IDF: Chefe da inteligência escreve carta aos soldados

Shlomi Binder, chefe da Inteligência de Israel, escreveu uma carta aos soldados que participaram da operação “Leão Ascendente” na guerra de doze dias contra o Irã. “Após 12 dias históricos de guerra contra o Irã, um cessar-fogo foi implementado, embora seja cedo para avaliar sua estabilidade. A Operação “Leão Ascendente” atingiu plenamente seus objetivos, até superando alguns deles: danificou componentes críticos do programa nuclear iraniano, interrompeu a cadeia de valor da indústria de mísseis e impediu o surgimento de uma ameaça existencial. Essas conquistas serão amplamente debatidas, e vocês, da Diretoria de Inteligência, tiveram papel essencial nelas. Mesmo assim, devemos manter a consciência de que o inimigo ainda é determinado e extremista, com uma visão diferente de vitória, enraizada na fé e na teimosia. Nossa diretoria deve permanecer na linha de frente nos próximos anos, por meio de alertas, coleta de informações, análise da realidade e desenvolvimento de novas ferramentas de ação. Neste momento de sucesso, ecoa também a lembrança do fracasso de 7 de outubro, que ocorreu dentro da mesma organização que agora colhe vitórias. Isso nos obriga a exercer humildade e reconhecer a complexidade da nossa missão. Quem atua na inteligência precisa manter ceticismo, autocrítica, constante de briefing e aprimoramento — tanto no êxito quanto no fracasso. A realidade de segurança de Israel melhorou, mas não ficou menos complexa. Continuam existindo desafios operacionais e de inteligência em várias frentes, incluindo a guerra em Gaza, com a meta de devolver nossos reféns e derrotar o Hamas. Durante a operação e os meses anteriores, tive o privilégio de conhecer muitos de vocês — comandantes, soldados, reservistas, pesquisadores, pessoal de operações — todos mostrando profunda fé na justiça da nossa causa, força extraordinária, iniciativa e paixão pela ação. São essas qualidades que nos permitirão seguir adiante, lidando com desafios futuros e revisando nossas lições e procedimentos. Espero ver cada um de vocês engajado nesse processo. “Antes da destruição, o coração do homem se eleva, mas a humildade precede a honra.” — Provérbios Estou orgulhoso e grato a todos. Shlomi Binder Chefe da Inteligência

Mais muro, menos imposto: ofensiva republicana agita Congresso americano

Em um momento de forte tensão política nos Estados Unidos, o líder da maioria no Senado, John Thune, classificou como uma “oportunidade geracional” o novo pacote legislativo que está sendo discutido no Congresso. Em artigo publicado nesta segunda-feira (23) pela Fox News, o senador defendeu a aprovação urgente da proposta, que, segundo ele, pode redefinir a segurança nacional e trazer alívio fiscal para milhões de famílias americanas. O plano, que os republicanos esperam aprovar antes do 4 de julho (dia da independência americana ), prevê a liberação de verbas para ampliar o muro na fronteira com o México. Além de tentar conter o fluxo de imigrantes ilegais, o projeto também busca impedir um aumento de até US$ 1.700 nos impostos de famílias de classe média, num momento em que o custo de vida já pesa no orçamento doméstico. “O momento pede ação. Temos a chance de proteger nossas fronteiras e aliviar o peso que recai sobre as famílias americanas”, argumentou Thune. Ele destacou que a medida não se resume ao presente, mas visa garantir estabilidade e prosperidade no longo prazo. A proposta, porém, enfrenta forte oposição de democratas e setores progressistas, que acusam os republicanos de explorar a crise migratória com fins eleitorais. Críticos afirmam que o muro não resolve as causas estruturais da imigração e pode aprofundar divisões políticas no país. Com o feriado se aproximando, o Congresso corre contra o relógio. O desfecho pode influenciar diretamente o cenário político e legislativo do novo governo que se iniciou em 2025. Fonte: Fox News

Uma brasileira vivendo sob ataque

Meu nome é Desirée Rugani. Sou brasileira e vivo em Israel. Todos os dias, compartilho informações sobre o que acontece nesta pequena faixa de terra cercada de ameaças e, ao mesmo tempo, repleta de vida, história, fé, cultura e resistência. Quem me acompanha nas redes sociais costuma ver as notícias quando há um ataque: as sirenes soando, as explosões, o Domo de Ferro funcionando, o exército respondendo. Mas poucas pessoas conseguem imaginar o que realmente é viver isso. O que acontece nos minutos que não aparecem na televisão? Como o corpo reage quando, no meio de um dia normal, o som agudo da sirene corta o ar? Como é caminhar em direção ao bunker, ouvir as explosões e tentar manter a calma? Este é um pequeno relato, não apenas de fatos, mas de sensações. O alarme: quando o coração começa a correr antes do corpo A sirene em Israel tem um som muito característico. Ela não soa como um simples aviso. Ela perfura o silêncio. Ela invade a mente. Nos primeiros segundos, há sempre um choque, por mais vezes que já tenhamos passado por isso. O cérebro demora uma fração de segundo para processar: “É real. É agora.” Não importa a hora: pode ser de madrugada, enquanto dormimos; pode ser no meio do almoço; pode ser durante o banho, ou quando você está colocando seu bebê para dormir. O corpo entra em modo automático. É como se todos os sentidos se ligassem ao mesmo tempo: “Onde estou? Quantos segundos tenho? Para onde corro?“ O tempo de resposta varia conforme a cidade. Em algumas regiões, há 90 segundos para chegar ao abrigo. Em outras, especialmente mais próximas das fronteiras, temos apenas 10 segundos. Dez segundos entre a sirene e o possível impacto do míssil. Dez segundos para agarrar o filho, o animal de estimação, as chaves, ou simplesmente correr descalça até o mamad, o bunker doméstico, obrigatório em praticamente todas as residências novas em Israel. Quem não tem esse mamad particular deve ir para os públicos ou para o comunitário do seu prédio. Sempre pelas escadas. Infelizmente, isso causa muitos acidentes pelo pânico. Nesses momentos sempre me lembro dos idosos, doentes e bebês. Mas como funciona ir até o bunker? Correr para o bunker já virou quase um ritual. As crianças aprendem desde cedo a não questionar: ouvir a sirene significa entrar no abrigo. Não há discussão, não há espera. Mesmo os bebês, mesmo os idosos, todos aqui entendem o que significa o “tzeva adom” (alerta vermelho). O som metálico da porta de aço do bunker se fechando traz uma sensação agridoce: de um lado, o alívio de estar em segurança; de outro, o medo do que pode estar por vir nos próximos segundos. Dentro do mamad, o som das explosões é ouvido e conseguimos imaginar o que está acontecendo do lado de fora. Dependendo da distância, o chão vibra. Cada explosão é um pequeno terremoto emocional. Sabemos que muitas dessas explosões são os mísseis sendo interceptados pelo sistema de defesa israelense: Domo de Ferro, Arrow, Patriot, David’s Sling. Mas também sabemos que nem sempre todos são interceptados. E que cada foguete lançado tem um destino intencional: atingir civis. Matar indiscriminadamente. O silêncio dentro do bunker é tenso. Olhamos uns para os outros. Alguns tentam manter a calma com brincadeiras, outros rezam em silêncio e outros cantam. Em alguns momentos, o impacto é tão próximo que o bunker parece tremer. Nessas horas, o pensamento vem automático: “Será que dessa vez escapamos por pouco?” Quando as sirenes cessam e a defesa informa que o perigo imediato passou, abrimos a porta com cautela. Algumas vezes, há fumaça visível ao longe. Outras vezes, seguimos a vida como se nada tivesse acontecido. Mas a mente carrega o peso acumulado de cada episódio. Como se vive com isso? É difícil descrever o que significa viver em constante prontidão. Nos adaptamos. Aprendemos a escolher casas próximas de bunkers, a planejar as atividades do dia pensando em qual seria o abrigo mais próximo, a ensinar as crianças a reagir rápido sem pânico. E, mesmo assim, nunca se torna normal. Israel é um país resiliente. As pessoas aqui têm uma capacidade de seguir em frente impressionante. Depois de cada ataque, há reconstrução, solidariedade, abraços silenciosos entre vizinhos que se encontram na porta do bunker. Há lágrimas escondidas e também sorrisos de alívio. A vida segue mas o trauma fica. O que muitos não veem é o trauma invisível. As crianças que acordam à noite com pesadelos. Os adultos que vivem em estado de alerta permanente. A ansiedade constante ao menor barulho alto, que pode soar como uma nova sirene. O coração vigilante mesmo quando o céu está limpo. Eu, como imigrante brasileira, precisei aprender rápido a viver neste ritmo. Não é fácil. Cada sirene ativa aflições. Cada explosão desperta o instinto primitivo de sobrevivência. Mas também desenvolvi uma força interna que jamais pensei ter. Aqui, a vida é preciosa. Cada dia vivido plenamente é uma vitória. Por que conto essa história? Há quem olhe de longe e pense que Israel vive apenas de conflitos e guerras. Mas há muito mais. Há inovação, ciência, tecnologia, cultura, fé, tradição, diversidade. Há famílias, há crianças sorrindo nos parques, há casamentos, festas, esperança. Há vida. Conto essa história para que o mundo veja além das manchetes frias e entenda a mentalidade e o espírito israelense. E também para que entendam que cada sirene representa famílias correndo, abraços apertados, preces silenciosas e, acima de tudo, um povo determinado a seguir vivendo, apesar de tudo. Quando digo que Israel luta pelo direito de existir, não é uma metáfora. É a realidade diária de milhões de pessoas. Pessoas como eu, como meus vizinhos, de várias nacionalidades e religiões, como as famílias inteiras que descem às pressas para o bunker sempre que a sirene avisa que mais um míssil foi lançado com o único objetivo de matar civis inocentes. Resistir é um ato de vida Cada vez que saímos do bunker e seguimos a vida, estamos

Ataque iraniano causa mortos e dezenas de feridos em Israel, apesar do cessar-fogo

O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou na noite desta segunda-feira (23) que Israel e Irã concordaram com um cessar-fogo que entrará em vigor às 07:00, horário de Israel. Israel confirmou isso. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu informou que ontem à noite convocou o Gabinete de Segurança Política junto com o Ministro da Defesa, o Chefe do Estado-Maior e o chefe do Mossad, a fim de informar que Israel alcançou todos os objetivos da Operação Am Kalvi, e ainda muito mais. De acordo com um comunicado do Gabinete do Primeiro Ministro, “Israel removeu de si uma ameaça existencial imediata e dupla – tanto no campo nuclear quanto no campo dos mísseis balísticos. Além disso, as FDI alcançaram o controle aéreo total sobre os céus de Teerã, danificaram gravemente a liderança militar e destruíram dezenas de alvos importantes do governo iraniano.” Em relação ao cessar-fogo, o comunicado disse: “À luz da realização dos objetivos da operação, e em total coordenação com o presidente Trump, Israel concordou com a proposta do presidente de um cessar-fogo bilateral. Israel responderá com força a qualquer violação do cessar-fogo.” Trump escreveu esta manhã em sua rede Truth Social que “o cessar-fogo está em vigor, por favor, não o quebre!” Mais cedo, Trump escreveu: “Foi uma guerra que poderia ter durado anos e destruído todo o Oriente Médio – mas não aconteceu e nunca acontecerá!“ Porém, apesar das trataiva diplomáticas, um míssil balístico disparado do Irã atingiu em cheio um prédio residencial de sete andares em Be’er Sheva, sul de Israel, no ínicio da manhã. A explosão, causada por aproximadamente 500 quilos de explosivos, destruiu parte da estrutura e resultou na morte de cinco civis. Outras 26 pessoas ficaram feridas. O projétil atingiu diretamente os andares superiores do edifício, colapsando o quinto e o sexto andares. Quatro moradores que buscavam proteção dentro do mamad — o abrigo reforçado obrigatório em residências israelenses — não resistiram à potência do impacto. Um quinto civil faleceu posteriormente em decorrência dos ferimentos. Equipes de emergência foram mobilizadas imediatamente. Bombeiros, socorristas do Magen David Adom, Defesa Civil e voluntários do Zaka atuaram por horas em uma operação delicada de busca e resgate sob os escombros. Três pessoas foram retiradas com vida. A maioria dos feridos foi encaminhada ao Hospital Soroka, também em Be’er Sheva, com ferimentos leves e em estado de choque. O incidente gerou críticas à conduta da Defesa Civil, que permitiu o retorno de moradores aos apartamentos após o primeiro alerta de ataque aéreo. Poucos minutos depois, uma nova onda de mísseis foi disparada, surpreendendo quem havia deixado os abrigos. Autoridades israelenses reconhecem que o protocolo será revisado. “O cenário que encontramos hoje lembra os horrores do 7 de outubr“, afirmou um voluntário do Zaka. “As famílias estavam em seus abrigos, mas o impacto foi devastador. Foi uma visão difícil até mesmo para equipes experientes.“ Este foi o segundo ataque significativo contra Be’er Sheva em menos de uma semana. No incidente anterior, outro míssil já havia ferido civis e danificado o complexo hospitalar Soroka, que também precisou ser evacuado temporariamente. O governo israelense prometeu uma resposta dura e classificou o ataque como uma grave escalada. Enquanto isso, a cidade, abalada, tenta lidar com mais uma tragédia que marca profundamente sua população. Fonte: Kikar HaShabba, Arutz Sheva, Ynet e Walla News

Israel e Irã anunciam cessar-fogo, mas ataques continuam horas antes e depois do acordo

Após quase duas semanas de intensos bombardeios, Israel e Irã anunciaram nesta terça-feira (24) um cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos. O anúncio foi feito publicamente pelo ex-presidente Donald Trump, que confirmou a aceitação do acordo pelas duas partes. Mas, mesmo com o entendimento oficializado, a tensão na região seguiu alta. Duas horas antes da entrada em vigor do cessar-fogo, o Irã lançou uma nova rodada de mísseis balísticos contra várias regiões de Israel. Sirenes soaram em cidades do centro do país, incluindo Tel Aviv, obrigando milhares de civis a buscarem proteção. Apesar da intensidade dos ataques, o sistema de defesa antimísseis israelense conseguiu interceptar a maioria dos projéteis, evitando um número maior de vítimas. Não bastasse o ataque prévio, já com o cessar-fogo oficialmente em vigor, o Irã voltou a disparar mísseis, atingindo áreas no norte de Israel. Segundo o Exército israelense, novamente os sistemas de defesa conseguiram neutralizar a maior parte dos lançamentos, mas o incidente deixou claro que o acordo de cessar-fogo está longe de ser sólido. Em resposta, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, foi direto: “O Irã já violou o cessar-fogo. Nossas forças estão autorizadas a responder com força total contra alvos iranianos, sejam militares ou estratégicos.” Autoridades negaram oficialmente qualquer violação do acordo Do lado iraniano, as autoridades negaram oficialmente qualquer violação do acordo. O porta-voz do governo, Abbas Araghchi, afirmou que os lançamentos ocorreram “dentro do direito de defesa enquanto as provocações israelenses continuarem”. O Irã também deixou claro que o fim completo dos ataques depende da suspensão das operações militares israelenses na região. A comunidade internacional reagiu com preocupação. A União Europeia e a ONU apelaram pelo respeito imediato ao cessar-fogo, enquanto China e Rússia tentam intermediar um canal diplomático para estabilizar a situação. O diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, sugeriu que a trégua poderia abrir espaço para novas negociações nucleares com Teerã. Mesmo com o anúncio da trégua, o clima na região segue tenso. A qualquer novo disparo, o risco de uma escalada maior continua real. Fontes: The Guardian e Reuters

“Dependerá do que o Irã precisar”: Rússia promete apoio ao Irã e confronta os EUA após bombardeios em Teerã

O Kremlin elevou o tom no cenário internacional ao declarar publicamente seu apoio ao Irã, após o bombardeio americano às instalações nucleares iranianas. Durante um encontro realizado em Moscou, o presidente Vladimir Putin recebeu o ministro iraniano das Relações Exteriores, Abbas Araghchi, e foi direto: “Estamos prontos para ajudar o Irã“. Segundo Putin, o ataque dos Estados Unidos foi uma agressão “não provocada e injustificável” contra o território iraniano, colocando em risco a estabilidade global. “Trata-se de um ato que fere profundamente as normas internacionais“, afirmou o presidente russo durante a reunião no Kremlin. As palavras de Putin ganham ainda mais peso diante do contexto: com as tensões cada vez maiores no Oriente Médio, a aproximação entre Moscou e Teerã marca uma clara sinalização de confronto indireto entre Rússia e Estados Unidos. Embora o Kremlin não tenha especificado que tipo de ajuda poderá oferecer, o porta-voz Dmitri Peskov deixou claro que “dependerá do que o Irã precisar“. Leia mais: Após ataques dos EUA, TV estatal iraniana declara americanos como “alvos legítimos” na região – Danuzio Do lado iraniano, Araghchi agradeceu o respaldo russo e reafirmou que Teerã está agindo em legítima defesa diante do que chamou de agressão ocidental. A imprensa estatal iraniana também ecoou a posição de Moscou, afirmando que o ataque americano viola o Tratado de Não Proliferação Nuclear e compromete a segurança global. Dentro da própria Rússia, a resposta foi ainda mais dura. Dmitry Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança, declarou que as ações americanas podem acabar fortalecendo o regime de Khamenei, unificando ainda mais o povo iraniano em torno de sua liderança. Leia mais: Ataque cirúrgico e tensão global: generais israelenses revelam bastidores da ofensiva contra o programa nuclear iraniano – Danuzio A crise, que já envolve Israel, Irã e agora diretamente as duas superpotências, alimenta o temor de um cenário de escalada global imprevisível. Enquanto o Ocidente tenta conter o programa nuclear iraniano, Moscou se posiciona como defensor estratégico de Teerã, ampliando o campo de confronto geopolítico. O mundo observa agora, com crescente preocupação, o próximo passo deste tabuleiro complexo. Fonte: The Economic Times, Reuters e Reuters

Israel ataca o coração do regime iraniano

A tensão entre Israel e Irã atingiu um novo patamar nas últimas horas desta segunda-feira (23). Sob ordens do Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu e do Ministro da Defesa Israel Katz, as Forças de Defesa de Israel (FDI) lançaram ataques diretos e de intensidade inédita contra o regime dos aiatolás, atingindo alvos estratégicos no centro de Teerã. Entre os locais bombardeados está o quartel do Basij, a força paramilitar que o regime utiliza para reprimir manifestações internas e manter o controle sobre a população. A temida prisão de Evin, onde há décadas estão presos opositores políticos, também foi alvo dos ataques. Outro símbolo atingido foi o relógio da destruição de Israel, localizado na Praça Palestina, um monumento que ironicamente marca há anos uma contagem regressiva fictícia para o suposto fim de Israel. As operações ainda miraram comandos da Guarda Revolucionária, responsáveis pela segurança interna e operações externas do regime, além do setor encarregado da propaganda ideológica. Segundo as autoridades israelenses, outros alvos governamentais sensíveis também foram atingidos. O Ministro da Defesa israelense não deixou margem para dúvidas: “Cada disparo contra Israel será punido“. A ofensiva ocorre em resposta direta aos recentes ataques iranianos e de seus aliados contra o território israelense. Israel demonstra, mais uma vez, sua capacidade de atingir com precisão alvos críticos dentro do próprio Irã, algo que há poucos anos parecia improvável. Este tipo de ação traz consequências graves para a já frágil estabilidade regional. Além de enfraquecer ainda mais o regime iraniano internamente, a escalada coloca a comunidade internacional em estado de alerta. A pergunta agora é até onde essa guerra velada entre Israel e Irã pode chegar. Por enquanto, Israel mostra que está disposto a ir longe para neutralizar as ameaças à sua segurança e deixar claro que ataques contra seu território não sairão impunes. Fonte: The Guardian, Reuters e Washington Post

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