Quando a tributação excessiva vira ferramenta de autoritarismo e controle social
A gastança desenfreada, os rombos bilionários e os impostos estratosféricos sempre foram marcas registradas dos governos petistas.
Quando Lula voltou ao Planalto — algo que muitos consideravam impossível, levando em conta que o sujeito saiu da cadeia direto para o poder — ainda houve quem alimentasse a fantasia de um Lula “paz e amor“, embalado pela figura “nem lá, nem cá” de Alckmin na vice. A ilusão, claro, durou pouco. Lula e seus aliados nunca esconderam que a volta seria radical.
“Lula não é mais o líder conciliador de antes. Este governo será mais audacioso, mais radical. Ele me disse que, se voltar, será a última chance da vida para fazer uma revolução — e vai fazê-la, porque depois disso estará velho demais e não poderá“, afirmou Leonardo Boff em 2022.
Uma das armas dessa revolução são os impostos sufocantes. Duvido que Lula tenha lido Marx ou qualquer teórico socialista — na verdade, duvido que tenha sequer terminado um livro. Mas aprendeu muito bem pela observação.
Na União Soviética, os kulaks — pequenos proprietários rurais que conseguiam manter alguma independência econômica — foram esmagados pela combinação letal de tributação abusiva e propaganda.
Sheila Fitzpatrick detalha como, entre 1929 e 1932, essa classe média rural foi praticamente dizimada para abrir caminho ao terror stalinista e à coletivização forçada. A meta era clara: eliminar quem tivesse autonomia suficiente para desafiar o poder do Estado.
“A diferença entre uma democracia e uma tirania é que numa democracia você paga impostos e pode reclamar. Numa tirania, você só paga.”
— Milton Friedman, economista liberal.
O padrão se repete na história do comunismo: a classe média é sempre o inimigo a ser eliminado. O pobre é domesticado com esmolas; a elite fora do sistema, demonizada. Mas é a camada autônoma, crítica e produtiva que mais incomoda o regime.
Frank Dikötter, em “A Revolução Cultural“, mostra como a China maoísta usou impostos severos e campanhas políticas para esmagar a independência da classe média urbana e rural, confiscando propriedades, destruindo negócios e silenciando vozes.
O mesmo roteiro foi seguido na Venezuela, onde Chávez e Maduro aplicaram essa cartilha com precisão: sufocaram a classe média e deixaram o país entregue ao assistencialismo estatal e ao controle total.
No Brasil, a carga tributária atingiu nível recorde sob o consórcio Lula/STF, consumindo quase um terço de tudo o que o país produz — segundo dados do IBPT, o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação.
Aqui, o Estado cobra demais, não entrega nada, e em troca exige silêncio e obediência. O empreendedor é vilão, e o contribuinte virou devedor moral da tal “justiça social”.
“Quando o Estado é capaz de dar tudo, também é capaz de tirar tudo.”
— Margaret Thatcher.
Essa tributação absurda não serve apenas para bancar mordomias: é método. Um plano para endividar, sufocar e manter a população sob rédea curta.
O Brasil vive a consolidação de um sistema autoritário que persegue a imprensa independente, transforma o Congresso em peça decorativa e asfixia as liberdades. A cereja do bolo é um povo miserável, dependente — e, por isso mesmo, submisso.
Olavo de Carvalho sempre alertou: o problema vai além da corrupção. Trata-se de uma elite que despreza o povo — seus valores, sua fé, sua família, sua liberdade — e usa tributos e burocracia como armas para destruí-los.
As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do site Danuzio News.*