aprovada a criação do que ficou chamado como MAV (Militância em Ambientes Virtuais). O objetivo era formar uma “tropa de choque” de militantes com o objetivo de “ocupar espaços”, no âmbito virtual, como na área de comentários de blogs e sites de notícias, além de discussões em mídias sociais, com a repetição de slogans em defesa do partido. Estamos falando da época em que o Orkut reinava por aqui e o Facebook ainda tentava seu lugar
Governo do RJ solicita apoio do Exército para retomada de territórios dominados pelo Tráfico

O governador do estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), anunciou que solicitará o apoio das Forças Armadas e da Polícia Federal para retomar áreas dominadas por organizações criminosas ligadas ao tráfico de drogas. A medida, que será formalizada junto ao governo federal até 15 de outubro, integra um plano de segurança exigido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635, conhecida como “ADPF das Favelas“. A expectativa é que as operações comecem ainda neste ano. Segundo o secretário de Segurança Pública, Victor dos Santos, o plano prevê ações coordenadas entre forças estaduais e federais, com foco inicial em comunidades de “baixa criticidade“, como Cidade de Deus, algumas áreas de São Gonçalo, Vila Kennedy, Antares e Mangueirinha. Regiões como o Complexo do Alemão, consideradas de alta complexidade, demandariam estratégias mais robustas. A solicitação incluirá a implementação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que viabiliza legalmente a atuação das Forças Armadas, incluindo o uso de veículos blindados para superar barricadas e enfrentar o arsenal bélico dos criminosos. A GLO é uma operação que permite o emprego das Forças Armadas em apoio às forças de segurança pública, em situações de grave perturbação da ordem. Com o objetivo de preservar a integridade da população e garantir o funcionamento regular das instituições, a GLO é empregada de forma pontual, restrita a uma área e por tempo determinado. Em abril, o STF determinou a elaboração de um plano amplo para reocupação de territórios controlados pelo tráfico, com o objetivo de reduzir a letalidade policial e restabelecer a presença do poder público nas comunidades. “O poder público não pode se fazer presente apenas com polícia. As forças de segurança devem estar integradas para devolver o território à população“, afirmou Santos. O plano incluirá cronogramas, metas e indicadores de desempenho, visando uma governança compartilhada entre os entes federal, estadual e municipal, independentemente de disputas políticas. “Existe um comércio explorado por essas organizações criminosas: internet, gás, energia elétrica. O tráfico aprendeu com a milícia no passado e, hoje, não é só a droga que se vende. A luta é pelo território, que é sinônimo de receita” – Victor dos Santos, Secretário de Segurança Pública. Críticas nas mídias sociais destacam que, sem um plano de longo prazo, os traficantes tendem a retornar após a saída das forças de segurança. O governo estadual assegura que o plano será estruturado para evitar impactos das disputas eleitorais de 2026, buscando uma solução definitiva para a segurança pública no Rio.
Presidente dos Correios entrega Carta de Renúncia

Fabiano Silva dos Santos, presidente da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), entregou sua carta de renúncia ao Palácio do Planalto nesta sexta-feira (04), pressionado por uma grave crise financeira que assola a estatal. A decisão ocorre após prejuízos bilionários registrados nos últimos anos, com destaque para o rombo de R$ 2,6 bilhões em 2024, quatro vezes superior ao déficit de 2023, e um resultado negativo de R$ 1,6 bilhão no primeiro trimestre de 2025. A saída de Fabiano Silva, que está no comando desde 2023, deve ser formalizada na próxima semana, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A gestão de Fabiano Silva enfrentou críticas pela lentidão em implementar ajustes estruturais diante da queda de receitas e do aumento de despesas. A estatal atribui parte dos prejuízos à “taxa das blusinhas“, novo marco regulatório de compras internacionais que impactou o fluxo de encomendas, e ao sucateamento da empresa durante a tentativa de privatização no governo Bolsonaro. Apesar de iniciativas como o lançamento do marketplace “Mais Correios” e um plano de redução de despesas estimado em R$ 1,5 bilhão para 2025, as medidas foram consideradas insuficientes pelo governo. A renúncia também reflete tensões políticas. A Casa Civil, sob o comando de Rui Costa, pressionou por uma reestruturação que incluía o fechamento de agências e demissões, com estimativas de até 10 mil desligamentos. Fabiano resistiu, argumentando que tais medidas prejudicariam a atuação dos Correios em regiões periféricas. O embate gerou desgaste, agravado por disputas internas no PT e pelo interesse do União Brasil, liderado pelo senador Davi Alcolumbre, em assumir o comando da estatal. A saída de Fabiano reacende o debate sobre o futuro dos Correios, com setores defendendo a privatização e outros, a reestruturação como empresa pública. A estatal, presente em todos os 5.570 municípios brasileiros, enfrenta o desafio de se modernizar e diversificar receitas, enquanto lida com pressões políticas e financeiras. O governo ainda não anunciou um substituto, mas a escolha será crucial para equilibrar interesses da base aliada e garantir a sustentabilidade da empresa. A crise nos Correios segue como um teste para a articulação política do governo Lula. Fontes: PainelPolitico, CNN, Poder360
PT instaura o “Gabinete do Amor”

O PT, Partido dos Trabalhadores, intensificou sua “estratégia de comunicação” ao convocar cerca de 270 influenciadores digitais para promover a campanha “Taxação BBB” – voltada a bilionários, bancos e bets. A iniciativa, lançada na última quarta-feira (2), visa reforçar o discurso do governo Lula em meio à crise gerada pela tentativa de aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), derrubada pelo Congresso. A reunião virtual, batizada nos bastidores como “gabinete do amor“, também anunciou a criação de uma plataforma online para cadastrar influenciadores alinhados ao governo, com promessas de suporte jurídico para militantes digitais. O site oficial “Influenciadores com Lula“, possui um formulário para cadastro de apoiadores e os inscritos podem escolher como querem colaborar: compartilhar conteúdos, criar publicações, organizar eventos ou até mesmo liderar equipes locais. A movimentação do PT é vista como uma tentativa desesperada de recuperar terreno perdido nas redes sociais, onde a direita tem dominado o debate desde a ascensão de Jair Bolsonaro. Críticos apontam que a estratégia de mobilizar influenciadores para amplificar o discurso de “ricos contra pobres” reforça a polarização política e busca manipular a opinião pública em um momento de fragilidade do governo. A campanha, que inclui vídeos gerados por inteligência artificial e materiais produzidos para redes sociais, já custou ao partido cerca de R$ 189 mil em anúncios, segundo a Gazeta do Povo. Parlamentares da oposição, como os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, criticaram a abordagem, defendendo um tom mais institucional diante do embate fiscal. Leia mais: O “paz e amor” vira “guerra e ódio”: Lula não consegue esconder sua ideologia no exterior – Danuzio Lula perdeu Brasília: crises escancaram a ingovernabilidade – Danuzio A Frente Povo Sem Medo, ligada a Guilherme Boulos (PSOL), também anunciou uma manifestação para 10 de julho em São Paulo, com foco na taxação de grandes fortunas e no fim da jornada 6×1, intensificando o clima de confronto. Especialistas conservadores questionam a eficácia da estratégia, apontando que o uso de influenciadores pagos pode soar inautêntico, afastar eleitores e apontam semelhanças com os métodos que a própria esquerda sempre questionava. “Enquanto os conservadores mobilizam apoiadores de forma orgânica, o PT parece depender de artifícios para sustentar sua narrativa“, declarou um internauta em redes sociais. A ofensiva digital do PT, portanto, reacende o debate sobre a autenticidade no ativismo político virtual e os limites da influência patrocinada. Fontes: Portal8viu, Veja, UOL, O Tempo, VozdaBahia, Gazeta do Povo