Após 100 anos, Paris libera banho no Sena em projeto sustentável pós-Olímpico

Pela primeira vez em mais de um século — desde 1923 —, a cidade-luz reabriu oficialmente o rio Sena para natação pública, com três áreas de banho gratuitas e vigiadas: Bras Marie (perto da Île Saint‑Louis), Bras de Grenelle (próximo à Torre Eiffel) e Bercy (em frente à Biblioteca François-Mitterrand), neste sábado (5). O projeto de reabertura do Sena para banhistas, integrado ao legado sustentável pós-Olimpíadas de Paris-2024, exigiu cerca de 1,4 bilhão de euros em investimentos em obras de saneamento, coleta de esgoto e infraestrutura fluvial. As áreas de natação, instaladas sobre plataformas flutuantes e delimitadas por boias, oferecem vestuários, chuveiros, solários e a presença de guarda-vidas, além de contar com monitoramento diário da qualidade da água. Para garantir a segurança dos usuários, bandeiras sinalizam as condições: verde para banho liberado, amarelo para atenção, e vermelho ou preto para interdição, seguindo parâmetros da Agência Regional de Saúde que verifica níveis de Escherichia coli e enterococos conforme padrões europeus (900 e 330 UFC/100 ml, respectivamente). Após testes realizados durante os Jogos Olímpicos, a água do Sena apresentou níveis dentro dos padrões sanitários europeus, embora ainda exista o risco de contaminação residual em períodos de chuvas intensas. A reabertura para natação é encarada como uma forma de adaptação às ondas de calor e também como um elemento estratégico para fortalecer a imagem de Paris, impulsionando o turismo e melhorando a qualidade de vida urbana. Apesar do entusiasmo, há ceticismo: críticas apontam possíveis picos de poluição, presença de resíduos, e a suspensão imediata do banho em condições adversas — embora filas tenham se formado já neste primeiro sábado de abertura. Esta mudança representa um marco simbólico e técnico. Para a administração da prefeita Anne Hidalgo, é uma vitória ecológica e de resiliência urbana, legitimada por monitoramento sanitário e gestão do tráfego fluvial . Já o movimento conservador enxerga na área um reforço à autonomia municipal frente à burocracia europeia e aos padrões globais — ao mesmo tempo que promove a regeneração urbana praticada em metrópoles como Berlim, Oslo e Amsterdã. Fonte: welt.de, thetimes.co.uk e reuters.com
Tragédia no Texas: 13 mortos e cerca de 20 meninas desaparecidas em tradicional acampamento cristão, após enchente

Pelo menos 13 pessoas perderam a vida e cerca de 20 meninas continuam desaparecidas após uma enchente devastadora atingir o Camp Mystic, tradicional acampamento cristão feminino no Texas, durante a madrugada desta sexta-feira (4). O nível do Rio Guadalupe subiu aproximadamente 6,7 metros entre meia-noite e 4h, transformando-se em uma torrente violenta que arrastou cabanas e surpreendeu as meninas enquanto dormiam. O acampamento, que reunia cerca de 750 jovens entre 7 e 17 anos para atividades comunitárias e espirituais, foi rapidamente inundado, deixando muitas sem chance de escapar a tempo. Equipes de resgate relataram que algumas crianças foram resgatadas de árvores ou tentando nadar para sobreviver. Considerada uma das maiores operações de busca da história recente da região, a operação conta com cerca de 500 socorristas, 18 helicópteros, 12 drones, 9 equipes de mergulho, além da presença da Guarda Nacional, Guarda Costeira e FEMA. Estradas submersas e a destruição de pontes dificultam ainda mais o acesso ao local. O juiz do condado de Kerr, Rob Kelly, e o vice-governador Dan Patrick reconheceram que não há garantia de que todas as crianças estejam a salvo, embora parte delas já tenha sido reunida às famílias. O xerife Clint Morris reforçou que os pais que não foram contatados diretamente devem considerar que seus filhos permanecem em segurança até nova atualização. As comunicações estão prejudicadas, pois a enchente interrompeu energia, água potável e internet no acampamento, aumentando a ansiedade de pais e responsáveis. Muitos buscam informações nas redes sociais, enquanto voluntários e socorristas mantêm a busca incessante por sobreviventes. O que é o Camp Mystic? Fundado em 1921, o Camp Mystic sempre foi referência de tradição cristã no estado, oferecendo retiros de férias com foco em valores, amizade e conexão espiritual. O local, normalmente cenário de orações e atividades ao ar livre, transformou-se em palco de uma dramática operação de resgate, que ainda pode levar dias para ser concluída. Seu campo de recreação vintage, construído na década de 1920 com ciprestes nativos robustos, sempre foi um ponto de encontro de risos, orações e itens de memorandos legais do verão. Localizado em dois belos acampamentos no rio, o Camp Mystic estabeleceu uma reputação que inclui charme rústico e grande ênfase na tradição, o que atraiu famílias para voltar ano após ano.
Hamas sinaliza “resposta positiva” a cessar-fogo proposto por Trump

O grupo terrorista Hamas declarou nesta sexta-feira (5) ter dado uma “resposta positiva” à proposta de cessar-fogo de 60 dias apresentada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mas deixou claro que ainda quer negociar detalhes de implementação. O anúncio ocorre enquanto Israel segue realizando operações aéreas contra alvos terroristas em Gaza, atingindo inclusive áreas de apoio logístico do Hamas. Segundo informações divulgadas, o Hamas busca garantias de que uma trégua temporária resultará no fim definitivo do conflito — o que Israel já rechaçou no passado, ao considerar o desmantelamento total da organização terrorista como objetivo estratégico. Trump, que tem pressionado fortemente para um acordo, deve receber o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu na Casa Branca na próxima semana para discutir os próximos passos. Enquanto isso, ataques israelenses na manhã de sexta-feira deixaram ao menos 15 mortos em Gaza, segundo o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas. Outras 20 pessoas teriam morrido em tiroteios ao tentar chegar a locais de distribuição de alimentos — pontos que, de acordo com relatos da ONU, sofrem constantes interferências de grupos armados e até mesmo disparos de advertência das forças israelenses, que tentam conter multidões e saques. O Escritório de Direitos Humanos da ONU informou que mais de 600 palestinos morreram no último mês em situações ligadas à busca de ajuda humanitária, frequentemente em zonas militarizadas onde o Hamas se infiltra, usando civis como escudo para suas operações. Israel, por sua vez, afirma que revisa continuamente as regras de engajamento para minimizar vítimas civis, mas acusa o Hamas de se esconder em meio à população para tentar atrair condenação internacional. Trump, em declarações recentes, reiterou que Israel aceitou as condições essenciais para o cessar-fogo de 60 dias, mas cobrou que o Hamas pare de tentar transformar a trégua em salvo-conduto para se rearmar. “É hora de eles decidirem se querem viver em paz ou continuar usando mulheres e crianças como escudo“, declarou o presidente americano no Air Force One. O número de mortos em Gaza já passa de 57 mil desde o início do conflito em 2023, segundo dados do próprio ministério de saúde de Gaza — controlado pelo Hamas e, portanto, frequentemente contestados. Israel estima que mais de 860 de seus soldados caíram desde o começo da guerra, que explodiu após o massacre de 7 de outubro de 2023, quando terroristas do Hamas assassinaram cerca de 1.200 israelenses e sequestraram 250 civis. Com a visita de Netanyahu aos EUA, analistas acreditam que novas negociações podem emergir, mas há grande desconfiança sobre as “boas intenções” do Hamas, que historicamente utiliza cessar-fogos para se reagrupar e rearmar. Fonte: .reuters.com e apnews.com
Rússia lança maior ataque aéreo desde o início da guerra, horas após conversa entre Trump e Putin

A Rússia realizou na sexta-feira (4) a maior barragem aérea contra a Ucrânia desde o início da invasão, segundo a Força Aérea ucraniana. O ataque ocorreu poucas horas depois de um telefonema entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente russo, Vladimir Putin. De acordo com autoridades ucranianas, a ofensiva envolveu mísseis balísticos Kinzhal (Adaga), mísseis de cruzeiro e drones explosivos lançados em massa para tentar sobrecarregar os sistemas de defesa aérea de Kiev e de outras cidades. A Força Aérea informou que foram disparados ao menos um míssil Kinzhal, seis outros mísseis balísticos e quatro mísseis de cruzeiro, dos quais apenas dois mísseis de cruzeiro foram abatidos (CNN). O ataque deixou Kiev coberta por fumaça na manhã de sexta-feira. Vários bairros residenciais foram atingidos, danificando casas e prédios, e incêndios se espalharam após a queda de destroços. Segundo relatos, a seção consular da Embaixada da Polônia em Kiev também foi atingida, assim como o consulado da China em Odesa, no sul do país (Reuters). A sequência de ataques ocorreu pouco depois de Trump ter conversado com Putin, embora não haja evidências claras de relação direta entre o telefonema e o bombardeio. Trump disse à imprensa logo após a ligação que “não fez progresso” com o líder russo, e que a conversa foi “franca” (BBC). Posteriormente, Trump também telefonou para o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy, que confirmou a conversa e disse ter discutido o aumento da proteção do espaço aéreo ucraniano, sem detalhar se os EUA retomariam o envio de novos mísseis de defesa Patriot, cuja entrega havia sido suspensa nesta semana pelo governo Trump (Al Jazeera). A Ucrânia depende fortemente dos sistemas Patriot fornecidos pelos EUA para interceptar mísseis balísticos russos de alta velocidade, como o Kinzhal, mas conta ainda com sistemas europeus e armamentos de fabricação local para conter mísseis de cruzeiro e drones. A escalada dos ataques russos nos últimos meses evidencia uma estratégia de saturação, utilizando mísseis e drones em ondas simultâneas para tentar esgotar os estoques de defesa aérea ucranianos. Especialistas apontam que a ofensiva de sexta-feira representa um ponto de inflexão tático, ao combinar diferentes armas de forma coordenada contra centros urbanos e infraestrutura diplomática. Até o momento, não há informações confirmadas sobre vítimas fatais, mas as autoridades locais afirmaram que dezenas de pessoas ficaram feridas e centenas foram obrigadas a deixar suas casas devido aos danos e incêndios provocados pelos destroços. A audiência internacional aguarda mais detalhes da conversa entre Trump e Putin e, sobretudo, se Washington vai reconsiderar o envio de novos armamentos a Kiev nas próximas semanas. Fonte: ww.miamiherald.com
Moraes barra medidas do governo e do Congresso sobre IOF e convoca audiência de conciliação

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta quinta-feira (3) suspender tanto o decreto do governo federal quanto o projeto aprovado pelo Congresso que modificavam as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A medida, segundo o magistrado, busca evitar instabilidade tributária e dar espaço ao diálogo entre os Poderes. Moraes também marcou uma audiência de conciliação para o dia 15 de julho, envolvendo o Planalto, o Congresso, a Procuradoria-Geral da República, a Advocacia-Geral da União e as demais partes do processo. Na prática, a decisão mantém temporariamente as alíquotas do IOF nos níveis anteriores ao aumento decretado pelo governo Lula. Moraes justificou que, até que se chegue a uma solução negociada, é melhor preservar a segurança jurídica e a previsibilidade para empresas e consumidores. Desvio de finalidade Entre os líderes partidários da Câmara, a decisão foi vista como uma vitória do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), na disputa com o governo Lula sobre a condução da política tributária. Um trecho do despacho de Moraes foi especialmente celebrado: o ministro alertou que, caso “seja demonstrada a utilização” do IOF “tão somente para arrecadar“, ainda que se trate de atribuição do Executivo, o aumento poderia configurar desvio de finalidade. “Caso efetivamente demonstrada a utilização desse instrumento parafiscal tão somente para arrecadar, em que pese tratar-se de atribuição privativa do Chefe do Poder Executivo, estará caracterizado o desvio de finalidade…” (ADIn 5.468, relatoria do ministro Luiz Fux, 2017). Na avaliação do grupo político alinhado a Motta, esse posicionamento pode fortalecer a Câmara no mérito da questão, favorecendo o entendimento de que o Congresso deve ter protagonismo ao discutir a tributação. Em resposta, a ministra Gleisi Hoffmann afirmou que o governo federal aguarda a audiência e “não tem nenhum problema em conversar com o Congresso e com o STF“, reafirmando que sempre buscou diálogo. Segundo Gleisi, a suspensão do decreto do IOF pode exigir contingenciamento e impor um ritmo mais lento na execução do Orçamento da União, mas que o governo atuou de forma responsável dentro do arcabouço fiscal aprovado pelo Legislativo. Já Hugo Motta disse após a decisão que o Supremo agiu em “sintonia” com a Câmara, e se colocou à disposição para debater alternativas “em busca do equilíbrio das contas públicas e do crescimento sustentável da economia”. A audiência de conciliação no STF está prevista para 15 de julho e, após ela, Moraes deve decidir se mantém ou não a suspensão das medidas do governo e do Congresso.
Onda de frio extremo mata pelo menos 15 pessoas na Argentina, Chile e Uruguai

Uma intensa massa de ar polar vinda da Antártida provocou uma queda súbita de temperaturas em grande parte do Cone Sul, com impactos tragicamente sentidos nos últimos dias: ao menos 15 pessoas morreram nos três países. Especialistas explicam que a massa de ar polar, incomum em intensidade e abrangência, avançou sobre o Sul da América do Sul, gerando temperaturas 10 a 15 °C abaixo da média em algumas regiões. Além das fatalidades, houve queda no abastecimento de gás e falhas no fornecimento de energia elétrica, agravando o cenário. Segundo meteorologistas, a ocasião pode ser apenas a primeira de uma série de ondas de frio, que devem se estender até meados de julho, com risco de novas ocorrências de neve e geadas. Por ora, espera‑se leve elevação nas temperaturas até o fim da semana, ainda que as temperaturas continuem abaixo do normal. Embora seja inverno no hemisfério sul, esta frente fria foi considerada extraordinariamente intensa — com forte potencial de causar danos à infraestrutura urbana e rural. Muitos edifícios não estão adaptados a frio extremo, aumentando a vulnerabilidade das populações afetadas. Esta onda de frio evidencia a urgência de reforço na rede de proteção social e infraestrutura nos países sul‑americanos, especialmente após tragédias envolvendo pessoas em situação de vulnerabilidade. Acompanhe para mais atualizações sobre as condições meteorológicas. Uma onda de frio recorde está afetando Argentina, Chile e Uruguai, forçando a limitar o fornecimento de gás e ativar emergência para a população, especialmente os mais ausente. Fonte: reuters.com e AP News
Trump quer proteger trabalhadores rurais migrantes para garantir força de trabalho no campo

Em um gesto que surpreendeu parte de sua base mais conservadora, o presidente Donald Trump anunciou, durante um evento no Iowa State Fairgrounds, a intenção de implementar um programa que permitirá aos agricultores atestarem a boa conduta de trabalhadores migrantes que colaboram há anos em suas propriedades. O objetivo seria evitar que esses trabalhadores enfrentem deportação, garantindo a continuidade da produção agrícola americana. Leia mais: Políticas de Trump ameaçam segurança alimentar dos EUA – Danuzio O plano, ainda em elaboração junto ao Departamento de Segurança Interna (DHS), daria aos produtores rurais maior autonomia para indicar funcionários que sejam trabalhadores confiáveis e cumpridores da lei, mesmo que estejam em situação migratória irregular. Trump defendeu a proposta dizendo que não se pode simplesmente retirar todos os trabalhadores das fazendas, pois faltam norte-americanos dispostos a realizar as tarefas pesadas do campo. “Se um fazendeiro está disposto a atestar essas pessoas, de alguma forma, vamos ter que dizer que vai ser bom“, declarou Trump, sob aplausos de milhares de apoiadores. Ele também lembrou que muitos agricultores chegam a chorar ao ver trabalhadores sendo deportados depois de décadas de serviço. Apesar de a ideia ainda não ter sido formalizada, o presidente deixou claro que pretende levar adiante um projeto de lei que contemple tanto o setor agrícola quanto o de hotelaria, onde migrantes também desempenham funções essenciais. A proposta, no entanto, gerou críticas dentro do próprio Partido Republicano. A senadora estadual Melissa Melendez, da Califórnia, classificou a iniciativa como “decepcionante“, argumentando que não se deve fazer vista grossa para a imigração ilegal em nenhum setor. Trump rebateu afirmando que a responsabilidade final continuará sendo dos fazendeiros, que responderão caso algo dê errado. “Se os agricultores não fizerem um bom trabalho, vamos tirá-los do comando“, ironizou. Com a economia agrícola dos Estados Unidos dependente de migrantes, inclusive no estado de Iowa — segundo maior exportador agrícola do país —, a proposta promete ser tema quente no debate eleitoral, trazendo à tona o desafio de conciliar segurança de fronteira com as necessidades reais do mercado de trabalho. Fonte: Reuters e Fox News
O atacante português Diogo Jota, estrela do Liverpool, morre aos 28 anos em acidente de carro na Espanha

O atacante português Diogo Jota, de 28 anos, jogador do Liverpool, faleceu tragicamente na manhã desta quinta-feira (03) em um grave acidente de carro na província de Zamora, na Espanha. O internacional português estava ao volante do veículo ao lado do irmão, André, de 26 anos, que também morreu no local. O acidente ocorreu próximo à cidade de Sanabria, a poucos quilômetros da fronteira portuguesa e da Reserva Natural de Montesinho. De acordo com o serviço de emergências de Castela e Leão, o carro em que Jota viajava saiu da estrada na autoestrada A-52, pegando fogo em seguida e provocando chamas também na vegetação ao redor. Equipes médicas e bombeiros foram mobilizados ainda nas primeiras horas do dia, mas confirmaram os óbitos no local. Segundo a Guarda Civil, um estouro de pneu no Lamborghini em que os irmãos viajavam pode ter causado a perda de controle do veículo, gerando o incêndio. Não havia outros veículos envolvidos, e as autoridades abriram uma investigação judicial para apurar todos os detalhes do acidente. A tragédia aconteceu menos de duas semanas depois de Jota se casar com a companheira de longa data, Rute Cardoso, com quem tinha três filhos, o mais novo nascido no fim do ano passado. O casal havia oficializado a união em Portugal há apenas 11 dias. Carreira de destaque Nascido no Porto em 1996, Diogo José Teixeira da Silva — nome completo de Jota — iniciou a carreira no Gondomar, despontando depois no Paços de Ferreira, antes de se transferir para o Atlético de Madrid em 2016. Após empréstimos ao FC Porto e ao Wolverhampton, fixou-se na Premier League pelo Wolves, de onde se transferiu em 2020 para o Liverpool, por cerca de €44,7 milhões. Em Anfield, Jota se consolidou como uma peça fundamental do elenco, disputando 398 partidas, com 136 gols e 66 assistências. Foi campeão da Premier League na atual temporada, além de conquistar duas Copas da Liga e uma FA Cup. Pela Seleção Portuguesa, acumulou 49 jogos, 14 gols e 12 assistências, destacando-se ao vencer duas edições da Liga das Nações — a última delas neste ano, em vitória sobre a Espanha nos pênaltis. Repercussão e homenagens O Liverpool FC divulgou nota oficial afirmando estar “devastado com o trágico falecimento” do jogador e pediu respeito à privacidade da família. O presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Pedro Proença, lamentou profundamente a morte de Jota e de seu irmão. Outras personalidades, como Cristiano Ronaldo e Jamie Carragher, também prestaram homenagens ao jogador nas redes sociais, enaltecendo sua dedicação, talento e espírito coletivo. As investigações sobre as circunstâncias do acidente seguem em andamento pelas autoridades espanholas, e o relatório final deve ser encaminhado à Justiça nos próximos dias. Fonte: Mirror Online, www.football-espana.net
Fontes dos EUA revelam que o Irã fez preparativos para minar o Estreito de Ormuz

Os militares iranianos carregaram minas navais em navios no Golfo Pérsico no mês passado, um movimento que intensificou as preocupações em Washington de que Teerã estava se preparando para bloquear o Estreito de Ormuz após os ataques de Israel em locais em todo o Irã, de acordo com duas autoridades dos EUA. Os preparativos não relatados anteriormente, que foram detectados pela inteligência dos EUA, ocorreram algum tempo depois que Israel lançou seu ataque inicial com mísseis contra o Irã em 13 de junho, disseram as autoridades, que pediram anonimato para discutir questões sensíveis de inteligência. O carregamento das minas, que não foram implantadas no estreito, sugere que Teerã pode ter levado a sério o fechamento de uma das rotas marítimas mais movimentadas do mundo, uma medida que teria escalado um conflito já em espiral e prejudicado severamente o comércio global. Cerca de um quinto dos embarques globais de petróleo e gás passam pelo Estreito de Ormuz e um bloqueio provavelmente teria aumentado os preços mundiais da energia. Os preços globais do petróleo caíram mais de dez por cento desde que os EUA atacaram as instalações nucleares do Irã, impulsionados em parte pelo alívio de que o conflito não desencadeou interrupções significativas no comércio de petróleo. Em 22 de junho, logo após os EUA bombardearem três das principais instalações nucleares do Irã em uma tentativa de paralisar o programa nuclear de Teerã, o parlamento do Irã apoiou uma medida para bloquear o estreito. Essa decisão não era vinculativa e cabia ao Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã tomar uma decisão final sobre o fechamento, disse a Press TV do Irã na época. Ao longo dos anos, o Irã ameaçou fechar o estreito, mas nunca cumpriu essa ameaça. As fontes não revelaram como os Estados Unidos determinaram que as minas foram colocadas nos navios iranianos, mas essa inteligência é normalmente coletada por meio de imagens de satélite, fontes humanas clandestinas ou uma combinação de ambos os métodos. Questionado sobre os preparativos do Irã, um funcionário da Casa Branca disse: “Graças à brilhante execução da Operação Midnight Hammer pelo presidente, à campanha bem-sucedida contra os houthis e à campanha de pressão máxima, o Estreito de Ormuz permanece aberto, a liberdade de navegação foi restaurada e o Irã foi significativamente enfraquecido.” As duas autoridades disseram que o governo dos EUA não descartou a possibilidade de que o carregamento das minas fosse um estratagema. Os iranianos poderiam ter preparado as minas para convencer Washington de que Teerã estava falando sério sobre o fechamento do estreito, mas sem a intenção de fazê-lo, disseram as autoridades. Os militares do Irã também poderiam estar simplesmente fazendo os preparativos necessários no caso de os líderes do Irã darem a ordem. O Estreito de Ormuz fica entre Omã e o Irã e liga o Golfo Pérsico ao Golfo de Omã ao sul e o Mar Arábico além. Tem 34 quilômetros de largura em seu ponto mais estreito, com a rota marítima de apenas duas milhas de largura em qualquer direção. Os membros da Opep, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Iraque exportam a maior parte de seu petróleo bruto pelo estreito, principalmente para a Ásia. O Catar, um dos maiores exportadores de gás natural liquefeito do mundo, envia quase todo o seu GNL pelo estreito. O Irã também exporta a maior parte de seu petróleo bruto pela passagem, o que, em teoria, limita o apetite de Teerã para fechar o estreito. Mas Teerã, no entanto, dedicou recursos significativos para garantir que possa fazê-lo, se julgar necessário. Em 2019, o Irã mantinha mais de 5.000 minas navais, que poderiam ser rapidamente implantadas com a ajuda de pequenos barcos de alta velocidade, estimou a Agência de Inteligência de Defesa dos EUA na época. A Quinta Frota dos EUA, com sede no Bahrein, é encarregada de proteger o comércio na região. A Marinha dos EUA normalmente mantém quatro navios de contramedidas de minas, ou navios MCM, no Bahrein, embora esses navios estejam sendo substituídos por outro tipo de embarcação chamada navio de combate litorânea, ou LCS, que também possui capacidades antiminas. Todos os navios antiminas foram temporariamente removidos do Bahrein nos dias que antecederam os ataques dos EUA ao Irã, em antecipação a um possível ataque retaliatório ao quartel-general da Quinta Frota. Fonte: thearabweekly.com
Pentágono congela envio de mísseis à Ucrânia e expõe fragilidade de estoques norte-americanos

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, determinou a suspensão temporária de um carregamento de mísseis e munições para a Ucrânia, segundo confirmaram fontes do Departamento de Defesa, do Congresso e pessoas próximas ao processo. A medida reflete crescentes preocupações com o nível crítico dos estoques militares norte-americanos, após anos de envios maciços de armamentos para Kiev e operações no Oriente Médio. A paralisação ocorre semanas depois de Hegseth ordenar uma revisão completa dos arsenais norte-americanos, desgastados não apenas pela guerra de defesa da Ucrânia contra a invasão russa, mas também pelos combates no Iêmen contra os houthis e pelo apoio contínuo a Israel e a aliados contra o Irã. Leia mais: Putin anuncia corte do orçamento militar para 2026 Entre os armamentos retidos estão dezenas de interceptadores Patriot, milhares de munições de artilharia 155mm de alto explosivo, mais de 100 mísseis Hellfire, 250 sistemas GMLRS, dezenas de mísseis Stinger, mísseis ar-ar AIM e lançadores de granadas. Fontes afirmam que esses itens poderão permanecer bloqueados até a conclusão da revisão do Pentágono — e podem até ser redirecionados caso sejam considerados prioritários para outros teatros de operações. Em nota, a porta-voz da Casa Branca, Anna Kelly, justificou a decisão. “Esta medida foi tomada para colocar os interesses da América em primeiro lugar após a revisão do DOD sobre a assistência militar global. A força das Forças Armadas dos Estados Unidos permanece inquestionável — basta perguntar ao Irã“, afirmou. Leia mais: Sabotagem do Nord Stream: Zelensky foi avisado, CIA tentou impedir, Alemanha ignorou alerta O presidente Donald Trump, em evento recente da OTAN em Haia, reconheceu que a Ucrânia segue solicitando sistemas de defesa aérea Patriot, mas ressaltou que o arsenal norte-americano também é limitado. “Eles querem ter os mísseis antimísseis, e vamos ver se podemos disponibilizar alguns. Mas nós também precisamos deles“, explicou. Do lado ucraniano, a reação foi de frustração. O parlamentar Fedir Venislavskyi, membro do comitê de defesa de Kiev, declarou à Reuters que a decisão do Pentágono é “muito desagradável” e “dolorosa” diante da sequência de ataques aéreos russos. A suspensão, ainda que temporária, lança dúvidas sobre a capacidade de Washington de sustentar o ritmo de apoio militar à Ucrânia sem comprometer sua própria prontidão estratégica. Fonte: www.nbcnews.com