Medidas contra Bolsonaro incentivam novas manifestações pelo Brasil

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realizaram manifestações neste domingo (20) em Brasília e Belo Horizonte, em protesto contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os atos também expressaram apoio ao atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que recentemente anunciou medidas de retaliação contra autoridades brasileiras após nova ofensiva judicial contra Bolsonaro. Em Brasília, o protesto ocorreu no Eixão Sul — via central da Asa Sul tradicionalmente fechada para veículos aos domingos — e foi batizado de “Caminhada pela Liberdade“. A mobilização foi convocada por parlamentares da base bolsonarista em resposta às medidas cautelares impostas a Bolsonaro pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. As medidas incluem o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno e aos fins de semana, além da proibição de contato com outros investigados. Vestidos com camisetas da Seleção Brasileira e empunhando bandeiras do Brasil, Israel e Estados Unidos, os manifestantes entoaram palavras de ordem contra o Supremo, exigiram a liberdade de presos políticos e exibiram cartazes com mensagens de apoio a Trump. O presidente norte-americano, em declarações recentes, acusou o governo brasileiro de perseguição política contra Bolsonaro e afirmou que pretende aplicar sanções diplomáticas e revisar acordos bilaterais com o Brasil. Em Belo Horizonte, o grupo Direita BH promoveu um ato na Praça da Liberdade, reunindo manifestantes com faixas semelhantes. O protesto teve tom religioso e patriótico, com críticas ao Judiciário e apelos por uma “reação internacional” liderada por Trump. Possíveis desdobramentos Parlamentares aliados do ex-presidente já articulam novas manifestações em todo o país. Uma reunião da cúpula do Partido Liberal será realizada nesta segunda-feira (21) para definir as próximas datas e formatos das mobilizações, que poderão ocorrer ainda no final de julho e início de agosto. Segundo dirigentes do PL, a ideia é promover atos simultâneos em capitais e cidades estratégicas, com foco em reforçar a pressão popular contra o STF e fortalecer a narrativa de perseguição política. Além dos protestos de rua, “buzinaços” e carreatas estão sendo organizados por grupos locais em cidades como São Paulo, Fortaleza, Salvador e Belo Horizonte, com possibilidade de se tornarem manifestações nacionais caso novas decisões judiciais sejam aplicadas contra Bolsonaro ou seus aliados. A equipe jurídica de Bolsonaro já recorreu das medidas cautelares, argumentando que não há elementos que justifiquem restrições tão severas. O STF, por sua vez, sustenta que há risco de obstrução da justiça e tentativa de evasão. Moraes deve analisar novos pedidos nos próximos dias. No plano internacional, o Palácio do Planalto acompanha com cautela as declarações do presidente Donald Trump, que prometeu endurecer o tom contra o governo Lula caso não haja, segundo ele, “garantias de imparcialidade e respeito à oposição“. Fontes do Itamaraty temem uma escalada diplomática que possa prejudicar relações comerciais e investimentos estratégicos entre os dois países. Enquanto isso, lideranças bolsonaristas devem continuar explorando o apoio internacional como ferramenta política e narrativa de resistência. Grupos conservadores dos EUA, aliados de Trump, já planejam eventos no Brasil para reforçar a solidariedade ao ex-presidente brasileiro e pressionar as instituições democráticas brasileiras em fóruns internacionais. Fontes: Poder360, Gazeta do Povo, CNN Brasil e UOL

Lula no Chile: sua única preocupação é confraternizar com seus amigos ideológicos

Lula está no Chile tirando foto com Boric, em um tipo de campanha eleitoral antecipada. Diante da maior crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos das últimas décadas, causada pelo tarifaço de Donald Trump que impôs uma sobretaxa de 50% sobre as importações brasileiras a partir de 1º de agosto, esperava-se do presidente Lula uma atuação firme, institucional e estratégica. Mas o que se viu foi exatamente o oposto. Lula preferiu o palco da militância internacional a qualquer esforço real para conter os danos que essa medida pode causar à indústria, ao agronegócio, ao comércio e aos trabalhadores brasileiros. Enquanto a bomba estoura na economia nacional, Lula segue ausente, tratando a diplomacia como se fosse um campo de batalha ideológica. Desde o início da crise, o presidente não fez um único gesto concreto de aproximação com os Estados Unidos. Limitou-se a discursos genéricos e ideológicos, como o da “jabuticaba”. Em plena campanha informal para 2026, Lula age como se o impacto real nas exportações brasileiras fosse um detalhe menor diante de sua permanente agenda internacional. Sem acesso ao governo Trump, o seu papel foi delegado ao vice-presidente Geraldo Alckmin ocupando um espaço que, por natureza, também é presidencial. Mas sua atuação revela despreparo e falta de autonomia. Ao invés de apresentar uma política externa consistente, Alckmin vem apelando para apresentações em PowerPoint e pedidos informais a empresários. Em reunião com parlamentares como Davi Alcolumbre e Hugo Motta, Alckmin defendeu não pedir o adiamento das tarifas de imediato para “não demonstrar fraqueza” — um raciocínio que beira o amadorismo diplomático. Segundo relato do senador Jorge Seif, um empresário brasileiro, grande exportador, saiu indignado de uma reunião com Alckmin e Gleisi Hoffmann. Diante da gravidade da situação, a solução oferecida foi que os próprios empresários “ligassem para seus contatos nos EUA” e tentassem “aliviar a pressão” junto ao governo Trump. Como se fosse papel do setor produtivo intermediar uma crise diplomática de Estado. Empresário virou chanceler. Exportador virou embaixador. Isso não é articulação diplomática. Isso é abandono do papel de governo. Alckmin ainda tenta mostrar que está munido de dados e pronto para negociar — “assim que os americanos aceitarem dialogar“. A verdade é que, até agora, o Brasil não tem canal oficial ativo com o governo norte-americano. A embaixadora brasileira foi ignorada, a carta enviada por Alckmin ao Departamento de Comércio ainda não recebeu resposta, e o ambiente político nos EUA já trata o Brasil como caso perdido, diante da retórica agressiva e desinteressada de Lula. Mesmo armado com números que mostram a interdependência econômica — como o fato de o Brasil ser o terceiro maior comprador do carvão siderúrgico americano, essencial para a fabricação de aço exportado para os próprios EUA —, Alckmin aposta numa pressão de CEOs americanos contra Trump. Mas isso revela o esgotamento do canal diplomático brasileiro e a transferência da responsabilidade para o setor privado. Enquanto isso, Lula continua engajado em encontros com Pedro Sánchez, Gabriel Boric e Gustavo Petro, discutindo temas distantes da realidade comercial brasileira. Com isso, demonstra que sua única preocupação é manter sua base ideológica aquecida, mesmo que o custo disso seja a perda de empregos, contratos internacionais e a credibilidade do país. É uma crise real, com efeitos reais, sendo tratada como uma querela de bastidores. E Lula, em vez de liderar, terceiriza a crise, terceiriza o prejuízo e terceiriza a responsabilidade. Está mais preocupado em subir em palanques do que em defender a soberania econômica do país.

Israel inicia ofensiva terrestre sem precedentes na cidade de Gaza na tentativa de resgatar reféns

Em um movimento sem precedentes desde o início do atual confronto, tanques do Exército israelense avançaram, nesta segunda-feira (21), para as áreas sul e leste da cidade de Deir al‑Balah, no centro da Faixa de Gaza. Fontes militares afirmaram que o avanço visa resgatar possíveis reféns mantidos pelo grupo Hamas em instalações subterrâneas na região. Ordens de evacuação foram emitidas no domingo, determinando que civis deixassem a área antes da ofensiva terrestre, que marca um novo patamar na campanha lançada por Israel em outubro passado. Médicos em Gaza relataram que ao menos três palestinos foram mortos e diversos ficaram feridos em bombardeios de artilharia pesada, que atingiram oito residências e três mesquitas. Os ataques obrigaram dezenas de famílias, muitas das quais já desabrigadas por confrontos anteriores, a buscar refúgio a oeste, em direção à faixa costeira e ao setor vizinho de Khan Younis. Ainda na manhã desta segunda, um ataque aéreo israelense em Khan Younis deixou pelo menos cinco mortos — um homem, sua esposa e dois filhos — após o impacto de um míssil em uma tenda improvisada de refugiados. Não houve resposta imediata das Forças de Defesa de Israel (IDF) a respeito desse incidente, que exacerba o sofrimento da população civil. Em nota oficial, o Exército israelense destacou que, até então, não havia entrado nos distritos alvo da ordem de retirada e que suas operações continuam “com grande força para destruir capacidades inimigas e infraestrutura terrorista na área“. Fontes de segurança confirmaram que a hesitação inicial em avançar se deve à suspeita de que dezenas de reféns restantes ainda estariam sob custódia do Hamas no subsolo de Deir al‑Balah. Estima‑se que, dos cerca de 50 reféns ainda em cativeiro em Gaza, pelo menos 20 permaneçam vivos. Familiares dos reféns, amparados por organizações internacionais de direitos humanos, cobram explicações concretas sobre as medidas de proteção aos prisioneiros e criticam o risco elevado a que estariam expostos com a escalada dos combates. A incômoda possibilidade de um confronto urbano prolongado, em meio a túneis e construções densas, reforça o temor de perdas humanas entre civis e capturados. Paralelamente, a Agência de Saúde de Gaza alertou para um cenário de “mortes em massa” nas próximas horas, diante do agravamento da crise de fome que já vitimou 19 pessoas desde sábado (19). Hospitais operam com estoques críticos de combustível, alimentos e medicamentos; segundo Khalil Al‑Deqran, porta‑voz do Ministério da Saúde local, pacientes chegam clamando alívio da exaustão provocada pela falta de comida, enquanto equipes médicas sobrevivem a uma única refeição diária. No domingo (20), mais de 70 civis foram atingidos por disparos do Exército israelense enquanto aguardavam a entrada de caminhões de ajuda humanitária da ONU na Passagem de Rafah. As autoridades militares israelenses defenderam-se dizendo que efetuaram “tiros de advertência” contra uma multidão que representava “ameaça imediata” e negaram ter tido a intenção de atingir veículos ou beneficiários de ajuda. O novo capítulo de violência ocorre em meio a negociações de cessar‑fogo mediadas pelo Catar e pelo Egito, com apoio dos Estados Unidos. Fontes do Hamas afirmaram que o aumento do número de mortos e a fome aguda podem minar seriamente as tratativas, cuja continuidade já se mostra frágil diante do endurecimento das posições de ambos os lados. O atual conflito teve início em 7 de outubro de 2023, quando militantes do Hamas invadiram o território israelense, resultando na morte de 1.200 pessoas e no sequestro de 251 reféns, segundo estatísticas israelenses. Desde então, a contraofensiva de Israel em Gaza deixou um rastro de mais de 58 mil vítimas palestinas, deslocou quase toda a população e desencadeou uma das mais graves crises humanitárias recentes. A batalha em Deir al‑Balah, até então considerada um “reduto sensível” devido ao risco aos reféns, sinaliza uma intensificação drástica das operações terrestres israelenses, cujas consequências humanitárias e políticas prometem reverberar pelas próximas semanas, com impactos diretos sobre a já combalida população civil de Gaza e o futuro das negociações de paz. Fontes: CNN, Reuters, Reuters

O governo Obama fabricou e politizou informações de inteligência sobre interferência da Rússia nas eleições de 2016. O “Russiagate” foi uma farsa

O governo Obama fabricou e politizou informações de inteligência sobre interferência da Rússia nas eleições de 2016. O “Russiagate” foi uma farsa. Edição com imagens CC

Nos últimos anos, a narrativa de que a Rússia interferiu nas eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2016, o famigerado “Russiagate“, tem sido um dos temas mais controversos da política americana. Documentos desclassificados e declarações recentes da Diretora de Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard, reacenderam o debate, sugerindo que o governo de Barack Obama, com o envolvimento de figuras como o ex-Diretor da CIA John Brennan e o ex-Diretor de Inteligência Nacional, James Clapper, pode ter fabricado e politizado informações de inteligência para sustentar essa narrativa. Este artigo mergulha nas acusações de que Obama sabia, a história da interferência russa, confronta os argumentos contrários e destrincha o contexto para revelar se a narrativa do “Russiagate” foi uma farsa ou se teria alguma base real. O Contexto das Eleições de 2016 As eleições presidenciais de 2016 foram marcadas por uma polarização intensa e eventos inesperados. A vitória de Donald Trump sobre Hillary Clinton desafiou as previsões das pesquisas e gerou especulações sobre fatores externos que poderiam ter influenciado o resultado. Entre esses fatores, a suposta interferência russa ganhou destaque, com relatos de hackers acessando e-mails do Comitê Nacional Democrata (DNC) e campanhas de desinformação em redes sociais. Essas acusações foram amplificadas pela administração Obama, que, em outubro de 2016, viu o Departamento de Segurança Interna e o Diretório de Inteligência Nacional emitirem uma declaração conjunta acusando a Rússia de ciberataques. Após a eleição, em dezembro de 2016, Obama ordenou sanções contra a Rússia, incluindo a expulsão de diplomatas e o fechamento de instalações diplomáticas russas nos EUA, como resposta às supostas atividades de interferência. As alegações de Tulsi Gabbard Em julho de 2025, Tulsi Gabbard trouxe à tona documentos desclassificados que questionam a narrativa oficial. Segundo ela, a administração Obama, com a participação ativa de John Brennan, então Diretor da CIA, e James Clapper, então Diretor de Inteligência Nacional, teria “fabricado e politizado inteligência” para sugerir que a Rússia tentou influenciar a eleição de 2016 em favor de Trump. Gabbard alega que avaliações iniciais da comunidade de inteligência, incluindo um briefing presidencial de 8 de dezembro de 2016, indicavam que “atores russos e criminosos não impactaram os resultados das eleições americanas recentes por meio de atividades cibernéticas maliciosas contra a infraestrutura eleitoral“. No entanto, em janeiro de 2017, a Avaliação da Comunidade de Inteligência (ICA) contradisse essas conclusões, afirmando que Vladimir Putin dirigiu esforços para ajudar Trump a derrotar Clinton, baseando-se, em parte, no controverso dossiê Steele. Gabbard acusa Brennan e Clapper de desempenharem papéis centrais na manipulação dessas informações, pressionando analistas a alinharem o relatório com uma narrativa politizada que servisse aos interesses democratas após a derrota de Hillary Clinton. Ela aponta que a inclusão do dossiê Steele, um documento não verificado e financiado por aliados de Clinton, foi um movimento deliberado para reforçar a narrativa de conluio entre Trump e a Rússia, apesar de objeções internas de analistas de inteligência. Respostas e contra-argumentos As alegações de Gabbard foram recebidas com críticas de figuras democratas e alguns republicanos. O deputado Jim Himes, do Comitê de Inteligência da Câmara, classificou as acusações como “infundadas”, destacando que investigações bipartidárias, como a do Comitê de Inteligência do Senado, confirmaram as conclusões da ICA de 2017. O senador Mark Warner, também do Comitê de Inteligência do Senado, argumentou que o relatório de Gabbard confunde tentativas russas de manipular a infraestrutura eleitoral (que não tiveram sucesso) com operações de influência, como campanhas de desinformação em redes sociais, que buscavam moldar a opinião pública em favor de Trump. Relatórios anteriores, incluindo os do Comitê de Inteligência do Senado e a investigação de Robert Mueller, afirmam que a Rússia conduziu uma campanha de influência em 2016, envolvendo a divulgação de e-mails roubados do DNC e a disseminação de desinformação. Embora a investigação de Mueller não tenha encontrado evidências de conluio criminoso entre a campanha de Trump e a Rússia, teve como conclusão que a interferência russa foi “sistemática e abrangente”. O papel do Dossiê Steele O dossiê Steele, compilado pelo ex-oficial de inteligência britânico Christopher Steele, é um ponto central nas alegações de Gabbard. O documento, que alegava que a Rússia possuía material comprometedor sobre Trump, foi incluído na ICA de 2017, apesar de objeções de analistas que consideravam suas informações não verificadas. Críticos, incluindo Gabbard, argumentam que o dossiê era uma peça de inteligência politicamente motivada, financiada por aliados de Hillary Clinton, e sua inclusão comprometeu a credibilidade do relatório. Documentos desclassificados sugerem que Brennan e Clapper, cientes das limitações do dossiê, pressionaram por sua inclusão para reforçar a narrativa de interferência russa.  Motivações A administração Obama enfrentou um dilema em 2016. Havia preocupações legítimas sobre ciberataques russos contra o DNC e tentativas de acessar sistemas eleitorais estaduais. No entanto, a Casa Branca hesitou em agir publicamente antes da eleição, temendo acusações de favorecer Clinton, especialmente em um contexto em que Trump alegava que o processo eleitoral seria manipulado. Essa hesitação foi criticada por ex-funcionários, que acreditam que Obama deveria ter tomado medidas mais decisivas. Além disso, uma revisão interna da CIA em 2025 apontou “anomalias processuais” na elaboração da ICA, incluindo a exclusão do Conselho Nacional de Inteligência e o envolvimento direto. Obama sabia? Uma questão crucial levantada pelas alegações de Gabbard é até que ponto Barack Obama estava ciente da fragilidade das evidências que sustentavam a narrativa do “Russiagate”. Documentos desclassificados, incluindo comunicações internas da comunidade de inteligência, sugerem que Obama foi informado, ainda em 2016, de que as evidências de interferência russa direta na infraestrutura eleitoral eram inconclusivas. O briefing presidencial de 8 de dezembro de 2016, citado por Gabbard, indicava que os ciberataques russos não alteraram os resultados eleitorais, uma avaliação que contrastava com a narrativa pública promovida após a eleição. Apesar disso, Obama endossou sanções contra a Rússia e permitiu que a ICA de 2017, com a inclusão do dossiê Steele, fosse publicada, reforçando a percepção de uma conspiração russa para eleger Trump. Críticos argumentam que Obama, pressionado por aliados democratas e pela necessidade de justificar a derrota de Clinton, optou

Ciberataque global atinge governos e empresas por falha no Microsoft SharePoint, entenda a gravidade

Hackers lançaram um ataque cibernético em escala global neste fim de semana após explorarem uma vulnerabilidade grave no Microsoft SharePoint, um software amplamente utilizado por governos e corporações para gerenciamento interno de dados e documentos. A ofensiva comprometeu sistemas sensíveis em diversos países, afetando agências governamentais, universidades e empresas estratégicas, como companhias de energia e telecomunicações. A informação foi revelada pelo The Washington Post na noite deste domingo (20) e rapidamente confirmada por autoridades e especialistas em segurança cibernética. De acordo com as primeiras análises, entre os alvos estão órgãos federais e estaduais dos Estados Unidos, instituições de ensino superior e ao menos uma grande operadora de telecomunicações na Ásia. A falha no SharePoint permitiu que os invasores executassem códigos remotamente nos sistemas afetados, ganhando controle total das máquinas e acesso a dados críticos. Especialistas classificam o caso como uma ameaça de alta gravidade, com risco de espionagem digital, roubo de informações estratégicas e interrupção de serviços essenciais. Fontes envolvidas na investigação afirmam que os primeiros sinais da intrusão surgiram no início da semana passada, mas só nos últimos dias ficou evidente a extensão e a sofisticação do ataque. A Agência de Segurança Cibernética e Infraestrutura dos EUA (CISA) está liderando a resposta emergencial, coordenando ações com empresas privadas, governos estaduais e parceiros internacionais. Leia mais: Ciberjihad: Hackers iranianos oferecem bônus por ataques ao Ocidente – Danuzio A Microsoft ainda não se pronunciou oficialmente, mas, segundo especialistas do setor, a empresa está desenvolvendo uma atualização emergencial para corrigir a vulnerabilidade. Enquanto isso, administradores de sistemas em todo o mundo estão sendo orientados a revisar logs de acesso, reforçar medidas de proteção e aplicar imediatamente as atualizações de segurança mais recentes. Até o momento, nenhum grupo assumiu a autoria do ataque, mas autoridades norte-americanas e europeias não descartam a possibilidade de envolvimento de grupos patrocinados por Estados, devido à complexidade técnica da ofensiva e à escolha de alvos de alto valor estratégico. O incidente reforça a crescente preocupação global com a segurança de infraestruturas digitais críticas, especialmente diante da dependência crescente de sistemas em nuvem e plataformas corporativas amplamente distribuídas. Investigadores continuam trabalhando para determinar a origem do ataque, a extensão total dos danos e os dados possivelmente comprometidos. Fonte: BNO News,

Eduardo Bolsonaro vira interlocutor exclusivo com governo Trump – Itamaraty é ignorado

Em meio ao agravamento das tensões diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) assumiu, na prática, o papel de principal interlocutor entre os dois países, em especial com o círculo próximo de Donald Trump. Ao lado do comentarista Paulo Figueiredo, Eduardo tem conduzido articulações paralelas que desautorizaram a diplomacia oficial brasileira e deixaram o Itamaraty à margem das decisões mais sensíveis da nova administração americana. Segundo a CNN, a embaixadora do Brasil em Washington, Maria Luísa Escorel, retornou às pressas de um período de férias para tentar restabelecer pontes com a Casa Branca. Procurou reuniões com membros do alto escalão do governo Trump, mas recebeu como resposta uma frase curta e simbólica do novo momento político: “É tarde demais“. O episódio marcou, segundo diplomatas ouvidos sob reserva, o esvaziamento da representação institucional do Brasil nos Estados Unidos, agora ofuscada pela atuação direta do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. Reportagem do Washington Post revelou que Eduardo Bolsonaro circulou durante semanas na Casa Branca, mantendo reuniões recorrentes com auxiliares do presidente americano. O objetivo declarado era pressionar o governo dos EUA a impor sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, usando como base a Lei Magnitsky, que permite punir autoridades estrangeiras acusadas de violar direitos humanos. Quatro fontes familiarizadas com as conversas confirmaram sua participação nas negociações, e duas delas afirmaram ter visto uma minuta de sanções já redigida no mês anterior, indicando que a ofensiva diplomática paralela avançou mais do que o Itamaraty imaginava. Eduardo não esteve sozinho nessas tratativas. Ao seu lado, Paulo Figueiredo — influenciador de direita e investigado por envolvimento no suposto plano de golpe de 2022 — atuou como conselheiro e interlocutor constante nas reuniões com autoridades americanas. Juntos, eles entregaram dossiês, fizeram lobby com congressistas republicanos e insistiram em medidas contra Moraes, retratado aos aliados de Trump como símbolo de autoritarismo judicial no Brasil. Segundo fontes próximas ao governo americano, a dupla esteve com funcionários da Casa Branca “mais vezes do que consigo contar”. A atuação dos dois causou perplexidade e frustração entre diplomatas brasileiros. Integrantes do Itamaraty afirmam que o governo Lula não foi consultado previamente sobre a revogação dos vistos de ministros do STF, tampouco recebeu qualquer notificação formal sobre eventuais sanções em estudo. A sensação entre os quadros da diplomacia é de que a estrutura institucional brasileira foi desconsiderada, substituída por uma rede informal de influência alinhada aos interesses políticos e ideológicos da família Bolsonaro. No Palácio do Planalto, o clima é de alerta. Embora o governo ainda não tenha se manifestado oficialmente sobre os últimos episódios, assessores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva já classificam o momento como uma ruptura inédita nas relações bilaterais com os Estados Unidos. Entre as medidas em discussão estão o retorno da embaixadora ao Brasil e uma reavaliação da política externa diante do novo cenário imposto pela interlocução direta entre Eduardo Bolsonaro e o governo Trump. Fonte: The Washington Post, CNN Brasil

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