“Eles tentaram, sim… mas falharam”: presidente iraniano confirma ferimento em ataque israelense

O presidente iraniano Masoud Pezeshkian sofreu ferimentos leves na perna após um ataque aéreo israelense ter atingido um bunker subterrâneo em Teerã no dia 15 de junho, durante uma reunião da Suprema Comissão de Segurança Nacional do país, afirmou um alto funcionário iraniano à Al Jazeera. Segundo o veículo, o objetivo da ofensiva era eliminar os líderes dos três poderes iranianos — executivo, legislativo e judiciário — que estavam reunidos no local. Seis mísseis foram disparados, atingindo as entradas, saídas e o sistema de ventilação do edifício. A explosão cortou a energia, mas Pezeshkian e os demais participantes escaparam por um túnel de emergência. Durante a fuga, o presidente iraniano feriu levemente a perna, segundo a fonte. Em entrevista ao ex-âncora da Fox News, Tucker Carlson, o presidente iraniano confirmou que ouviu explosões e pediu desculpas aos moradores de Teerã por provocarem medo nas vizinhanças. “Eles tentaram, sim… mas falharam“, declarou Pezeshkian. O Fars, agência ligada à Guarda Revolucionária, caracterizou o ataque como um “esforço assassino“ que replicava o estilo da operação israelense que eliminou o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em 2024, bloqueando saídas e sufocando o edifício para assegurar a morte dos alvos. Fontes iranianas afirmam que, além de Pezeshkian, estavam presentes figuras-chave, como o presidente do parlamento, Mohammad Bagher Ghalibaf, e o chefe da Justiça, Mohseni Ejei, o que reforça a tese de tentativa de assassinato contra as lideranças do país. A investigação interna do Irã foi instigada pela precisão do ataque, sugerindo que Israel pode ter contado com informações de agentes infiltrados dentro de Teerã. O ataque ocorreu durante a operação “Rising Lion“, com vídeos e evidências corroborando explosões no local e na área de Shahrak-e Gharb, oeste de Teerã. Em resposta, o gabinete de segurança nacional iraniano declarou que “Israel terá que pagar o preço” por essa tentativa, e que o país reforçará suas medidas de contrainformação. Enquanto isso, fontes militares israelenses confirmaram que o alvo principal do ataque foi o comando do IRGC — braço armado revolucionário iraniano —, e não o presidente diretamente. A justificativa foi que a ofensiva visava desestruturar a capacidade militar iraniana durante a escalada do conflito de 12 dias com Israel. O incidente ocorreu pouco antes de uma esperada retomada das negociações nucleares entre Teerã e Washington, intensificando a tensão regional. Desde o início do conflito em 13 de junho, Israel matou dezenas de altos comandantes iranianos e cientistas nucleares, e o Irã retaliou com centenas de mísseis e drones, enquanto os EUA realizaram ataques adicionais em instalações nucleares em Fordow e Natanz. O presidente Pezeshkian, embora tenha declarado estar fisicamente bem, afirmou que o atentado falhou, e que o Irã agora investiga profundamente a origem da informação vazada. A repercussão política interna tem sido imediata: o governo lançou uma série de prisões, detendo mais de 700 pessoas por suposta cumplicidade, e intensificou medidas repressivas contra redes de informantes, temendo infiltrações israelenses. Fontes: Al Jazeera, The Times of Israel, New York Post
Brasil ingressa em ação contra Israel por genocídio na Corte de Haia

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que o Brasil ingressará oficialmente como parte na ação movida pela África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia, acusando o país de cometer genocídio na Faixa de Gaza. A decisão, confirmada pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, em entrevista à Al Jazeera durante a Cúpula do Brics, no Rio de Janeiro, marca uma guinada na política externa brasileira e intensifica ainda mais a crise diplomática com Israel. A ação, iniciada pela África do Sul em 2023, alega que as operações militares israelenses em Gaza, desencadeadas após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, configuram violações à Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio de 1948. O Brasil, que já havia expressado apoio político à iniciativa em janeiro de 2024, agora formaliza sua participação como parte interessada no processo, a pedido da Autoridade Nacional Palestina. O chanceler Mauro Vieira destacou que a adesão reflete o compromisso do Brasil com o direito internacional e os direitos humanos. “Não podemos permanecer indiferentes ao genocídio praticado por Israel em Gaza“, afirmou o presidente Lula, reforçando críticas anteriores em que classificou as ações israelenses como “desproporcionais“. A decisão, no entanto, gerou reações negativas. A Confederação Israelita do Brasil (Conib) condenou a medida, chamando-a de “cínica e perversa” e afirmando que distorce a realidade do conflito. A formalização do ingresso ainda está em andamento, mas a postura brasileira já acirra tensões com Tel Aviv, que nega as acusações e argumenta que suas ações visam combater o terrorismo do Hamas. O governo Lula também adotou medidas como barrar a compra de blindados israelenses e recusar o aval para um novo embaixador de Israel em Brasília, sinalizando um distanciamento político e comercial. O presidente Lula passou a ser considerado por Israel como “persona non grata“, desde 2024, por ter comparado a ação militar israelense em Gaza ao holocausto judeu na Alemanha nazista. A Corte de Haia, principal órgão judicial da ONU, já emitiu ordens preliminares exigindo que Israel evite atos que possam configurar genocídio e garanta assistência humanitária em Gaza. Contudo, especialistas alertam que o julgamento final pode levar anos, e as decisões da CIJ, embora vinculativas, têm histórico de baixa efetividade em sua implementação. A adesão do Brasil ao processo tensionará, ainda mais, as relações com Israel e aliados como os Estados Unidos. Fontes: Pleno News, Estadão, Revista Forum, O Jornal Extra
Já pensou conversar com uma inteligência artificial dentro do seu carro, como se fosse um copiloto digital?

A Tesla instalou o Grok, IA do X, nos carros — mas ela ainda não pode assumir o volante. Mas você já pensou conversar com uma inteligência artificial dentro do seu carro, como se fosse um copiloto digital? Essa é a nova aposta da Tesla. A empresa de Elon Musk começou a liberar, nos Estados Unidos, uma atualização de software (versão 2025.26) que integra o Grok 4, a IA criada pela xAI — o laboratório de inteligência artificial também fundado por Musk — diretamente nos sistemas dos carros da marca. Por enquanto, o Grok ainda não controla o carro. Ele serve apenas como um assistente de conversas: responde perguntas, explica conceitos, conta piadas e mantém um bom papo — mas não pode mudar o ar-condicionado, mexer na música, recalcular a rota nem executar comandos diretos do veículo. Ou seja, é um copiloto falante, mas sem mãos no volante. O recurso está disponível apenas para Teslas fabricados a partir de meados de 2021, que tenham chip AMD Ryzen. É necessário estar conectado ao Wi‑Fi ou ter a assinatura Premium Connectivity, que custa US$ 9,99 por mês. Nos modelos recém-fabricados, a IA já vem de fábrica desde 12 de julho de 2025. Tesla quer transformar o carro em plataforma Mais do que um simples carro, a Tesla quer que seus veículos se tornem plataformas digitais, como um smartphone sobre rodas. Com o Grok, abre-se o caminho para novos serviços baseados em assinatura — e quem sabe até vendas dentro do próprio carro. A integração do Grok é só o começo. A expectativa é que, em breve, o sistema possa controlar funções do carro por comando de voz: mudar a temperatura, abrir janelas, iniciar navegação, escolher playlists — tudo com um simples pedido. Ainda não há prazo oficial, mas os planos da Tesla e da xAI caminham para isso. Fontes: Reuters, Business Insider, MySA
Aliado estratégico de Lula é alvo de investigação por corrupção na Argentina

O ex-presidente da Argentina, Alberto Fernández, foi formalmente denunciado pelo Ministério Público por negociações incompatíveis com o exercício da função pública, com base em contratos firmados durante seu mandato (2019–2023). A acusação, revelada pela revista Crusoé, aponta que Fernández teria atuado para beneficiar economicamente aliados próximos, em prejuízo do Estado, por meio de direcionamento de contratos públicos. A denúncia é sustentada por trocas de e-mails, documentos oficiais e depoimentos de ex-integrantes do governo. Um dos principais elementos do processo envolve um decreto de dezembro de 2021, que obrigava todos os órgãos do Estado a contratar seguros exclusivamente com a Nación Seguros S.A., liderada por Alberto Pagliano, amigo pessoal de Fernández. Com isso, corretores como Héctor Martínez Sosa, marido de sua secretária privada, teriam lucrado de forma desproporcional — ele sozinho recebeu cerca de 2,25 bilhões de pesos, cerca de 60% de todas as comissões da seguradora naquele período. O juiz federal Sebastián Casanello implicou mais 33 pessoas e determinou o bloqueio de bens do ex-presidente no valor de US$ 11 milhões. A decisão judicial considera o esquema como um “cartel” no setor público de seguros, e as investigações também abrangem suspeitas de lavagem de dinheiro, corrupção e movimentações financeiras via cooperativas e fideicomissos ligados ao entorno de Fernández. Fernández, que poderá apresentar defesa antes de eventual julgamento, afirma ser vítima de perseguição política. Em nota oficial, declarou: “Esta ação judicial carece de fundamento e faz parte de uma ofensiva contra lideranças progressistas. Alberto Fernández sempre atuou com total transparência e respeito à legalidade“. Esta já é a segunda denúncia relevante contra o ex-presidente — em abril de 2025, ele foi acusado por violência de gênero contra sua ex-esposa, Fabiola Yañez, em processo confirmado por tribunal de segunda instância. A proximidade política entre Fernández e o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, ambos entusiastas de projetos de integração como a UNASUL e o fortalecimento do Mercosul, torna o caso especialmente sensível. Embora o Palácio do Planalto não tenha se manifestado oficialmente, aliados do governo brasileiro buscam minimizar o impacto diplomático. Para analistas, o episódio expõe a fragilidade da chamada “nova onda progressista” latino-americana, num momento em que outras lideranças da região, como Cristina Kirchner, também enfrentam sérias acusações. “Essa denúncia coloca em xeque a credibilidade de quem defende a cooperação regional, ao mesmo tempo em que fortalece setores críticos aos governos de esquerda na América do Sul“, avalia a cientista política Mariana Cabral, da Universidade de Buenos Aires. Fonte: oantagonista.com.br
Senador Lindsey Graham alerta China, Índia e Brasil: “Vocês vão se machucar muito se continuarem ajudando Putin”

O senador norte-americano Lindsey Graham intensificou a pressão contra países que mantêm laços comerciais com a Rússia, apontando China, Índia e Brasil como financiadores indiretos da “máquina de guerra” de Vladimir Putin. Em entrevista à CBS News, Graham afirmou que esses países, ao comprarem petróleo e outros recursos russos, ajudam a sustentar a economia russa em meio à guerra na Ucrânia. Ele defendeu um projeto de lei no Congresso dos EUA que autorizaria o presidente Donald Trump a impor tarifas de até 500% sobre produtos de nações que negociam com Moscou, alertando para “sérias consequências” caso a cooperação continue. O projeto, que segundo Graham conta com amplo apoio de 84 ou 85 senadores, busca pressionar países a escolher entre manter relações comerciais com a Rússia ou com os Estados Unidos. A proposta concede ao presidente flexibilidade para suspender as tarifas por até 180 dias, com revisão congressional, mas reflete uma postura agressiva contra nações que não aderiram plenamente às sanções ocidentais contra a Rússia. Graham destacou que Trump apoia a iniciativa, mas deseja controle total sobre as decisões de política externa. Críticos, no entanto, alertam para os riscos de uma guerra comercial global. O Washington Post apontou em um artigo no mês passado que as sanções poderiam atingir não apenas China, Índia e Brasil, mas também aliados como Turquia, Japão, Coreia do Sul e membros da União Europeia, que continuam importando recursos russos. Além disso, os próprios EUA dependem de urânio russo, o que levanta questionamentos sobre a coerência da proposta. Economistas temem que tarifas tão elevadas prejudiquem a economia americana, elevem preços domésticos e alienem parceiros estratégicos, especialmente em um momento de tensões geopolíticas. Brasil No caso do Brasil, as exportações de produtos agrícolas e minerais para a Rússia, além da importação de diesel e de fertilizantes, têm sido pontos de atrito. A implementação das sanções, no entanto, depende da aprovação final do projeto e da decisão de Trump, que pode optar por ajustes para evitar rupturas comerciais. Além dos fertilizantes, o Brasil tem importado quantidades significativas de diesel da Rússia, especialmente desde 2023, após o embargo da União Europeia aos produtos petrolíferos russos devido à invasão da Ucrânia. Dados oficiais e relatórios indicam que a Rússia se tornou o maior fornecedor de diesel para o Brasil, superando os Estados Unidos, que historicamente dominavam esse mercado. Em 2023, as importações brasileiras de diesel russo aumentaram drasticamente, atingindo 6,1 milhões de toneladas, um salto de 6.000% em relação às 101 mil toneladas de 2022, segundo o Financial Times. Em termos de valor, as importações de diesel russo cresceram 4.600%, de US$ 95 milhões em 2022 para US$ 4,5 bilhões em 2023. No primeiro semestre de 2024, cerca de 63,6% do diesel importado pelo Brasil veio da Rússia, conforme a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). Em maio de 2024, essa participação chegou a 82%, embora o preço do diesel russo tenha perdido parte de sua competitividade, com a diferença de preço em relação ao diesel americano caindo de US$ 0,30 para US$ 0,07 por litro. O aumento se deve principalmente ao preço mais baixo do diesel russo, que chegou a ser R$ 0,22 mais barato por litro (-5,9%) em relação ao mercado internacional, permitindo à Rússia conquistar mercados como o Brasil após perder compradores na Europa. O Brasil, que importa cerca de 30% do diesel que consome, encontrou no combustível russo uma alternativa para manter preços domésticos mais baixos, especialmente para o setor de agronegócio e transporte, que dependem fortemente desse combustível. No entanto, as sanções propostas por Lindsey Graham e a pressão da União Europeia podem complicar essas importações, aumentando custos logísticos e riscos de restrições comerciais. A proposta de Graham sinaliza uma nova fase de pressão econômica global com potenciais impactos profundos nas relações internacionais e no comércio mundial. Fontes: FT, Reuters, Reuters II, OilPrice, Valor International, The Washington Post
Colisão fatal envolve piloto de Fórmula Truck e deixa 3 Mortos

Na noite de sábado (12), um grave acidente na Rodovia dos Minérios, em Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba, resultou na morte de três pessoas, incluindo o piloto de Fórmula Truck Márcio da Rosa, conhecido como Márcio Limestone ou “Piolho“. O acidente, que envolveu uma colisão frontal entre um Chevrolet Camaro e um Renault Symbol, chocou a comunidade local e o meio automobilístico. Márcio, de 41 anos, dirigia o Camaro acompanhado de Roberto Cardoso, de 46 anos, assessor parlamentar de um vereador de Almirante Tamandaré, conhecido como “Formigão“. Ambos morreram no local devido à força do impacto, que deixou o veículo de luxo completamente destruído e capotado. O motorista do Renault Symbol, Guilherme Rocha Pancheski, de 29 anos, morador do bairro Tranqueira, foi socorrido com vida pelo Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate), mas não resistiu aos ferimentos e faleceu no Hospital Universitário Evangélico Mackenzie. A colisão ocorreu em um trecho de baixa iluminação da rodovia, próximo à empresa Terra Rica. Testemunhas relatam que o Camaro trafegava em alta velocidade, o que pode ter contribuído para a tragédia, embora a causa oficial ainda esteja sob investigação pela Polícia Civil do Paraná (PCPR). Márcio Limestone era uma figura destacada no automobilismo brasileiro, competindo na categoria GT Truck Eletrônico da Fórmula Truck, onde ocupava a 20ª posição na temporada de 2025, com 99 pontos. Natural de Colombo, ele também era empresário no setor de mineração, dirigindo a Limestone Mineração. Sua vitória na Copa SpeedMax 2024, em Las Vegas, marcou sua carreira. A Fórmula Truck emitiu nota lamentando a perda, destacando Márcio como “um competidor aguerrido e amigo leal“. Um vídeo circula nas mídias sociais mostrando o piloto de Fórmula Truck Marcio da Rosa acelerando o Camaro amarelo que ele dirigia, momentos antes da colisão e cantando pneu, enquanto circulava por uma rua situada no centro de Almirante Tamandaré. Já Guilherme Rocha, motorista do Renault Symbol, estava indo buscar a noiva na rodoviária. Ela expressou sua dor nas redes sociais, escrevendo: “Meu mundo está desabando.” A tragédia gerou comoção, com mensagens de luto e indignação. O velório de Márcio começou no domingo, 13, na Capela Nossa Senhora do Rosário, em Colombo, com sepultamento previsto para esta segunda-feira (14), às 16h30. Roberto e Guilherme também serão sepultados hoje. A comunidade pede mais segurança na rodovia. Fontes: Plantão190, RIC, Banda B
Governo Lula congela remoções diplomáticas por “falta de recursos”, apesar de arrecadação recorde com IOF

Enquanto o governo federal alega falta de verba para cumprir compromissos estratégicos no exterior, a arrecadação de impostos continua batendo recordes. Um telegrama interno do Ministério das Relações Exteriores (MRE), datado de 11 de julho, revelou que o Itamaraty não tem previsão para efetivar as remoções diplomáticas previstas para o primeiro semestre de 2025, devido a “restrições orçamentárias“. A informação foi divulgada pela coluna do jornalista Jamil Chade, do UOL. O documento oficial (telegrama nº 035279), assinado pela Secretaria de Estado, afirma que o órgão está “envidando esforços” para restabelecer os recursos necessários para as transferências, mas reconhece que não há previsão para liberação do orçamento, o que deve deixar dezenas de diplomatas — muitos deles com cargos estratégicos em embaixadas e consulados — sem a esperada mudança de posto. A expectativa mais otimista é de que algo possa ser liberado apenas em setembro, ou seja, com pelo menos três meses de atraso. A situação, no entanto, contrasta diretamente com os dados divulgados nesta semana sobre a arrecadação federal. Segundo levantamento do site Investing.com, o governo Lula registrou arrecadação recorde de R$ 8 bilhões apenas com IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) no mês de junho de 2025 — o maior valor mensal da série histórica iniciada em 1997. O montante representa um crescimento de quase 30% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Enquanto isso, diplomatas relatam incertezas logísticas, prejuízos pessoais e prejuízos institucionais. Muitos já haviam organizado a mudança de país, arcado com despesas, vendido móveis, retirado filhos de escolas — tudo com base no planejamento oficial. Agora, com a indefinição, resta aguardar. Postos no exterior seguem incompletos, chefias seguem vagas e a representação internacional do Brasil enfraquece. Além da frustração dos servidores, a medida expõe uma contradição central do governo federal: como justificar cortes em áreas estratégicas sob alegação de falta de verba, quando a arrecadação fiscal atinge máximas históricas? O caso escancara a falta de prioridade para a diplomacia — exatamente num momento em que o Brasil tenta projetar influência em fóruns internacionais como BRICS, G20 e ONU. Fontes ouvidas pela coluna de Jamil Chade apontam que esse congelamento já era temido há semanas, diante de um orçamento considerado insuficiente mesmo após o plano de remoções internas e internacionais ter sido finalizado. O Itamaraty recomendou que os diplomatas que não queiram mais ser removidos façam formalmente o pedido de prorrogação para continuar nos postos atuais. Até o momento, o Palácio do Planalto e o MRE permanecem em silêncio público sobre o tema. Mas para analistas ouvidos pela imprensa, o recado já está dado: o Brasil arrecada como nunca, mas continua gastando mal — e onde realmente importa, falta até o básico.
Narrativas programadas: você sabe como crises políticas são arquitetadas para parecerem espontâneas?

Os protestos deveriam ser expressão legítima da democracia. Mas, em tempos de polarização e tecnologia avançada, surgem movimentos que, sob o verniz da espontaneidade, operam como peças estratégicas em jogos geopolíticos e narrativos. Neste artigo, traço um paralelo entre os protestos antideportação em Los Angeles, que revelam uma estrutura cuidadosamente coordenada para gerar instabilidade pública, e as denúncias recentes, do dia 10 de julho de 2025, do deputado federal Gustavo Gayer sobre uma campanha digital no Brasil com suposto financiamento público e coordenação partidária. Ambos os episódios ilustram como agendas políticas são impulsionadas por operações disfarçadas de mobilização espontânea — e o quanto isso ameaça a integridade do debate público. Veja como técnicas de Operações Psicológicas estão sendo aplicadas. Objetivo estratégico por trás do ativismo Nos protestos em Los Angeles iniciados em 6 de junho, os objetivos vão além da crítica à política de deportações. Trata-se de uma estratégia de guerra psicológica, em que a violência e o caos não são efeitos colaterais, mas meios cuidadosamente escolhidos para esgotar a autoridade governamental, deslegitimar instituições e provocar uma crise de segurança pública. A escalada de confrontos com agentes da lei e a promoção da desobediência civil são peças fundamentais dessa engenharia. No caso brasileiro, a campanha “Defenda o Brasil” como uma ação coordenada entre agências de publicidade financiadas criminosamente com dinheiro público, movimentos sociais, influenciadores e lideranças partidárias. O lançamento foi planejado para ocorrer com precisão cirúrgica, às 8h da manhã do dia 11 de julho, com mensagens uniformes e conteúdo digital previamente formatado — um movimento que se apresenta como militância espontânea, mas que segue padrões de execução profissional. Leia mais: Gabinete do Amor emplaca pautas no trend topics do X no Brasil – Danuzio O “Gabinete do Amor” sob a sombra do “Mensalinho do Twitter” – Danuzio PT instaura o “Gabinete do Amor” – Danuzio Ofensiva organizada e manipulação da percepção Tanto em Los Angeles quanto na campanha brasileira, nota-se uma ofensiva com foco em território simbólico e político. Nos EUA, os manifestantes ocupam espaços físicos e digitais, desafiando a autoridade policial e disseminando narrativas polarizadoras. A operação não é reativa; é ofensiva e busca desgaste institucional. No Brasil, os documentos vazados revelam uma ofensiva digital — com links, imagens e vídeos prontos para serem disseminados em massa, todos com um slogan unificado. Isso elimina a espontaneidade e revela um esforço de manipulação da percepção pública que, visa atacar a oposição e mobilizar artificialmente a base de apoio governista atual. Concentração de meios e eficiência tática Os protestos californianos contam com financiamentos robustos: governo estadual, entidades filantrópicas como a Fundação Ford e conexões internacionais — inclusive com organizações ligadas ao Partido Comunista Chinês. Essa massa de recursos e ativistas é mobilizada estrategicamente para garantir escala e impacto, com o menor custo possível de exposição direta. No Brasil, a denúncia aponta para uma estrutura em consórcio: várias agências recebendo recursos públicos e coordenando a campanha em conjunto. A concentração de esforços e a padronização de mensagens garantem impacto com economia de forças. É uma operação pensada, onde os influenciadores pagos cumprem papel tático dentro de um ecossistema narrativo. Flexibilidade e disfarce: táticas de manobra e segurança Na Califórnia, os grupos ativistas demonstram elevada capacidade de adaptação, capitalizando oportunidades como a indignação com deportações para escalar ações violentas. A articulação entre entidades moderadas e radicais cria uma estrutura fluida, ideal para manobras rápidas e imprevisíveis. A provocação de confrontos com o ICE é meticulosamente escolhida para gerar desgaste e ampliar o alcance midiático do conflito. Na campanha “Defenda o Brasil“, identifica-se um movimento semelhante na comunicação: sob a bandeira emocional de “defesa da pátria“, ocultam-se os verdadeiros fins políticos. A coordenação entre influenciadores e entidades governistas é disfarçada por uma estética de engajamento popular, o que impede a população de perceber a operação como propagandística. O princípio de segurança aqui é manter invisível a mão que orquestra. Surpresa e controle do tempo A surpresa é uma arma poderosa. Nos protestos de Los Angeles, a escalada violenta superou as expectativas das autoridades, gerando reações descoordenadas e reforçando a percepção de crise. O público, diante da intensidade repentina, fica vulnerável à manipulação emocional e midiática. No Brasil, a revelação do timing preciso — 11 de julho, às 8h — para disseminação digital é a chave da estratégia. A coordenação cria um pico artificial de engajamento, alterando percepções de popularidade e força política, o que pode influenciar tanto redes sociais quanto decisões institucionais. O fator surpresa reside na mudança súbita do ambiente digital, transformando o debate público num campo de batalha virtual. Unidade de comando e simplicidade na mensagem Nos EUA, dezenas de organizações atuaram sob uma estrutura coordenada, sugerindo uma centralização de comando e alinhamento estratégico. A diversidade de grupos é equilibrada por uma unidade de propósito que legitima ações mais radicais sob um manto comum de justiça social. No Brasil, a campanha denunciada segue a mesma lógica. A frase “Defenda o Brasil” é simples, emocional e fácil de reproduzir. Com isso, elimina-se qualquer ambiguidade e se cria uma narrativa que pode ser executada por múltiplos atores, de forma simultânea, garantindo adesão e coerência discursiva. A simplicidade da mensagem é parte do plano, permitindo que ações sofisticadas sejam escondidas por frases impactantes. A falsa espontaneidade como ferramenta de desestabilização Protestos são essenciais, mas sua credibilidade depende da autenticidade. Os casos de Los Angeles e da campanha “Defenda o Brasil” revelam que nem toda manifestação é espontânea — algumas são cuidadosamente coreografadas para influenciar emoções, provocar crises e manipular decisões. A sociedade democrática, para se proteger, precisa aprender a distinguir mobilizações legítimas de operações montadas. A engenharia de crises, seja nas ruas ou nas redes, transforma o cidadão em alvo de campanhas narrativas desenhadas para parecer orgânicas. E quando a percepção se torna campo de batalha, é a própria democracia que fica em risco.
Rumble desafia Moraes: tentativa de censura a Rodrigo Constantino vira caso internacional

A pressão contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, voltou a crescer em território internacional. A Rumble e a Trump Media, empresa de tecnologia ligada ao presidente Donald Trump, entraram novamente com uma ação na Justiça Federal da Flórida, acusando Moraes de violar a Constituição dos Estados Unidos ao impor censura e ordens de bloqueio a conteúdos e perfis norte-americanos. As duas empresas já movem, desde fevereiro, uma ação civil contra o ministro e agora intensificam a ofensiva após mais uma medida controversa do magistrado. Na última sexta-feira, 11 de julho, Moraes ordenou que a Rumble suspendesse, em até 48 horas, o perfil do comentarista Rodrigo Constantino. A plataforma recusou cumprir a decisão e comunicou diretamente à Justiça americana, alegando que a ordem brasileira é “inválida e inexequível“. Segundo a Rumble, o conteúdo publicado por Constantino não incita violência e está protegido pelas leis dos Estados Unidos, país no qual o comentarista obteve cidadania em 2024. A empresa também destacou que o acesso de usuários brasileiros à Rumble está bloqueado desde fevereiro por determinação do próprio Moraes, tornando a exigência de remoção “sem sentido“. Além do pedido de suspensão do perfil, Moraes exigiu ainda o envio de dados cadastrais de Constantino — o que, segundo a Rumble, poderia violar legislações americanas de proteção à cidadania e à privacidade. A plataforma reiterou que não reconhece a jurisdição do ministro brasileiro para impor sanções a empresas e cidadãos sediados nos Estados Unidos, e apontou possível violação à soberania norte-americana. Em resposta a essa sequência de medidas, a Justiça da Flórida expediu, no último dia 17 de junho, uma nova citação a Moraes. O ministro foi formalmente notificado no dia 8 de julho e tem 21 dias para se manifestar. Caso não o faça, poderá ser julgado à revelia — uma decisão que pode abrir um precedente jurídico sem precedentes para autoridades de outros países que extrapolem suas competências em território estrangeiro. Essa nova fase do processo ocorre num momento de escalada diplomática entre os dois países. No dia 9, Trump classificou as investigações contra Jair Bolsonaro como uma “caça às bruxas” e anunciou um tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros, a vigorar a partir de agosto. Já neste domingo, 14, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, respondeu oficialmente ao governo americano, afirmando que o tribunal agirá com “independência” e “respeito ao contraditório”. Segundo ele, “se houver provas, os culpados serão responsabilizados. Se não houver, serão absolvidos. Assim funciona o Estado democrático de direito.” O caso não é apenas um embate jurídico: é também um símbolo do choque entre duas visões de mundo. Para a Rumble e a Trump Media, a atuação de Moraes representa um abuso de autoridade e uma tentativa de censura extraterritorial. Já para o STF, trata-se de garantir a legalidade de decisões brasileiras mesmo no ambiente digital. No entanto, o que está em jogo vai muito além de uma conta suspensa: trata-se da disputa pela soberania digital, pela liberdade de expressão e pelo futuro das democracias ocidentais diante de um Judiciário que cada vez mais se arroga poderes globais. Fonte: www.msn.com
“Mapa da Morte”: EUA sabiam do risco no Camp Mystic, mas liberaram construção

Ao longo dos últimos 15 anos, a FEMA, agência federal que lida com emergências nos Estados Unidos (EUA), concedeu diversos recursos ao Camp Mystic. Ela o excluiu de seus mapas de inundação e permitiu, com isso, que o acampamento ignorasse exigências básicas de segurança e se expandisse por áreas de risco. Recentemente, 27 pessoas, entre crianças, jovens alunas e funcionários, perderam suas vidas no Camp Mystics nas enchentes que assolaram o Texas no início de julho. Já em 2011, reportou a Associated Press, mapas da FEMA demonstravam que a maior parte das construções do Camp Mystic localizava-se em regiões sujeitas a inundações. Em 2013, novamente, um estudo demonstrou que 6 das 15 cabanas do acampamento localizavam-se em elevações extremamente próximas ao nível de alagamento esperado para eventos extremos. A inclusão das construções no que a agência chama de “Área de risco de inundação especial” proíbe a construção em determinadas áreas de perigo extremo, além de impor requisitos mínimos e exigir seguro para a construção em outras onde o risco é alto. Em todos os casos, o Camp Mystic recorreu e a FEMA acatou os apelos, retirando os acampamentos do que considerava como áreas afetadas. “É um acampamento para crianças. A gente espera que você vá além dos mínimos para dar segurança contra inundações“, lamentou Sarah Pralle, pesquisadora do assunto na Universidade de Syracuse. Ela se disse “perplexa” com a atitude dos organizadores e reguladores. Ainda que as enchentes do último dia 04 tenham sido extremamente superiores ao risco previsto nos mapas – que consideram a probabilidade de um evento extremo em 100 anos – o descaso demonstrado ao longo do período foi considerado por Pralle como “extremamente perturbador“. “Para mim, é um mistério: eles não só não tomaram a iniciativa de retirar as cabanas da área de risco, como contestaram sua inclusão nos mapas.” As mudanças após o recurso de 2013 retiraram 15 construções das regiões consideradas de risco. Análise da AP mostrou que a maior parte delas se localiza na área mais afetada pela inundação do início do mês. Novas exceções foram concedidas em 2019 e 2020, para cabanas também atingidas pelas enchentes. Nestas, porém, os danos foram menos severos. A retirada da designação como área de risco permitiu ao acampamento continuar seu processo de expansão pela região, construindo novas cabanas e atraindo mais público. Especialistas afirmaram que os recursos ao mapeamento da FEMA são estratégia comum dos proprietários, que geralmente têm seus pedidos acatados. A FEMA se defendeu dizendo que “os mapas são apenas fotografias no tempo. Não tem capacidade de prever onde as inundações vão ocorrer nem onde ocorreram“. Pralle, de Syracuse, porém, discorda: “Não é hora de brigar com os mapas. Precisamos expandi-los.” Fontes: AP News, The New York Times