“Tarde demais”: mensagem do Departamento de Estado à embaixadora do Brasil

Segundo a CNN, numa tentativa de contato da embaixadora do Brasil em Washington, Maria Luiza Viotti, ao Departamento de Estado dos EUA, mas seu contato foi imediatamente rejeitado: “tarde demais.” No final desta sexta-feira (18), o secretário Marco Rubio publicou no X a decisão de retirar o visto de autoridades brasileiras envolvidas no julgamento de Bolsonaro. Entre elas, 8 ministros do STF e seus familiares. Segundo fontes, a resposta do Departamento de Estado foi “tarde demais”, indicando insatisfação com a falta de esforços anteriores do Brasil para estabelecer canais diplomáticos desde janeiro. Essa versão contrasta com as declarações do Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty), que afirma ter feito várias tentativas de diálogo, incluindo uma carta enviada em 16 de maio que nunca foi respondida.
STF na Mira: EUA anunciam cancelamento de visto de Alexandre de Moraes, Ministros do STF, dentre outras autoridades brasileiras e seus familiares

Nesta sexta-feira (18), o governo dos Estados Unidos, sob a presidência de Donald Trump, anunciou a revogação dos vistos americanos do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, de seus familiares e de “aliados” no tribunal. A decisão, comunicada pelo Secretário de Estado, Marco Rubio, em uma postagem na rede social X, foi justificada como uma resposta às ações judiciais de Moraes contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. A medida intensifica as tensões diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos. Rubio alegou que Moraes promove uma “caça às bruxas política” contra Bolsonaro, criando um “complexo de perseguição e censura” que, segundo ele, viola direitos básicos dos brasileiros e impacta cidadãos americanos, ao tentar restringir conteúdos em plataformas sediadas nos EUA, como X e Rumble. “O presidente Trump deixou claro que sua administração responsabilizará estrangeiros responsáveis pela censura à expressão protegida nos Estados Unidos”, afirmou Rubio, ordenando a revogação imediata dos vistos. “Portanto, ordenei a revogação dos vistos de Moraes e seus aliados na corte, bem como de seus familiares próximos, com efeito imediato.” – Marco Rubio Segundo apurado pela coluna de Mariana Sanches do portal de notícias do UOL, as sanções seriam contra todos os ministros do STF, exceto André Mendonça, Kássio Nunes Marques e Luiz Fux. E segundo os perfis do X, Instituto Brasil pela Liberdade e Armillary, a lista inclui: – Alexandre de Moraes – Ministro do STF – Paulo Gonet Branco – Procurador-Geral da República (PGR) – Luís Roberto Barroso – Presidente do STF – Gilmar Mendes – Ministro do STF; Decano – Edson Fachin – Ministro do STF – Cármen Lúcia – Ministra do STF – Dias Toffoli – Ministro do STF – Cristiano Zanin – Ministro do STF – Flávio Dino – Ministro do STF – Andrei Rodrigues – Diretor-Geral da Polícia Federal (PF) – Fábio Schor – Chefe da Divisão de Crimes Cibernéticos da PF – Ricardo Lewandowski – Ministro da Justiça; ex-Ministro do STF – Rodrigo Pacheco – Senador; ex-Presidente do Senado Federal (até início de 2025) Assim como, seus familiares mais próximos, o que se acredita que sejam, cônjuges e filhos. A decisão ocorre no mesmo dia em que Moraes determinou que Bolsonaro passe a usar tornozeleira eletrônica, atendendo a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que investiga o ex-presidente por suposta articulação internacional contra autoridades brasileiras. A operação incluiu buscas na residência de Bolsonaro e na sede do Partido Liberal (PL), em Brasília, com a apreensão de um pen drive, dólares em espécie e documentos relacionados a ações judiciais contra Moraes nos EUA. No Brasil, a medida foi recebida com reações polarizadas. A oposição, comemora a decisão, enquanto aliados do governo Lula, criticam a interferência americana. A revogação dos vistos pode escalar o confronto entre o Judiciário brasileiro e o governo Trump, com possíveis reflexos em acordos bilaterais e nas exportações brasileiras, especialmente após ameaças de sanções via temida Lei Magnitsky (“pena de morte financeira”). Até o momento, o STF e demais autoridades não se pronunciaram oficialmente. Fonte: Veja, CNN, CNN II, UOL
Mega acordo militar à vista: Trump e Zelensky negociam troca estratégica

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, revelou em entrevista recente que está negociando com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, um “mega acordo’ bilateral envolvendo tecnologia militar. Pelo acordo, os EUA comprariam drones ucranianos de longo alcance e, em contrapartida, forneceriam armamentos pesados a Kyiv — uma troca que Zelensky definiu como uma “situação ganha-ganha“. Segundo Zelensky, a proposta prevê que a Ucrânia forneça drones já testados em campo de batalha, muitos dos quais com alcance de até 1.800 quilômetros, ou seja, capazes de atingir alvos profundamente dentro do território russo. Em troca, Washington se comprometeria com o fornecimento de armas de uso estratégico para as forças ucranianas, embora os tipos exatos de armamentos ainda não tenham sido divulgados. “O povo americano precisa dessa tecnologia em seu arsenal“, afirmou Zelensky, destacando que o conhecimento adquirido por Kyiv durante a guerra com a Rússia é valioso para os EUA e seus aliados. “Essa é uma oportunidade única para ambas as nações.“ Zelensky também afirmou que está disposto a compartilhar a experiência ucraniana com outros parceiros ocidentais, como Alemanha, Noruega e Dinamarca, que já demonstraram interesse no modelo de inovação bélica ucraniana, sobretudo no campo dos drones. O presidente ucraniano reforçou que seu governo quer transformar a expertise adquirida no front em capital político e industrial, reforçando a posição da Ucrânia como polo tecnológico militar na Europa. Reversão de postura de Trump O anúncio acontece num momento em que Donald Trump revê sua posição anterior sobre a ajuda militar à Ucrânia. Após suspender o envio de armas em abril de 2025, o governo norte-americano voltou atrás e restabeleceu os repasses, inclusive impondo à Rússia um ultimato de cessar-fogo de 50 dias. Esse reposicionamento criou espaço político para o avanço da proposta de cooperação tecnológica. Durante visita a uma fábrica de drones na Ucrânia, o enviado especial dos EUA, Keith Kellogg, elogiou a velocidade de inovação do setor: “Eles estão liderando essa nova era de guerra. A capacidade de adaptação e reaproveitamento deles é impressionante“, escreveu em sua conta no X (antigo Twitter). Kellogg defendeu que a indústria de defesa americana aprenda com a experiência ucraniana, destacando que a tecnologia de drones se tornou peça central no conflito moderno. O acordo, se confirmado, representaria também um impulso vital para a indústria de drones da Ucrânia, que cresceu 900% desde o início da guerra, mas ainda enfrenta falta de contratos e financiamento. Em novembro de 2024, fabricantes ucranianos expressaram frustração com a ausência de compras governamentais, que limitavam a escala de produção mesmo com alta capacidade instalada. O cenário persistia até junho de 2025, segundo relatório da Business Insider. Agora, com a possibilidade de contratos internacionais, principalmente com os Estados Unidos, o setor pode finalmente atingir sua capacidade plena — transformando a Ucrânia de consumidora em fornecedora de tecnologia militar de ponta. O “mega acordo‘ ainda está em fase de negociação, mas já sinaliza um novo capítulo na relação estratégica entre Ucrânia e Estados Unidos, com potencial para redefinir a balança tecnológica da guerra e consolidar a posição ucraniana como potência emergente no setor de defesa. Fontes: New York Post, Business Insider, Kyiv Post
STF já tem maioria para manter restrições contra Bolsonaro após operação que apreendeu pen drive

Jair Bolsonaro foi alvo de busca e apreensão determinada por Moraes. Além disso, o ministro do STF também impôs medidas contra a liberdade do ex-presidente. A Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de Jair Bolsonaro, em Brasília. Durante a operação, foram apreendidos um pen drive, dinheiro em espécie e uma cópia da petição ajuizada pela Rumble contra Alexandre de Moraes, que é alvo de processo nos Estados Unidos. Além disso, foram impostos o uso de tornozeleira eletrônica, o recolhimento domiciliar noturno, restrições na comunicação com diplomatas estrangeiros e outros réus do STF, incluindo o seu próprio filho. A ordem de Moraes surge após Moraes ter escrito que Bolsonaro admitiu a prática de crimes quando condicionou o fim da taxação à sua própria anistia e que agiu de modo desrespeitoso contra à soberania brasileira, à Constituição Federal e à independência do Judiciário. Em sessão virtual extraordinária, convocada pelo ministro Cristiano Zanin para deliberar a respeito das diligências, a Primeira Turma do STF já decidiu, por maioria de votos, manter as determinações. Mais cedo, Moraes votou para manter a decisão. Seguiram Moraes os ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin. Faltam votar os ministros Cármen Lúcia e Luiz Fux. No virtual, não há discussão. Os ministros apresentam seus votos de maneira remota no sistema do STF. Jair Bolsonaro disse a jornalistas que desconhecia o pen drive apreendido e que perguntaria a sua esposa Michelle a respeito. Também disse que a investigação era política e “suprema humilhação“, alegando que nunca pensou em deixar o país. Em relação ao dinheiro apreendido, 14 mil dólares, disse que tem recibo do banco. A defesa de Bolsonaro afirmou que recebeu com surpresa e indignação as cautelares severas, já que o ex-presidente sempre cumpriu com todas as determinações do Poder Judiciário. Considerou, ainda, que era necessário conhecer melhor a decisão judicial antes de tecer outras manifestações a respeito. FONTE: globo.com, metropoles.com, infomoney.com.br, veja.abril.com.br, cultura.uol.com, globo.com, r7.com e r7.com
Crise política provoca fuga de R$ 4,8 bilhões da Bolsa em menos de uma semana

A escalada das tensões políticas entre Brasil e Estados Unidos, intensificada após a carta do ex-presidente Donald Trump impondo tarifas de 50% a produtos brasileiros, já provocou uma fuga expressiva de capital estrangeiro da Bolsa de Valores brasileira (B3). O movimento se acelerou nesta sexta-feira (18), após nova operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. Saída bilionária em julho De acordo com dados da própria B3 e apuração da coluna Radar Econômico (VEJA), até o dia 17 de julho, investidores estrangeiros já haviam retirado R$ 4,8 bilhões do mercado acionário brasileiro — um dos piores saldos mensais do ano. O número representa uma reversão drástica do otimismo que dominou o início de 2025, quando o país registrava entrada líquida de capital. Especialistas do mercado apontam que o fluxo negativo está ligado diretamente à instabilidade institucional, somada ao impacto comercial da tarifa norte-americana. “A carta de Trump foi lida como uma retaliação política, e os mercados passaram a precificar risco jurídico no Brasil. A operação de hoje apenas reforça essa percepção de insegurança institucional“, afirmou um analista da XP Investimentos. Tarifa de 50% ligou alerta vermelho A carta de Trump, enviada ao presidente Lula, vinculava diretamente a retirada das tarifas à interrupção dos processos judiciais contra Bolsonaro, gerando preocupações sobre o grau de autonomia entre os Poderes no Brasil. A reação da Justiça brasileira, com a operação desta sexta-feira (18), foi interpretada por parte do mercado como potencial gatilho para mais retaliações comerciais dos EUA. O temor é de que a crise política contamine setores exportadores estratégicos — como carne bovina, café, suco de laranja e minério —, afetando balança comercial, câmbio e confiança de longo prazo. Com a operação da PF ainda em curso e novas medidas judiciais sendo consideradas, a projeção para a economia brasileira em julho é de forte volatilidade e menor fluxo de investimentos. O Ministério da Fazenda monitora o movimento e já estuda ações diplomáticas e incentivos fiscais para tentar conter o impacto. “A janela de investimento estrangeiro no Brasil pode se fechar por meses, caso o país não estabilize seu ambiente político”, alerta o economista-chefe de uma gestora estrangeira, sob anonimato. Fonte: economia.uol.com.br
Cronologia da Crise: Moraes coloca tornozeleira em Bolsonaro e desafia Trump

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, escalou a tensão nas relações entre Brasil e Estados Unidos ao emitir ordens judiciais contra plataformas digitais americanas e impor severas restrições ao ex-presidente Jair Bolsonaro. As medidas vêm em resposta ao anúncio do presidente americano Donald Trump, em 9 de julho, de uma tarifa de 50% sobre exportações brasileiras, que entrará em vigor a partir de 1º de agosto. A tarifa, chamada de “Tarifa-Moraes” por aliados de Bolsonaro, foi justificada por Trump como retaliação às ações judiciais de Moraes, acusado de violar a liberdade de expressão de cidadãos e empresas americanas. Cronologia dos Fatos Implicações As ações de Moraes contra Bolsonaro e plataformas americanas são vistas como resposta direta à tarifa de Trump e seu apoio público a Bolsonaro, chamado por ele de vítima de uma “caça às bruxas”. As restrições a Bolsonaro, réu em um processo por suposto golpe com pena potencial de 40 anos, buscam limitar sua influência e isolá-lo de contatos com outros réus e contatos diplomáticos. O governo Lula enfrenta o desafio de equilibrar a autonomia judicial com a estabilidade econômica. A Confederação Nacional da Indústria (CNI), em 16 de julho, alertou para perdas anuais de US$ 12 bilhões nas exportações, pedindo diálogo urgente. As consequências econômicas são iminentes sem negociações, como no colapso da fruticultura do Vale do São Francisco. Aliados de Bolsonaro, como o líder do PL, Sóstenes Cavalcante, denunciaram as medidas como “censura” e tentativa de silenciar uma figura que representa milhões. Enquanto isso, as ordens de Moraes contra plataformas americanas tensionam as relações Brasil-EUA, com o Itamaraty classificando as ações de Trump como “chantagem”. A crise, que mistura questões judiciais, diplomáticas e econômicas, coloca o Brasil em um cenário internacional delicado e inédito, com impactos que podem reverberar a nível histórico.
Vamos falar de Valores Morais

O mundo está passando por guerras em várias frentes e o Brasil, além de enfrentar uma guerra tarifária com os Estados Unidos, se atrapalha com a sua guerra particular: a guerra fiscal. Neste contexto de ataque e defesa de dentro das trincheiras, atores políticos apontam suas baterias para os inimigos que lhes convêm, não apenas com o intuito de ganhar a guerra, mas de eliminar seus inimigos antes que eles tenham a chance de avançar e tomar posições de ataque privilegiadas. Todos os movimentos de ambos os lados, levando-se em consideração a concepção binária criada na política brasileira na atualidade, visam um ponto em comum: eleições 2026 e o comando do país. Talvez você se questione acerca da capacidade deste articulista de usar as palavras, uma vez que parece haver um erro de ortografia no título, mas quero lhe tranquilizar quanto a este aspecto. A questão é semântica e fará sentido no desenrolar do artigo. Quando pensamos em valores morais, pode até não vir à mente o Brasil de hoje, afinal, vemos todos os dias a distorção destes valores, o desleixo com a moral e a ética e um desprezo sistemático aos bons costumes, sendo substituídos por atitudes que deveriam ser condenadas por todos, independente de qual lado do espectro político esteja. Valores Os valores aos quais gostaria que você se atentasse são expressivos, a ponto de deixar qualquer ser humano em situação de superioridade em relação a outros. Não são valores da vida em sociedade, estou me referindo ao volume financeiro que será movimentado a partir da decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal de manter o reajuste do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), aos moldes que o governo queria que fosse feito. De acordo com o comunicado do Ministério da Fazenda, de 22 de maio deste ano, o potencial de arrecadação com o reajuste das alíquotas de IOF seria de R$ 20,5 bilhões em 2025, chegando a R$ 41 bilhões em 2026. Todo este montante será retirado do bolso do contribuinte, pois, como Margaret Thatcher disse: “não há dinheiro do governo, somente do pagador de impostos”. Este é mais um fardo que o brasileiro vai ter que levar nas costas, enquanto o governo pisa no acelerador de gastos pensando em 2026. Morais A palavra Morais precisa ser usada apenas foneticamente – sem esta observação não faria sentido o que vem a seguir. Refiro-me ao representante do poder judiciário cuja fama vem se expandindo a uma velocidade cada vez maior e por assuntos cada vez mais diversos. A última decisão que gerou polêmica do ministro Alexandre de Moraes foi acerca da manutenção do reajuste do IOF. Provocado pelo PSOL, partido que em seu estatuto, no artigo 6º, diz que é solidário a todas as lutas dos trabalhadores, o STF foi acionado para aumentar o imposto, bloqueando a decisão do congresso. A corte sorteou um relator para o caso, ocasião em que Gilmar Mendes foi o escolhido. O ministro sorteado, acreditando que não teria condições por uma coincidência técnica, solicitou que o caso passasse para Moraes, que foi nomeado para rever o bloqueio do congresso ao aumento do imposto. O ministro, em 17 de julho, decide por manter a decisão do governo, ignorando a decisão dos representantes do congresso. Por uma coincidência, os presidentes da Câmara e do Senado, que estavam numa cerimônia no plenário do Senado no mesmo dia 17, foram questionados pelo senador Eduardo Girão sobre impedir que o congresso fosse atropelado pelo judiciário. Nas palavras do senador: “O recesso começa amanhã e eu acredito que, se nada for feito em relação a essa invasão de competência em uma decisão soberana nossa, é melhor estabelecer um recesso prolongado até o ano que vem”, declarou Girão. Os valores que precisam ser levantados para que o governo comece a respirar aliviado passam pelo aumento do IOF. A medida que, na prática, é uma forma de tomar dinheiro da sociedade, vai gerar mais dificuldades às famílias brasileiras. Isto porque o aumento do custo do crédito não será absorvido por empresas, elas repassarão ao consumidor através dos reajustes dos preços dos produtos e serviços. Moraes tomou uma decisão técnica? Foi uma decisão política? Atropelou o Congresso, como disse o senador Girão? A resposta mais próxima da realidade parece ser a que Hélio Beltrão, comentarista da CNN Brasil e fundador da LVM editora, trouxe em um post em suas redes sociais: “383 parlamentares votaram pela derrubada do aumento do IOF. Mas um ministro, sem ter recebido um mísero voto, fez valer a vontade do governo. O Congresso já está fechado. Só ainda não avisaram os deputados e senadores.“ Eu sou Felipe Santos, Oficial R/2 do Exército Brasileiro, formado pela Fundação Getúlio Vargas, Universidade da Califórnia e Universidade de São Paulo, atuo no mercado financeiro desde 2008. Experiente em diversas áreas no mercado, professor de Finanças Pessoais e Investimentos da Escola de Geopolítica e Atualidades Danuzio Neto e criador da Mentoria de Investimento Ágil, ajudo pessoas a investir em apenas 30 dias com segurança e praticidade. Somente um patrimônio acumulado é capaz de proporcionar a você um futuro com conforto, segurança e liberdade. O tempo passa, comece! Siga-me no Instagram @fe_investimento_agil ou, se preferir, mande um e-mail para felipesantos@feinvestimento.com.br.
AGU ficou 8 meses sem divulgar dados de honorários no Portal da Transparência

A Advocacia-Geral da União (AGU) passou cerca de oito meses sem publicar no Portal da Transparência os valores pagos a seus membros a título de honorários advocatícios. A omissão só foi corrigida em 2025, quando os dados voltaram a ser atualizados com a divulgação de pagamentos retroativos a 2016, entre eles o bônus de R$ 193.226,92 recebido pelo advogado-geral da União, Jorge Messias, em janeiro. Os honorários de sucumbência são valores pagos por partes derrotadas em ações judiciais e, desde 2016, são distribuídos entre os advogados públicos da União. A previsão legal foi criada a partir de um projeto enviado pela então presidente Dilma Rousseff em 2015. A ausência de informações públicas durante o período chamou a atenção de entidades ligadas à transparência e gerou questionamentos sobre o controle e fiscalização desses repasses. Segundo reportagem do Metrópoles, a suspensão da divulgação começou ainda em 2024 e não foi previamente comunicada. Em nota, a AGU informou que o atraso na atualização dos dados ocorreu por “falhas operacionais” e que não houve qualquer tentativa de ocultação dos pagamentos. A instituição também afirmou que os valores são controlados e auditados pelo Conselho Curador de Honorários Advocatícios (CCHA), órgão responsável pela definição dos critérios de rateio. Com a retomada da divulgação, também foram atualizados os dados sobre os valores pagos a outros membros da carreira. Segundo a AGU, mais de R$ 2,5 bilhões foram distribuídos em honorários advocatícios somente em 2024. A interrupção na transparência ocorre em um momento em que tramitam no Congresso Nacional propostas para limitar o acúmulo de remunerações que ultrapassam o teto constitucional no serviço público.
Estrangulamento tributário: a arma oculta da revolução comunista

Quando a tributação excessiva vira ferramenta de autoritarismo e controle social A gastança desenfreada, os rombos bilionários e os impostos estratosféricos sempre foram marcas registradas dos governos petistas. Quando Lula voltou ao Planalto — algo que muitos consideravam impossível, levando em conta que o sujeito saiu da cadeia direto para o poder — ainda houve quem alimentasse a fantasia de um Lula “paz e amor“, embalado pela figura “nem lá, nem cá” de Alckmin na vice. A ilusão, claro, durou pouco. Lula e seus aliados nunca esconderam que a volta seria radical. “Lula não é mais o líder conciliador de antes. Este governo será mais audacioso, mais radical. Ele me disse que, se voltar, será a última chance da vida para fazer uma revolução — e vai fazê-la, porque depois disso estará velho demais e não poderá“, afirmou Leonardo Boff em 2022. Uma das armas dessa revolução são os impostos sufocantes. Duvido que Lula tenha lido Marx ou qualquer teórico socialista — na verdade, duvido que tenha sequer terminado um livro. Mas aprendeu muito bem pela observação. Na União Soviética, os kulaks — pequenos proprietários rurais que conseguiam manter alguma independência econômica — foram esmagados pela combinação letal de tributação abusiva e propaganda. Sheila Fitzpatrick detalha como, entre 1929 e 1932, essa classe média rural foi praticamente dizimada para abrir caminho ao terror stalinista e à coletivização forçada. A meta era clara: eliminar quem tivesse autonomia suficiente para desafiar o poder do Estado. “A diferença entre uma democracia e uma tirania é que numa democracia você paga impostos e pode reclamar. Numa tirania, você só paga.”— Milton Friedman, economista liberal. O padrão se repete na história do comunismo: a classe média é sempre o inimigo a ser eliminado. O pobre é domesticado com esmolas; a elite fora do sistema, demonizada. Mas é a camada autônoma, crítica e produtiva que mais incomoda o regime. Frank Dikötter, em “A Revolução Cultural“, mostra como a China maoísta usou impostos severos e campanhas políticas para esmagar a independência da classe média urbana e rural, confiscando propriedades, destruindo negócios e silenciando vozes. O mesmo roteiro foi seguido na Venezuela, onde Chávez e Maduro aplicaram essa cartilha com precisão: sufocaram a classe média e deixaram o país entregue ao assistencialismo estatal e ao controle total. No Brasil, a carga tributária atingiu nível recorde sob o consórcio Lula/STF, consumindo quase um terço de tudo o que o país produz — segundo dados do IBPT, o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação. Aqui, o Estado cobra demais, não entrega nada, e em troca exige silêncio e obediência. O empreendedor é vilão, e o contribuinte virou devedor moral da tal “justiça social”. “Quando o Estado é capaz de dar tudo, também é capaz de tirar tudo.”— Margaret Thatcher. Essa tributação absurda não serve apenas para bancar mordomias: é método. Um plano para endividar, sufocar e manter a população sob rédea curta. O Brasil vive a consolidação de um sistema autoritário que persegue a imprensa independente, transforma o Congresso em peça decorativa e asfixia as liberdades. A cereja do bolo é um povo miserável, dependente — e, por isso mesmo, submisso. Olavo de Carvalho sempre alertou: o problema vai além da corrupção. Trata-se de uma elite que despreza o povo — seus valores, sua fé, sua família, sua liberdade — e usa tributos e burocracia como armas para destruí-los. As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do site Danuzio News.*
Editorial: Alexandre de Moraes e a deterioração das instituições dentro e fora do Brasil

Alexandre de Moraes tornou-se, nos últimos anos, a figura mais poderosa da República — não por ocupar um cargo executivo, nem por ter sido eleito pelo voto popular, mas por comandar, com firmeza e protagonismo inédito, decisões que ultrapassam os limites tradicionais e legais de um magistrado. No palco político brasileiro, ele atua não como juiz imparcial, mas como verdadeiro estrategista de guerra institucional. E, como todo personagem fora do script, carrega consigo o peso do inusitado: um político de toga, com poderes de Estado e discurso de militante. A decisão recente de obrigar o ex-presidente Jair Bolsonaro a usar tornozeleira eletrônica, silenciar-se nas redes sociais e manter-se recluso entre 19h e 7h — além da proibição de contatos diplomáticos — não é apenas uma medida cautelar. É uma ilegal demonstração de força na arena das relações exteriores. Mais uma das extrapolações do político de toga. Moraes, longe de atuar nos bastidores da Justiça, escolheu o centro do palco. Persegue plataformas como X (ex-Twitter) e Rumble, impõe censuras preventivas, bloqueia perfis e determina o que pode ou não circular nas redes. Tudo isso em nome da “defesa da democracia” — mas com métodos que lembram o arbítrio que a própria democracia promete combater. A toga, que deveria simbolizar sobriedade e equilíbrio, veste hoje um ator de discurso beligerante, que se dirige a réus, ao público e até a outros Poderes com postura de general. Há algum tempo, suas ações têm gerado impactos que ultrapassam as fronteiras do Brasil e ressoam no exterior. As decisões que atingem diretamente empresas e valores americanos provocaram reação dura do ex-presidente Donald Trump, que anunciou tarifas de 50% sobre produtos brasileiros como forma de retaliação. A justificativa? O “abuso de autoridade” do Judiciário brasileiro e a perseguição sistemática a Bolsonaro. Nos bastidores de Washington, há pressão pela aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro do STF — algo sem precedentes. Enquanto isso, o governo Lula, que deveria zelar pela harmonia entre os Poderes e resguardar a imagem internacional do país, escolheu alinhar-se incondicionalmente ao ministro. Em vez de moderação, promove defesa entusiasmada de suas ações, como se Moraes fosse membro de gabinete, e não juiz de uma corte constitucional. A separação entre Judiciário e Executivo, neste ponto, parece dissolvida. A deterioração institucional é visível. Moraes tornou-se símbolo de uma justiça que se afasta da liturgia e do decoro e entra de cabeça na arena ideológica. Seus adversários o acusam de autoritarismo; seus defensores o tratam como salvador da democracia. Mas o problema de fundo é outro: ele transformou sua função em algo personalista e exótico — um papel inédito e perigosamente expansivo dentro do regime republicano. A cada medida espetacular contra Bolsonaro, a cada nova escalada contra empresas estrangeiras, o ministro reforça o próprio enredo. Só que nesse roteiro, o final pode não ser o que ele imagina. Afinal, toda concentração desmedida de poder acaba gerando reação — interna ou externa. E o risco é que, ao tentar conter uma ameaça, ele esteja sem querer alimentando outra, ainda mais imprevisível. O Brasil precisa de instituições fortes, mas não de figuras que se comportem como superministros absolutistas. A força do Judiciário está no equilíbrio, na contenção e na discrição — não no ativismo performático. Alexandre de Moraes, ao contrário, parece confortável na condição de exceção. Um político de toga. Um exótico protagonista em um sistema que deveria ser impessoal.