Ancelotti, técnico da Seleção Brasileira, é condenado a um ano de prisão por fraude fiscal na Espanha

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O técnico da Seleção Brasileira, Carlo Ancelotti, foi condenado nesta quarta-feira (09), pela Audiência Provincial de Madrid a um ano de prisão, em sentença que reconheceu sua prática de fraude fiscal em 2014, quando comandava o Real Madrid. A sentença inclui ainda multa de aproximadamente €386 mil (cerca de R$ 2,4 milhões) e proibição de receber subsídios públicos na Espanha pelos próximos três anos.

A acusação aponta que Ancelotti utilizou empresas offshore no Reino Unido e Ilhas Virgens Britânicas para esconder receitas com direitos de imagem — omitindo cerca de 1,06 milhão de Euros do fisco espanhol em 2014 e 2015. Ele foi absolvido pelos fatos referentes a 2015, mas a corte reconheceu “intenção consciente de fraudar“.

Apesar da pena, a legislação espanhola permite que sentenças de até dois anos sejam suspensas para réus sem antecedentes criminais, o que torna improvável que Ancelotti cumpra prisão efetiva.

Em sua defesa, o técnico declarou que agiu de acordo com orientações do Real Madrid e de seus assessores fiscais, alegando que não tinha conhecimento da irregularidade. Ele também afirmou ter lealmente regularizado a situação junto à Fazenda espanhola em dezembro de 2021 .

Este caso se junta a uma série de operações fiscais envolvendo estrelas do futebol espanhol — como Messi, Cristiano Ronaldo e José Mourinho — desde que o governo espanhol intensificou a fiscalização nesse setor.

No Brasil, a notícia chegou em um momento delicado: Ancelotti, contratado pela CBF em maio de 2025, havia sido apresentado como um técnico símbolo de seriedade na retomada das Eliminatórias para a Copa de 2026.

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