Lula visita Cristina Kirchner, condenada à prisão domiciliar por corrupção

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou, nesta quinta-feira (3), a ex-presidente e condenada por corrupção, Cristina Kirchner, que se encontra em prisão domiciliar, em Buenos Aires. Mas não terá reunião bilateral (reunião oficial) com Javier Milei. Cristina Kirchner, 72 anos, ex-presidente da Argentina, foi condenada a seis anos de prisão e à proibição perpétua de ocupar cargos públicos. Ela foi considerada culpada de desviar US$ 1 bilhão, junto com seu falecido marido, Néstor Kirchner, por meio de um esquema de favorecimento e repasses a uma construtora — muito semelhante ao que levou o presidente Lula à prisão. A reunião do presidente com Kirchner teria durado cerca de 50 minutos, sob forte esquema de segurança. Lula chegou a realizar uma postagem sobre sua visita na plataforma de mídia social X: O analista internacional da CNN, Lourival Sant’Anna, chegou a comentar em um quadro da CNN que “Não há nenhuma dúvida sobre as provas contra ela, que são muito contundentes“. Além de mencionar que ainda existem outros processos em andamento contra Kirchner, com acusações relacionadas ao encobrimento do envolvimento do Irã nos atentados em Buenos Aires. A visita ocorreu após a participação de Lula em reunião com chefes de Estado no bloco sul-americano, onde recebeu a presidência do Mercosul de Javier Milei, atual presidente da Argentina. Pelas regras do Mercosul, há um revezamento semestral na direção do grupo, formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. A Bolívia ainda está em processo de adesão. Na reunião, Milei teceu críticas a Nicolás Maduro e defendeu cooperação do bloco para combater o crime organizado. Além de agradecer aos países do bloco pelo apoio à Argentina na disputa das Malvinas com o Reino Unido. O presidente Lula ainda chegou a posar para uma foto com um cartaz escrito “Cristina Libre“, junto ao escultor argentino Adolfo Pérez e o deputado argentino Eduardo Valdés, do partido União pela Pátria, que segurava um cartaz escrito “Lula Livre“.

Movimentos de esquerda invadem e ocupam sede do Itaú BBA na Avenida Faria Lima

Na manhã desta quinta-feira (3), integrantes do movimento de esquerda Frente Povo Sem Medo (movimentos ligado ao PT e PSOL) e MST (movimento sem terra), ocuparam o saguão da sede do Itaú BBA, na Avenida Faria Lima, São Paulo, em manifesto pela taxação do que denominam de “super-ricos”. O protesto ocorreu pelo período de 2 horas, das 9:30 às 11:30, e houve exibição de cartazes com mensagens como “Chega de Mamata” e “Taxação dos super-ricos já!” A sede teria sido escolhida por ser considerado o prédio mais caro do Brasil, adquirido pelo banco em meados do fim de 2023 para 2024, por cerca de R$ 1,5 bilhão. O ato ocorre em meio à tensão entre os poderes Executivo e Legislativo, após derrubada de decreto que reajustava o IOF, Imposto sobre Operações Financeiras. Esse imposto federal é cobrado em operações financeiras como crédito, empréstimos, câmbio, seguros, títulos de renda fixa e em alguns fundos de investimento. O imposto é pago tanto por pessoas físicas como por pessoas jurídicas. Essa taxa cobrada em cada operação é vista como um recolhimento proporcional dos investimentos e com isso, o governo pode averiguar a oferta e demanda de créditos no país. Inclusive, o IOF é uma das melhores fontes de arrecadação do país. Se você utiliza o Rotativo do Cartão de Crédito, Cheque Especial, Crédito pessoal, empréstimo consignado, financiamento, seguro de vida e acidentes, seguro de bens, enviou recursos para fora do país ou trouxe, se compra moeda estrangeira ou resgatou investimentos, você certamente paga essa taxa e talvez, nem a tenha percebido embutida nos impostos. Ou seja, não é verdade que afete apenas os super-ricos. Cidadãos de todas as classes econômicas acabam pagando o IOF através do meios citados acima, uma vez que, incide sobre operações financeiras comuns a todos os grupos sociais. O impacto do IOF é, especialmente, maior para os mais pobres, que despendem uma parcela, proporcionalmente, mais pesada de sua renda, no pagamento da taxa. O IOF, por natureza, prejudica os mais pobres. Na prática, o aumento do IOF só favorece para elevação de arrecadação do governo, sendo esse, o principal efeito, direto e garantido, dessa medida.

Trabalhadores humanitários foram executados em Gaza sob recompensa do Hamas

Um ataque brutal ocorrido no dia 12 de junho, que deixou pelo menos oito trabalhadores da Fundação Humanitária de Gaza (GHF) mortos, expôs de forma dramática a escalada de violência contra operações de ajuda no enclave palestino. A GHF, organização apoiada por Estados Unidos e Israel, culpou diretamente o Hamas pelo atentado que atingiu um ônibus com cerca de duas dezenas de funcionários humanitários a caminho de um centro de distribuição de alimentos no sul da Faixa de Gaza. Segundo a própria fundação, além dos oito mortos, vários outros trabalhadores ficaram feridos e alguns podem ter sido sequestrados. O diretor interino da GHF, John Acree, chegou a cogitar o fechamento das operações após a emboscada, mas optou por seguir atuando. “Decidimos que a melhor resposta aos assassinos covardes do Hamas era continuar entregando comida ao povo de Gaza que conta conosco“, declarou em comunicado. O ataque aconteceu em um contexto de caos crescente no território. No mesmo período, a autoridade de saúde local informou que 103 palestinos foram mortos e outros 400 ficaram feridos por ações militares israelenses em apenas 24 horas, incluindo 21 vítimas fatais nas imediações de centros de distribuição de ajuda da GHF. Recompensas para matar trabalhadores humanitários No último domingo, 30 de junho, a GHF fez outra denúncia grave: o Hamas estaria oferecendo recompensas em dinheiro para qualquer pessoa que ferisse ou matasse seus funcionários humanitários palestinos ou seguranças americanos. De acordo com a fundação, 12 trabalhadores locais já foram assassinados e outros sofreram torturas. “O Hamas colocou recompensas tanto para nosso pessoal de segurança americano quanto para trabalhadores humanitários palestinos“, afirmou a GHF em nota. “Os alvos da brutalidade do Hamas são heróis que tentam alimentar o povo de Gaza no meio de uma guerra.“ A organização ainda apontou que o Hamas tem pré-posicionado agentes armados perto de zonas humanitárias, numa tentativa deliberada de interromper o funcionamento do sistema de entrega de alimentos — considerado o único ainda em operação dentro do enclave. Conflito interno e disputas de poder Relatos de canais locais sugerem que o ônibus atacado no dia 12 transportava funcionários da GHF supostamente ligados a Yasser Abu Shabab, chefe de um grande clã rival do Hamas que estaria recebendo armas de Israel. Abu Shabab, por sua vez, acusou o Hamas de espalhar rumores e imagens falsas para intimidar a população e silenciar opositores. “Rumores de execuções e assassinatos estão sendo espalhados pelos corruptos, mercenários e criminosos do Hamas para semear medo nos corações daqueles que buscam libertação do terrorismo e da opressão“, escreveu Abu Shabab em uma rede social. A associação Ajuda Médica aos Palestinos (MAP) expressou preocupação com a segurança do Hospital Nasser e dos profissionais de saúde, diante do risco de ataques fecharem a instalação. Israel, que combate o Hamas há 20 meses após os ataques terroristas de 7 de outubro de 2023, tem reiterado que a única forma de encerrar a guerra é desmantelar completamente o grupo terrorista. Até o momento, todas as negociações para uma trégua fracassaram. Críticas ao modelo de ajuda Apesar do atentado contra seu ônibus, a GHF informou ter distribuído 2,6 milhões de refeições em apenas um dia — seu maior volume desde o início das operações no final de maio. Mesmo assim, organizações internacionais criticam o sistema atual. O chefe da UNRWA (agência de refugiados palestinos da ONU), Philippe Lazzarini, comparou a situação a uma distopia. “Este modelo não abordará o aprofundamento da fome. Os distópicos ‘Jogos Vorazes’ não podem se tornar a nova realidade“, declarou. Ele pediu que a ONU assuma novamente a liderança, acusando o atual esquema de ser ineficiente e inseguro. Israel, por sua vez, voltou a pedir o fim da UNRWA, alegando que a agência coopera com o Hamas — acusação que a organização nega. Apelo à ONU Diante do colapso, a GHF enviou uma carta ao secretário-geral da ONU, António Guterres, exigindo uma condenação pública contra os ataques a trabalhadores humanitários. No texto, o reverendo Johnnie Moore, presidente executivo da GHF, apelou por uma nova parceria para entregar alimentos diretamente às famílias palestinas e classificou a falha na ajuda humanitária como “estrutural“. “Chegou a hora de confrontar, sem eufemismo ou demora, o fracasso estrutural da entrega de ajuda em Gaza“, escreveu Moore. Mesmo em meio ao cerco, Israel também permitiu a entrada de 56 caminhões de mantimentos do Programa Mundial de Alimentos da ONU no norte de Gaza — primeiro comboio humanitário a acessar a região em meses — e autorizou a chegada de caminhões de farinha para as poucas padarias que ainda funcionam. Enquanto civis sofrem com a escassez, grupos terroristas mantêm a população refém de ameaças e violência. E, entre ataques, blecautes e barricadas, a esperança de um cessar-fogo ainda parece distante. Fonte: Reuters e The Jerusalem Post

Israel aceita cessar-fogo em Gaza, Hamas ainda refuta os termos

Após dois anos e meio do início da guerra em Gaza, novas centelhas de esperança surgem no horizonte: o Hamas está analisando propostas de cessar-fogo de 60 dias, com condições potencialmente voltadas a um fim mais permanente ao conflito. A comunidade internacional observa com atenção redobrada, buscando uma pausa duradoura que alivie o sofrimento humano e reestruture o cenário político. Na quarta-feira (2), por meio de um comunicado oficial, o Hamas informou estar estudando propostas de cessar-fogo encaminhadas por Egito e Catar, países que estão mediando as negociações, junto com os EUA. A organização palestina enfatizou que qualquer acordo deve garantir o fim da guerra e a retirada das forças israelenses de Gaza. Este posicionamento representaria um passo simbólico: o reconhecimento de que, após quase 20 meses de conflito contínuo, é imperativo buscar uma solução diplomática. Essa movimentação ocorre logo após o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmar que Israel teria aceitado os requisitos necessários para formalizar uma trégua de 60 dias — e incentivando o Hamas a concordar, “antes que as condições piorem“. Trump também destacou o papel mediador dos governos do Catar e do Egito, que intensificaram esforços para criar um caminho viável ao consenso. Do lado israelense, o tom é mais cauteloso. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu reforçou que, ainda que Israel tenha concordado com a proposta de curto prazo, a agenda de sua administração exige a “eliminação do Hamas” em um Gaza pós-guerra. Essa dualidade revela um contraste entre a urgência humanitária — demandada por massivas destruições em Gaza — e o imperativo de segurança que tanto Netanyahu quanto a ala mais radical de seu governo partilham. O chanceler Gideon Saar afirmou que “há sinais positivos” nas conversas e que o país está “sério em buscar um acordo de reféns e cessar-fogo“. Isso sugere um alinhamento entre diplomacia oficial, esforços de mediação e a necessidade dos familiares por um desfecho para o conflito. Com base em negociações anteriores, o cessar-fogo proposto incluiria: trégua de 60 dias, liberação de prisioneiros e reféns, retirada das tropas israelenses e entrada de ajuda humanitária em larga escala. No entanto, o Hamas mantém firme sua exigência de que o acordo inclua o fim definitivo da guerra e a completa retirada de Israel de seu território. A situação sobre o terreno é crítica: nos últimos dias, cerca de 139 palestinos foram mortos, segundo autoridades de saúde da Faixa de Gaza, incluindo a morte de Marwan al-Sultan, diretor do Hospital Indonésio, em um ataque israelense. Explosões continuam atingindo civis, enquanto a crise humanitária se aprofunda com o colapso da infraestrutura de água, energia e saúde. A pressão internacional também pesa. O Conselho de Segurança da ONU, em resolução unânime, pediu cessar-fogo imediato e troca de reféns, reforçando que a violência diária é inaceitável. Médicos e jornalistas em Gaza clamam por um fim humanitário que cesse o derramamento de sangue. Com os interlocutores trabalhando por um acordo, as expectativas se concentram no encontro oficial entre Trump e Netanyahu, previsto para a próxima semana. Será esse o momento em que se formalizarão, de fato, os termos do cessar-fogo? Enquanto o ataque aéreo se intensifica, a suspensão temporária dos combates representa uma esperança frágil, mas real. Se o Hamas e Israel assinarem o acordo de 60 dias, o mundo talvez testemunhe não apenas uma trégua, mas o primeiro passo concreto rumo a uma resolução sustentável do conflito. Pressões internacionais, apoio popular dentro e fora da região e o amadurecimento dos mediadores têm potencial de viabilizar uma ponte entre a guerra e o diálogo. Cabe agora aos líderes transformarem oportunidades pontuais em paz duradoura. Fontes: Al Jazeera, Reuters

O “paz e amor” vira “guerra e ódio”: Lula não consegue esconder sua ideologia no exterior

Brasil escolhe ditaduras como parceiros estratégicos e fica isolado internacionalmente Dentro do Brasil, o governo segue o discurso de defesa da democracia, usando a chamada frente ampla nas eleições de 2022 e adotando o slogan “União e Reconstrução“. Na prática, os nomes de centro como Simone Tebet e Geraldo Alckmin estão isolados em um governo cada vez mais de pura esquerda e cercado de escândalos. No exterior, entretanto, o governo age de forma mais coerente. O discurso e a prática são em defesa das ditaduras, com o distanciamento das democracias ocidentais. A fachada de “paz e amor” usada pelo PT em eleições vira um claro apoio à guerra e ao ódio nos quatro cantos do planeta, mesmo quando há terrorismo envolvido. Apoio ao Irã e insultos a Israel A defesa de ditaduras não é novidade nos governos petistas. A Venezuela é o clássico exemplo, mas são os recentes posicionamentos do Brasil que têm gerado o espanto da comunidade internacional. Quando os Estados Unidos bombardearam centrais nucleares do Irã em junho, o Ministério das Relações Exteriores soltou comunicado condenando o ataque, que seria uma violação à soberania do Irã e ao Direito Internacional. A maioria dos países democráticos apoiou os ataques ou, no máximo, expressou preocupações. Afinal, a própria Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) havia publicado um relatório dizendo que o Irã estava enriquecendo urânio acima dos limites de uso civil e poderia fazer uma bomba nuclear em meses. Durante o atual cessar-fogo entre Israel e Irã, a agência da ONU (Organização das Nações Unidas) anunciou que o Irã ainda poderia enriquecer urânio e ter armas nucleares em questão de meses, pois os danos à infraestrutura nuclear iraniana foram extensos, mas não totais. Na quarta (2), o Irã sancionou uma lei que suspende a cooperação com a OIEA, tirando o seu programa nuclear da fiscalização da ONU. O comunicado do Itamaraty, portanto, desconsidera que o próprio Irã desrespeitou e continua desrespeitando o Direito Internacional, ao descumprir o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) e estar enriquecendo urânio para usos militares, o que coloca não só Israel e os EUA em risco, mas todo o mundo e a existência humana. É incompreensível a chancelaria brasileira defender uma ditadura teocrática como o Irã, que persegue minorias religiosas, mata mulheres por usarem vestimentas inapropriadas, como a jovem Mahsa Amini, e é conhecidamente o maior financiador do terrorismo no mundo, patrocinando Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica Palestina, Houthis, dentre vários outros grupos extremistas. O tom inapropriado não se restringe ao Itamaraty. No início de 2024, Lula causou surpresa quando chamou a ocupação de Gaza por Israel de chacina e genocídio, comparando-a com o Holocausto, o extermínio de mais de 6 milhões de judeus pelos nazistas. A fala gerou grande repercussão internacional, pela gravidade da acusação e pela desconsideração tanto histórica quanto religiosa dos acontecimentos. Lula foi considerado persona non grata em Israel, indicando que o presidente brasileiro não é mais bem-vindo no país. A imagem do Brasil no exterior Em mais um desdobramento internacional, a revista inglesa The Economist publicou, no último dia 29, uma matéria com o título “O presidente do Brasil está perdendo influência no exterior e é impopular em casa”. Em 2022, a The Economist dizia que a reeleição de Jair Bolsonaro seria ruim para o Brasil e para o mundo, de modo que só Lula poderia prevenir isso. Três anos depois, a revista muda o discurso após a política externa brasileira ganhar rumos sombrios, enquanto o governo é cada vez mais impopular domesticamente, com o escândalo de fraude do INSS, do pix, aumento de impostos e inflação descontrolada.  Na avaliação da revista, Lula fica ao lado de ditaduras como o Irã e a Rússia, apoiando esses países publicamente, mesmo que sejam dois dos maiores agressores do Direito Internacional. A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022, com ataques à população civil e a anexação de territórios. A guerra soma milhares de mortos e milhões de refugiados. A Rússia foi condenada em peso por toda a comunidade internacional. Europa e Estados Unidos uniram-se para ajudar a Ucrânia a resistir à invasão. Mesmo assim, Lula faz seguidas demonstrações de apoio à Rússia e visitou o país na parada militar de 80 anos da derrota dos nazistas, em maio. No evento, Lula ficou ao lado de criminosos de guerra e de ditadores que se perpetuam no poder com eleições fraudulentas ou que chegaram ao poder com golpes. Era o único líder de uma grande democracia a estar presente. Lembre-se também de que o presidente russo, Vladimir Putin, tem ordem de prisão emitida pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por sequestrar milhares de crianças ucranianas. A viagem de Lula gerou constrangimento entre as democracias europeias, que se esforçam para defender o continente da ameaça expansionista russa. Dessa forma, a observação da revista The Economist encontra respaldo na realidade. O mais surpreendente foi o Itamaraty rebater a matéria, com uma carta dizendo que a “autoridade moral do presidente Lula é indiscutível“, que ele não faz “tratamento à la carte do direito internacional nem interpretações elásticas do direito de autodefesa“. Não parece republicano o uso de instituições de Estado, como o Ministério das Relações Exteriores, para defender a reputação pessoal do presidente da República. Ainda que a The Economist estivesse equivocada em qualquer ponto, está exercendo o seu direito de expressão como meio de comunicação, e é estranho o Itamaraty promover uma espécie de bate-boca com um veículo de imprensa estrangeiro, que sequer tem jurisdição no Brasil. Os atos do presidente Lula demonstram exatamente que é feito um tratamento à la carte do Direito Internacional. Lula e o PT apoiam a Venezuela de forma inconteste há décadas, mesmo após as eleições de 2024 que foram escancaradamente fraudadas, com urnas adulteradas, presos e refugiados políticos. O país tem Judiciário e Legislativo curvados ao presidente socialista Nicolás Maduro. A corrupção generalizada e a má gestão impedem o país de aproveitar a maior reserva de petróleo do mundo em seu subsolo. A população da Venezuela sofre com a supressão

O atacante português Diogo Jota, estrela do Liverpool, morre aos 28 anos em acidente de carro na Espanha

O atacante português Diogo Jota, de 28 anos, jogador do Liverpool, faleceu tragicamente na manhã desta quinta-feira (03) em um grave acidente de carro na província de Zamora, na Espanha. O internacional português estava ao volante do veículo ao lado do irmão, André, de 26 anos, que também morreu no local. O acidente ocorreu próximo à cidade de Sanabria, a poucos quilômetros da fronteira portuguesa e da Reserva Natural de Montesinho. De acordo com o serviço de emergências de Castela e Leão, o carro em que Jota viajava saiu da estrada na autoestrada A-52, pegando fogo em seguida e provocando chamas também na vegetação ao redor. Equipes médicas e bombeiros foram mobilizados ainda nas primeiras horas do dia, mas confirmaram os óbitos no local. Segundo a Guarda Civil, um estouro de pneu no Lamborghini em que os irmãos viajavam pode ter causado a perda de controle do veículo, gerando o incêndio. Não havia outros veículos envolvidos, e as autoridades abriram uma investigação judicial para apurar todos os detalhes do acidente. A tragédia aconteceu menos de duas semanas depois de Jota se casar com a companheira de longa data, Rute Cardoso, com quem tinha três filhos, o mais novo nascido no fim do ano passado. O casal havia oficializado a união em Portugal há apenas 11 dias. Carreira de destaque Nascido no Porto em 1996, Diogo José Teixeira da Silva — nome completo de Jota — iniciou a carreira no Gondomar, despontando depois no Paços de Ferreira, antes de se transferir para o Atlético de Madrid em 2016. Após empréstimos ao FC Porto e ao Wolverhampton, fixou-se na Premier League pelo Wolves, de onde se transferiu em 2020 para o Liverpool, por cerca de €44,7 milhões. Em Anfield, Jota se consolidou como uma peça fundamental do elenco, disputando 398 partidas, com 136 gols e 66 assistências. Foi campeão da Premier League na atual temporada, além de conquistar duas Copas da Liga e uma FA Cup. Pela Seleção Portuguesa, acumulou 49 jogos, 14 gols e 12 assistências, destacando-se ao vencer duas edições da Liga das Nações — a última delas neste ano, em vitória sobre a Espanha nos pênaltis. Repercussão e homenagens O Liverpool FC divulgou nota oficial afirmando estar “devastado com o trágico falecimento” do jogador e pediu respeito à privacidade da família. O presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Pedro Proença, lamentou profundamente a morte de Jota e de seu irmão. Outras personalidades, como Cristiano Ronaldo e Jamie Carragher, também prestaram homenagens ao jogador nas redes sociais, enaltecendo sua dedicação, talento e espírito coletivo. As investigações sobre as circunstâncias do acidente seguem em andamento pelas autoridades espanholas, e o relatório final deve ser encaminhado à Justiça nos próximos dias. Fonte: Mirror Online, www.football-espana.net

Ajuda humanitária em Gaza: novo modelo rompe o controle do Hamas e provoca disputa política

A recente mudança no esquema de distribuição de ajuda humanitária na Faixa de Gaza vem gerando tensões entre grupos extremistas, organismos internacionais e entidades de direitos humanos. O novo sistema, que direciona alimentos e suprimentos diretamente à população civil, sem a intermediação do Hamas, conseguiu entregar cerca de 56 milhões de refeições em apenas um mês, segundo dados divulgados por organizações envolvidas no processo. O Hamas, que historicamente controlava a maior parte da ajuda humanitária, vinha confiscando alimentos e medicamentos para sustentar seus próprios combatentes, além de revender o restante à população faminta a preços abusivos. Há ainda relatos de que armas e equipamentos militares entravam disfarçados nos caminhões de ajuda, diante da fiscalização falha do sistema anterior. Agora, com a inspeção reforçada e a entrega feita diretamente aos civis, o grupo terrorista perde não apenas recursos, mas também sua capacidade de usar a fome como instrumento de controle político. É exatamente isso que tem gerado forte reação por parte do Hamas e de seus apoiadores, além de preocupações dentro de organizações como a ONU e algumas ONGs, que temem a lentidão e a burocracia do novo método. No entanto, especialistas afirmam que a demora provocada pela fiscalização rigorosa acaba salvando vidas, ao evitar que armas ou suprimentos militares sejam camuflados junto com a comida e destinados às milícias do Hamas. Para os civis, o modelo representa um alívio inédito, ao garantir que a ajuda chegue de fato a quem mais precisa. Conforme publicado pelo perfil oficial da Global Humanitarian Foundation, que coordena parte dessa operação, “eles nos odeiam porque nosso modelo está funcionando“. A fundação ainda destacou que o Hamas vem tentando sabotar o novo sistema e até ameaçar colaboradores, mas que não pretende recuar: “Pela primeira vez, a comida vai para os civis, não para organizações terroristas“. Nos bastidores diplomáticos, cresce a pressão de algumas agências internacionais para retomar o sistema antigo, porém analistas avaliam que essa mudança seria um retrocesso, recolocando o Hamas no centro do controle e prolongando ainda mais o sofrimento da população de Gaza.

Fontes dos EUA revelam que o Irã fez preparativos para minar o Estreito de Ormuz

Os militares iranianos carregaram minas navais em navios no Golfo Pérsico no mês passado, um movimento que intensificou as preocupações em Washington de que Teerã estava se preparando para bloquear o Estreito de Ormuz após os ataques de Israel em locais em todo o Irã, de acordo com duas autoridades dos EUA. Os preparativos não relatados anteriormente, que foram detectados pela inteligência dos EUA, ocorreram algum tempo depois que Israel lançou seu ataque inicial com mísseis contra o Irã em 13 de junho, disseram as autoridades, que pediram anonimato para discutir questões sensíveis de inteligência. O carregamento das minas, que não foram implantadas no estreito, sugere que Teerã pode ter levado a sério o fechamento de uma das rotas marítimas mais movimentadas do mundo, uma medida que teria escalado um conflito já em espiral e prejudicado severamente o comércio global. Cerca de um quinto dos embarques globais de petróleo e gás passam pelo Estreito de Ormuz e um bloqueio provavelmente teria aumentado os preços mundiais da energia. Os preços globais do petróleo caíram mais de dez por cento desde que os EUA atacaram as instalações nucleares do Irã, impulsionados em parte pelo alívio de que o conflito não desencadeou interrupções significativas no comércio de petróleo. Em 22 de junho, logo após os EUA bombardearem três das principais instalações nucleares do Irã em uma tentativa de paralisar o programa nuclear de Teerã, o parlamento do Irã apoiou uma medida para bloquear o estreito. Essa decisão não era vinculativa e cabia ao Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã tomar uma decisão final sobre o fechamento, disse a Press TV do Irã na época. Ao longo dos anos, o Irã ameaçou fechar o estreito, mas nunca cumpriu essa ameaça. As fontes não revelaram como os Estados Unidos determinaram que as minas foram colocadas nos navios iranianos, mas essa inteligência é normalmente coletada por meio de imagens de satélite, fontes humanas clandestinas ou uma combinação de ambos os métodos. Questionado sobre os preparativos do Irã, um funcionário da Casa Branca disse: “Graças à brilhante execução da Operação Midnight Hammer pelo presidente, à campanha bem-sucedida contra os houthis e à campanha de pressão máxima, o Estreito de Ormuz permanece aberto, a liberdade de navegação foi restaurada e o Irã foi significativamente enfraquecido.” As duas autoridades disseram que o governo dos EUA não descartou a possibilidade de que o carregamento das minas fosse um estratagema. Os iranianos poderiam ter preparado as minas para convencer Washington de que Teerã estava falando sério sobre o fechamento do estreito, mas sem a intenção de fazê-lo, disseram as autoridades. Os militares do Irã também poderiam estar simplesmente fazendo os preparativos necessários no caso de os líderes do Irã darem a ordem. O Estreito de Ormuz fica entre Omã e o Irã e liga o Golfo Pérsico ao Golfo de Omã ao sul e o Mar Arábico além. Tem 34 quilômetros de largura em seu ponto mais estreito, com a rota marítima de apenas duas milhas de largura em qualquer direção. Os membros da Opep, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Iraque exportam a maior parte de seu petróleo bruto pelo estreito, principalmente para a Ásia. O Catar, um dos maiores exportadores de gás natural liquefeito do mundo, envia quase todo o seu GNL pelo estreito. O Irã também exporta a maior parte de seu petróleo bruto pela passagem, o que, em teoria, limita o apetite de Teerã para fechar o estreito. Mas Teerã, no entanto, dedicou recursos significativos para garantir que possa fazê-lo, se julgar necessário. Em 2019, o Irã mantinha mais de 5.000 minas navais, que poderiam ser rapidamente implantadas com a ajuda de pequenos barcos de alta velocidade, estimou a Agência de Inteligência de Defesa dos EUA na época. A Quinta Frota dos EUA, com sede no Bahrein, é encarregada de proteger o comércio na região. A Marinha dos EUA normalmente mantém quatro navios de contramedidas de minas, ou navios MCM, no Bahrein, embora esses navios estejam sendo substituídos por outro tipo de embarcação chamada navio de combate litorânea, ou LCS, que também possui capacidades antiminas. Todos os navios antiminas foram temporariamente removidos do Bahrein nos dias que antecederam os ataques dos EUA ao Irã, em antecipação a um possível ataque retaliatório ao quartel-general da Quinta Frota. Fonte: thearabweekly.com

Frustração americana: Pentágono diz que ataques dos EUA atrasam programa nuclear do Irã em “um ou dois anos”

Nesta quarta-feira (02), o Pentágono anunciou que os ataques militares norte-americanos realizados em 22 de junho contra instalações nucleares iranianas atrasaram o progresso do programa nuclear de Teerã em até dois anos, sendo que a estimativa mais provável está mais próxima desse limite superior. Auxiliados por bombardeiros B‑2 equipados com munições bunker-buster de 13,6 toneladas e por mísseis de cruzeiro Tomahawk lançados por submarinos, as forças norte-americanas atingiram três locais estratégicos do programa nuclear iraniano — Fordow, Natanz e Isfahan. O porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, disse que “todas as avaliações de inteligência sugerem que atrasamos o programa em um a dois anos, com estimativa oficial muito próxima de dois anos“. Esse cálculo representa uma revisão significativa em relação às estimativas iniciais, que previam apenas alguns meses de atraso, embora com baixa confiança. Já o presidente Donald Trump e o secretário de Defesa Pete Hegseth tinham afirmado publicamente que o programa havia sido “obliterado“. Apesar da confiança oficial do Pentágono, organismos internacionais e especialistas expressam dúvidas. O chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, informou que, mesmo com os danos às instalações, o Irã poderia retomar a produção de urânio enriquecido em poucos meses. Analistas também ressaltam que o Irã poderia ter deslocado estoques de urânio altamente enriquecido para locais subterrâneos ou não atingidos, especialmente antes do ataque ao Fordow, que tem características profundas de proteção — embora o secretário Hegseth tenha afirmado não haver inteligência indicando tal movimento. Em retaliação diplomática, o presidente iraniano Masoud Pezeshkian ordenou a suspensão da própria cooperação com a AIEA, citando segurança das instalações nucleares e dos cientistas envolvidos. Mesmo assim, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, afirmou que o país continua aberto ao diálogo — embora menos dependente das inspeções internacionais. Araqchi confirmou que o local de Fordow “sofreu danos sérios e pesados”, porém ressaltou que detalhes completos ainda não foram divulgados. A escalada militar e o impasse nuclear têm repercussões profundas no Oriente Médio. Entre as manobras em curso nos bastidores, foi apresentado ao Congresso dos EUA um projeto que autoriza a transferência de armas bunker-buster e bombardeiros B‑2 à Israel, como forma de fortalecer sua capacidade dissuasória frente a um Irã nuclear. Apesar do crescente isolamento diplomático iraniano, a questão permanece sensível. A suspensão da cooperação com a AIEA pode dificultar o monitoramento internacional, complicando negociações futuras sobre o programa nuclear iraniano. A declaração do Pentágono de que o programa nuclear iraniano foi atrasado em até dois anos marca um momento crítico nas tensões entre os EUA e Irã — uma resposta ostensivamente poderosa, porém ainda rodeada de incertezas e sem verificação independente. Seja como for, o desdém pelas inspeções da AIEA e a escalada militar criam um ambiente de tensão que pode perdurar no Oriente Médio. A capacidade real de Teerã de retomar o enriquecimento dependerá do grau de destruição efetiva dos sistemas centrais — e, por enquanto, isso continua sendo um ponto de debate. Fontes: The Times, Reuters, The Guardian

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